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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

As cruzadas da dra. Teixeira da Cruz

TENHO O prazer de conhecer Paula Teixeira da Cruz já há alguns anos, desde os tempos em que fomos contemporâneos na já desaparecida Universidade Livre de Lisboa. Habituei-me a vê-la como uma mulher arguta, sempre combativa, extrovertida, por vezes até algo excessiva na defesa dos seus pontos de vista e - honra lhe seja feita! - muito ciosa de valores e princípios éticos, "cruzada" essa aliás que faz sempre questão de realçar nas suas intervenções enquanto política. Talvez por conhecê-la há tantos anos e nutrir por ela alguma estima, sempre que posso leio-a e oiço-a com redobrada atenção. Foi o que aconteceu há alguns dias, numas curtas declarações que fez ao "Diário de Notícias" e onde, mais uma vez, a actual presidente da Assembleia Municipal de Lisboa surge a corporizar a denúncia e a crítica a comportamentos e actos menos claros que, segundo ela, caracterizam, desde sempre, o quotidiano da Câmara Municipal de Lisboa. Diz ela e certamente com algum conhecimento de causa, dado a sua vcasta experiência na autarquia da capital: "A arbitrariedade caracteriza a cultura da CML há dezenas de anos".
É bem possível que Teixeira da Cruz tenha razão. Não o duvido. Mas também gostava de ver estas suas determinação, garra e vontade tão característica estendida a outras áreas como, por exemplo, a dos conflitos de interesses de eleitos autárquicos, no passado e no presente. E gostava tanto de saber, por exemplo, se será eticamente aceitável que um vereador patrocine, enquanto advogado, uma empresa de construção e obras públicas com actividades nessa mesma autarquia. Et pour cause..., como diz um amigo meu que por tudo e por nada recorre a galicismos.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Uma proeza (e coincidência...) extraordinária

A SECÇÃO "Local" do jornal "Público" de domingo dedicou duas páginas ao Parque Mayer e ao que a jornalista que assina o texto classifica como "lenta agonia" daquele espaço e onde dá conta do impasse e degradação a que chegou o que já foi considerada a "Broadway alfacinha", bem como o desalento e pessimismo dos poucos empresários e comerciantes que ali resistem. Intitulado "Aqui ainda se suspira por Frank Gehry", a autora (ou quem, oportuna e cirurgicamente, poderá ter "revisto" o texto) consegue uma proeza extraordinária: em todo o artigo, que ocupa 4/5 das páginas 18 e 19, nem uma única vez é citado o nome de Pedro Santana Lopes. No mínimo extraordinário, n'é?

domingo, 21 de setembro de 2008

Os nós e os laços...

ERA TÃO interessante aprofundar este tema da atribuição de casas pela Câmara Municipal de Lisboa... Podíamos mesmo começar por "tirar a limpo" a forma como um conhecidíssimo jornalista ou escritor (vá lá saber-se o que ele é...), na altura avençado da autarquia capitalina cujo então presidente defendia com "unhas e dentes" na sua coluna num jornal diário, conseguiu o apartamento ali para os lados da Estrada da Luz. Por exemplo, qual o preço que pagou e como pagou - se é que pagou... Esperemos que que este e outros casos (e são tantos...) mereçam a atenção dos nossos sempre mui atentos jornalistas "de investigação" e ajudem a desatar os nós e os "laços" de situações que, inexplicavelmente, nunca motivaram interesse especial por parte de quem se mostra tão eficaz (e "oportuno", citando o director do "Diário de Notícias") em encontrar supostas e alegadas situações de ilegalidades num determinado período (2001-2005) e numa única autarquia.

