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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sempre ao lado, sempre ao lado...


ALGUMAS HORAS depois das televisões terem mostrado à exaustão uma prolongada conversa de rua  entre Pedro Passos Coelho e uma senhora que estava à janela durante uma passeata promovida pelo PSD em Sintra, António José Seguro não arranjou melhor tema para a sua campanha que acusar o primeiro-ministro de "fugir das pessoas" e  "refugiar-se entre o carro e os palcos de campanha". Mas não há ninguém à volta de Seguro capaz de aconselhá-lo devidamente?!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O farmacêutico de Cascais e a ópera-bufa


REZA A tradição e o costume que do farmacêutico João Cordeiro espera-se normalmente o pior. Rezingão, quezilento, arrogante, durante anos protagonizou e espalhou conflitos sem fim, fazendo uso e gala de um estilo trauliteiro e boçal  próprio daqueles que optam pelo confronto relativamente ao diálogo para assim esconder as suas fragilidades e a falta de razão. E este é o Cordeiro, assanhado e conflituoso, que os cascalenses sempre conheceram, lá atrás do balcão da sua farmácia, onde carrancudo e com um ar de que alguém lhe deve alguma coisa, atendia por vezes quem por lá chegava.  
Mas se esse Cordeiro-farmacêutico só incomodava com a cara de poucos-amigos quem com ele se cruzava no seu botequim, o mesmo não se pode dizer deste outro Cordeiro-candidato, que agora nos surgiu todo sorridente nos outdoors que o apresentam como bondoso, amável e - pasmem! - socialista. Exactamente, foi o que leram: so-cia-lista! Não ainda daqueles de  punho esquerdo no ar, mas já capaz de "enterrar" um (re)conhecido reaccionarismo e pavonear-se agora pelos quatros cantos desta minha terra de boné rubro, bandeira do PS na janela do carro e, ao que me dizem, um discurso de campanha todo ele repleto de preocupações éticas e sociais... Verdade seja dita que esta nova faceta de quem pôs e dispôs durante anos na Associação Nacional de Farmácias e que em matéria de relacionamento com o PS possui um "cadastro" significativamente extenso, tem-me dado algum gozo, sendo raro o dia em que não provoco amigavelmente alguns dos meus muitos amigos socialistas ao questioná-los sobre esse seu novo "camarada" e a sua desastrada e pouco ou nada participada campanha. 
(E já agora, que estou a falar da campanha de Cordeiro, permita-se-me um parentêse: é que se pouco me importa que António José Seguro tenha meia-dúzia de almas penadas quando se arrisca a vir (nem que seja por uns míseros 20 minutos) a Cascais tentar puxar por um candidato cuja responsabilidade de escolha lhe cabe por inteiro, o mesmo não posso dizer da forma desrespeitosa e até insultuosa como envolveram um generoso e prestável Ramalho Eanes numa candidatura que não passa de uma farsa e onde o general foi "obrigado" a participar em penosos eventos onde não conseguem juntar nem uma dúzia de pessoas. Mas isso pouco ou nada interessa a alguém que durante décadas, à frente de uma associação empresarial, atropelou tudo e todos, fazendo tábua rasa de valores e cruzando bastas vezes o que é tido como fronteira da ética e do razoável.) 
Por não pertencer ao Partido Socialista, não quero estar aqui bater muito na tecla da falta de respeito pela história do partido que a escolha (ou imposição) de  Cordeiro por parte de  Seguro representou, nem tão-pouco abordar os estranhos, ínvios e mal-esclarecidos motivos (familiares ou outros, já ouvi um pouco de tudo...) que o levaram a tomar uma decisão deste "calibre". Mas por outro lado, até por uma questão de memória,  não entendo como um partido, onde personalidades como Eduardo Ferro Rodrigues, António Correia de Campos, Maldonado GonelhaAntónio Arnaut e tantos outros são militantes destacados, pode aceitar como candidato alguém que tanto mal e dano causou a esse mesmo partido.
Bom, mas adiante... 
A verdade é que para a generalidade dos cascalenses, o candidato socialista representa o oposto do que Cascais tem e precisa de continuar a ter. Tudo à sua volta cheira a velho, caduco, reaccionário, desajustado da realidade, com uma estranha carga revanchista e até um certo toque fascistóide, se atentarmos na pose e estilo de duce alardeado nos cartazes. Nestas últimas semanas, Cascais assistiu a uma deprimente e tosca ópera-bufa, cuja resposta por parte de quem tem a responsabilidade de decidir só poderá ser uma no próximo domingo: a de devolver Cordeiro à sua farmácia. Veremos então se mantém o sorriso e a amabilidade surpreendente com que nos brindou nas últimas semanas...

