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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pedro Nunes: um grande abraço!

CONHECI-O HÁ ainda no início da década de 90, quando trabalhávamos na revista "Sábado". Chamava-se (e chama-se) Pedro Nunes, tinha pouco mais de 20 anos, geria o sistema informático da revista e era aquilo que se chama um "companheirão", apesar de alguns anos mais novo que a maioria de nós. Responsável, profissional, conseguia aliar esse seu lado com o outro, alinhando em tudo, nunca dizendo que não a uma noitada (e eram muitas...), a uma "partida" (eram outras tantas), a uma "cobóiada" (às centenas!) e principalmente mostrando uma lealdade aos seus amigos como poucos. Na altura já gostava muito de hóquei em patins, tinha sido jogador e não escondia a sua vontade em treinar. Começou nas camadas mais jovens do Sintra, passou para os seniores, subiu de divisão, andou por lá uns quantos anos, até que foi treinar o Portosantense. Fez uma campanha notável, tanto em Portugal como na Europa. Daí a dois anos, trocou a Madeira pelos Açores. Chegou ao Pico, pegou no Candelária, levou-o à final da Taça CERS (!), no ano seguinte andou na Liga dos Campeões e não foi à final four por um ponto, se não me engano. Recusou alguns convites de equipas tidas como de "primeira linha" por respeito a quem lá estava, esteve com um pé em Itália, mas acabou por ficar por cá. Passou por Paço de Arcos (sem grandes resultados, diga-se em abono da verdade) e na última época, um aflito Dramático de Cascais (com apenas 3 pontos à quinta ou sexta jornada) foi buscá-lo para assumir o comando técnico. No final do campeonato, foram exactamente três pontos, os que o separaram de alcançar um lugar nas competições europeias... Há dois ou três meses, recebeu um convite para "tomar conta" da selecção de Moçambique no Mundial que este ano se disputa na Argentina, mais concretamente em S.Juan, a "capital mundial" do hóquei. Chegou a Maputo há um mês atrás, formou um grupo, estagiou em Espanha apenas duas semanas e "caiu" no grupo onde pontificavam Portugal e Angola, além dos Estados Unidos. Aos americanos ganhou por 10 a 1; com os portugueses marcou, aguentou, mas acabou a perder por 6 a 3; e no jogo decisivo para o apuramento para os quartos-de-final derrotou os angolanos por 4 a 3. Hoje, ou melhor há bocadinho ontem defrontou o Brasil. Esteve a perder por 2 a 6. A dez minutos do fim... Quando o jogo acabou, tinha ganho por 9 a 6 e conduzido, perante a surpresa de todos, Moçambique às meias-finais(!) do Mundial de hóquei em patins, onde amanhã irá defrontar a Espanha!!! É preciso dizer mais alguma coisa?!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A "entrevista" by Rui Costa Pinto

A RETER a excelente e concisa análise de Rui Costa Pinto à entrevista do Presidente da República, com especial destaque para a "ligação" que é feita entre as palavras de Cavaco e os interesses da banca: "Aníbal Cavaco Silva deu uma entrevista numa fase crucial. Alguma novidade? Não! A conversa do costume, os recados estafados e inconsequentes e o anúncio de mais uma reunião do Conselho de Estado. Então qual terá sido o objectivo do presidente da República? Em primeiro lugar, defender a banca; em segundo, afirmar um conjunto de banalidades para poder dizer mais tarde: Eu avisei. É pouco, é mais do mesmo do que se passou com José Sócrates. O resultado está à vista. Este presidente está esgotado".

Coitado do Tozé Seguro...

LEIO QUE o agora deputado e vice-presidente da bancada socialista (!) Basílio Horta e que foi um dos mais entusiastas defensores em toda a linha do governo Sócrates, ao ponto de no próprio inner circle do antigo primeiro-ministro tivessem sido obrigado a recomendar-lhe alguma contenção, começou a tecer alguma críticas à actuação desse mesmo governo - exactamente o mesmo a que ainda há três ou quatro meses tecia loas e hossanas... Um bocadinho de vergonha na cara não lhe ficava nada mal, não acham?

Lula e Sócrates: amigos para sempre!


MUITO SINTOMÁTICA a forma publicamente calorosa como o antigo presidente brasileiro tratou o antigo primeiro-ministro português, durante a sua visita a Paris. Para além de jantarem (pelo menos...) uma vez, durante o discurso proferido na cerimónia do seu doutoramento honoris causa no Institute des Scienses Politiques, Lula fez questão de assinalar a presença na plateia de um aluno daquela instituição - o seu "grande amigo" José Sócrates... E sintomática, porquê? Porque sendo, hoje em dia, Lula um autêntico "caixeiro-viajante" de grandes empresas brasileiras (como é o caso da Camargo Corrêa, que ainda a semana passada o trouxe até Lisboa) não seria de estranhar que Sócrates acumulasse os seus estudos por terras gaulesas com alguma outra ocupação, de forma a retribuir as contínuas gentilezas que o seu amigo brasileiro lhe dedica. Pelo menos, agenda telefónica não lhe falta... 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O mundo já não é o que era...


http://darussia.blogspot.com/2011/09/ministerio-da-defesa-da-russia-renuncia.html

terça-feira, 27 de setembro de 2011

RTP: o adeus à "Champions League"!

