GARANTO QUE não é "perseguição", mas de facto reconheço que D. Pilar del Río encanita-me cada vez que bota faladura... Naquele seu estatuto de "viúva profissional" e com aquela sua propensão de não conseguir estar calada, a irritante criatura arranjou agora maneira de aparecer em letra de imprensa, desta vez a propósito do badalado (e certamente notável...) documentário sobre quatro anos da vida do seu defunto marido e que se intitula "José e Pilar" - até no título da fita a senhora arranjou maneira de se intrometer... Diz ela: "Não lhe chamem documentário, chamem-lhe simplesmente filme. Documentário soa-me a animais a copular". Leram bem, sim senhor: "(...) documentário soa-me a animais a copular". Digam lá se não dá vontade de mandar a senhora "copular-se"?!
... ou "quem não tem cão, caça com gato...", que é como quem diz, uma página e um espaço estritamente pessoal, onde também se comenta alguma actualidade, se recordam histórias de outros tempos e se tenta perceber o que está por detrás de algumas notícias...
Os comentários a este blogue serão moderados pelo autor, reservando-se o mesmo a não reproduzir aqueles que pelo seu teor sejam considerados ofensivos ou contenham linguagem grosseira.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
A sucessão de Menezes
APÓS A saída de Marco António Costa da vice-presidência da Câmara de Gaia para a secretaria de Estado da Segurança Social, a questão da sucessão de Luís Filipe Menezes coloca-se de novo e ameaça tornar-se um verdadeiro "quebra-cabeças" para o antigo líder do PSD. Ou será que Menezes vai dar lugar a um outro Menezes - no caso ao filho Luís? E quem é que surgirá do lado do PS? Será que, com a previsível vitória de António José Seguro, os socialistas não poderão lançar um "peso-pesado" na tentativa de reconquistar uma autarquia que, até à vitória de Luís Filipe Menezes, sempre foi um dos seus "bastiões" a norte? Aqui está uma "corrida" eleitoral que vale a pena seguir atentamente a dois anos e meio de distância...
terça-feira, 28 de junho de 2011
Cavaco by Mario Conde
VALE A pena dar uma olhadela ao blogue do jornalista Frederico Duarte Carvalho e ler atentamente o relato de um excerto da biografia do antigo banqueiro Mario Conde, nomeadamente o encontro que este manteve com Cavaco Silva a propósito da então frustrada venda do Totta...
http://paramimtantofaz.blogspot.com/2011/06/mim-pagam-me-os-portugueses.html
Cavacadas
NUMA ALTURA em que as televisões mostram uma Grécia a ferro e fogo, com distúrbios um pouco por todo o lado, o nosso Presidente da República não arranjou melhor maneira de classificar a situação portuguesa como "explosiva". Será que Cavaco Silva não percebe que, dado o cargo que ocupa, as suas palavras possuem um "peso" obviamente distinto que de um qualquer analista ou comentador político e que os portugueses dispensam as suas "cavacadas" a roçar o irresponsável?
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Cá se fazem, cá se pagam (Parte II)
QUEM PARECE ter ficado "piurso" com este episódio da frustrada ida de Bernardo Bairrão para o MAI foi o também comentador da TVI Luís Marques Mendes. É que tudo indica que o responsável pela indicação de Bairrão ao seu amigo e agora ministro Miguel Macedo foi o antigo líder do PSD. Mas enquanto Mendes estará triste, o casal Moniz já deve ter aberto, pelo menos, uma garrafa de champanhe...
Cá se fazem, cá se pagam? (Parte I)
BERNARDO BAIRRÃO bem pode agradecer a Marcelo Rebelo de Sousa ter sido "desconvidado" de integrar o governo como secretário de Estado da Administração Interna. É que apesar de, ao princípio da noite de domingo, o administrador da TVI até ter-se deslocado propositadamente aos estúdios de Queluz para pedir ao irrequieto professor que não mencionasse o seu nome no habitual comentário dominical, Marcelo fez ouvidos de mercador e, para surpresa até do próprio Júlio Magalhães, deu como certa a ida de Bairrão para o MAI. Razão mais que suficiente para que em S.Bento houvesse quem decidisse de imediato retirar o convite e procedesse a um ajustamento que acabou com a "transferência" do centrista Felipe Lobo d'Ávila da secretaria de Estado da Justiça para a Administração Interna. Quem tem boa memória, não resiste a relacionar esta "inconfidência" de Marcelo com o papel que Bairrão teve no seu afastamento da TVI há uns anos...
domingo, 26 de junho de 2011
Incorrigível...