domingo, 22 de setembro de 2013

Aldrabão!


JÁ AQUI escrevi (e não foi uma ou duas vezes) que Rui Machete era um sonso. Reconheço que estava errado... O dr. Machete é, isso sim, um aldrabão. Ponto final.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Vem aí um livro de José Sócrates...



A CRER nas notícias vindas a público, José Sócrates apresta-se para lançar um livro - ao que dizem sobre Ciência Política. Espero sinceramente que seja em branco...

P.S. - E a apresentação estará a cargo de algum lídimo representante da chamada "direita dos negócios", tal como sucedeu aquando do lançamento d' "O Menino de Ouro"?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Grande fotografia!



O AUTOR é Paulo Whitaker e a fotografia foi divulgada pela Reuters. Mostra através da janela José Dirceu, um dos condenados no caso "mensalão", na sua casa de São Paulo, a acompanhar pela televisão a decisiva declaração de voto do juíz Celso de Mello na sessão do Supremo Tribunal Federal que decidiu aceitar os chamados "embargos infrigentes" por parte da defesa, o que irá assim permitir a repetição do julgamento para alguns dos  réus anteriormente condenados. Que grande foto!

Em defesa da arte tauromáquica, by... Álvaro Cunhal


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sobre Portas...


"Há políticos que encenam ao milímetro as suas aparições na TV, encarnando a personagem certa para cada plano, cada acto das suas carreiras. Há dias vimos Paulo Portas chegar a mais uma sessão de pedinchice, então em Washington. Mal viu as câmaras, tratou de se dirigir a Carlos Moedas de facies cerrado e gestos imperativos - pose professoral de quem dá as últimas dicas a um aluno prometedor mas inseguro, antes do exame decisivo. Mesmo que, ali, o neófito fosse ele.
Depois da vergonha "irrevogável" da demissão, Paulo Portas remodelou-se como O Homem que Vai a Reuniões Importantes. Sem tempo para minudências como o prometido "guião" da reforma do Estado, nem para fazer o luto da sua anterior encarnação: o paladino dos pobres e reformados.
Afinal, depois de tantos anos agarrado ao poder, de que obra pode o pavão Portas ufanar-se? Resmas de fotocópias? À memória assomam submarinos, Pandurs, sobreiros, casinos, SIRESP. Nem uma só sílaba meritória, atenuante.
Soube-se há dias que este pendura da nossa democracia colocou as poupanças a salvo num banco estrangeiro, mal soube do que aí vinha - fosse o bom do Relvas a ser apanhado nesta e tê-lo-iam grandolado até em casa. Mas "ser apanhado" é expressão descabida: Portas nem esconde estas coisas. Lembram-se do acidente com o Jaguar da Moderna, já bem a meio do escândalo? Ele não quer saber. Julga-se tão intangível e inalcançável quanto Jacinto Leite Capelo Rego, fantasma célebre e financiador do PP. É bem capaz de ter razão."