A DECISÃO da RTP em não entrar no verdadeiro "leilão" que é a aquisição dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões para o próximo ano implica a poupança de alguns (muitos...) milhões de euros ao erário público e é de louvar. E não venham dizer que transmitir os jogos europeus dos dois primeiros classificados da Liga é propriamente "serviço público"....

Números são números...

... MAS O barómetro político da Marktest relativo a Setembro é francamente animador para o governo, mais concretamente para o PSD que sobe quase nove pontos e atinge os 47,1, ao mesmo tempo que PS e CDS descem significativamente - no caso os socialistas caem dos 30,1 para os 23,3 e o partido liderado por Paulo Portas perde mais de metade do seu score, ou seja, desce de 9,7 para os 4 pontos. CDU e BE também descem, mas ligeiramente: os comunistas perdem 1,7 pontos, ficando com 6,8 e os bloquistas reduzem 1,8, obtendo apenas 2,7 da preferência do barómetro.

domingo, 25 de setembro de 2011

Para ler...

http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2011/09/transito-em-julgado.html

Dilma soma e segue



UMA SONDAGEM recentemente encomendada pelo PSDB (principal partido da oposição brasileira) e revelada hoje pelo sempre bem-informado colunista da "Veja" Lauro Jardim, mostra que se as eleições presidenciais de há um ano se realizassem hoje, Dilma Rousseff não teria precisado de uma segunda volta para derrotar José Serra e Marina Silva. Para quem temia que Dilma estivesse "condenada" a curto-prazo, convenhamos que o desempenho da sucessora de Lula no palácio do Planalto está bem acima das expectativas. O que indicia - como se já escreveu neste blogue - que este mandato de Dilma não será propriamente um intermezzo à espera de um hipotético regresso de Lula...

Costa e Seguro: o porquê de tanto acinte

CONFESSO QUE este crescente e visível acinte que António Costa tem mostrado relativamente ao seu novo líder António José Seguro e que chega mesmo a roçar as fronteiras do que seria tido como "aceitável" entre duas figuras de proa do mesmo partido, tem-me causado alguma estranheza. Puxei pela memória (que não costuma ser má...), cheguei mesmo a perguntar a uma ou outra pessoa de onde viria tamanha e aparente desprezo por parte de Costa, mas a verdade é que não cheguei a nenhuma conclusão... Até que hoje de manhã, durante uma conversa com um amigo (esse com uma memória verdadeiramente notável!) consegui reconstituir a história da desavença entre estes dois destacados socialistas, que até já chegaram a pertencer ao mesmo governo e tudo... E teremos de recuar até 1984, quando o PS estava praticamente partido em dois - entre os chamados "soaristas" e a facção que, na altura, era conhecida como "ex-Secretariado" e onde pontificavam, entre outros, Francisco Salgado Zenha e António Guterres - para entender os motivos que levaram o actual presidente da Câmara de Lisboa a "ter o pó" que tem ao actual líder socialista.  
Nessa altura, discutia-se também a sucessão de Margarida Marques à frente da Juventude Socialista. António Costa era o nome praticamente consensual e tinha quase assegurada a liderança da "jota" socialista, de que era aliás já um dos principais dirigentes. Consensual até ter assinado a moção do denominado "ex-Secretariado"... Aí tudo mudou, mais concretamente para os "soaristas" que, por mão de António Campos (o homem-forte do "aparelho") rapidamente encarregou-se de encontrar um opositor à mais do que previsível (e  à partida fortíssima) candidatura de Costa e assim impedir que a JS caísse nas mãos do "ex-Secretariado" - nada mais nada menos que um discreto e tímido jovem algarvio, de seu nome José Apolinário e cujo principal atributo político era ter recentemente conquistado a presidência da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa. Apesar de ninguém acreditar que Apolinário poderia vir a derrotar Costa na "corrida" à liderança da JS, o experiente António Campos encarregou-se de mostrar o contrário: montou na "sala do jardim" da sede do Largo do Rato uma estrutura única e exclusivamente destinada a apoiar a candidatura de Apolinário; montou uma "rede" de apoios a nível nacional, onde se destacava (aí está...) um até aí praticamente desconhecido jovem de Penamancor mais conhecido por "Tozé Seguro"; e rapidamente ficou claro que a sucessão de Margarida Marques, afinal, não eram "favas contadas" para Costa e consequentemente para o "ex-Secretariado".
E não foram mesmo... Perante uma previsível derrota, Costa optou por sair da "corrida" e, no seu lugar surgiu a candidatura óbvia e nitidamente mais débil de Porfírio Silva, que efectivamente viria a ser derrotado pela candidatura de Apolinário, que durante seis anos (até 1990) "reinou" na JS, altura em que foi substituído por... António José Seguro.
António Costa esse, num discurso durante o congresso que elegeu Apolinário e onde não conseguiu esconder alguma irritação, anunciou o seu abandono da organização de juventude do PS e, dado ter concluído a sua licenciatura em Direito, remeteu-se então à sua actividade profissional no escritório dos advogados Jorge Sampaio e Vera Jardim, deixando a política para segundo plano durante algum tempo.
Enquanto isso e por indicação da JS... António José Seguro viria a presidir ao Conselho Nacional de Juventude, iniciando assim uma carreira política que o levaria, anos mais tarde, a ser deputado, euro-deputado, ministro por duas vezes e agora líder máximo do Partido Socialista.
Será aqui que está a explicação para a irritação que visivelmente Seguro causa ao seu camarada António Costa?
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P.S. - Ao recordar estes episódios, lembrei-me do comentário que Mário Soares fez a António Costa, quando este lhe foi comunicar que tinha subscrito a moção do "ex-Secretariado". Depois de escutar Costa e as suas razões, com um tom displicente o então secretário-geral socialista lançou-lhe: "Ó António que pena... Um jovem com tanto futuro e arruina tudo por causa de uma caneta...".

