A CONFIRMAREM-SE os números e sondagens, a noite eleitoral do próximo dia 29 de Setembro não irá deixar boas recordações a António José Seguro, podendo mesmo vir a tornar-se numa verdadeira "noite das facas longas" tal a expectativa de desaire que paira sobre os resultados dos candidatos socialistas nos principais municípios. Se pegarmos nos dez concelhos com maior número de eleitores e tendo em conta vários factores, à partida o PS teria obrigação de ganhar as câmaras do Porto, Sintra e Gaia, manter Lisboa, Loures, Braga, Matosinhos e Amadora e obter bons resultados em Cascais e Almada. Pois é... Só que, se tivermos em conta as indicações que têm vindo a surgir, os socialistas não ganharão Porto, Gaia e Sintra; podem perder Loures, Braga e Matosinhos; e ficarão claramente abaixo das expectativas em Cascais e Almada. Ou seja, dos dez principais municípios, o PS arrisca-se a deter apenas duas presidências - a de Lisboa e a da Amadora. O que será, convenhamos, um autêntico "desastre" eleitoral para Seguro e para a sua estratégia.
Se optarmos por medir o peso eleitoral socialista através das capitais de distrito, o panorama não será igualmente animador: o PS possui actualmente 8 das 20 presidências de câmara, tudo indicando que possíveis vitórias em Coimbra, Faro e mesmo em Vila Real, não farão esquecer as previsíveis derrotas em Braga, Évora, Beja e até Guarda - isto já para não falar de Santarém, onde tudo indica que a aposta socialista em recuperar a câmara irá sair frustrada. Quem diria, há uns meses, que as eleições autárquicas deste ano, mais que um castigo imposto ao governo, poderão ser - isso sim - a certidão de óbito da actual liderança do PS? Isto há cada coisa...
1 comentário:
Amigo ZPF
É a alegria de Sócrates.
Tem vindo a minar Seguro com Alegre e Soares de mãos dadas e vai conseguir o que quer.
Seguro em vez de ter virado a casa e ter dado a mão ao Governo quando Cavaco lhe pediu, preferiu perder tudo....
Como escreveu o meu primo e amigo Paulo:"O altruísmo do Político vai ao ponto de, apesar de todos os sacrifícios, nos impedir de o aliviarmos do fardo que carrega: o devotado e benfazejo Político nutre tanto amor pelos irmãos que, sacrificando-se, se mantém o máximo de anos possível a ocupar os cargos que tão penosamente o castigam. É por nós, só por nós, que é deputado, presidente de câmara, presidente de junta, 20, 30 ou 40 anos. Mesmo reformado, insiste em servir. E quando não consegue servir-nos num cargo, assume devotadamente outro. Nos poderes públicos ou nas empresas deles dependentes. A entrega é tanta que até contra a Lei luta, para poder manter-se no sagrado ofício. E ainda há quem tenha coragem de dizer mal do Político. Que blasfémia!"
Paulo Saragoça da Matta
Vale a pena ler tudo.É no "I".
Aqui fica o link
http://www.ionline.pt/iOpiniao/deus-guarde-os-nossos-politicos
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