Luís Rainha
"i", 18.09.2013

sábado, 14 de setembro de 2013

O "peso" de um voto


DECANO DO Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Celso de Mello tem sobre os seus ombros uma tarefa nada simpática: desempatar, com o chamado "voto de minerva", a votação daquele tribunal sobre os recursos apresentados por nove dos réus do chamado "mensalão", onde se destaca o interposto por José Dirceu, e que neste momento se encontra empatada 5 votos a 5. A iminência do voto de Celso de Mello ser favorável às pretensões dos réus (e tudo indica que sim, até por pronunciamentos públicos sobre a matéria já feitos anteriormente) tem originado uma série de pressões sobre o juiz de forma a tentar inverter o previsível sentido de voto que ocorrerá na próxima quarta-feira. A capa da revista "Veja" de hoje (na foto) diz tudo, isto num momento em que já quem impute responsabilidades a Celso de Mello sobre hipotéticas manifestações de repúdio que, garantem alguns observadores, invariavelmente terão lugar na próxima semana nas principais cidades brasileiras se as pretensões dos réus forem aceites pelo STF. Não é fácil...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Um casalinho barulhento

ADMITO QUE não seja politicamente correcto vir a terreiro defender Miguel Relvas. Mas permitam-me deixar claro uma coisa:  é para o lado onde durmo melhor! 
Vem isto a propósito da autêntica avalanche de noticias em tudo o que é jornal, TV e redes sociais, sobre um incidente ocorrido há dois ou três dias no Rio de Janeiro, mais concretamente à entrada de uma  cerimónia promovida pela Câmara de Portuguesa de Comércio e Indústria local e onde, entre outras pessoas, o antigo ministro foi homenageado por "se ter destacado no incremento das relações bilaterais" entre Portugal e Brasil. Do "Expresso" ao "i", passando pelo "Diário de Notícias", pela SIC,pela TVI, pelo inevitável "Facebook" e sei lá quem mais, não faltou  destaque e visibilidade ao que mais não foi que uma mera acção de um casal que, certamente por não ter mais nada para fazer em terras cariocas, resolveu postar-se à porta do Museu Histórico Nacional, vociferando alarvemente contra o ex-ministro, ainda por cima usando uma argumentação no mínimo patética e desajustada. Digo isto porque tive a pachorra de durante quatro minutos assistir a um vídeo onde o que vi e ouvi (apeteceu-me escrever que "tinha ouvisto", mas até tremi só de pensar no que teria de aturar de comentários...) duas criaturas (acho que uma delas, enquanto gritava, conseguia filmar com o telemóvel) a insultarem Relvas, entre outras coisas com esta verdadeira "pérola", de desajustada que era: "Este senhor está a roubar o meu país(...)". Ao assistir à figura caricata (e peço muita desculpa, mas é no mínimo como eu posso classificá-la...) que este casalinho fez no Rio de Janeiro passei a saber várias coisas: por exemplo que "um grupo de emigrantes" é hoje em dia sinónimo de "casal"; que o ex-ministro anda "a roubar" (não percebi bem quem e como, mas está bem...); ou que é "inadmissível" que os organizadores da cerimónia tivessem impedido o casal barulhento de participar no evento. Sabem que mais? Vão-se mas é catar!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Anda tudo ao caju...


COM O beneplácito das autoridades portuguesas, o antigo primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior, aliás "Cadogo", continua a laurear-se por tudo o que é lado, anunciando-se como candidato às próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau e a tentar angariar apoios em tudo o que é sector da sociedade portuguesa. Hoje foi a vez de piscar o olho à Maçonaria, tendo sido convidado por participar num dos tradicionais almoços do "Jóquei Clube" onde, todas as quartas-feiras, um grupo de destacados maçons promove uns encontros que juntam dezenas de pessoas. Bastante sintomática a escolha de pessoas que Cadogo fez para o acompanharem a este ágape no Campo Grande: o banqueiro Abdul Vakil (ex-Efisa/BPN), alguém que se apresentou como director de relações internacionais da Galp e um libanês negociante em caju. Aliás, foi exactamente o que ele denominou como "economia do caju" que norteou a intervenção deste putativo candidato, para quem os negócios sempre estiveram à frente da política. Pois é... anda tudo (mesmo) ao caju!

