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domingo, 29 de janeiro de 2012

'Tá bem abelha...


MUITO "OPORTUNA" a manchete do "Expresso" de hoje e onde se dá conta das grandes preocupações de índole social do dr. Cavaco Silva e se tenta passar a imagem que o Presidente da República é um feroz (mas silencioso) opositor das medidas restritivas que o governo de Passos Coelho tem vindo a anunciar. Oportuna (ou oportunista?) porque vê-se à légua que os "recados" vindos de Belém apenas e só possuem um objectivo - o de atenuar as desastradas declarações de Cavaco sobre os seus rendimentos pessoais. Uma esperteza não só saloia, mas obviamente trapalhona. Longe vão os tempos em que a entourage de Cavaco fazia as coisas com profissionalismo, perspicácia e inteligência, "marcando" a agenda política e não desta forma atabalhoada e a reboque dos acontecimentos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sem qualquer margem de dúvida!

HÁ TRÊS dias neste blogue manifestei as minhas dúvidas sobre se o dr. Cavaco Silva seria, ou não, parvo. Hoje, após ter lido as esfarrapadas e parolas justificações que o Presidente da República resolveu apresentar acerca da inenarrável descrição que há dias tentou fazer dos seus rendimentos pessoais, deixei de ter qualquer dúvida: além de querer fazer de nós parvos, o dr. Cavaco é mesmo parvo!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Com quem ferros mata...

A MEMÓRIA tem destas coisas... Quem se lembra da irónica declaração do então primeiro-ministro Cavaco Silva sobre o também então Presidente da República e onde apelava a que Mário Soares fosse ajudado a "terminar o seu mandato com dignidade". Eu lembro... E já agora possuo algumas dúvidas se, tantos anos depois, os portugueses têm agora vontade de contribuir para que o dr. Cavaco termine, também ele, o seu mandato como chefe de Estado "com dignidade". Pelo que tenho visto nos últimos dias, "cheira-me" que não!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Falta muito?


EU NÃO sei (embora tenha fortes suspeitas...) se o dr. Cavaco Silva é parvo. O que eu sim sei é que o dr. Cavaco Silva tem uma irresistível tendência para fazer de nós... parvos. E isso - peço desculpa! - chateia-me e é uma coisa que pura e simplesmente não lhe admito, ainda para mais desempenhando a pessoa em causa as funções que desempenha. Já não bastava o descaramento com que o sujeito em causa tem surgido publicamente a "tirar a água do capote" relativamente às muitas responsabilidades que lhe cabem enquanto primeiro-ministro - cargo que ocupou durante 10(!) anos - nesta crise em que o País está mergulhado, vem agora a cavacal figura meter as mãos pelos pés e os pés pelas mãos a tentar "deitar areia para os olhos" dos portugueses no que diz respeito aos seus rendimentos mensais. E com uma esperteza (bem) saloia, em frente de câmeras e microfones, tentou misturar Caixa Geral de Aposentações com universidade, Fundação Calouste Gulbenkian com o "pé-de-meia" do poupadinho casalinho Silva e a reforma do Banco de Portugal com um ordenado de Presidente da República que supostamente a que terá renunciado. E tudo isso para quê? Para baralhar-nos, pensando que ninguém iria perceber que optou pela reforma do Banco de Portugal porque o seu valor é significativamente superior ao vencimento enquanto chefe de Estado. E isto já para não falar das despesas de representação a que naturalmente tem direito e a que obviamente não renunciou, tal como as inevitáveis e justificadas mordomias que o Estado naturalmente concede a quem ocupa o palácio de Belém. É por estas e por outras que começamos - todos - a ficar fartos de alguém que já ultrapassou o "prazo de validade" e a quem, juntamente com aquele paradigma da piroseira nacional que é a sua Maria, queremos é ver pelas costas... Falta muito? É que o descaramento, a desfaçatez e a falta de bom senso, especialmente para quem é Presidente da República, tem limites!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perguntar não ofende...