Os Algarves by José Júdice

INDEPENDENTEMENTE DO facto de ser suspeito, dado há muitos anos ser seu amigo, o texto que hoje José Júdice publica na revista "Pública" acerca dos dois lados de um Algarve dividido "pela linha preta de alcatrão da EN125 que corta de leste a oeste(...), com uma precisão simbólica dois mundos que não podiam estar mais longe" é no mínimo imperdível. "Algarve e Allgarve" é porventura um dos mais lúcidos e inteligentes textos que se escreveram sobre o tema. A não perder!

sábado, 20 de setembro de 2008

Com ponto de exclamação e tudo...

AINDA RELATIVAMENTE ao post anterior, bem sintomática a frase com que o director do "Diário de Notícias" caracteriza a manchete de hoje do seu próprio jornal que noticia que Pedro Santana Lopes será arguido num processo de alegado favorecimento enquanto presidente da Câmara de Lisboa. Aqui fica a singela e bem significativa frase de João Marcelino, escrita no seu "Canal Livre" (pág.9): "Ora aí está uma notícia oportuna!". Como se nós já não tivéssemos percebido...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Tão previsíveis ou "vão dar banho ao cão"...

PELOS VISTOS, a hipótese de Pedro Santana Lopes poder vir a ser candidato à Câmara de Lisboa começa a incomodar muita gente. E é curioso estar atento a pequenos sinais que significam muito - e só quem anda distraído é que não os entende... Por exemplo: na semana passada, o "Expresso" fez tudo por tudo para desvalorizar o apoio público do líder distrital do PSD em Lisboa prestou a uma hipotética candidatura de Santana Lopes à autarquia da capital, praticamente "escondendo" as declarações de Carlos Carreiras e limitando-se a tratar o assunto de uma forma que de tão superficial até redundava no efeito contrário. Isto somado a um desmesurado e descabido destaque que a nossa chamada e auto-intulada "imprensa de referência" achou por bem dar a um livro do Dr. Marques Mendes (certamente interessantíssimo, dada as doutas opiniões sobre ele expressas por esse verdadeiro "génio do lugaer comum" que dá pelo nome de Azevedo Soares) e a umas inopinadas "subidas" nos barómetros opinativos do Dr. António Costa, cuja obra em Lisboa tem-nos, a todos, deixado estarrecidos, já para não dizer esmagados, tal a sua grandiosidade e eficácia...
Agora, esta semana, quando noticiam um suposto "agréement" de Manuela Ferreira Leite a essa hipotética candidatura de Santana Lopes, surgiu logo a notícia que o antigo autarca poderia vir a ser (ou é) arguido num qualquer processo referente a atribuição de casas nos bairros sociais de LIsboa durante o seu mandato à frente do município lisboeta. Como habitualmente se diz... "o que eles sabem, já a mim me esqueceu". Isto já para não ter de publicamente dar um conselho ao Dr. Santana Lopes (se é que ele os necessita), recorrendo a um amigo minhoto, cuja sagacidade não esconde alguma rudeza nos comentários e cuja sábia opinião, por ora, prefiro guardar apenas para mim...

Tirem-me daqui!!!

RARA É a semana em que o general Leonel de Carvalho, director do Gabinete Coordenador de Segurança não consegue surpreender-nos com "tiradas" que, das duas, uma: ou o senhor em causa é um génio, ou então, citando as sábias e doutas palavras de um amigo, "já está jinjas"... Há uma semanas, um ou dois dias após o espectacular e quase cinematográfico assalto a uma carrinha de transporte de valores na A2, resolveu afirmar premptoriamente: "Não existem gangues em Portugal". Agora, quando se noticia que um grupo de jovens brasileiros radicados na Margem Sul está a organizar-se num "comando" à semelhança do que ocorre nas principais brasileiras, este responsável dispara: "Se um grupo de jovens quer formar um clube ou uma organização dessas será por brincadeira". E se a tudo isto juntarmos uma resposta dada há uns meses ao "Diário de Notícias" acerca da possibilidade do nosso País poder vir a ser alvo de algum ataque terrorista ( "Terrorismo, cá? Não é provável, mas é possível"), penso que estará tudo dito... Tirem-me daqui!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O advogado e as suas crónicas...