Thank you very much, Miss X...


O MUNDO pode estar agradecido à jornalista inglesa que, no final do encontro que o secretário de Estado norte-americano John Kerry manteve em Londres com o seu hómologo inglês William Hague, lançou uma pertinaz e inteligente questão ao braço-direito de Barack Obama para as questões internacionais: "Na sua opinião, que iniciativa a Siria teria de tomar para evitar a intervenção militar norte-americana?". Kerry, que dizem não primar propriamente pela inteligência e que visivelmente não esperava a pergunta, ficou  atrapalhado e após uns breves momentos de hesitação forneceu involutariamente a "chave" para a solução de um problema que ameaçava dividir o chamado mundo ocidental: "(...)podia entregar cada uma das suas armas químicas à comunidade internacional(...)". Foi o suficiente para a diplomacia russa, primeiro, e o secretário-geral da ONU, depois, pegarem nessa visível gaffe de Kerry e chegar a um rápido entendimento com o regime de Bashar al-Assad de forma a evitar um conflito militar, deixando a Casa Branca - e particularmente o presidente Obama - numa situação embaraçosa, sendo obrigada a recuar no seus ímpetos guerreiros.
Não sei o nome da jornalista em causa, mas já que o presidente norte-americano recebeu o Nobel da Paz há quatro anos, acho que existem mais do que fundadas razões para que a Academia Sueca a tenha em conta como uma das potenciais candidatas ao Nobel deste ano...

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Chile: 40 anos depois




HOJE, PASSADOS que são 40 anos sobre o sangrento golpe militar que depôs Salvador Allende, não consigo deixar de lembrar-me dos muitos exilados chilenos que conheci e com quem convivi em Cuba em meados da década de 70. Lembro-me dos já desaparecidos Beatriz Allende e Clodomiro Almeyda, ou de Marta Harnecker, de Manuel Cabieses e de Carmen Castillo, entre tantos outros. Foi através deles, das suas histórias e do seu sofrimento constante que senti e entendi o que era o fascismo na verdadeira acepção da palavra; foi através deles que conheci, sem nunca o ter pisado, o Chile; foi através deles que percebi o que era a utopia e o sonho.
Anos mais tarde, em 1989, tive oportunidade, enquanto jornalista, de assistir ao fim da ditadura militar e à transição para a democracia, num Chile ainda dominado pelo medo e pelo terror imposto pelos facínoras que o governaram durante mais de 15 anos. E há dois meses tive o ensejo de integrar a equipe que criou a campanha presidencial de Marco Enriquéz-Onimani, um jovem candidato aparentemente outsider e que “arrisca-se” a vir a disputar a segunda volta das presidenciais chilenas contra a socialista Michelle Bachelet. Filho do mítico líder do MIR Miguel Enriquéz (que foi assassinado quando ele tinha apenas 5 meses de idade), enteado do senador socialista Carlos Onimani e neto de Rafael Gumúcio, um dos fundadores da outrora influentíssima Democracia Cristão, Marco representa bem um novo Chile que, ainda que não renegando um passado indiscutivelmente traumático e polémico que culminou no dia 11 de Setembro de 1973, conseguiu ultrapassar com uma reprimida mágoa e dor um período triste e de medo. Foi há quarenta anos...

Gisela João: um espectáculo!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Não há acácia que lhe valha...


TANTO FORA como dentro da própria Maçonaria há quem tenha ficado de boca aberta com o desplante de Moita Flores que, não conseguindo descolar nas sondagens para a câmara de Oeiras, não se coibiu de fazer-se fotografar de "acácia" à lapela (quase do mesmo tamanha que as "setas" do PSD), numa atabalhoada e pouco compreendida manobra para, envergando esse símbolo maçónico, tentar  captar as simpatias e os votos que lhe parecem faltar. Está visto que para Moita Flores vale tudo, até misturar costumes e crenças numa disputa política...