sábado, 24 de setembro de 2011

Thomaz e Cavaco: sem tirar nem pôr...

NOS ÚLTIMOS dias tive oportunidade, no decurso da viagem que Cavaco SIlva efectuou aos Açores, de escutar o actual Presidente da República numa verve e estilo que me fizeram recordar um seu antecessor no cargo - no caso, o contra-almirante Américo de Deus Rodrigues Thomaz, vulgo o "almirante Tomás", que foi autor de algumas  "tiradas" célebres até 1974 e às quais, agora, as aparentemente descontraídas declarações de Cavaco em nada ficaram atrás. Será que isso se pega e estamos a assistir a uma gradual "tomazisação" do actual chefe de Estado? Ou não passará de coincidência?

E querem ver que o "pirata" é o outro?!

NÃO SEI porquê, mas com esta overdose a que temos sido sujeitos à conta do já celebérrimo "buraco" nas contas da Madeira, dou comigo sempre a pensar naquele verdadeiro paradigma da manhosice e das contas feitas "à medida do freguês" que responde pelo nome de Vítor Constâncio  e que, para além de ser responsável pelo total falhanço do papel fiscalizador do Banco de Portugal relativamente (pelo menos...) ao BPN e ao BPP, ainda arranjou descaramento para aldrabar "défices orçamentais" à medida das necessidades de quem lhe encomendou a tarefa e muito possivelmente ajudou a "abichar", uns anitos mais tarde, um lugar no board do Banco Central Europeu - e ainda por cima com o pelouro da "fiscalização". Afinal não sei quem é que saiu mais caro: se Alberto João Jardim e os seus 5,8 mil milhões ou se o antigo governador do Banco de Portugal... Alguém quer (e sabe) fazer as contas?!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A triste história de um hotel nas mãos de um especulador

EM FINAIS dos anos 80, em plena "fúria da bolsa, o mítico Hotel Savoy no Funchal foi comprado pela "dupla" formada pelos então emergentes empresários Horacio Roque e Joe Berardo, ambos com profundas ligações à África do Sul. Feio, piroso, demodé, decadente, apesar de tudo o Savoy  mantinha um certo encanto, muito devido às mil e uma estórias de que foi palco, como aquelas que envolviam os "gibraltinos" que durante a II Grande Guerra ali se refugiaram a expensas do governo britânico. Conta-se aliás que, em 1945, no dia da rendição germânica, a festa foi de tal ordem entre os hóspedes que o hotel ficou parcialmente destruído... Pouco tempo após terem adquirido o hotel, os seus novos proprietários decidiram (como era moda na época...) cotá-lo na bolsa e "encaixar" umas quantas centenas de milhares de contos. Mas a meio do processo, a bolsa afinal virou "gato por lebre" e as intenções da então "dupla-maravilha" em empochar uns valentes "cobres" a quem quisesse investir no Savoy foram por água abaixo. E desde aí, remodelaçãozita aqui, remodelaçãozita lá, o Savoy foi perdendo o algum encanto que ainda lhe restava e afirmando-se cada vez como o "palácio do kitsch" e deixando definitivamente de ser um dos hotéis de referência do Funchal (ainda que num patamar significativamente inferior ao Reids, por exemplo) para tornar-se numa vulgar unidade hoteleira, com um serviço medíocre e um passado cada vez mais oculto. Hoje abro o jornal "i" e leio uma notícia sobre as obras (paradas) do Savoy ("Berardo sem dinheiro para novo Savoy Madeira"), ilustradas por uma fotografia que mais parece tirada em Beirute que propriamente no Funchal, com os jardins destruídos e o edifício todo esburacado. E tenho que confessar duas coisas: uma, que tenho pena; a outra, que o sr. Berardo irrita-me cada vez mais!