PARA QUEM pensava que já tinha visto (e ouvido) tudo no comentário dominical de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, o anúncio que ele fez hoje em primeira-mão que um dos administradores daquela estação ia tomar posse como secretário de Estado na próxima terça-feira, provou que não, que o professor ainda consegue ir mais além do que qualquer um possa julgar...
sexta-feira, 24 de junho de 2011
A "raposa" e as galinhas
UM AMIGO meu do Norte e perfeito conhecedor das manobras e jogadas de bastidores que têm ocorrido à volta da necessária substituição de Miguel Relvas enquanto secretário-geral do PSD, teve ontem uma tirada deliciosa acerca daquele que parece ser o grande (é só um dizer...) candidato à sucessão do agora ministro de Passos Coelho: "Pois, pois... ponham a raposa dentro da capoeira e depois digam que faltam galinhas...". No mínimo, genial!
Paulo Portas vs. Ana Gomes
PASSADOS 18 dias após aquele verdadeiro paradigma da bojarda que dá pelo nome de Ana Gomes ter desembestado contra Paulo Portas e este ter anunciado a intenção de processar a euro-deputada pela série de acusações e insinuações que ela fez acerca do líder do PP e da sua então previsível nomeação para o palácio das Necessidades, era capaz de ser interessante saber em que é que tudo isso ficou - especialmente depois de Garcia Pereira ter-se recusado a patrocinar Portas contra a sua ex-camarada de partido. Ou será que, inexplicavelmente, ficou tudo em "águas de bacalhau"? Sinceramente, não acredito...
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Capacidade de surpreender
A PROPÓSITO deste "folhetim" grotesco que foi a tentativa de Fernando Nobre em encontrar um "poiso" para, durante quatro anos, aninhar-se a preparar mais uma candidatura à Presidência da República, tem-se voltado muito a falar da sucessão de Cavaco Silva, cujo processo ocorrerá (já) em 2014 - ou seja daqui a dois anos e meio... E como sempre, os nomes, as hipotéticas candidaturas e os supostos apoios surgem nos mais variados cenários que cada um traça e ajeita a seu gosto, ainda que tanto Marcelo Rebelo de Sousa como Durão Barroso façam quase sempre parte do elenco dos "presidenciáveis" que são postos na mesa. Dois nomes que eu, sem querer propriamente armar-me em "vidente", acho serem exactamente os que menos probabilidades podem vir a ter em sequer ser candidatos. O primeiro - o inefável prof. Marcelo - por uma super-exposição enquanto analista político que, tanto pelo excesso como por certas posições algo susceptíveis de não gerar grande entusiasmo no que naturalmente seriam as suas hostes; o segundo - Durão Barroso - por três razões que eu considero de peso e que, sabendo do seu exacerbado calculismo, considero que ele terá muito em conta: a primeira, que tem a ver a ver com o facto de ele ter a perfeita noção que o País ainda não esqueceu a forma célere, atabalhoada e algo oportunista como ele, de um dia para o outro, trocou S. Bento por Bruxelas, pouco importando-se com o mandato que pouco tempo antes os portugueses lhe tinham confiado; a segunda, porque a "agenda" e network com que ele sairá em 2014 da presidência da Comissão Europeia tem um prazo e "valor" (na verdadeira acepção do termo) limitada a quatro ou cinco anos, o que lhe possibilitará até ao final desta década poder rentabilizá-la como poucos ao serviço de um qualquer Carlos Slim da vida; e a terceira porque tem ainda idade e "paciência" (de chimês, como diriam os seus amigos...) para esperar o "seu momento".
