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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Volta Artur, estás perdoado!

CADA VEZ que vejo os "directos" (ou supostos) dos enviados-especiais das televisões portuguesas a Tripoli (excepção feita a Rui Araújo da TVI, verdade seja dita!), dou por mim a sorrir pela crescente "palhacização" que está a tomar conta dos intrépidos e afoitos repórteres que não resistem a serem actores de uma encenação mexeruca e bacoca que pouco ou nada tem de informativa. E dou por mim a lembrar-me da polémica que, há uns anos, rodeava as aparições televisivas de Artur Albarran, então enviado da RTP ao Kuwait durante a Guerra do Golfo, quando meio-mundo criticava o estilo e tom das suas peças jornalísticas. Coitado do Artur... É que comparado com a dupla Pinto&Dentinho, o antigo jornalista não passava de uj menino de coro!

sábado, 27 de agosto de 2011

Peço desculpa, mas...

... CORRENDO O risco de não ser o protótipo do "politicamente correcto" e sem que isso implique uma "validação" dos métodos e actuação dos serviços de informações, causar-me-ia alguma estranheza se, perante uma clara fuga de informação interna no SIED , essa mesma fuga não fosse devidamente investigada pelos próprios serviços. Desculpem lá, mas é o que penso...

Vítor Melícias: um padre mentecapto

PARECE SER moda - pelo menos em certos sectores que apregoam grandes preocupações sociais - contestar medidas de apoio social e que rapidamente são pejorativamente classificada de "assistencialistas", como se isso se tratasse de algum crime grave. Por exemplo, a distribuição de medicamentos ainda com meio-ano de validade às IPSS's em vez de serem destruídos causou um sururu, só digno de quem é (e é preciso chamar os "bois pelos nomes"!) mentecapto. Uma dessas alimária dá pelo nome de Vítor Melícias, é padre e há muito que dá mostras de uma senilidade que não seria perigosa se os media não lhe dessem a atenção que a ele e as suas imbecilidades não merecem. Diz então a criatura à RTP, numa lógica de quem prefere ver os medicamentos destruídos a serem distribuídos a quem precisa: "Não podemos dar restos aos pobres; os restos dos medicamentos, por exemplo". Pois é... e a Igreja deveria ter cuidado em não brindar-nos com esse "resto" de sacerdote que dá pelo nome de Melícias!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

É cá um "suponhamos"...


AO VER as imagens que nos chegam de Tripoli, ninguém me tira da cabeça que ainda vamos ter muitas saudades do folclórico coronel Kadhafi...

sábado, 20 de agosto de 2011

Quando a notícia é... o tubarão

QUANDO UM alegado avistamento de dois tubarões (presumivelmente "martelo") na linha de maré de duas praias do barlavento algarvio domina a actualidade em tudo o que é serviço noticioso televisivo, penso que está tudo sobre em que País vivemos e à mediocridade a que estamos sujeitos por parte de quem define o alinhamento dos nossos telejornais.

México: o novo fôlego


O ARGENTINO Andrés Oppenheimer, porventura um dos mais lúcidos comentadores da realidade latino-americana (e não só...) defende num dos seus últimos textos no diário espanhol "El País" que o aumento dos salários na China é uma "autêntica bendição" para o México e restantes países da América Central. Para Oppenheimer, nos últimos meses tem-se assistido a uma cada vez maior deslocalização de empresas da China para o México. Além disso, a Ford, a Volkswagewn, a Toyota e a Mazda anunciaram recentemente a abertura ou ampliação de unidades industriais no México e a própria indústria aeroespacial, através da Airbus, Eurocopter e Bombardier já anunciaram a sua intenção em expandir as suas operações naquele país. Uma "oportunidade de ouro", nas palavras de Oppenheimer que, confessa, não estar certo se a classe política mexicana saiba aproveitá-la...

