É UMA das peças de marketing político estrategicamente (e não só) mais conseguidas que vi nos últimos tempos. Foi exibida ontem na televisão brasileira e marca claramente o início de um contra-ataque do PT, que até agora se tem deixado "encostar às cordas" por uma oposição que, ainda que dividida entre Aécio Neves e a dupla Eduardo Campos/Marina Silva, tem feito alguma "mossa" na estratégia da reeleição de Dilma Rousseff. Tendo por "público-alvo" os muitos milhões de pessoas a quem os governos PT possibilitaram o acesso a bens de consumo e a um estilo de vida que nunca pensaram vir a ter, este filme de 60 segundos é todo ele pensado e produzido ao milímetro - a todos os níveis. E o resultado é notável, tanto em termos estéticos, como de linguagem, fotografia ou conteúdo…
É que hoje em dia, no Brasil, existe claramente um "outro país", fictício mas palpável - formado pelas classes C, D e E - um "país" com mais de 150 milhões de habitantes (o oitavo maior do mundo...) e que só em 2013 consumiu 1,27 trilhões de reais, ocupando o 16º lugar no ranking do consumo mundial. Os seus dados são reveladores da importância que possui e quão determinante ele será na (re)eleição presidencial do próximo dia 5 de Outubro. Vejam só: em 2013 no Brasil, 54% dos utilizadores do avião pertenciam às classes C, D e E; 58% dos smartphones brasileiros estava nas mãos desssas mesmas classes; 62% por cento dos titulares de conta-corrente no banco e 67 por cento dos utilizadotres de cartões de crédito eram também das classes C, D e E; mais de 60 por cento das compras de computadores foram feitas por essas classes – as chamadas “emergentes”. Esses brasileiros, os que formam o tal "outro Brasil" e que devem na prática e em grande parte essa ascenção social e aquisitiva aos governos PT, estão hoje na mira de quem dirigir os destinos do Brasil por mais quatro anos. São eles e só eles que irão decidir a eleição. Daí a importância deste filme. Brilhante, diga-se de passagem...
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