Dificilmente Cavaco Silva não cairá na tentação de tentar indicar um "sucessor" e aí António Barreto deve estar no topo das preferências do casal presidencial, tal o "colo" que lhe ultimamente lhe têm dado a todos os níveis. Mas será que o País suportará mais cinco ou dez anos daquele estilo, daquela maneira professoral e pretensamente superior de quem se julga uma espécie de "Messias" vindo do além? E que o PSD aceitaria caninamente uma suposta indicação vinda de quem sempre colocou os seus interesses pessoais à frente dos do seu partido? E se do lado do PS, surgisse um Jaime Gama, cujo estilo, consensualidade e maneira de ser, cativa à esquerda mas também à direita? Alguém duvida que uma possível candidatura do antigo presidente da Assembleia da República esfrangalharia o eleitorado tido por mais conservador? É por isso que, tanto como responsabilidade de governar, Passos Coelho tem a partir de agora também a responsabilidade de, nos próximos anos, ajudar a clarificar águas e encontrar os caminhos e os protagonistas certos para os "novos temos". E o que ocorreu ontem, com a eleição de Assunção Esteves, é um bom prenúncio e uma esperança que algo possa (mesmo) mudar! E revela uma saudável e desejável capacidade de surpreender...
terça-feira, 21 de junho de 2011
Só lhe falta (mesmo) o nariz vermelho...
O NOSSO País é cada vez mais useiro e vezeiro em dar voz e palco a umas personagens que se têm a si próprios em grande conta. Da direita à esquerda e da esquerda à direita, a nossa cada dia mais pobre cena política está enxameada desses patetuços que acreditam na sua indispensabilidade e que - no mínimo - a Pátria não sobreviveria sem o seu (acham eles...) inestimável contributo. Aliás, a existência desses "cromos" não é de hoje - quem não se lembra da forma primorosa como Eça os retratava e as páginas admiráveis que nos legou descrevendo os tiques e poses rídiculas dessas criaturinhas? Até aqui tudo bem, até porque o pendor dessa gente para cretinice e para a imbecilidade muitas vezes nos serve de lenitivo em momentos mais cinzentos e tristonhos que possamos atravessar, tal a galhofa que nos causam. O problema coloca-se quando eles ultrapassam a fronteira do razoável... E Fernando Nobre é um exemplo claro disso mesmo. A figura, a pose e o "folhetim" que protagonizou (pelo menos até ontem) começa a ter contornos mais sérios, até porque as implicações a que a sua vaidade e teimosia conduzem levam qualquer pessoa com dois dedos de testa a começar a ficar assustada com o protagonismo que lhe é concedido e que ele, célere e impante, não resiste a cavalgar.
A cena confrangedora daquela declaração idiota de Nobre, rodeado por dois "monos" que pareciam uma versão mais grotesca e rasca do Rocinante e do Sancho Pança de um D. Quixote de pacotilha, vai ficar nos anais do nosso Parlamento, tal o número de baboseiras que ele conseguiu proferir em pouco mais de um minuto e após ter sido duplamente humilhado por duas votações consecutivas para a presidência da Assembleia da República. Não fosse a oportuna intervenção do sempre atento e experiente Zeca Mendonça que, com um não muito discreto empurrão, o colocou longe dos microfones e câmeras, a esta hora Nobre ainda estaria debitando imbecilidades. E o que começa a ser grave não é o facto do que ele possa dizer... Grave começa a ser a tendência dos nossos jornalistas em darem voz e cara a alguém a quem só falta o nariz vermelho para ser, definitivamente, um palhaço!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
O adeus do ministro
APENAS UM ia depois de ficarmos a saber que as forças policiais possuem dívidas no valor de 100 milhões(!) de euros, o ministro cessante da Administração Interna Rui Pereira está neste momento a oferecer um almoço de despedida a dezenas e dezenas de responsáveis das forças que tutelou nestes últimos anos. Não seria melhor ter ficado apenas por um simples encontro de despedida, sem comes e bebes à mistura? É exactamente por essas e por outras que a opinião pública tem a opinião que tem sobre a classe política...
sábado, 18 de junho de 2011
Redundância
NO CÍRCULO mais íntimo de Pedro Passos Coelho, o antigo líder do PSD Marques Mendes, agora na sua fase de "comentador político", passou a ser conhecido como "o Marcelo dos pequeninos". Especialmente depois das suspeitas (ao que garantem muito fundadas...)mque terá sido o próprio Mendes a pôr a correr o rumor que teria sido convidado para integrar o governo na área da coordenação política e teria recusado...
