COMO QUE por artes mágicas (de vá lá saber-se porque razão...) a exaustiva cobertura fotográfica que documentava a visita do casal Cavaco Silva às obras de remodelação da "residência de Verão" do Presidente da República eclipsou-se da sua página oficial uma semana após o evento em causa. Ficámos assim todos privados de poder constatar o ar deliciado e até deslumbrado de Maria e Aníbal ao observarem o extremo cuidado colocado no restauro do palacete da Cidadela de Cascais que chegou a albergar o Rei D. Carlos. É pena...
... ou "quem não tem cão, caça com gato...", que é como quem diz, uma página e um espaço estritamente pessoal, onde também se comenta alguma actualidade, se recordam histórias de outros tempos e se tenta perceber o que está por detrás de algumas notícias...
Os comentários a este blogue serão moderados pelo autor, reservando-se o mesmo a não reproduzir aqueles que pelo seu teor sejam considerados ofensivos ou contenham linguagem grosseira.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
As confissões de "Boni"
DURANTE ANOS José Bonifácio Oliveira ("Boni") pôs e dispôs durante anos na televisão brasileira, ou melhor dito na todo-poderosa Rede Globo. Homem de confiança de Roberto Marinho, "Boni" foi ao longo de décadas um dos "caras" mais influentes do Brasil. Pertencer ao seu círculo restrito ou somente ter acesso à sua entourage era o sonho de muito político e empresário brasileiro. Há uns anos, "Boni" resolveu abandonar as lides e abrir (com sucesso) um discreto escritório de consultadoria a que inúmeras estações e canais de todo o mundo recorreram. Agora lançou as sus memórias, certamente um dos grandes êxitos editoriais no Brasil durante este ano. Chama-se "O Livro de Boni" e nele o "ex-chefão da Globo" (como é conhecido) revela alguma estórias da sua vida. A destacar, aquela relacionada com o famoso debate entre Lula e Fernando Collor de Mello, nas presidenciais de 1989, onde e apesar do cargo que ocupava na Globo, "Boni" não se coibiu e dar uma "ajudinha" a Collor... Recorda ele numa entrevista há dias: "Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade", recordou. "Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma 'glicerinazinha' e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula - mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco". Segundo ele, essa foi a maneira de "melhorar a postura do candidato junto ao espectador para que ele ficasse em pé de igualdade com a popularidade do Lula". E rematou: "Todo aquele debate foi produzido - não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos". Como diz o outro... "quem a verdade conta não merece castigo"!
domingo, 27 de novembro de 2011
Pedro Santana Lopes
NO DIA em que o Fado foi considerado pela Unesco como "património imaterial da Humanidade" e quando certamente vai andar por aí muito boa gente a pôr-se em bicos de pé e a desdobrar-se em entrevistas, convém recordar quem foi o "pai" deste processo - Pedro Santana Lopes. Que ainda hoje, numas curta e despretensiosa declaração à Rádio Renascença, recordava que a ideia tinha partido de MIguel Almeida (seu antigo chefe de gabinete na Câmara Municipal de Lisboa) e de Sara Pereira (directora do Museu do Fado) e que posteriormente Mariza e Carlos do Carmo tinham sido convidados por ele a serem os "embaixadores" deste projecto.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
António Ramalho Eanes
NO DIA em que se cumprem trinta e seis anos após o "25 de Novembro" e antes que surja o inefável Lourenço a tentar colher os louros que não lhe pertencem, aqui fica a homenagem devida a um homem a quem o País muito deve: António Ramalho Eanes.
"Barrela", precisa-se!
