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sexta-feira, 2 de maio de 2014

O decreto de Juscelino


COMO TODOS os políticos mineiros, o presidente brasileiro Juscelino Kubitschek era o que nós vulgarmente chamamos uma "mula": matreiro, desconfiado, intuitivo e profundamente mordaz. Certo dia, nos princípios dos anos 50, era ele ainda governador de Minas Gerais e já mostrava a sua grande predilecção por deslocar-se em aviões, a aeronave oficial que o transportava foi obrigada a fazer uma aterragem de emergência num lugar recôndito do estado. Identificada a razão para a avaria - falha mecânica, mais concretamente a falta de um parafuso... - todos imaginaram que Juscelino iria pura e simplesmente demitir o técnico responsável pela manutenção do avião do governo estado. Mas não, o então governador resolveu, isso sim, fazer publicar no Diário Oficial, um decreto em que tornava o responsável pela manutenção do avião integrante de todas as suas deslocações aéreas. E enquanto assinava o decreto, explicava sorrindo: "Assim se eu morrer num acidente aéreo, ele vai junto…"

1 comentário:

lidiasantos almeida sousa disse...

Mas este Zé Fafe lembra-se de simbioses do decreto do Juscelino. Nunca me lembraria de tal coisa