Uma vista de olhos em dez pontos

UMA RÁPIDA vista de olhos pelos jornais de fim-de-semana e uma série de dúvidas e observações ficam a pairar sobre alguns assuntos que fazem parte - uns mais que outros - da nossa actualidade. A saber:
1. A curiosidade sobre a quem "vai calhar" o Pavilhão Atlântico. Um dossier a seguir atenta e minuciosamente...
2. O mau-gosto e a inoportunidade de um comentador político pronunciar-se (nem que seja ao de leve e de fugida...) sobre um convite feito a alguém para um cargo para o qual a sua consorte foi aparentemente preterida...
3. A contínua obsessão do "Expresso" a noticiar tudo e qualquer coisa que possa prejudicar a sua accionista Ongoing...
4. Ainda o "Expresso": a particular atenção que, por tudo e por nada, é dedicada ao ministro Miguel Relvas - agora que parece mesmo decidida a próxima privatização da RTP...
5. A certeza de termos cada vez mais um Presidente da República "virtual", tal a apetência de Cavaco Silva para mandar recadinhos pelo Facebook;
6. Os óbvios e preciosos conselhos que Jaime Nogueira Pinto dará ao ministro dos Negócios Estrangeiros em matéria de relações com Angola...
7. A overdose a que ultimamente Eduardo Barroso nos sujeita em tudo o que é TV e jornal, a propósito de tudo e de nada, quase levando-nos a acreditar que é cliente de alguma (boa) agência de comunicação...
8. Os elogios do ex-ministro Correia de Campos ao novo ministro da Saúde, Paulo Macedo!
9. O súbito "apetite" pela gestão do Metropolitano de Lisboa por um grupo francês...
10. Os textos de José Ferreira Fernandes na última página do "Diário de Notícias". Dois mil caracteres quase sempre geniais num jornal infelizmente cada vez mais medíocre...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Afinal, ele sabia tudo...


A EDIÇÃO de hoje do "Sol" noticia que, afinal e contrariamente ao que algumas luminárias puseram apressadamente a correr, Paulo Portas estava perfeitamente a par do convite feito pelo governo a Pedro Santana Lopes para que este fosse o próximo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Uma situação mais do que normal: nem Passos Coelho convidaria Santana Lopes sem comunicar ao seu parceiro de coligação, nem o próprio Santana deixaria de informar Portas do convite que lhe tinha sido feito. Só quem não os conhece - a Passos e a Santana. A dúvida que agora fica é sobre quem pôs a correr o contrário: se a entourage mais fiel ao líder centrista, sempre pronta a "mostrar serviço", se alguém a quem Portas teria "prometido" o lugar depois de se ver preterido (ou preterida...) como membro do governo, se mesmo o próprio Portas para justificar o não cumprimento dessa promessa. Terá sido por isso Portas não se apressou a desmentir a notícia que o dava como desconhecedor do convite a Santana Lopes, deixando que passasse uma semana até tudo ficar esclarecido?

P.S. - A propósito de Paulo Portas, talvez não seja má ideia ler o "Política a sério" de José António Saraiva na página 3 do mesmo "Sol". Desta vez o arquitecto acerta na mouche!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Narciso vs. Menezes

O APOIO público dado por Narciso Miranda a uma cada vez mais provável candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto pode ser bem mais complexo do que aparenta. É que o nome do antigo autarca de Matosinhos já foi por várias vezes aventado como possível candidato à sucessão de Menezes em Gaia. E se é verdade que sempre se colocou a hipótese de Narciso poder vir a encabeçar como independente uma lista a ser apoiada pelo seu antigo partido, não é menos verdade que já não espantaria muito que o PSD viesse a apoiar o antigo militante socialista numa candidatura à Câmara de Gaia - agora que Marco António Costa (o "número dois" de Menezes na autarquia e seu potencial sucessor) está embrenhado em andanças governamentais...

