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domingo, 29 de junho de 2008

O "segredo" de Santana Lopes

DENTRO DO PSD, Pedro Santana Lopes (à excepção do fenómeno residual de Alberto João Jardim na Madeira) é o único que possui capital político próprio. Todos os outros valem, quando muito, o que o partido vale em cada momento - isto na melhor das hipóteses... Eleitoralmente, a nível nacional, Santana Lopes - him self - vale entre 7 e 12 por cento. "Soltem-no" por esse País fora, dêem-lhe espaço e logo verão os "estragos" que ele fará nos eleitorados do PSD, do CDS e até em algumas franjas socialistas. Por muito que isso custe à costumeira e pretensa inteligentzia nacional e a uns quantos "iluminados" que, por moda ou ao serviço de alguém, persistem em "zurzir-lhe" constantemente nas páginas da imprensa dita de referência.
Santana Lopes pode e deve personificar a "ruptura" que o PSD e o País necessitam. E como alguém dizia, o "segredo" da sua sobrevivência política está na capacidade de mobilizar esse voto de uma forma estruturada e positiva. Se for preciso, a "correr por fora"...

Manuel Dias Loureiro e a biografia de Sócrates

HÁ COISAS que são difíceis de entender... Na última edição do "Expresso" noticia-se que Manuel Dias Loureiro será, a par do socialista António Vitorino, um dos apresentadores da biografia de José Sócrates ("O Menino de Ouro do PS"), escrita pela jornalista Eduarda Maio e que muitos, entre as quais a própria autora, insiste em classificar, algo surrealisticamente, como "não autorizada" - isto para além e de como adverte o sempre mui atento Frederico Duarte Carvalho no seu blogue http://www.paramimtantofaz.blogspot.com/ omite curiosamente algumas facetas menos felizes da vida empresarial do actual primeiro-ministro.
Independentemente da consideração que me merece Dias Loureiro e do facto de pessoalmente ser-lhe devedor de algumas significativas atenções, não consigo compreender como alguém que - queira-o ou não, goste-se ou não... - é porventura uma das últimas e mais importantes "reservas" do PSD pode participar num evento que, de forma objectiva, não passará de mais uma manobra de propaganda e promoção pessoal do líder socialista. No mínimo, isto começa a ser tudo muito confuso...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O jovem Zé Manel

A costela "peronista" de Saramago

LÊ-SE E não se acredita: a junta de freguesia da terra natal de José Saramago (Azinhaga, será?) decidiu atribuir o nome da sua mulher a uma rua daquela aldeia (ou vila). Não se acredita que Saramago, sempre tão cioso e ufano de supostos padrões e comportamentos éticos, permita uma "peronada" daquele calibre. O disparate não é certamente de quem teve essa absurda e peregrina ideia, mas sim de quem com ela pactuou - ou seja do próprio marido da homenageada...

Cuba: o fim do romantismo

HÁ QUASE 34 anos que viajo regularmente a Cuba. Já lá vivi, já lá estudei, já por lá andei enquanto jornalista, até como turista por lá estive. Se é possível ter um segundo país, então não tenho qualquer dúvida que Cuba o é para mim. Definitivamente! Como Havana é, a par de Évora, Salvador, Florença ou S.Petesburgo, uma das minhas cidades preferidas.
Deixando agora esse lado mais pessoal: regressei de Cuba há uma semana, mais coisa menos coisa. Não ia lá desde, creio, o ano 2000. Encontrei um país à espera... De quê? Ninguém sabe! Mas a verdade é que entretanto Cuba já mudou. E não foram as tão apregoadas medidas protagonizadas pela nova liderança de Raul Castro (telemóveis, livre acesso aos hotéis, etc.) que o fizeram. Não, basicamente quem mudou foram as pessoas. Dentro e fora do regime (salvo aquelas irritantes excepções que existem um pouco por toda a parte), todos perceberam que a mudança é inevitável, melhor, é um facto, faltando agora "apenas" encontrar a rota e o destino. Hoje, em Cuba, fala-se, especula-se (muito). Mas principalmente... espera-se. O quê, ninguém sabe. Como, idem aspas. Quando, ainda menos... Uma coisa é certa: o romantismo e a pureza que de algum modo caracterizaram alguns aspectos e períodos da Revolução Cubana finaram-se. Agora os tempos são de um realismo tão cru que por vezes entristece e que galopa a um ritmo alucinante, a caminho sabe-se lá de quê e de quem. E quem sente Cuba, vê-se invadido por uma estranha e confusa nostalgia...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Título

"Arabia Saudí pide que se controle la especulacion sobre el petróleo"

El País, 23 de Junho, pág.26