Aristides Pereira: um exemplo


MORREU HOJE em Coimbra o primeiro presidente de Cabo Verde, Aristides Pereira  e que foi um dos mais fortes e claros exemplos de como em África, apesar de tudo, há quem paute a sua conduta pessoal e política por uma seriedade a toda a prova. Recordo agora que em 1991, quando abandonou a chefia do Estado cabo-verdiano ao fim de 16 anos de exercício do seu mandato num regime de partido único, Aristides Pereira não possuia sequer uma casa onde viver... Entrevistei-o na Cidade da Praia para a Radiogeste (89.5, "Lisboa e tudo à volta", lembram-se?) no final dos anos 80 e guardo daquela hora de conversa a imagem de um homem bom, afável e algo tímido. Mas alguém muito determinado em fazer valer um pragmatismo que em muito contribuiu para que Cabo Verde se afirmasse em África e no Mundo como um exemplo a vários níveis.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Uma imbecilidade da D.Edite

CERTAMENTE SEM saber o que fazer lá por Bruxelas, a euro-deputada Edite Estrela teve mais um assomo de imbecilidade e resolveu anunciar que ia propôr ao Parlamento Europeu a instituição do "Dia Internacional da Rapariga"... E justifica essa sua iniciativa bacoca e idiota pelo facto de poder vir a servir "para assegurar aue as raparigas usufruem do investimento e reconhecimento que merecem como cidadãs e importantes agentes de mudança, a começar pelas suas próprias famílias(...)". Que tristeza...

Franqueza, antes de mais...


ACHO QUE o primeiro-ministro teve ontem uma excelente prestação televisiva. Mostrou franqueza, realismo e um conhecimento dos dossiers. E mesmo o facto (que algumas oposições criticaram) de ter alvitrado possíveis futuras medidas relativas ao IVA e à já "famosa" TSU só mostra que, contrariamente a outros,  Pedro Passos Coelho preferiu não "esconder jogo". Mas o que na minha opinião mais ressaltou da entrevista à RTP foi a franqueza que "passou" a quem seguiu a sua prestação televisiva. E nos tempos que correm, habituados que temos estado a um contínuo desfiar de "estórias da carochinha",  essa mesma franqueza é de louvar...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O substituto de Passos Coelho


COM AS simultâneas ausências do território nacional de Pedro Pasos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas, cabe ao ministro da Defesa José Pedro Aguiar Branco, enquanto "número quatro" do governo assumir interinamente a funções de primeiro-ministro. Citando D. Luísa de Gusmão: "Vale mais ser rainha por uma hora que duquesa por toda a vida!".

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A troika desmancha-prazeres...

CUSTA-ME A perceber porque é que insistem em denominar Joe Berardo como "empresário" e não pela verdadeira ocupação que ele possui - a de especulador. A propósito: ninguém me tira da cabeça que, agora com a troika a abrir tudo o que é gaveta, Berardo estará em muito piores lençóis que o seu conterrâneo Alberto João Jardim. Pois é...

sábado, 17 de setembro de 2011

"Público": a chance de vender mais um exemplar

SERÁ QUE alguém pode elucidar-me se esse grande vulto das letras e do jornalismo português que dá pelo nome de Maria João Avillez e que, em tempos idos, foi a verdadeira "anfitriã do regime", iniciou uma colaboração regular no "Público"? É que se assim for e após ter lido um hilariante trecho de um artigo da senhora em causa na edição da última sexta-feira daquele diário, onde era descrito à exaustão, um pequeno-almoço à mesa de Pedro Passos Coelho (com croissants e tudo...) encaro seriamente a hipótese de voltar a comprar o "Público" - nos dias em que a D. Maria João nos brindar com as suas apuradas e doutas reflexões políticas! Não convém é ser no dia em que sai o "Inimigo Público", porque isso seria certamente considerado "concorrência desleal"...

Ainda sobre o filho da D. Dolores...

EM JUNHO de 2009, ainda existia o semanário "+Cascais", tive oportunidade de escrever este texto. Apesar de já terem decorrido mais de dois anos, acho que vale a pena (re)publicá-lo:

"Há uns anos atrás, Portugal teve a sorte de posssuir uma geração de futebolistas que conseguiam aliar o seu talento e arte a uma maneira discreta e civilizada de estar na vida. Uma geração que teve em Luís Figo o seu expoente máximo, mas em que desportistas como Rui Costa, Fernando Couto, Paulo Bento, Dimas, Paulo Sousa e Vítor Baía, entre outros, pautaram o seu quotidiano por uma conduta praticamente irrepreensível e que lhes valeu o respeito e a admiração de adeptos, treinadores e dirigentes, sentimentos esses que hoje, embora já afastados da prática desportiva, continuam a suscitar. Decididamente foram a “geração de ouro” do nosso futebol, tanto pela sua capacidade enquanto atletas como igualmente pela sua postura enquanto homens e cidadãos.
Muitos deles não tiveram uma infância fácil, sabe-se lá quantas dificuldades passaram e quantos sacrifícios fizeram para alcançarem um lugar na vida em que o bom-senso, a inteligência e acapacidade de sofrimento foram fundamentais. Alguns, desde muito novos, ficaram longe da família, em lares de jogadores que nem de perto nem de longe possuiam as condições que, hoje em dia, as “academias” têm; outros passaram as “passas do algarve”, emprestados a equipas de segunda ou terceira linha até conseguirem, pela primeira vez, envergar a camisola do clube em que se formaram; e alguns viram-se obrigados, desde muito novos, distantes dos que lhe eram mais próximos, a lidarem com a fama e com tudo o que de perniciosa esta pode arrastar.
Vem isto naturalmente a propósito daquele que hoje é considerado como “o melhor futebolista do mundo” e que, por mais mirabolantes fintas que possa protagonizar, por “ene” golos que possa marcar ou por outras e inúmeras demonstrações de talento que possa espalhar pelos relvados dessa Europa fora, não consegue chegar nem de perto nem de longe aos calcanhares daqueles o precederam na fama e no estrelato do nosso futebol. Por muito que ele se passeie ao volante de “topos de gama” (será que sabe guiar?); se sente à mesa dos melhores e mais caros restaurantes pelo mundo fora (ainda levará a faca à boca?); se “farde” com as marcas da moda que lhe impingem nas lojas mais caras das capitais europeias (será que já largou a peúga branca?); se hospede nos mais luxuosos hóteis que existam ao cimo da terra (alguém lhe poderá ensinar que não se anda de boné dentro de casa?); ou se pavoneie com apelativas e dispendiosas loiraças (atenção que a flutede champanhe às vezes é de sumol...), que quem possui da vida a experiência que os anos transmitem percebe que, não tendo ele de facto passado ao lado de uma grande carreira como futebolista, decididamente já passou ao lado de uma vida que infelizmente não será um exemplo (bem antes pelo contrário...) para ninguém.
Sejamos claros: a imagem que o jovem madeirense e aquela inenarrável “trupe” que o segue a todas as partes transmite é grosseira, perniciosa e incómoda. E o “rasto” que provoca, a impressão que fica é tudo menos recomendável para os muitos milhares de jovens que o têem como um ídolo. E quem, com parangonas a divulga a sete-ventos na ânsia de vender mais uns milhares de exemplares ou conquistar mais uns quantos pontos de “share” televisivo é cúmplice nesta autêntica e descabida vergonha e ópera-bufa que se transformou o dia-a-dia desta “estrela” pífia e sem rumo.
A diferença entre, por exemplo, um Luís Figo e esta figurinha é a diferença entre um senhor e um garoto. E a verdade é que., goste-se ou não das artes futebolísticas do jovem Aveiro, ele não passa de um garoto: irresponsável, deslumbrado e na periclitante fronteira entre o sucesso e o abismo, ou como quem diz entre ser estrela no Santiago Bernabéu ou andar às moedas em Câmara de Lobos - com tudo o que isso implica..." 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cristiano Ronaldo, o protótipo do energúmeno!

O FILHO daquele paradigma do "pirosismo" que responde pelo nome de D. Dolores Aveiro anda muito incomodado com as vaias que tem vindo a receber por tudo o que é estádio onde tenta passear a sua arroganciazita, própria do verdadeiro "grunho" que sempre foi e que o dinheiro, por muito que possa correr por aquelas bandas, nunca disfarçará. Parece que ontem, no campo do Dínamo de Zagreb, o rapazolas foi contínua e permanentemente assobiado pelos espectadores afectos ao clube da casa - a ponto de no final do desafio o alarve ter desabafado para os jornalistas: "Assobiam-me porque sou rico, bonito e um grande jogador". Coitado... O pateta ainda não percebeu que é assobiado por não passar de um energúmeno, isso sim! 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

MInistro sofre...


Isto está bonito, está...

HÁ UMAS semanas atrás tive oportunidade de presenciar o momento em que, num local público e de grande afluência, um ministro prestava declarações a inúmeros repórteres de televisão, rádio e imprensa. Postado a cinco ou seis metros do ajuntamento formado à volta do governante, comecei a prestar atenção à postura e comentários de quem passava e que nem sabendo o que ali ocorria nem que ministro ali estava, não poupava insultos e impropérios ao governante em causa. Hoje, junto à ciclovia do Guincho, a Câmara Municipal de Cascais promoveu uma cerimónia (aparentemente o  mais simples possível) para - vim a saber mais tarde - assinalar a entrada em utilização de umas bicicletas eléctricas que são carregadas por painéis solares e que se destinam a ser emprestadas a quem as quiser utilizar nessa ciclovia. No outro lado da estrada, cruzei-me com um indivíduo que, estático e olhando fixamente para o evento que decorria a 15 ou 20 metros, me interpelou: "Isto com uma caçadeira é que era bom! Limpava-os a todos...". Não resisti e perguntei-lhe quem era que estava do outro lado da estrada e a quem ele desejava tanto mal. Resposta pronta e bem sintomática do estado geral do energúmeno em causa: "Sei lá, mas são chulos de certeza!". Isto está bonito, está...

domingo, 11 de setembro de 2011

Falta de vergonha na cara!