Sai uma bola de berlim!


JÁ AQUI escrevi e repito: causa-me alguma irritação ver, surgidos do nada, sabe-se lá investidos em que legitimidade, um sem-número de criaturas que pregam a ética e a moral, quais profetas do bem e que se julgam donos e senhores da verdade e da razão. Refiro-me a uns quantos que ultimamente, certamente à falta de "emprego" ou de ocupação mais rentável, pelam-se para falar de cátedra, do alto de uma importância que só eles reconhecem e tendo-se a si próprios em grande conta, vivendo nestes períodos pré-eleitorais, em permanente tournée estival à imagem e semelhança de um qualquer cantor pimba ou de um ou outro "kinito" da vida. São gente que fala, fala e... nada diz - a não ser um chorrilho de lugares comuns, com um ar e ênfase de tratarem-se das coisas mais importantes e quase sempre encantando plateias sequiosas de escutar de forma mais erudita as típicas conversas de paragem de autocarro.
Vem tudo isto a propósito de um tal Paulo Morais, expoente máximo de um certo trauliteirismo nacional e que raro é o dia em que não surge como líder de um fascizante "justicialismo" lançando suspeições, indirectas e aleivosidades sobre tudo e todos, contribuindo à sua maneira para desacreditar um regime que, pese todos os defeitos, ainda possui mecanismos suficientes para afastar quem lhe é nocivo e quem o põe em causa. Agora foi a vez de aparecer aqui por Cascais, a convite de uma senhora que, de ziguezague em ziguezague acabou agora a liderar um movimento "independente" à sua imagem e semelhança - ou seja, um bocadinho apatetado... E por cá, à falta de poder apontar o dedo a quer que seja, a Morais restou-lhe perorar contra o regime e os partidos e dizer umas quantas barbaridades que de tão pascácias e tolas, só vem dar ânimo aqueles para quem a democracia é o pior dos males e a causa de todos os problemas.
Desconheço se estes "faróis da ética" cobram, ou não, cachet pelas suas prestações, mas já nada me espantaria, tal a insanidade que tem vindo a tomar conta deste país, em que o disparate e a patetice são premiados e onde qualquer um que diga a primeira coisa que lhe passe pela cabeça - de preferência sem pensar, mesmo! - tem honras de destaque. Mas acredito que, a este e em Cascais, pelo menos lhe tenham dado uma bola de berlim...

TAP: privatização adiada


REINA A grande desilusão nas "grandes superfícies de advocacia" (como um conhecido e respeitadíssimo advogado denomina esses mistos de escritórios e bureaux de interesses em que se transformaram as pouco discretas principais sociedades de advogados cá do burgo) após o (ainda) nóvel ministro da Economia ter anunciado o adiamento da privatização da TAP, processo esse que até agora só conheceu um interessado - German Eframovich. O anúncio de António Pires de Lima veio arrefecer os ânimos de muitos dos nossos lobistas que, trasvestidos de advogados, andavam por aí numa roda-viva  e de mão estendida a rondar tudo o que era suposto interessado na privatização da nossa companhia aérea, garantindo possuir os melhores e mais infalíveis contactos em sede de poder. Vamos ver até quando dura esta sensata e clarificadora decisão governamental...

sábado, 7 de setembro de 2013

Selvagens: o que eles sabem, já a nós esqueceu...


ESTA INESPERADA pretensão de soberania sobre as ilhas Selvagens por parte de Espanha - ou melhor, do governo espanhol - faz parte de uma estratégia algo primaria que, desde que rebentou o "caso Bárcenas", o PP de Mariano Rajoy pôs em prática e em que consiste em encontrar matérias e conflitos fora de portas, de modo a entreter a opinião publica espanhola e desviar a sua atenção de um escândalo que dia após dia chamusca (e de que maneira...) o actual poder conservador de Madrid. Já foi assim "ontem" relativamente a Gibraltar, será certamente assim "amanhã" em torno de algum hipotético conflito de soberania com os marroquinos a propósitos das possessões que Espanha continua, em pleno século XXI, a manter no norte de África.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Agora é a sério...




