ALÉM DE ser seu amigo, tenho pelo general António Ramalho Eanes uma franca e sincera admiração, além de uma dívida de gratidão por uma disponibilidade pessoal que mostrou em determinado momento e que nunca poderei esquecer.
Por isso mesmo foi com uma enorme satisfação que, contrariamente ao que foi noticiado e anunciado a sete ventos, soube que o general Ramalho Eanes afinal não é o mandatário do candidato socialista João Cordeiro à presidência da Câmara Municipal de Cascais.
Não sei o que se passou nem tão-pouco o que levou o general, em determinado momento, a deixar-se envolver numa disputa eleitoral que pouco ou nada tinha a ver consigo e onde, permanecendo ao lado de Cordeiro, estava claramente do lado contrário de todos os valores e ideais pelos quais sempre se bateu desinteressada e corajosamente. O que para mim importa - e sei que para a maioria dos que sempre estivemos ao lado do general - é que não temos de ser confrontados com uma pergunta incómoda e para a qual, convenhamos, não tínhamos qualquer resposta lógica: "Mas porque é que o general Eanes é mandatário de um tipo como esse Cordeiro?!". Hoje, após saber que afinal o mandatário do candidato de António José Seguro é um deputado qualquer lá do seu partido, posso responder com grande satisfação: "Isso é mentira!". Uff...
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