A POUCO e pouco o autêntico e estranho “bloqueio” noticioso
à volta de factos que podem explicar muito do que sucede numa clara clivagem no
núcleo-duro do grupo Espírito Santo, tem vindo a atenuar-se. Primeiro foi o “Expresso”
que, na sua última edição, veio explicar que, afinal, o tal “voto de confiança”
que o Conselho Superior do grupo tinha concedido a Ricardo Salgado fora
solicitado pelo próprio e apenas dado pelos cinco integrantes desse órgão na condição
do processo sucessório se iniciar de imediata e do modelo de governance do grupo ser alterado – o que
veio permitir uma leitura totalmente distinta da que se poderia fazer a partir
de algumas notícias nitidamentente “plantadas” no dia anterior, com especial
destaque para uma curiosa (para não chamar-lhe outra coisa…) manchete num jornal económico. Mas hoje, como se isso não
chegasse, o próprio comandante António Ricciardi, presidente do Conselho
Superior e na prática o "patriarca" da família, veio a público, em comunicado (note-se…), afirmar que apoia a
abertura do processo de sucessão de Salgado e manifestar a concordância com o seu
filho José Maria (que não esconde o desejo de querer ver o seu primo Ricardo
afastado da liderança do grupo), afirmando só ter votado favoravelmente a moção
de confiança apresentada por Salgado para, ipsis
verbis “evitar a ruptura institucional imediata”. Afinal as coisas
não são eram tão simples quanto nos queriam fazer crer - fogem um bocadinho ao chamado padrão, não é? Acontece …
PS - Aqui fica o comunicado na íntegra:
"Eu, Comandante António Ricciardi,
accionista do Grupo Espírito Santo e presidente do Conselho Superior, venho
esclarecer que só não apoiei o voto do meu filho José Maria Espírito Santo
Silva Ricciardi na moção de confiança pedida por Ricardo Salgado para evitar a
ruptura institucional imediata, mas subscrevo sem quaisquer reservas a posição
assumida pelo Conselho, incluindo a do meu filho José Maria Espírito Santo
Silva Ricciardi sobre a “governance” e sucessão na liderança do Grupo Espírito
Santo."
1 comentário:
Zé Paulo
Comandante ?
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