Sai mais uma "sampaiada"
QUEM É assim uma espécie de versão masculina de Pilar del Río, é o antigo presidente Jorge Sampaio. Também ele, a propósito e despropósito, gosta de botar faladura sobre tudo e mais alguma coisa e não resiste a ver uma câmera ou um microfone apontados na sua direcção. Certamente convencido que os portugueses não sobreviverão sem escutar as suas sábias opiniões, Sampaio não resiste a proferir do alto de uma importância que só ele reconhece paternais recados, como se todos não passássemos de uns tontinhos que por aqui andamos sem rei nem roque. A última "sampaiada" foi agora a propósito de um alegando "copianço" generalizado que parece ter ocorrido nas provas do Centro de Estudos Judiciários. Então não é que o homem resolveu, também sobre isso, dar o seu "bitaite"?! Como diz um amigo meu... valha-nos Santa Maria!
Portas, Luanda e... Savimbi
FAZENDO GALA de uma memória muito apurada, quando confrontado com a nomeação de Paulo Portas para a chefia da nossa diplomacia, um amigo meu que vive em Paris não escondia a sua curiosidade em saber como é que, numa mais do que previsível viagem a Luanda, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros reagirá se (e quando, obviamente) confrontado com uma inevitável pergunta por parte de algum jornalista mais atento: "Ainda considera que a morte de Savimbi foi um assassinato?". Apesar de não ser segredo para ninguém que se existe coisa que sobra a Portas é "lata", duvido que o nóvel ocupante das Necessidades não titubeie na resposta...
O apelo da amiga
AMIGA TANTO de Passos Coelho como de Paulo Portas, Inês Serra Lopes escreve hoje um curioso e inteligente comentário na sua página do jornal "i" intitulado "O factor Portas" e que mais não é (passe a presunção de quem acha que leu nas entrelinhas...) que um apelo ao seu antigo director no "Independente" para que tenha uma postura marcada por uma profunda lealdade ao primeiro-ministro:"(...) terá de jogar com total abertura o jogo que Passos Coelho o convidou para jogar". E em jeito de aviso, aproveita também para lembrar a Portas que este seu regresso ao governo, agora na pasta dos Negócios Estrangeiros, é a "sua última oportunidade". Para mudar o país, diz ela; para que os portugueses o levem a sério, digo eu...
Fazer juz ao apelido
SERÁ QUE até segunda-feira, o putativo candidato à presidência da Assembleia da República que Pedro Passos Coelho insiste em colocar à votação, não anunciará a sua indisponibilidade para ocupar esse cargo e assim poupar o PSD a uma derrota política? Seria certamente uma atitude nobre e que retribuiria ao líder do PSD gentileza que este teve ao convidá-lo para encabeçar a lista de deputados por Lisboa e ser o substituto de Jaime Gama em S. Bento... Ou será que a teimosia (para não lhe chamar outra coisa) e esse sonho tolo e megalómano de vir a ser novamente candidato a Belém se sobreporão a tudo?
O seu a seu dono...
JÁ QUE o governo do seu próprio partido foi incapaz de fazê-lo (e nunca consegui perceber porque raio de razão...), espero que este executivo PSD/CDS leve a cabo um acto de elementar justiça e que "baptize" a Loja do Cidadão (a primeira, a da estrada da Luz) com o nome de quem "importou" do Brasil (da Bahía, para ser mais concreto) e adaptou esse modelo de atendimento público que é indiscutivelmente um sucesso a todos os níveis: Fausto Correia.
O elogio do bastonário
UM AMIGO, que nunca perde uma oportunidade para mostrar a sua ironia, não resistiu a ligar-me há uns minutos atrás e confessar-se muito perturbardo com o elogio público que o bastonário da Ordem dos Advogados fez da nova titular da pasta da Justiça: "Não augura nada de bom, esta esfuziante alegria de Marinho Pinto, nada mesmo...", dizia-me com uma voz aparentemente muito séria.