"O quintal de Marques Mendes"

O MINISTÉRIO da Administração Interna já é conhecido nalguns sectores laranjas como "o quintal de Marques Mendes", tal a influência e peso que o antigo líder social-democrata parece ter por aquelas bandas, nomeadamente junto do ministro Miguel Macedo e do secretário de Estado Juvenal Peneda, irmão do seu grande amigo Silva Peneda e seu chefe de gabinete quando Mendes integrava os governos de Cavaco Silva como ministro dos Assuntos Parlamentares. Segundo parece, o único governante que escapa ao controlo de Mendes é o jovem secretário de Estado centrista Lobo d'Ávila, ao que dizem um verdadeiro "moiro de trabalho".

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Marta Chavarrí ou um... interlúdio (indiscreto)


PARA QUEM se "queixa" que este blogue é "só política, política e mais política", aqui fica um post de cariz mais mundano, que é como quem diz próprio de quem dedica atenção à chamada beautiful people. A fotografia foi tirada no sábado passado em Soltróia e a senhora de fato-de-banho encarnado que nela surge é, nem mais nem menos que... Marta Chavarrí, uma presença habitual há uns anos em tudo o que era "prensa del corazón" do lado de lá da fronteira e nem sempre pelas melhores razões... Para quem não se lembre ou pouco ou nada se interesse por estes potains, a então marquesa de Cubas foi a "responsável" (ou melhor "co-responsável") por um divórcio que agitou Espanha no final dos anos 80 - o da poderosíssima Alicia Koplowitz com Alberto Cortina, dois "potentados" de uma Espanha então em pleno crescimento económico e que preparavam uma fusão entre os eus dois grupos - a FFC (Fomento y Contratas) e a Conycon. E como se isto não lhe chegasse, a revista "Interviú" chegou, em 1990, a publicar umas indiscretíssimas fotografias de Marta Chavarrí numa discoteca madrilenha e que deixaram meio-mundo de cara à banda e lhe valeu mesmo ser tema de artigos e mesmo capa em revistas tão influentes quanto a "Time" ou a "Newsweek".

Cabotinismo televisivo


QUEM QUISER ficar definitivamente deprimido logo de manhã, basta ligar a televisão na TVI24 e assistir, nem que seja por dois ou três minutos, a um inenarrável programa intitulado "Discurso Directo" e onde a jornalista Paula Magalhães consegue pôr o mais calmo dos telespectadores à beira de um ataque de nervos. É que é difícil proferir comentários e apartes mais idiotas, deitar boca-fora opiniões mais disparatadas e, no fim de tudo, pensar-se ainda que somos engraçadinhos. O cabotinismo é de tal ordem, que nem vontade de rir dá - apetece mesmo chorar...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Conselheiros de Estado ou comentadores políticos?

TENHO UM amigo que não se cansa de mostrar a sua estranheza com o facto de muitos dos actuais conselheiros de Estado serem, também, comentadores políticos. Segundo as contas que ele faz, pelo menos cinco dos dez conselheiros que ali têm assento por indicação do Presidente da República ou eleição do Parlamento são habitualmente comentadores das principais estações de televisão. E embora o estatuto de conselheiro de Estado não aponte qualquer incompatibilidade nesse domínio, o facto é que existem situações que são, no mínimo, incómodas. Para quem comenta e, verdade seja dita, para quem é "par" dos conselheiros-comentadores...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Atrás dos reposteiros...

ESCONDIDO ATRÁS dos reposteiros do palácio das Necessidades, Paulo Portas continua a brindar-nos com aquele seu jeito tão característico de furtar-se às responsabilidades de quem tem de decidir, tentando passar "entre os pingos da chuva" e assobiando para o lado. O que o líder do CDS ainda não deve ter percebido é que o seu "peso" na coligação liderada por Passos Coelho já não é o mesmo de há um mês atrás. Ou então, já percebeu - e assim estão explicadas algumas "notícias" sopradas a amigos de longa data e que, è falta de assunto na chamada silly season, chegam mesmo a ganhar honras de primeiras páginas, quando não mesmo de manchetes...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

