HÁ UMAS horas, através de mensagem, perguntei ao meu amigo Augusto Freitas de Sousa quem tinha sido despedido do "Diário de Notícias". Ele deu-me dois ou três nomes e agora, passado um bom bocado sobre a sua resposta, enviou-me outra mensagem. "Ah... e eu do JN". Não podendo aqui reproduzir (por razões que se prendem com o necessário decoro…) a reacção que tive (e lhe transmiti) perante essa notícia, resta-me agora resumi-la a algo que posso denominar como um misto de estupefacção e incredulidade. E não o faço por ser amigo do Augusto ou sequer por ter sido responsável da sua vinda para Lisboa (já lá vão mais de 20 anos, estávamos os dois na então pública Rádio Comercial) ou por, mais tarde, não ter prescindido da sua colaboração no "Tal&Qual" ou em outros projectos em que estive envolvido. Não, faço-o porque dificilmente encontramos em Portugal meia-dúzia de repórteres com o instinto, o "faro" e a capacidade do Augusto. Talvez por isso nunca me passou pela cabeça que ele pudesse integrar o lote das dezenas de jornalistas que a administração "recauchutada" da Controlinveste resolveu despedir. Erro meu… Arredado destas coisas dos jornais já lá vão uns bons anos, muitas vezes esqueço-me que, salvo honrosas excepções, eles hoje estão entregues à mediocridade, aos sabujos, aos cretinos e aos idiotas. Aos que, sempre de espinha dobrada perante quem lhes vai pagando o ordenado e passando a mão pelo pêlo e à imagem e semelhança do que fazem aos cachorros que têm lá em casa, não hesitam em abanar a cauda em sinal de satisfação quando os donos lhes atiram um biscoito de pedigree pal. Camelos...
2 comentários:
Há muitos anos trabalhei com o Augusto em O Primeiro de Janeiro, depois perdi-lhe o rasto. É um caso de instinto e talento natos.
Um forte abraço para ele,
Ana Jorge
As empresas da controlinveste, provavelmente por ordem central, andaram anos a promover políticos e direcções de clubes pouco recomendáveis... a factura chegou agora, c/ a ajuda da crise e da BenficaTV...
Enviar um comentário