A viúva profissional
CADA DIA que passa convenço-me mais que se existisse prémio Nobel que galardoasse os chatos e insuportáveis, a D. Pilar del Río era uma forte candidata a ser escolhida pela Academia Sueca. Esta senhora, cuja profissão é hoje definitivamente a de "viúva", tem uma enorme dificuldade em estar calada e, a propósito de tudo e mais alguma coisa e sempre que lhe põem um microfone à frente não resiste a dar a sua opinião. Hoje, conhecido o novo elenco governativo, eis que lá vem ela dar os habituais "bitaites" que têm tento despropositados como de imbecis. A propósito da passagem do primeiro aniversário da morte do seu marido, a D. Pilar resolveu dizer da sua justiça sobre a importância que os ministérios da Cultura e... da Economia (pasme-se!) deviam, possuir numa estrutura governamental. E o jornalista, certamente crente que a opinião da senhora era fundamental para todos nós reflectirmos profundamente sobre o tema, tão-pouco fugiu ao ridículo e - zás! - toca de puxar a afirmação para título. Que tristeza...
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Mau perder
O INENARRÁVEL José Lello (com dois "éles", eu sei!) que ainda há pouco tempo andou envolvido numa nunca muito bem esclarecida questão (para não dizer "moscambilha"...) de financiamentos partidários no Brasil, resolveu agora dar sinais de uma lata de todo o tamanho e de um desprezível e ridículo "mau perder" ao ameaçar - não se sabe bem com o agréement de quem - vir em nome do PS a impugnar as eleições por causa de um punhado de votos dos nossos emigrantes no Brasil e assim atrasar a posse do novo governo. E não existirá ninguém que, no PS, ponha este verdadeiro "prémio Nobel da bujarda" que nunca primou propriamente por ser um "ás" no que toca à sua agilidade mental na ordem?
O "não" de Garcia Pereira
ENTRE OS actuais e antigos "camaradas" do MRPP existe, desde sempre, uma curiosa e estranha solidariedade, formando até quase uma "irmandade", onde quer que eles estejam e quão distnstas sejam as águas políticas onde hoje possam navegar. Podem ter sido da "linha negra" ou da "linha vermelha", desaguado no PS, no PSD, ou mantido-se fiéis às teses de Mao, há ali um sentimento quase maçónico, de protecção mútua e uma mais que visível cumplicidade. E Paulo Portas tinha a obrigação de sabê-lo, de forma a a não ter de sujeitar-se publicamente à recusa, hoje anunciada, do advogado Garcia Pereira em representá-lo contra Ana Gomes a propósito das desastradas declarações que a euro-deputada proferiu acerca da previsível nomeação do líder do CDS para o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros - isto além de ter poupado tempo e evitado protagonizar mais um dos seus habituais "números"... É que se Portas puxasse um pouquinho pela cabeça antes de resolver, precipitada e publicamente, anunciar a preferência por um ex-camarada de Ana Gomes para seu advogado, lembrar-se-ia que essa mesma dra. Ana Gomes foi, enquanto funcionária do palácio das Necessidades, "apadrinhada" e protegida pelo próprio Durão Barroso, na sua versão de secretário de Estado e ministro do Negócios Estrangeiros do "cavaquismo" e também ele seu ex-camarada no MRPP. Pelo menos tinha-se poupado a esta "desfeita" pública por parte de Garcia Pereira!
Mais um...
NÃO OUVI, nem tão-pouco me penitencio por tal, o discurso de António Barreto por ocasião das comemorações do Dia de Portugal. Mas pelos comentários que já tive oportunidade de escutar de pessoas tão díspares como Vasco Pulido Valente, Fernando Rosas, Pedro Santana Lopes ou José Medeiros Ferreira, cheguei rapidamente à conclusão que Barreto entrou definitivamente para aquela "galeria" formada por auto-proclamados paradigmas do saber e da razão e que se têm, a si próprios, em grande conta. E tenho pena...