É NOTÁVEL a forma como alguns ex-ministros socialistas e dirigentes do partido liderado por José Sócrates até há bem pouco tempo, surgiram no palco do congresso de Braga como que assobiando para o lado e como quem não tem nada a ver com a grave situação económica e social a que chegou Portugal. Ou seja, para eles os seis anos em que Sócrates governou o País pura e simplesmente não existiram, o Partido Socialista nada a teve a ver com eles e a culpa toda (e mais alguma...) é do actual governo que por acaso tomou posse nem há cem dias. Há quem chame "lata" a este tipo de comportamento, mas cá para mim isso não passa  de uma enorme e deplorável "falta de vergonha na cara"!

Menos mau-feitio, precisa-se...


MUITO POSSIVELMENTE por neste momento encontrar-se aparentemente num "beco sem saída" em termos políticos, António Costa tem mostrado uma agressividade que sempre conseguiu ao longo dos anos esconder, mas que agora - mercê do marasmo em que se encontra a Câmara de Lisboa, da derrota clara que sofreu no congresso do seu partido e das suas ambições políticas tanto no que diz respeito a uma reeleição à autarquia alfacinha como a uma hipotética e desejada candidatura presidencial estarem aparentemente "hipotecadas" - vem ao de cima de uma forma desconcertante. A forma como há semanas tentou "desqualificar" o seu camarada António José Seguro afirmando que não o conhecia; a agressividade que mostra semanalmente na "Quadratura do Círculo"; o "amuo" em directo que ontem protagonizou com o agora líder do seu partido; e a forma arrogante como responde a muitas das perguntas que lhe são colocadas na entrevista que é publicada no "Diário de Notícias" de hoje, revelam bem o estado de espírito daquele que começa nitidamente a recear parecer-se com aqueles futebolistas que passaram as suas carreiras a serem considerados "eternas esperanças"... e disso mesmo não passarem.  Um bocadinho de melhor feitio era capaz de ajudar...

sábado, 10 de setembro de 2011

Rica "primavera"...

O ASSALTO e invasão da embaixada israelita no Cairo ilustra bem o caminho que a suposta "primavera política" naquela zona do globo vai tomar. A Europa, com o seu cinismo e a hipocrisia ao apoiar o derrube de Mubarak, Ben Ali e Kadhafi, veio dar uma preciosa ajuda ao fundamentalismo islâmico e à instabilidade política militar numa região que agora, mais do que nunca, está-se a tornar numa bomba ao retardador. E a dois passos do nosso continente...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um pedido estranho...

UM DOS telegramas da embaixada norte-americana em Lisboa, que foram revelados ontem pela revista "Sábado", está a causar um grande mau-estar no palácio das Necessidades. É que na missiva que o embaixador americano enviava para o Departamento de Estado, transmitia o pedido feito pelo diplomata Nuno Brito para que a embaixada portuguesa em Washington, na altura chefiada por João Valera  (um dos melhores diplomatas portugueses da sua geração) fosse mantida totalmente à margem de tudo o que dissesse respeito ao processo de transferência de presos da base de Guantanamo. E dado que a competência de Valera é considerada a todos os níveis inquestionável, o único motivo que se encontra para a estranha atitude do seu colega Brito, na altura director-geral de Política Externa do MNE, é que este se quisesse "pôr em bicos de pés" junto dos norte-americanos. Curiosamente, ou não, o posto de embaixador de Portugal nos Estados Unidos é hoje ocupado por... Nuno Brito. 

Os inspectores à solta...

A INSPECÇÃO que a "troika" se prepara para fazer aos bancos portugueses e a análise "à lupa" dos grandes empréstimos concedidos nos últimos anos, anda a deixar muito boa gente preocupada.  Joe Berardo por exemplo, que ainda há bem pouco tempo armava-se em "referência ético-moral" no conflito que teve o BCP como palco, anda nitidamente a deitar contas à vida e a rezar a todos os santinhos para que não lhe revejam prazos e condições. E   lá para os lados do Marquês de Pombal, Joaquim Oliveira (a quem já não bastava a ofensiva de Pais do Amaral nos direitos televisivos do futebol) parece encarar cada vez mais a sério a hipótese de desfazer-se rapidamente dos (poucos) títulos de imprensa que lhe restam. Isto não está (mesmo) nada fácil...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As hesitações do dr. Seara

PUTATIVO CANDIDATO a tudo o que seja eleição - desde a autarquia alfacinha até (pasme-se!) à liderança do PSD, passando agora pela presidência da Federação Portuguesa de Futebol - Fernando Seara é conhecido nos mentideros políticos por sempre, à última hora, dar o dito por não dito e esgrimindo desculpas esfarrapadas furtar-se a entrar na "corrida". Uma vez é "a Mãe", outras vezes a D. Judite - o esquivo Seara arranja sempre maneira de "fugir com o rabo à seringa". Um aviso amigo a todos os que, convictos ou não, já enfileiram numa candidatura à sucessão do inefável dr. Madaíl que afinal pode não passar de um "tiro de pólvora seca"!