SEM QUERER questionar o direito daquela meia-dúzia de auto-proclamados "indignados" permanecerem "acampados" naquele pequeno larguito entre a escadaria da Assembleia da República e a Fundação Mário Soares, era capaz de não ser má-ideia que, de vez em quando, António Costa mandasse os serviços camarários dar uma "barrela" ao espaço eleito por quem, desde Outubro, ali pacientemente se manifesta.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O casal "contentinho da silva"
NÃO É segredo para ninguém que, por vezes, o casal Cavaco Silva não resiste a um certo deslumbre, que é como quem diz a deixar-se seduzir pelo poder e sua liturgia. "Estórias" não faltam - umas verdadeiras, outras falsas, outras que apenas pecam por algum exagero por parte de quem as conta. E diga-se em abono da verdade que a maioria dessas "estórias" até têm como protagonista aquele verdadeiro paradigma de um certo intelectualismo de trazer por casa que dá pelo nome de Maria Cavaco Silva, a quem apontam (sabe-se lá se injustamente...) um verdadeiro e irresistível fascínio por estas coisas relacionadas com o poder - e não o próprio Cavaco Silva, que nestas coisas dizem (coitado...) não passar de um "pau mandado". Mas vem tudo isto a propósito da cerimónia que ontem teve lugar em Cascais e que, sob o "disfarce" de visita às obras de remodelação do Palácio da Cidadela e de inauguração de exposição intitulada "Jogo da Glória", não foi mais do que a visita do casal Cavaco a um palacete que desde os tempos do Rei D. Carlos serve como "residência de Verão" do chefe de Estado e que agora, por "obra e graça" do erário público, foi palco de uma profunda obra de reabilitação de forma a poder servir o fim a que é destinado há mais de um século. Ninguém contesta a necessidade da obra em causa, o que sim espanta é que em tempos de "austeridade digna" (e aqui cito o próprio Presidente da República), o casal presidencial não tenha tido o bom-senso e a maturidade de, pura e simplesmente, poupar o País a mais um exercício de bacoco e triste deslumbre. E para que não restem dúvidas sobre o ar "contentinho da silva" de Maria e Aníbal ao visitarem aquele que pode vir a ser o seu refúgio de fim-de-semana, aqui fica o link da reportagem fotográfica publicada no site da Presidência da República - http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=59496.
Pedro Passos Coelho
NUNCA TENDO sido um grande entusiasta de Pedro Passos Coelho, tenho que reconhecer que a prestação do primeiro-ministro desde que tomou posse tem-me surpreendido agradavelmente. Mais que qualquer outro membro do governo, Passos Coelho tem conseguido mostrar ao longo destes meses um "calo" que, à partida, não seria de esperar por parte de quem pouca ou nenhuma experiência possui nestas andanças. E principalmente tem mostrado à saciedade uma calma e serenidade que só é possível a quem está bem-intencionado. E é exactamente essa a imagem que o chefe do governo tem conseguido transmitir - a de um homem bem-intencionado, sério e que dificilmente esconde alguma amargura por ser obrigado a protagonizar medidas que obviamente preferia não ter de assumir. Se as coisas lhe correrem bem (que é como quem diz, se todo este esforço de austeridade resultar de facto num "arrumar de casa" e ficarem criadas as condições para que o nosso País possa encarar a segunda metade desta década com outra expectativa), Passos Coelho ficará na história. Possivelmente por não ter pretensões a ser mais do que um homem comum e não surgir aos olhos dos portugueses como "o salvador". Porque de pretensos e supostos "salvadores", estamos nós fartos!
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Alô Horta Seca, aqui Bruxelas...
DO MESMO modo que percebo (e sei...) a influência que Marques Mendes exerce no Ministério da Administração Interna, onde só o jovem e ao que me dizem eficientíssimo secretário de Estado Lobo d'Ávila escapa à "tutela" do antigo líder do PSD, "cheira-me" que no super-ministério da Economia, o controverso Álvaro Santos Pereira anda muito pouco imune a recados, pedidos e pressões da dupla Durão Barroso-José Luís Arnaut, desde sempre muito cúmplices no que diz respeito à colocação de pessoas da sua confiança pessoal e política em lugares dito "sensíveis".
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
En hora buena...
DESCONHEÇO SE Mariano Rajoy vai ser, ou não, o presidente do governo que a Espanha necessita. Pelos vistos, os espanhóis acham que sim... Pode-se gostar muito, pouco, tudo ou nada deste (in)carismático líder do PP, mas numa coisa todos têm de estar de acordo: que extraordinária capacidade de resistência e perseverança Rajoy possuiu ao longo destes sete anos, acumulando sucessivas derrotas e desaires eleitorais, mas nunca "deitando a toalha ao chão"! Nem que seja por isso, que não lhe falte "suerte"...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Paulo Portas: "na mouche"!