terça-feira, 14 de junho de 2011
As vantagens de Fernando Nogueira
A SER verdade, a notícia publicada hoje em alguns jornais e que dá como certo que Fernando Nogueira integrará o próximo governo, representa para mim uma garantia que Pedro Passos Coelho teve o condão de chamar para junto de si alguém que personifica credibilidade, confiança e seriedade. Ainda que não acredite que o antigo ministro da Justiça e da Defesa ocupe um outro cargo - no mínimo... - que não o de ministro de Estado, a sua hipotética entrada no futuro executivo é um sinal claro dado em várias direcções: a Belém, desencorajando quem pudesse ter a tentação de querer "meter o bedelho onde não é chamado"; ao Caldas, mostrando que o governo serve para governar e não pode ser palco para jogadas e "números"; e finalmente para o Rato, dando a garantia que do lado do governo existe alguém confiável e com quem se pode negociar - a começar pela óbvia e próxima revisão constitucional.
domingo, 12 de junho de 2011
Um verdadeiro "tratado"
A NÃO perder o comentário quinzenal de Pedro Santana Lopes de hoje na TVI. Desde a forma como elegantemente se referiu a José Sócrates até revelação do desinteresse que, há meia-dúzia de anos, Paulo Portas nutria pela Agricultura e os seus problemas, o comentário do antigo primeiro-ministro foi um verdadeiro "tratado". Apesar de ser assumidamente "suspeito", acredito que quem escutar a intervenção de Santana Lopes vai dar o tempo como bem empregue...
http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---politica/santan-santana-lopes-comentario-opiniao-tvi24/1259810-5796.html
sábado, 11 de junho de 2011
Um "número" desnecessário...
A IRRESISTÍVEL tendência de Paulo Portas em protagonizar "números" começa a roçar as raias do ridículo... Leio que o advogado escolhido para "avaliar as declarações" (absurdas e insultuosas) da euro-deputada socialista Ana Gomes e decidir se as mesmas mereciam, ou não, a a mais que merecida queixa-crime (mas existe alguma dúvida?!) foi o advogado Garcia Pereira. Sem colocar em causa os méritos do causídico em causa, fica a mais que justificada dúvida se esta escolha não se deveu, apenas, ao facto do advogado em causa ser (ainda) um destacadíssimo dirigente do MRPP/PCTP, o partido de que acolheu em tempos e dra. Gomes e de que ela foi uma fervorosa e dedicada militante nos furiosos anos 70. São estas pequenas "coisas", estes "números" de trazer por casa que menorizam quem devia, pura e simplesmente, encostar a desbocada senhora "às cordas".
quinta-feira, 9 de junho de 2011
A dor de cabeça de Assis
NÃO QUERO ser "ave agoirenta", mas esta badalada adesão da dupla "Lello&Capoulas" à candidatura de Francisco Assis não augura nada de bom ao líder parlamentar socialista e irá causar-lhe fortes dores de cabeça. Aposto singelo contra dobrado que até à data da eleição do novo secretário-geral, esta verdadeira "parelha de ases" e autênticos campeões do dislate e da "bojarda" ainda irá fazer das suas e assim, indirectamente, dar uma preciosa ajuda a António José Seguro na corrida pela sucessão de Sócrates...
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Sempre certeiro, este dr. Durão...
SEMPRE PRONTO a dar a sua opinião sobre a política portuguesa (e ainda estou para perceber se fará o mesmo relativamente aos outros 26 países que constituem a União Europeia...) Durão Barroso mostrou-se ontem esperançado em que a previsível coligação PSD/CDS "dure toda a legislatura". Afirmação bem curiosa, vinda de quem,há seis anos e a meio de uma legislatura, trocou a correr Lisboa por Bruxelas, contribuindo decisivamente para que a então existente coligação PSD/CDS fosse afastada do poder e não concluísse a legislatura... No mínimo, extraordinário!
Vamos ter "mea culpa"?