As ambições de Guterres

NO LARGO do Rato consta que António Guterres já teve a oportunidade de manifestar, à nova liderança socialista, a sua total indisponibilidade em assumir uma candidatura à Presidência da República em 2015. A recusa peremptória de Guterres em entrar na "corrida" a Belém prende-se com as francas hipóteses que possui em suceder ao sul-coreano Ba Ki Moon no cargo de secretário-geral das Nações Unidas, cujo segundo mandato terminará em finais de 2016. O trabalho que o antigo primeiro-ministro português tem desenvolvido como Alto Comissário da ONU para os Refugiados, aliado ao facto da Europa não contar com um secretário-geral desde 1981, quando o austríaco Kurt Waldheim foi substituído pelo peruano Javier Peréz de Cuellar, poderá contribuir para que Guterres possa (mesmo) vir a ter fortes chances em ocupar o mais importante cargo nas Nações Unidas.

Um estilo que "passa"... e bem


CHAMA-SE Vítor Gaspar, é ministro das Finanças e apesar de ser obviamente o "mau da fita" deste filme em que vivemos, "passa" na televisão como poucos. Sereno, metódico, educado, sem a tentação de entrar por "terrenos" que não são seus, possui também um dom - o de explicar a quem o entrevista (no caso a uma cada vez mais impertinente Judite de Sousa) que está ali para responder ao que lhe perguntam, não para andar a reboque de sucessivas e despropositados apartes e interrupções de quem está do outro lado da mesa e certamente se julga a "estrela da companhia".

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

(Ainda) a manchete cínica

AINDA A propósito da manchete de ontem do "Diário de Notícias", não resisto a transcrever o post que António Borges de Carvalho publicou no seu blogue: "Primeira página, manchete, cinco colunas vezes duas linhas garrafais. Quatro linhas de lead.Coisa digna do estalar de uma guerra entre a França e Turquia, de um tsunami nos Açores, de cinco mil pessoas mortas por afogamento porque os chineses se puseram a fazer xixi todos ao mesmo tempo.

Nada disso. O jornal do amigo Oliveira, edição Sul, vinha anunciar ao orbe uma rixa doméstica, coisa que seria suposto e é costume aparecer a folhas trinta e nove.Mais ou menos assim: o Quiquinhas foi queixar-se de ter sido selvaticamente agredido pelo marido, um larilas do PSD que até já foi deputado e com quem o Quiquinhas tinha “casado” há um mês. Esta, a notícia mais importante do dia, para o jornal do amigo Oliveira e do impossível Marcelino.Bem escondido na página quarenta e cinco, ou coisa que o valha, um psicólogo qualquer informava as pessoas que a violência doméstica entre pessoas do género (que género?) era coisa vulgar e estava a aumentar todos os dias.

Ora bem. Que se noticie as baldrocas entre “casais”, enfim, vá que não vá. Que se dê a notícia com mais destaque que as que se referem às costumeiras e caseiras lambadas que há por aí aos pontapés, à pala de se tratar de um ex-deputado que até é o director dos serviços de educação – que educação! – da Freguesia de Alcântara, ainda se compreenderia. Mas que um diário, tido por sério, faça disso manchete, é uma vergonha muito maior que as desavenças entre o “marido” e… a “mulher”. Em manchete, valha-nos São Quitério!

Assim vai a “informação” na “piolhoeira”, ou a “informação” piolhosa!"