E já lá vão três meses!

PASSOU-SE MAIS um mês (já vão três!) desde que a euro-deputada Ana Gomes lançou publicamente insinuações gravíssimas acerca de Paulo Portas, e continuamos sem saber se o agora chefe da diplomacia portuguesa, como prometeu na altura, já processou a antiga embaixadora de Portugal na Indonésia. Talvez não fosse má-ideia esclarecer...

Atenção...

HÁ COISAS no mínimo curiosas... Alguém já reparou que, tanto o já famigerado "caso das secretas" como a estranha contratação de 6 mil funcionários públicos ocorreram durante o último governo e praticamente ninguém refere esse facto? É que, ao ler os jornais e ao assistir aos telejornais das nossas Tv's, quem estiver mais desprevenido ou menos atento a estas coisas da política, certamente pensará que tudo isso se passou no "consulado" de Passos Coelho. Enquanto isso, numa qualquer esplanada de Paris, José Sócrates vai devorando avidamente as sebentas de Filosofia. Sorrindo, certamente...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Trocas e baldrocas

AGORA QUE Nuno Vasconcelos veio a terreiro garantir que o seu grupo não está interessado em concorrer à privatização da RTP e que a televisão da Ongoing é... a SIC, o dr. Balsemão tem obrigatoriamente de começar a ficar seriamente preocupado com as investidas do seu afilhado e sócio no capital da estação de Carnaxide.  Especialmente num  momento em que a Rede Globo (o seu parceiro de sempre nas aventuras televisivas) analisa com a maior discrição uma possível entrada na "corrida" à privatização do canal público e que os responsáveis da também brasileira Rede Record admitem encontrar uma parceria em Portugal que lhes permita colocar um pézinho por estas bandas. E como a Ongoing nunca escondeu que a "componente TV" é-lhes essencial no projecto, cheira-me que isto ainda vai dar grandes voltas e ainda vamos ver os herdeiros da familia Marinho sentados na Marechal Gomes da Costa e o bispo Edir Macedo de braço-dado com Nuno Vasconcelo lá para as bandas de Carnaxide... Vai uma aposta?!

domingo, 4 de setembro de 2011

Maldita dor de corno!

CONFESSO QUE durante algum tempo fui espectador do "Eixo do Mal" - isto num tempo em que este programa da SIC-Notícias tinha como "comentadores residentes" pessoas que nos garantem sempre uma significativa dose de inteligência (e independência, diga-se de passagem...) nas suas opiniões. Refiro-me, por exemplo a José Júdice que, apesar das presenças da inefável e ziguezagueante Clara Ferreira Alves, de um insuportável rapazolas chamado Daniel Oliveira e que deu os seus primeiros passos no jornalismo sob a batuta de Artur Albarran no defunto "Século", conferia ao programa uma consistência e qualidade que nunca mais possuiu - isto apesar de Luís Pedro Nunes que - reconheça-se - por vezes ainda consegue, com as suas opiniões, elevar o nível e o interesse do debate. Mas Júdice incomodava... Não só o poder de então, mas e principalmente os seus colegas de mesa que, por muito livro e autor que pudessem citar, por muito "tu cá e tu lá" que pudessem alardear com os protagonistas das notícias, dificilmente escondiam um complexo perante a quem deviam o contacto com alguns autores ou a hipótese de terem-se "infiltrado" em algumas tertúlias e grupos bem-pensantes cá do burgo. Mais: o Júdice pensava, que raio! Qual era a solução? Correr com o Júdice, pois então... E substitui-lo por quem? Por alguém que fosse maleável, que não fizesse sombra à "patroa", que não se atrevesse a questionar o "casalinho" e, já agora, que à direita simulasse umas "pegas" com o Oliveira do Bloco. Quem? O Marques Lopes? O Marques quê? Aquele, redondinho e careca, tipo "queijo flamengo" que anda sempre atrás do Passos Coelho e se ufana de ser o seu ideólogo. Quem ? O sobrinho do outro, o dos parques... O Pedro Marques Lopes, o dos blogues... Venha então o rapaz! Ele que se sente e que bote faladura, que o que é preciso é a Clarinha ter compéres e que de preferência não a ofusquem! Mas alguém o conhece? O Passos Coelho, pelo menos... Pronto, 'tá bem, contratem-no! E lá se sentou a criatura, não cabendo em si de contente, alcandorado a um estatuto que é assim como uma mistura de comentador e clown, sempre piadístico, noutros tempos certamente com lugar cativo no elenco dos "Parodiantes de LIsboa". Os meses foram passando, Sócrates definhando, Passos crescendo e Lopes emagrecendo, exactamente à proporção da crescente ambição e sonho que dificilmente disfarçava por um lugarzinho na nomenklatura laranja que se avizinhava. Mas como diz o outro... a vaidade por vezes mata. E dentro do inner circle de Passos, a precipitação com que Marques Lopes postava antecipadamente no seu e outros blogues a estratégia social-democrata, porventura para armar-se em "estratega do passismo", levou a que, por precaução e não fosse o Diado tecê-las, a pouco e pouco o pusessem de lado, o deixassem de ouvir e lhe cortassem o acesso aos dossiers estrategicamente fundamentais. E aí é que foram elas! Preterido no staff de Passos Coelho, olhado com desconfiança, sem grande chance de vir a ser o quer que fosse num futuro governo, o anafado Lopes olhou à volta sôfrego em encontrar um papel que lhe permitisse continuar a ter assento na mesa dos sábados à noite. Como? Então o dr. Balsemão (que no fundo é quem assina o chequezinho no fim do mês...) não está furioso com o Pedro e com o Miguel? E deve certamente ter pensado: quem melhor do que eu, praticamente "pai" do tal "passismo", para zurzir-lhes a torto e a direito?! Para bater no Relvas, no Passos, no gajo das Finanças, até na Ongoing se for preciso?! E no Braga de Macedo! O Santana Lopes vai para a Santa Casa? É dar-lhe também... É que enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. Que é como quem diz: enquanto vai criticando os seus pares de ontem, a cadeirinha é dele, a D. Clara (que ainda não conseguiu ser convidada para nada deste governo) vai dando-lhe a benção, o dr. Balsemão o cheque e o facto de dar aparecer nos ecrãs serve para que o Oliveira lhe aguente a páginazita lá no "Diário de Notícias". O único problema é que quem conhece a estória nos seus detalhes e o percurso de Marques Lopes percebe que esta sua reviravolta é, sobretudo, fruto de uma enorme e visível "dor de corno"...