MUITO CURIOSA a revelação, vinda hoje a público no jornal "i", da importância que o presidente da CIP teve em todo o processo negocial que conduziu à assinatura do Acordo de Concertação Social, nomeadamente em convencer o secretário-geral da UGT a aceitar algumas alíneas do aparentemente controverso documento. Será que apesar de estarem em "trincheiras" opostas existirá algo de cariz mais espiritual que unirá António Saraiva e João Proença?

O bastonário e a ministra

A 18 de Junho passado e sob o título "O elogio do bastonário" e a propósito da efusividade que caracterizou a reacção de Marinho Pinto à indigitação de Paula Teixeira da Cruz como ministra da Justiça, escrevi: "Um amigo, que nunca perde uma oportunidade para mostrar a sua ironia, não resistiu a ligar-me há uns minutos atrás e confessar-se muito perturbardo com o elogio público que o bastonário da Ordem dos Advogados fez da nova titular da pasta da Justiça: "Não augura nada de bom, esta esfuziante alegria de Marinho Pinto, nada mesmo...", dizia-me com uma voz aparentemente muito séria. Seis meses depois, percebo que o meu amigo estava cheio de razão!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mozart


SE EXISTEM "lojas selvagens" dentro da Maçonaria, será que agora também existem "lojas de conveniência"?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vale a pena comparar...

VALE A pena atentar na forma como hoje alguma imprensa tem tratado a questão referente à indigitação de Manuel Frexes, presidente da Câmara Municipal do Fundão há uma década, para a administração do grupo Águas de Portugal. Leia-se então o título do "Diário de Notícias" desta manhã: "Águas de Portugal exigem 7,5 milhões de euros a novo administrador que vai receber 150 mil euros de salário". E agora, uma chamada do texto publicado pelo jornal "i" e assinado pela jornalista Liliana Valente: "A câmara do Fundão – de onde Frexes, por agora, só ainda admite vir a sair – tem por pagar actualmente 7,5 milhões de euros à Águas do Zêzere e Côa, uma subsidiária da AdP". Palavras para quê? É por estas e por outras que lá para os lados da Avenida da Liberdade não falta quem se queixe amargamente da progressiva queda de leitores...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A overdose de Junqueiro

ACABEI DE no "Jornal da Uma" da TVI ver o socialista José Junqueiro, com uma lata verdadeiramente inacreditável e com um ar de "virgem ofendida", mostrar-se muito surpreso por algumas nomeações que este governo PSD/CDS tem efectuado nos últimos dias. É que... das duas, uma: ou Junqueiro come muito queijo e esqueceu-se da verdadeira "pouca vergonha" que foram os seis anos da governação socialista em termos de nomeações de amigos e camaradas; ou então, à semelhança de alguns camaradas seus, perdeu completamente a vergonha! Prefiro acreditar que Junqueiro esteja sob os efeitos de uma overdose de queijo...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Rídiculo

O "FOLHETIM" que tem rodeado a nomeação de seis novos membros do Conselho de Supervisão da EDP é bem revelador do estado a que tudo isto chegou, onde à falta de argumentos, busca-se e (re)busca-se episódios e coincidências para justificar o que convém e encontrar "justificações" que, embora esfarrapadas, dão um jeitão para quem certamente não se importava nada de ter tido a chance de indicar alguém para aquele hoje tão badalado Conselho. A mais gritante e ridícula das "ligações" apontadas é a do empresário Ilídio Pinho. À falta de encontrar algum "pecado laranja" ao empresário, "cavaram", "cavaram" e "cavaram" e descobriram que Pinho tinha apoiado a nomeação de Santana Lopes para suceder a Durão Barroso na chefia do governo! Esqueceram-se é que o empresário foi mandatário de Mário Soares nas presidenciais de 2005 e de Jorge Sampaio em 1996. E já agora, que foi o mesmo Soares que indicou Vasco Rocha Vieira (outros dos novos integrantes do Conselho de Supervisão da EDP) para governador de Macau... Vão-se mas é catar!

domingo, 8 de janeiro de 2012

O que eles sabem, já a mim me esqueceu...

TANTA, MAS tanta asneira e ignorância que tem sem sido revelada nos últimos dias acerca de um tema gasto, velho e cansado chamado "Maçonaria"... E que só prova a mediocridade e a falta de preparação - salvo as cada vez mais raras excepções... - de quem hoje em dia escreve na nossa Imprensa e a "manhosice" de quem define os alinhamentos da informação televisiva.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O seu a seu dono...