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uma manchete cínica


PARA QUEM é há muitos anos (com um interregno por motivos que para aqui não são chamados...) leitor constante do "Diário de Notícias", a manchete da edição de hoje do matutino da Avenida da Liberdade é, no mínimo, lamentável e marca definitivamente a correiadamanhãzição de um jornal que já foi, de facto, uma referência na imprensa portuguesa. Publicar uma manchete a seis colunas sobre um suposto caso de violência doméstica envolvendo alguém que foi em tempos deputado é de um profundo mau-gosto, até porque se pudesse existir algum interesse noticioso (repito: se é que pudesse existir algum interesse noticioso...) esse só poderia radicar no facto do tal antigo parlamentar ser assumidamente gay e ter recentemente contraído casamento com um indivíduo do mesmo sexo. Mas não, isso o responsável por aquela manchete não foi fez, demonstrando um cinismo e uma hipocrisia sem limites! Esse facto - se é que é relevante - foi "chutado" para as páginas 12 e 13, onde, ilustrado com uma foto a 4 colunas do suposto agressor, um verdadeiro texto de autêntico "encher chouriços" tenta justificar uma manchete infeliz e, repito, hipócrita e cínica. Ao menos, quem fez e validou a manchete a toda a largura da primeira página do "DN" que tivesse tido a coragem de, passe a expressão, "chamar os bois pelos nomes". Querem um exemplo: "Antigo deputado gay acusado de agredir marido". Mas não - pelos vistos a cobardia imperou lá para as bandas da Avenida da Liberdade...

Macário: mais valia estar calado...

SE EXISTE alguma coisa que sobra a Macário Correia, um dos produtos mais rascas e deprimentes do "cavaquismo" das décadas de 80 e 90, é ter uma "lata" talvez até maior que o seu vasto perímetro abdominal... Poucas semanas depois de ter sido "apanhado" a ocupar uma poltrona da classe executiva entre Lisboa e Bruxelas no mesmo avião em que Passos Coelho, já chefe do governo, optou por viajar em económica, o presidente da Câmara de Faro veio agora, armado em "moralizador da causa pública" questionar a nomeação e salários de assessores e adjuntos governamentais. Independentemente de alguma razão que lhe pudesse assistir nos reparos a alguns casos, se existe alguém que deveria "meter a viola o saco" era o próprio Macário, dado seu afã em ocupar as filas mais à frente do Airbus da TAP e, pelos vistos, muito pouco preocupado no que isso pode acarretar em termos de acréscimo de despesa. Célebre por, quando liderava uma ridícula e bacoca campanha anti-tabagista, ter afirmado que "beijar uma mulher que fuma é o mesmo que lamber um cinzeiro", Macário devia mas era ir lamber sabão...

domingo, 7 de agosto de 2011

Um processo pouco feliz...


O PROCESSO que rodeou a substituição de António Capucho no Conselho de Estado não foi propriamente dos mais felizes e o mau-estar que gerou podia ter sido evitado nem que fosse por um simples telefonema, de modo a que Capucho não viesse a saber da decisão da direcção do PSD pelo jornal. Ainda por cima com quem - honra lhe seja feita! - sempre pautou a sua conduta na vida política por uma inexcedível cortesia e educação...

Portas: sim ou sopas?

JÁ PASSARAM dois meses desde que a euro-deputada Ana Gomes lançou publicamente insinuações gravíssimas acerca de Paulo Portas, então ainda putativo candidato a ministro dos Negócios Estrangeiros. Após uma tíbia e algo atrapalhada reacção e em que foi envolvido o advogado Garcia Pereira (que posteriormente recusou publicamente patrocinar qualquer acção de Portas contra Ana Gomes, sua ex-camarada dos tempos do MRPP), continuamos em saber se o agora já chefe da diplomacia portuguesa "comeu e calou" ou se, como prometeu na altura, já processou a antiga embaixadora de Portugal na Indonésia. Não é mera curiosidade, não - é, isso sim, uma obrigação que o líder de um dos partidos da coligação que governa Portugal tem em deixar as coisas em pratos limpos!

Dá gosto lê-lo!

NÃO SEI se é gordo, magro, alto ou baixo, se tem vinte, trinta ou quarenta anos. Como diz o outro, "não o conheço nem do eléctrico". Chama-se Rui Miguel Tovar, escreve sobre desporto no cada dia mais "pobre" jornal "i" (apesar do meu amigo Rui Costa Pinto, que desde hoje lá assina uma crónica...) e é sempre uma delícia ler os seus inteligentes e criativos textos. Num tempo em que a mediocridade é quase uma constante na nossa decadente e desinteressante imprensa, o talento e a imaginação de Tovar faz-me lembrar outros tempos, onde fazer jornalismo era sinónimo de prazer e inteligência...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Essa não lembrava nem ao careca...