sábado, 3 de setembro de 2011

Uma boa notícia!


A PROPÓSITO do Brasil: parece que o novo embaixador português na capital brasileira vai ser Francisco Ribeiro Telles. O que é indiscutivelmente um bom prenúncio, dada o ainda representante em Luanda ser indiscutivelmente um dos mais qualificados diplomatas da sua geração. Pode ser que agora e ao fim de alguns anos de mera representação, a embaixada em Brasília recupere o espaço e o peso que naturalmente lhe cabem. Uma boa notícia!

O Brasil por quem sabe

EXCELENTE A entrevista de Ricardo Espírito Santo, o "homem forte" dos negócios da família no Brasil, publicada hoje no "Diário de Notícias". Uma visão muito realista de um país em crescimento, mas onde fazer negócios não é sinónimo de "chico espertice". A não perder!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Agora deito-me eu, agora deitas-te tu!"



ENQUANTO QUE, com uma sobriedade e objectividade notáveis, o jornalista ao serviço da TVI Rui Araújo relatava em directo o conflito líbio, os enviados da SIC e da RTP a Tripoli recorriam a todos os meios para encontrar um cenário que lhes permitisse "passar" uma imagem de acossados repórteres de guerra, entre chuva de balas e enfrentando mil e um perigos - ou seja tentando ser eles mesmos o "centro da notícia". Recorro a duas imagens publicadas por Frederico Duarte Carvalho no seu blogue www.paramimtantofaz.blogspot.com para ilustrar o comportamento patético de Cândida Pinto e Paulo Dentinho que, dentro do hotel da capital líbia, escolheram o mesmo muro para se esparramarem e entre ruídos longínquos de tiros relatarem ofegantes um cenário que de guerra pouco ou nada tinha. Esqueceram-se foi de retirarem a garrafa de água do "campo" dando a clara sensação do "agora deito-me eu, agora deitas-te tu!". Para a próxima não se esqueçam de levar um assistente de realização. Dá sempre jeito...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O dr. Balsemão anda a perder a mão...


NÃO SEI se é da idade ou da falta de habilidade dos seus atentos e venerandos funcionários, mas Francisco Pinto Balsemão anda a "perder a mão" no que diz respeito a campanhas movidas contra quem possa ameaçar os seus interesses. Já não bastavam as sucessivas manchetes do seu "Expresso" envolvendo o grupo Ongoing do seu afilhado Nuno Vasconcelos, agora foi a vez da sua "Visão" (onde os "fretes" seja ao patrão ou a quem mais convier sempre foram mais explícitos e descarados!) enviar para o Brasil um bom repórter (verdade seja dita...) para tentar "tramar" o ministro que é responsável pelo previsível processo de privatização da RTP e que, pelos vistos, tanta mossa pode causar a uma visivelmente debilitada SIC. Há uns anos atrás, fosse pelo talento de quem dirigia os seus jornais, fosse pela maior agilidade mental do próprio Balsemão, as coisas saiam elegantemente mais discretas, eram feitas com uma sobriedade que hoje falta e revela que algo anda podre no "reino do dr. Balsemão"...