CONFESSO QUE será com uma imensa curiosidade e atenção que vou seguir atentamente o percurso e inevitáveis "aproximações" que os maiores expoentes da chamada "direita dos negócios" vão fazer agora ao novo poder político e as desculpas (certamente "esfarrapadas") que alguns conhecidos advogados e gestores da nossa praça que nos últimos seis anos deixaram de navegar em "águas laranjas" para abraçar a "causa socrática" vão arranjar para justificar esse seu estratégico e certamente compensador desvio. Acredito que - negócios oblige... - venham rápida e publicamente a fazer o seu mea culpa, de modo a que o novo poder os absolva da sua irresistível tendência para a gula, esse terrível "pecado" que os atormentou nos últimos anos...
terça-feira, 7 de junho de 2011
Perca de tino
NA SUA ânsia de afirmar-se como candidata da "ala esquerda" a líder do Partido Socialista, a euro-deputada Ana Gomes perdeu completamente o tino e desembestou, de forma destemperada e caluniosa, contra Paulo Portas. Em declarações ao "Diário Económico", a antiga embaixadora tratou de "arrasar" a possibilidade do líder do CDS/PP vir a ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros com argumentos e insinuações de carácter pessoal e comportamental que só podem levar Portas a apresentar de imediato uma queixa-crime contra a parlamentar europeia.
652.194
NESTES TEMPOS de acordos, negociações e afins, convém não esquecer que Paulo Portas assumiu pessoal e publicamente a candidatura a primeiro-ministro nestas últimas eleições, tentando emparceirar com Passos Coelho e Sócrates. Como convém também, já agora, não esquecer o número de votos que o líder do CDS/PP obteve...
segunda-feira, 6 de junho de 2011
A hora de Passos Coelho
O LÍDER do PSD tem, a partir de hoje, que preocupar-se mais com as "pressões" vindas de Belém que propriamente com alegadas exigências na formação do futuro governo por parte de Paulo Portas, que mais não servem de consolo para um partido que esperava mundos e fundos destas eleições e cujos resultados ficaram bastante aquém das expectativas e dos inflamados e precoces discursos de vitória. E vai ser já nos próximos dias, no processo que conduzirá à formação do governo e na forma como resistirá à tentação que inevitavelmente Cavaco Silva terá em "meter a colherada", que ficaremos a conhecer a verdadeira "fibra" de Pedro Passos Coelho e a sua capacidade para fazer o "seu" governo e não o governo a que o Presidente da República gostaria de dar posse. É tempo de alguém lembrar e fazer sentir a Cavaco que o PSD não é mais a sua "coutada" e que não tem qualquer sentimento de orfandade. No fundo é urgente exorcizar de vez o "fantasma" que paira, desde 1995, sobre o casarão da Rua de S. Caetano...
O "banho" de Louçã...
QUER OS protagonistas queiram, ou não, nas eleições há vencedores e vencidos. E para mim é claro que os dois claros vencedores de ontem chamam-se Pedro Passos Coelho e... Jerónimo de Sousa, que recuperou para a CDU o quarto lugar como força política a nível nacional. E se analisarmos os números como eles são, a derrota de Francisco Louçã ainda foi mais significativa que a de José Sócrates: o Bloco de Esquerda perdeu praticamente metade do eleitorado e viu os 557 mil eleitores de 2009 ontem reduzidos a 288.076. É difícil ter pior resultado!
domingo, 5 de junho de 2011
O adeus de José Sócrates
DE FACTO, José Sócrates tem o especial condão de nos conseguir surpreender. Para o melhor e para o pior... Neste caso - há pouco, durante o discurso em que assumiu a derrota socialista e anunciou a sua demissão enquanto líder do PS - para o melhor. E garanto que não é por comiseração (sentimento que dificilmente poderia sentir pelo agora futuro ex-primeiro-ministro) que não resisto a classificar as palavras e a postura de Sócrates na sua declaração no Hotel Altis: notável.
O novo grão-mestre
A TER em conta, a eleição de Fernando Lima como novo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. A seguir com atenção, nestes tempos de previsível mudança política, o novo "estilo" que o sucessor de António Reis à frente da Maçonaria certamente imprimirá a uma "casa" que encontra-se num momento de opções...
sexta-feira, 3 de junho de 2011
A política e as coincidências
A POLÍTICA está cheia de coincidências... A aparentemente inesperada declaração de Paulo Portas, admitindo não vir a integrar um previsível governo PSD/CDS é no mínimo curiosa, embora não surpreenda quem tenha ultimamente estado atento à evolução de alguns dossiers mais polémicos. Aliás, no mesmo dia em que o "Diário de Notícias" revela essa possibilidade, um outro jornal diário, através da sua manchete, "explica-nos" porquê...
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