DECIDAMENTE A não perder o anunciado livro de Miguel Veiga que será lançado nos próximos dias e que, ao que parece, reúne as crónicas com que o eterno candidato a eminence grise de si próprio nos tem brindado (a quem o lê, é claro...) nos últimos anos. E a expectativa é ainda maior para quem possui memória e recorda a conturbada "carreira" de colunista do "Expresso" de Veiga e que José António Saraiva relata com minúcia e detalhe no seu polémico livro "Confissões" acerca da sua passagem pela direcção daquele semanário, nomeadamente as causas que o levaram a afastar o advogado nortenho do leque de colunistas do "Expresso". Vale a pena ler (ou reler) as páginas 183 a 192 desse livro e já agora esperar que Veiga tenha algum cuidado e não integre neste seu nóvel livro as crónicas "Memórias, retratos e histórias" e "O intelectual empenhado", publicadas no "Expresso" a 12 de Março e 9 de Abril de 2005. Quando muito porque certamente não iria cair muito bem junto de Clara Crabbé Rocha e de Michel Winnock...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cofina fora do "Sol"?

GARANTEM-ME QUE o grupo Cofina ter-se-ia desinteressado de integrar o capital social do semanário "Sol". Será verdade? Se assim for é pena, porque - há que reconhecê-lo - em termos de das chamadas "cachas", este semanário tem conseguido "marcar" a agenda noticiosa do fim-de-semana. E a solidez financeira de um grupo como o de Paulo Fernandes é fundamental numa estratégia de consolidação e expansão que este semanário terá de levar a cabo.

domingo, 7 de setembro de 2008

40 dias de silêncio... e 30 minutos para quase nada!

APÓS QUARENTA dias de um silêncio que nem os seus mais entusiasmados apoiantes conseguiram justificar, Manuela Ferreira Leite resolveu escolher o mesmo dia em que o líder do PCP discursa no encerramento da "Festa do Avante!" para, em meia-hora, defraudar os que ainda acreditavam que a líder social-democrata teria algo transcendental a comunicar aos portugueses ou, no mínimo, aos militantes do seu partido. Uma "cópia" (ainda por cima prolongada em termos temporais) daquele episódio que se prendeu com a expectativa que rodeou a recente comunicação presidencial sobre o Estatuto de Autonomia dos Açores e que redundou num autêntico "fracasso" em termos comunicacionais. É caso para dizer - sem ofensa, é claro... - "que tal pai, tal filha"...

Lisboa, "ma non troppo"...

PARA LER com alguma atenção as declarações de Paula Teixeira da Cruz na última página do "Diário de Notícias" de hoje. Tanto a forma como exibe alguma (significativa) demarcação relativamente ao estilo e estratégia de Manuela Ferreira Leite, mas mais ainda o modo como -pelo menos à primeira vista... - descarta a hipótese de vir a ser a candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, ao afirmar que "nunca pus essa hipótese para mim" e ao garantir a pés-juntos que nunca exercerá cargos executivos, de onde logicamente se depreende que inclua uma hipotética liderança dos destinos da capital.

Um jeito bem brasileiro de escrever


É DESTA forma verdadeiramente notável que a revista brasileira "Veja" de amanhã resume em duas linhas o surpreendente discurso de aceitação da candidata republicana à vice-presidência dos Estados Unidos: "Sarah Palin pode ter silhueta de bonequinha de luxo, mas, no seu primeiro discurso ao país, ela mostrou que morde feito um pit bull de batom". Vêem como é fácil escrever pouco e dizer muito?

sábado, 6 de setembro de 2008

Dois pesos, duas medidas...