O FACTO do PSD não indicar Paulo Portas para conselheiro de Estado tem tanto de lógico como de normal. Estranho seria que, à quarta-feira, a direcção laranja desse uma "mãozinha" a quem, no sábado anterior, atacou da forma desabrida e irresponsável o seu parceiro de coligação no Funchal. Ou estou enganado?

Adelaide Benchimol Correia

Para ela, toda a saudade que possamos sentir transforma-se obrigatoriamente num enorme sorriso!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Madeira e... os submarinos

NO MEIO de toda a polémica que envolveu mais um dos habituais "números" que Paulo Portas é perito em protagonizar - desta feita no Funchal - o "número três" do governo bem pode agradecer aos deuses que, no dia seguinte, Alberto João Jardim não tenha publicamente lembrado que os famosos submarinos que Portas, como ministro da Defesa, teimou em adquirir não conseguem atracar na Madeira... Das duas, uma: ou Alberto João anda a perder qualidades ou resolveu reservar esse e outros "trunfos" para possíveis futuros ajustes de contas com o líder centrista que visivelmente anda a "esticar a corda" em relação ao seu parceiro de coligação, numa estratégia que, cheira-me, pode ser algo "suicida".

Mourinho: muito mais que um treinador

CONFESSO QUE José Mourinho foi sempre alguém que admirei, tanto na sua vertente enquanto técnico, como pelo seu comportamento fora do "banco". Quem tenha seguido ao longo dos últimos anos, com um mínimo de atenção o seu percurso, percebe que o actual treinador do Real Madrid é alguém fora de vulgar e que a relação que inevitavelmente cria com a esmagadora maioria dos jogadores com quem se cruzou ao longo dos anos não é propriamente comum à generalidade dos treinadores de futebol. Hoje, por mero acaso, li a entrevista do jogador Sílvio, que esta época, trocou o Sporting de Braga pelo Atlético de Madrid, dá ao jornal "A Bola". E a dado passo da referida entrevista, o antigo iniciado do Benfica conta que, com apenas 12 anos, foi levado por Mourinho, então treinador da equipa principal, para o estágio que antecedeu o encontro do Benfica com o Paços de Ferreira. E sabem porquê? Porque o seu o pai tinha morrido dias antes a assistir a um dos seus treinos... Acham que é preciso dizer mais alguma coisa?!

As precipitações de Portas

POR MUITO "chico-esperto" que possa parecer, Paulo Portas por vezes deixa-se inebriar pela vaidade e a soberba que lhe sobram e acaba a cometer verdadeiros erros de palmatória. O "número" que protagonizou há dois dias no Funchal e que lhe valeu a inevitável desabrida resposta de Alberto João Jardim na "tradicional" festa do Chão da Lagoa é um desses erros. Independentemente do seu precipitado e desajustado ataque a alguém que - goste-se ou não - é, para o melhor e para o pior, uma "referência" do partido que é seu parceiro de governo, Portas ainda não deve ter medido que, desde há uma semana, o nosso cenário político-partidário alterou-se substancialmente e a vitória de António José Seguro nas eleições para a liderança do PS leva a que a coligação com o CDS não seja a única solução governativa com estabilidade parlamentar possível para o PSD - mesmo a curo-prazo. Estamos entendidos ou é preciso fazer um desenho?

Machete: do BPN à Caixa

EXÍMIO EM passar entre os pingos da chuva e sempre lesto a abichar pareceres e cargos, Rui Machete lá conseguiu ser indicado para presidente da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos. DE facto, a esta personagem currículo a nível de banca é coisa que não lhe falta... Para quem não se lembre, o insaciável Machete foi presidente do Conselho Superior do BPN ao tempo de Oliveira Costa.