O MÍNIMO que se pode dizer da forma como Paulo Portas aproveitou e geriu o tradicional "Seminário Diplomático" que habitualmente, nesta altura do ano, reúne em Lisboa os chefes das nossas missões diplomáticas é que o actual ministro dos Negócios Estrangeiros protagonizou (e bem...) um "número" de se lhe tirar o chapéu. Até no facto da sua intervenção ter sido transmitida em directo pela SIC-N e pelo canal de informação da RTP...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O chato


DE REPENTE o País "descobriu" que os seus políticos não possuem dimensão e mundo, que já não existem os Soares, os Sá Carneiros, os Zenhas, os Amaros da Costa ou os Cunhais de antanho, que às mais recentes "fornadas" de dirigentes políticos lhes falta o peso e a "chama" de quem, nos anos 70 e 80, foi protagonista da nossa cena política! Verdade seja dita que não somos caso único... Peçam, por exemplo, a um francês para comparar Sarkozy a Mitterrand; a um alemão para optar entre Brandt ou mesmo Kohl e a chancelerina Merkl; a um espanhol para encontrar semelhanças entre González e Zapatero ou Suárez e Rajoy; a um italiano para escolher entre (apesar de tudo...) Andreotti e Berlusconni - e aposto que o resultado será o mesmo e um certo "saudosismo" imperará por essa Europa fora, independentemente das preferências políticas de cada um.
Mas desenganem-se os que pensam que este fenómeno é recente, que apenas nos últimos anos é que alguma genialidade possa ter dado a alguma mediocridade. Trocando por miúdos: não me venham dizer que esta nova fase começou agora, com a ascensão ao poder dos Sócrates, dos Seguros, dos Passos Coelhos, dos Marques Mendes, das Ferreiras Leite ou dos Jerónimos de Sousa e que se resume a quem, nos últimos anos, conduziu os destinos dos nossos principais partidos Não, isto vem de trás, lá muito de trás! E quem tiver tido a paciência para ler a longa e desinteressante entrevista que Jorge Sampaio deu ao "Expresso" no último fim-de-semana perceberá bem que esse "ciclo" não é de agora, revelou-se bem desde os tempos em que Belém deixou de ser ocupada por alguém - que concorde-se ou não com a sua actuação e ideias - possuía um percurso e vida próprios para dar lugar a um vulgaríssimo cidadão, a quem, para além do ar "abrishtalhado" e de uma actividade académica onde se destacou politicamente mas conseguindo sempre "passar entre os pingos da chuva", nunca se lhe conheceu uma ideia que fosse. Ao longo da sua (penosa) passagem pela Presidência da República, Sampaio foi o paradigma do lugar comum e demonstrou uma triste avareza de espírito, por vezes disfarçada por uns enigmáticos e palavrosos discursos que, depois de "espremidos", se resumiam a uma vulgaridade de pensamento próprio de quem nada tem e sabe dizer. Jorge Sampaio (e que me desculpem alguns amigos que por ele possuem estima...) é uma daquelas personagens em que o nosso País é pródigo em gerar - enfatuados, palavrosos, chatos e que se têm, a si próprios (coitados...), em grande conta. Como diz um amigo, muito dado à linguagem castrense, Sampaio é useiro e vezeiro em dizer "generalidades e culatras".

"Campaign&Elections" em português!


É CONSIDERADA, a nível mundial, como a melhor publicação em matéria de comunicação, estratégia e marketing político. Fundada em 1980, esta revista afirmou-se desde sempre como uma reconhecida fonte de informação, análise e debate para quem faz e gosta de política. A partir de agora e por iniciativa do Hoffman Group, a "Campaign&Elections" tem uma edição digital em português, totalmente gratuita e dirigida a quem, no mundo lusófono, se interessa por estes temas - e onde (diga-se de passagem...) tenho o gosto de integrar o Conselho Editorial. Para receber mensalmente esta nova versão da"C&E", basta aceder ao site http://www.campaignsandelections.com.br. Espero que gostem!