TENHO ACOMPANHADO com particular atenção todo o noticiário à volta da recente condenação a que o Estado português foi sujeito a propósito da prisão de Paulo Pedroso no âmbito do famoso "processo Casa Pia", especialmente a forma e o modo como colunistas e comentadores têm nos últimos dias opinado sobre a decisão que, em primeira instância, uma juíza tomou, considerando os quatro meses de detenção a que o ex-ministro foi sujeito, pelos vistos, injustos. As manchetes (algumas de mau-gosto, diga-se de passagem...) sucedem-se, os artigos surgem um pouco por toda a parte e juízes, magistrados e Estado são unanimemente crucificados por quem vê esta condenação do Estado português um exemplo das fragilidades da nossa justiça.
Não conheço o ex-ministro, nunca o vi mais gordo, não possuo qualquer opinião sobre o seu envolvimento no processo, mas fico - isso sim - satisfeito com o facto de, pelo menos na primeira instância, a própria justiça ter a capacidade de reconhecer os erros que possa ter cometido relativamente à pessoa em questão. Mais: percebo que esse seu envolvimento no mais mediático processo de pedofilia que alguma vez existiu no nosso País lhe possa ter causado enormes prejuízos a nível pessoal, familiar, profissional e político e entendo a sua revolta contra o que ele considera uma "injustiça".
Vem isto a propósito de uma outra pessoa - essa sim que eu conheço, que já vi mais gordo e mais magro e que se viu envolvido num processo, também ele mediático e sobre o qual - esse sim - eu possuo opinião: o famigerado "caso Moderna". Estou a referir-me ao meu amigo João Braga Gonçalves... Também ele esteve preso, não quatro meses, mas 29, repito e por extenso: vinte e nove!; também ele tinha (e tem) filhas, no caso três; também ele foi absolvido - e no Tribunal da Relação, realçe-se! - de toda e qualquer acusação a que foi sujeito; também ele foi alvo das maiores calúnias e acusações ("associação criminosa", "ladrão", "corrupto", "traficante ilegal de armas", "traficante de carne branca", "enriquecimento ilícito", "falsificador de documentos", etc.); também ele tinha um passado e um futuro, também ele foi obrigado a tentar refazer - sabe-se lá como e com que custos... - uma vida pessoal, familiar e profissional.
O João Braga Gonçalves esteve preso 904 dias porque uma senhora juíza, de seu nome Conceição Oliveira, assim o decidiu, ainda hoje não se sabe bem e ao detalhe porque razão. O que sim se sabe - e foi o próprio semanário "Expresso" que o noticiou com algum destaque há duas semanas - é que a juíza em questão veio agora pedir a antecipação da sua reforma argumentando e confessando padecer, já há alguns anos, de "doença bipolar" e afirmando ipsis verbis: "Não sou capaz de ser isenta nos julgamentos. Nos piores períodos da doença, não sou capaz de me concentrar, sinto-me riste, inactiva(...)Tenho de tomar anti-depressivos, ansiolíticos e comprimidos para dormir. Não tenho condições para ser juíz".
Quando, por mero acaso, leio a crónica de hoje do director do "Expresso" intitulada "O 'erro grosseiro' de um juíz" e onde o sr. Henrique Monteiro desanca (e se calhar com razão, não faço a mínima ideia...) o juíz Rui Teixeira, o procurador João Guerra ou os inspectores da Polícia Judiciária, não posso deixar de achar sintomático e curioso que este sentimento que transparece das suas palavras não fosse, também ele, dedicado ao João Braga Gonçalves e ao seu caso, que porventura teve (e tem) consequências bem mais graves que as que atingiram Paulo Pedroso. E desculpem-me, recuso-me acreditar que esta "diferenciação" de tratamento noticioso e opinativo entre um e outro seja porque o sr. Pedroso é político e o sr. Gonçalves "tasqueiro"...

Bem prega frei Tomás...