O SEU a seu dono: reconheça-se que a mini-reformulação da rede diplomática e consular hoje anunciada por Paulo Portas e em que, entre outras medidas, são "encerradas temporariamente" 7 embaixadas (Andorra, Bósnia-Herzegovina, Estónia, Letónia, Lituânia, Malta e Quénia), primou pela racionalidade e pela lógica. De notar também o facto do embaixador em Paris passar a acumular a chefia da nossa representação na Unesco e do representante em Viena, assumir igualmente idêntico cargo junto da OSCE. Na mouche...
Puxar a brasa à sardinha...
A UIPT (União Internacional dos Transportes Públicos) distinguiu o filme concebido pela Duda Portugal para assinalar os 50 anos do Metropolitano de Lisboa com o Marketing Award para o "melhor filme" produzido no ano de 2010.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Mais do mesmo...
O JULGAMENTO do já célebre "caso Face Oculta" já entrou na segunda semana e ninguém me tira da cabeça que aquilo "vai acabar em nada". Minto... vai acabar com as contas bancárias dos nossos principais escritórios de advocacia um bocadinho (para não dizer um bom bocado...) mais "confortáveis". É como diz um amigo meu: "Aquilo só interessa mas é às grandes superfícies de advocacia!" Pois...
Cassius Clay: um verdadeiro campeão!
QUEM AINDA se lembra da enorme rivalidade entre Joe Frazier e Cassius Clay (depois Muhhamad Ali) não pode ter ficado indiferente à inesperada presença de um cada vez mais debilitado Ali no velório daquele que foi o seu grande adversário no início dos anos 70. Apesar de visivelmente afectado pela doença de Parkinson, aquele que foi o maior boxeur de todos os tempos não hesitou em ir render a homenagem a Frazier, num gesto que só demonstrou a grandeza de um homem que sempre soube ser diferente na sua forma de estar na vida. Um verdadeiro campeão!
A ministra e o bastonário
HÁ UNS meses (poucos), quando vi o bastonário da Ordem dos Advogados elogiar a indigitação de Paula Teixeira da Cruz como ministra da Justiça, não resisti a mostrar a minha estupefacção pela efusiva reacção de António Marinho. Hoje após o amuo público entre bastonário e ministra, com esta última publicamente a "metê-lo na ordem", só posso dizer que o tempo me deu razão...
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
O Cassiano Arnaldo
A ESTUPIDIFICAÇÃO grassa neste País a olhos vistos. Parece que, incomodado pelos mais do que naturais assobios, vaias, apupos e um laser com que os adeptos bósnios brindaram a selecção portuguesa à sua chegada aquelas paragens, o rapazolas (a quem ainda ouvi recentemente ouvi a dupla Aldo Lima e Francisco Meneses apelidarem deliciosamente de "Cassiano Arnaldo"...) mais uma vez não aguentou a pressão e lá teve de fazer vir ao de cima a grunhice, imbecilidade e má-educação que o caracteriza, espetando o dedinho do meio em direcção a quem naturalmente o provocava - ainda para mais sabendo e conhecendo a sua susceptibilidade. Mas se é verdade que já nada espanta no energúmeno em causa (que recentemente até se comparou - ele mesmo - a um Ferrari ou a um Porsche, ou lá o que foi!), o que sim continua a surpreender é a celeridade e destaque que os nossos jornalistas dão a uma atitude que tem tanto (ou mais) de condenável que a natural indignação de meia-dúzia de "índios" adeptos de uma selecção qualquer e que resolvem assobiar e insultar o "artista" da equipa adversária. Tão mal esteve o garoteco como quem deu a importância a mais uma das suas atitudes imbecis. Ai, que saudades dos Figos e Cia., porventura ainda mais causticados pelos adeptos das equipas adversárias e que, serena e educadamente, sempre se comportaram como "senhores" dentro e fora do campo!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Magno e o burro...