A TÃO esperada decisão do Tribunal Constitucional que viabilizou (a meu ver bem...) as candidaturas em outros concelhos de autarcas em funções há mais de três mandatos tem o condão de vir "desmitificar" algumas candidaturas, nomeadamente a de Rui Moreira que no Porto, no próximo dia 29 à noite, vai perceber de facto quanto "vale" eleitoralmente e o tanto que foi enganado por aqueles que fizeram dele um verdadeiro idiota (in)útil em todo o processo. É que a  partir  de hoje é a sério e já não dá mais para fazer de ninguém tolo...

Quem tem medo, finge que faz uma convenção...

ALERTADO POR um post do meu amigo Luís Cirilo, reparo que a tradicional convenção autárquica do PSD convocada às pressas para o próximo sábado vai ter uma duração de duas (!) horas, o tempo certamente julgado mais do que suficiente pela ladina criatura que vai pondo e dispondo lá  para as bandas da S. Caetano para que os candidatos do partido discutam e debatam os temas que lhes dIzem respeito. E como isso não chegasse, a luminária em causa conseguiu eleger  umas certamente esconsas caves em Vila Nova de Gaia (curiosamente o município do qual fugiu de concorrer a sete-pés) para palco da reunião, sem perceber que essa escolha irá  dar ainda mais destaque à derrota anunciada do imbecil  por si "apadrinhado" para ser candidato do PSD, Carlos Abreu Amorim de seu nome. É o que dá ser "chico esperto"...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Um erro grosseiro


CONFIAR A alguém como Paulo Portas a responsabilidade de negociar com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI prazos e metas referentes à ajuda externa é no mínimo um erro grosseiro, tal a reputação que este goza naquelas instâncias, especialmente após a irresponsabilidade que mostrou ao provocar a recente crise governamental.  E esperar que ele possa ser bem-sucedido nessa missão é de uma ingenuidade sem limites, a não ser que  a ministra das Finanças consiga transmitir aquelas três instituições a credibilidade que falta ao seu companheiro de viagem... 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Basilio Horta, o paladino da Constituição...


A INOPINADA aparição pública de Basílio Horta, a responder em nome do PS(!) às declarações do primeiro-ministro, revela o desnorte a que chegou a liderança de António José Seguro que, certamente por possuir indicadores pessimistas relativamente à prestação desta ziguezagueante criatura na sua "corrida" pela câmara de Sintra, pouco se importou de elegê-lo como zeloso "defensor" da Constituição - a Basílio, um dos sete deputados que em 1976 votaram contra essa mesma Constituição, conforme lembra (e bem) o blogue "O Andarilho"...

P.S. - E como refere o meu amigo Jorge Lemos Peixoto, por este andar ainda vamos ver o farmacêutico e "patrão" da ANF, João Cordeiro, a ser o porta-voz socialista para os assuntos da saúde!

domingo, 1 de setembro de 2013

Viva Cascais!

Seguro: atirar a toalha ao chão


SEGUNDO O jornal "Público", António José Seguro já não esconde que "deixou de acreditar na queda do governo antes do fim da legislatura", uma interpretação que revela bem o estado de espírito (e ânimo..) do líder do PS a menos de um mês das autárquicas. Se a isso somarmos a entrevista que António Costa deu esta semana ao semanário "Sol" e onde deixou alguns "recados" bem explícitos ao líder socialista, percebe-se que o consulado de Seguro está cada vez mais tremido e nem o facto de estatutariamente ter "chutado" o próximo congresso para lá das próximas legislativas o livrará de ser apeado do poder antes do seu partido ter de apresentar um candidato a primeiro-ministro. É o que se chama "atirar a toalha ao chão"...