Não resisto a transcrever uma mordaz e certeira "nota" da secção "Cocktail" da edição de hoje do semanário "Sol", onde, com uma fina ironia, o autor consegue em quatro ou cinco linhas "desmontar" a aparência pública de um badalado casal que teima em manter uma imagem que os factos muitas vezes desmentem. Ou será que o primeiro-ministro odeia que lhe estacionem mal o carro, ou a discretérrima D. Fernanda nunca escreveria sobre um mau-estacionamento de um outro primeiro-ministro qualquer na sua sempre oportuníssima coluna semanal? É uma dúvida que fica:
"Fernanda Câncio não será a Primeira Dama, mas parece manter o estatuto de Primeira Namorada - apesar dos rumores sobre zangas entre ela e Sócrates. Quarta-feira da semana passada apareceram juntos, para se reunirem a amigos, ao jantar, no restaurante japonês Sakura, em Entrecampos. Provavelmente, mal saiu do jantar, foi alinhavar uma crónica contra os primeiros-ministros que, em manifesto abuso de poder, deixam o carro mal-estacionado à porta do restaurante, com um segurança público a guardá-lo."

Para quando um livro de citações?

"[A Convenção do do Partido Republicano] é um momento de grande intensidade política combinada com uma produção mediática enorme"

José Luís Arnaut
DN, 6.09.2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um folhetim pífio...

ESTE VERDADEIRO "folhetim" em redor de uma alegada carta de demissão de Luís Nobre Guedes do cargo de vice-presidente do CDS há não sei quantos anos e que Paulo Portas teria escondido numa qualquer recôndita gaveta do Largo do Caldas "cheira a esturro". Alguém me pode explicar qual o interesse dessa historieta sem significado ou sentido a que os jornais deram desmesurada e rídicula importância? Será que já é só assim que Portas consegue ser notícia? Cheira demasiadamente a "número" (e pífio) para ser levado a sério...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Isto há cada primeira página...

SERÁ CERTAMENTE uma coincidência, mas de facto há primeiras páginas que, como diz o outro, "não lembram nem ao careca". Especialmente para um "jornal de referência" que certamente conta, na sua redacção, com o maior número de "faróis da deontologia" por metro quadrado da imprensa portuguesa. Ou será que o "Público" virou tablóide? É que, por vezes, há fotografias ou associações que "gritam" mais do que títulos escandalosos...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Então não tinha ficado tudo mais que esclarecido?!

COM A devida vénia, transcrevo uma notícia do semanário "Expresso" na sua edição on line de hoje e que - confesso - deixou-me deveras surpreendido, dado estar convencido que este assunto estava mais do que esclarecido: "O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) chamou "para consulta" o processo relacionado com a construção do Freeport de Alcochete, que investiga eventuais práticas de corrupção e tráfico de influências.
Nesta investigação está em causa uma alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002, através de um Decreto-lei assinado, entre outros, pelo actual primeiro-ministro, José Sócrates, na altura ministro do Ambiente. A alteração terá sido fundamental para a construção do Freeport de Alcochete.
O caso veio a público em Fevereiro de 2005, quando uma notícia do jornal "O Independente", poucos dias antes das legislativas, revelou um documento da Polícia Judiciária que mencionava os nomes de José Sócrates e da sua mãe como suspeitos no processo. Porém, quer a Polícia Judiciária quer a Procuradoria-Geral da República negaram qualquer envolvimento do então candidato a primeiro-ministro no caso
."

Marcelo soma e segue

NO MÍNIMO desconcertante, esta atípica relação entre Marcelo Rebelo de Sousa e a liderança do PSD, quando num dia propõe um pacto de silêncio e unidade destinado a salvaguardá-la e no seguinte vem criticar duramente Manuela Ferreira Leite. Hoje o irrequieto e pelos vistos ziguezagueante professor volta a surpreender com o seu comentário acerca do estranho e complexo silêncio da líder social-democrata nos últimos meses: "É mau, mas tem mais vantagens que inconvenientes". Assim, sic. Começo a dar razão aqueles que apostam singelo contra dobrado que o que, de facto, Marcelo pretende é regressar à S.Caetano. Será?