POR ENGANO (aliás só poderia ser mesmo por engano...) comprei hoje a "Visão". E apesar de considerar que a revista com que o dr. Balsemão gosta de "piscar o olho" a uma certa esquerda é um verdadeiro ninho de cabotinos e idiotas (salvo raras excepções - as tais que confirmam a regra...) lá me atrevi a dar uma olhadela a um ou outro texto. Deti-me então no perfil de Carlos Magno, que está a ponto de ocupar a presidência da Entidade Reguladora da Comunicação Social e que, apesar de ter sido durante anos um verdadeiro "bombo da festa" dos seus colegas de ofício, foi sempre alguém por quem nutri alguma simpatia - quanto mais não fosse exactamente pelo facto de em tempos ter sido "moda" em certos círculos fazer "tiro ao Magno"... Podia-se (ou pode-se) concordar, ou não, com o Carlos Magno, mas a verdade é que ele sempre pensou pela sua cabeça, nunca se preocupou em alinhar em folclores ou adoptar posturas "politicamente correctas". Que às vezes era um bocadinho ridículo? 'Tá bem - e quem não é (ou foi)? Que não escondia as suas simpatias políticas? Ainda bem! Bom, mas adiante... Vem isto a propósito de um episódio que a páginas tantas é contado sobre um "famoso" burro que, nos idos de 1995, foi entregue na redacção do Porto do "Expresso", onde então Magno era figura de proa. Conta o próprio que o jumento em causa lhe teria sido oferecido porque ele teria descoberto que os rapazes da JSD inscreviam falsos militantes, de forma a alterar os cadernos eleitorais do PSD. Não, não foi por isso. O dito asno, comprado a uns ciganos que estavam acampados lá para os lados de Francelos, foi oferecido (e entregue na redacção da Av. Júlio Dinis) a Carlos Magno por uma razão completamente distinta - tão só e apenas pelo tom "desabrido" com que este, aos microfones da TSF, tinha comentado a apresentação da proposta de programa de governo que o então candidato a primeiro-ministro Fernando Nogueira tinha feito naquela manhã no Hotel Ipanema Park, no Porto. Quais militantes falsos, quais quê! E mais: nem o burro estava "de boa saúde" (as pulgas eram aos milhares...), nem a funcionária do "Expresso" que abriu a porta e ficou com o animal na mão era mulher de qualquer secretário-geral do PSD - diz a revista que de Rui Rio. Não... O secretário-geral laranja de então chamava-se Azevedo Soares (cuja alcunha de "Comandante Zero" dizia tudo sobre a sua sagacidade) e Rio era apenas e só um excelente e trabalhador (diga-se de passagem) candidato a deputado pelo círculo do Porto. Escreve, conta (e diz) quem sabe! E já agora: Carlos, um abraço e boa-sorte!
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Air Cavaco
AINDA NÃO eram oito da manhã e o meu telefone já tocava. Do outro lado da linha, um amigo meu não escondia a sua irritação: "Já viste isto do Cavaco?!", perguntava-me furibundo. Ainda meio (para não dizer muito...) ensonado, fui lentamente abrindo os olhos e tentando perceber onde é que este meu amigo, sempre muito bem informado e extremamente atento, queria chegar. E vou ser sincero: quando percebi, ou seja quando ele me contou, e sendo verdade, a minha vontade foi virar-me para o outro lado e tentar voltar a dormir - isto só para pensar que o "filme de terror" que me tinha sido descrito não passava de um sonho mau (pesadelo, na verdadeira acepção do termo). Garante-me ele que, apesar da "austeridade digna" apregoada a sete ventos pelo Presidente da República, este vai deslocar-se até aos Estados Unidos liderando uma delegação de 30 e não sei quantas (!) pessoas... Isso mesmo, trinta e não sei quantas pessoas! Mais: e para deslocar-se de Nova Iorque ou Washington (não sei bem) para São Francisco, Cavaco Silva chegou mesmo ao ponto de fretar um avião especial que lhe poupasse fazer o coast to coast num normal e vulgar vôo de carreira. A ser verdade, de facto em Belém andam a brincar com coisas sérias!
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Será desta que vem aí o banheiro?
O SIMPÁTICO prof. Marcelo Rebelo de Sousa faz-me lembrar aqueles jogadores de futebol que, aos dezoito anos prometem mundos e fundos; aos vinte e pouco ganham o estatuto de "eterna esperança"; e a partir dos trinta são apontados como tendo passado ao lado de uma grande carreira - isto apesar do talento, da capacidade atlética e da vontade em triunfar que alguma vez demonstraram. Pois é, o prof. Marcelo é um desses jogadores que nos habituou a agarrar a bola, a fintar três e quatro e, quando em frente da baliza, chutam uma "bojarda" para o terceiro anel ou, desastrada e pifiamente, estatelam-se no chão após fintarem-se a... eles próprios.
Ao prof. Marcelo inteligência não lhe falta e esperteza (essa...) sobra-lhe a rodos, a tal ponto que às vezes até lhe é prejudicial. Desde muito novo quis ser tudo, foi ou esteve perto de ser isso tudo, mas também deitou (quase sempre) tudo a perder. Na política Influenciou como poucos, manobrou e condicionou às vezes genialmente, mas quando chamado a cargos que implicavam responsabilidade e serenidade, por um motivo ou outro espalhou-se ao comprido. Foi ministro sem honra e glória de Balsemão (triste sina...); liderou o PSD num momento de ressaca de excesso de poder e deu-se mal sendo obrigado a sair com o rabo entre as pernas; tentou ser presidente da Câmara de Lisboa e levou um autêntico "banho"; enfim, coleccionou uma série de desaires que fizeram dele eleitoral e politicamente um looser. A partir de certo momento, o sonho de ser primeiro-ministro tornou-se um pesadelo e a imagem do palácio de Belém começou a povoar-lhe as noites e a condicionar-lhe o quotidiano. Reforçou a imagem do professor super-competente "amado" pelos alunos, criou um estilo televisivo de comentário político herdado das "velhinhas" notas que dava aos domingos na TSF e que usa descaradamente como uma "ferramenta" essencial na sua estratégia para alcançar a praça do Império. Só que os anos passam, as análises do prof. Marcelo começaram a ser demasiado previsíveis e "direccionadas". Resultado? As pessoas optaram, pura e simplesmente, por ignorar as suas aparições televisivas, por mais publicitadas e promovidas que possam ser. Ou seja: antes o País parava para ouvir o prof. Marcelo; hoje o País paga (nem que seja a Sportv...) para escapar às suas "manhosices" que, verdade seja dita, são quase sempre tão inteligentes quanto divertidas.
De há uns tempos a esta parte, o simpático professor começou a exagerar na previsibilidade e no calculismo, tentando agradar atabalhoadamente a tudo e a todos e transformando o seu espaço dominical na TVI assim numa espécie de ante-câmara de uma hipotética comissão de honra de uma suposta e desejada candidatura presidencial. A pouco e pouco, o comentador vai dando lugar ao entrevistador, convidando tudo o que possa alegadamente agradar aos espectadores (e potenciais futuros eleitores) para serem desastradamente (diga-se em abono, que para isso o professor tem pouco jeito...) questionados. Pedro Abrunhosa já lá foi bater com os costados, Rui Veloso idem aspas, dizem-me que o seleccionador Paulo Bento também já foi ao "sacrifício" e tenho um amigo meu que, depois de ver recentemente o prof. Marcelo a entrevistar o padeiro (sim, leram bem: o padeiro!), quer apostar comigo que o próximo a sentar-se na terceira cadeira do estúdio de Queluz de Baixo vai ser o banheiro da praia da Conceição, agora que a época balnear acabou e o rapaz anda sem nada para fazer... Será?
A não perder!
http://origin.revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald/internacional/crise-europeia-anuncia-turne-pelo-brasil
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
TV's ao rubro
VAI SER muito interessante seguir com particular atenção a evolução do nosso panorama televisivo. Especialmente desde que é notório algum "desconforto" entre algumas figuras de topo do grupo Ongoing, grupo esse que parece definitivamente fora da "corrida" à privatização da RTP e cada vez mais interessado (e obrigado...) em desfazer-se da sua participação no capital da SIC. Angolanos na RTP e TV Record (leia-se IURD...) na SIC? E José Eduardo Moniz? Ficará na Ongoing? Balsemão terá finalmente capacidade para ir buscá-lo? Ou será que os angolanos vão-se adiantar e Moniz regressará a uma casa onde foi feliz? No mínimo, interessante...
Pois...
AO SABER que o governo grego tinha demitido todas as chefias militares, lembrei-me de um dos argumentos que, há vinte e muitos anos, ouvia repetidamente para justificar a adesão de Portugal à então CEE: "A partir do momento que estivermos integrados na Europa, é impossível ocorrer qualquer pronunciamento ou golpe militar". Pois...
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