MAIS UMA vez ficou patente o grande "sentido de Estado" de Paulo Portas que, pese a pose, os fatinhos às riscas e os trejeitos de poder, não consegue esconder a sua costela manhosa e oportunista que vem sempre ao de cima nos momentos de maior dificuldade e tensão. Foi assim quando fez os "jeitos" que fez aos governos socialistas, na forma inconcebível como se comportou durante e após o governo liderado por Pedro Santana Lopes e também - convém não esquecer... - em todo o "caso Universidade Moderna".
11 comentários:
Li por acaso o seu blog e achei fantástica a sua alusão ao caso Moderna, ou seja à empresa AMOSTRA em que Portas e sua mãe eram sócios.
Lembro-me da carta de "amor" que José Braga Gonçalves escreveu a Portas, apelando ingenuamente à sua amizade, mas não obteve resposta.
Sabe o JPF quantos anos ele cumpriu de pena de prisão? Eu gostaria de saber porque ele era excelente pessoa e foi apanhado na rede de sedução da criatura.
Será que se deixou 'seduzir' por uma aragem de PSSeguro...?
Ser+a que se deixou 'seduzir' por uma aragem de PSSEguro...?
João Jardim acertou em cheio!
esseantonio, sei que é um anónimo, embora o autor deste Blog garanta não aceitar comentários dos ditos. De qualquer forma não compreendo o seu comentário. Quer dizer que eu me deixei seduzir por uma aragem do PSSeguro? Jamais como diria o outro, porque odeio traidores venham eles de onde vierem. Andou a dormir com o inimigo ao contrário do Alegre que berrava quanto podia. O mesmo se aplica aos traidores do Passos que achavam que ele era o máximo da elegância, inteligência e o mal era todo do Relvas, que apesar dos seus defeitos me parece a Única pessoa honesta, no sentido da amizade. É claro. Outra hipótese: o Portas deixar-se seduzir pelo PSSeguro. Não é possível porque ele gosta de bichos tenrinhos e o Seguro é um sensaborão. Continuo sem saber quantos anos cumpriu o JBG de prisão. O malvado Jaguar vermelho foi o culpado de tudo, como na história do Judeu que foi de viagem, esqueceu-se do passaporte voltou atrás e a mulher estava a fazer amor com o seu melhor amigo, num canapé. Foi ao Advogado pôr uma acção de divórcio. Passou muito tempo e o Advogado telefonou-lhe a dizer OH Sam afinal como é isto do divorcio, está tudo pronto. E Sam respondeu. deixa lá isso porque já vendi o canapé.
Lídia: o meu comentário dia apenas e tão-só respeito ao PP. Não tem nada a ver consigo. Lamento que não tenha sabido lê-lo.
Lídia: o meu comentário dia apenas e tão-só respeito ao PP. Não tem nada a ver consigo. Lamento que não tenha sabido lê-lo.
Subscrevo na íntegra!
Só um cego não vê... E mesmo assim, se ouvir bem, nunca acreditará nesse individuo...
(Carlos Ferreira)
Amigo ZPF
Deixo aqui um artigo de um senhor de esquerda que gostei de ler apesar de esquerda eu só usar o volante em Portugal.No Reino Unido como sabes até guiar é sentado no banco da direita.
"Vítor Gaspar escreveu uma carta em que assume que os resultados da sua política o deixaram sem credibilidade para continuar no governo. Na cabeça de Gaspar a sua demissão é de uma naturalidade cristalina: o que tinha de ser feito foi feito, os resultados foram o que foram e outros, menos odiados no País, no PSD, no CDS e no Conselho de Ministros, teriam de continuar o serviço. Não se apercebeu Gaspar que a política é feita de escolhas e consequências. As suas foram estas e os resultados foram um desastre. Deixou os destroços dos seus erros para outros resolverem. Sem assumir um erro, sem se arrepender de nada. Mas escrevendo uma carta que decretava, irremediavelmente, a morte deste governo. Porque, mesmo sem o querer, dava razão a todos os que explicam há meses que o caminho decidido por Gaspar era um beco sem saída.
Pedro Passos Coelho, numa idiota demonstração da força que não tem, resolveu, mais uma vez, ignorar a opinião do parceiro de coligação. O parceiro sem o qual tem um governo minoritário. Para substituir Gaspar escolheu o braço direito de Gaspar. A falta de credibilidade que o ministro demissionário reconheceu em si próprio, e, necessariamente, na sua equipa, não a percebeu Passos Coelho. Porque, na sua confrangedora incapacidade política, nenhuma evidência lhe salta à vista. Sozinho, penosamente sozinho, restam a Passos indefectíveis anónimos, tão deslumbrados pelo seu minuto de poder que aceitam novos lugares num governo que, na realidade, já não existe.
Restava a Passos a ex-professora que ele próprio colocara no governo e que, quando todos julgavam que deveria ser demitida de secretária de Estado, foi promovida a ministra. Achou que escolher Paulo Macedo seria o reconhecimento do erro e uma perda de autoridade. E achou bem. Só que reconhecer o erro (e isso implica sempre uma fragilização) era a única saída que sobrava a este governo perante os resultados desastrosos dos últimos dois anos, que apenas ele parece não ver. Acontece a quem governa e falha ter de recuar e com isso perder, pelo menos por algum tempo, poder. Mas Passos acha que basta ter um lugar para se mandar. Protegido por Cavaco e pela troika, quis continuar na mesma como se tudo o resto fosse um cenário inerte e passivo.
Em Belém, num momento que provocou vergonha alheia colectiva, o Presidente da República mais ou menos em exercício deu posse à ministra das Finanças que antes de o ser já não o era. Também Cavaco Silva parece não ter percebido que alguma coisa estava fora da ordem e que não podia continuar a sua vidinha institucional como se fosse um mero mestre de cerimónias.
Poucas horas antes Paulo Portas encontrara a saída para o pântano em que está enfiado há dois anos. Ao que parece, Pedro Passos Coelho escolheu a nova ministra contra a sua opinião. E Paulo Portas, sem dizer nada aos restantes dirigentes do seu próprio partido, terminou a coligação entre um PSD em que quase nenhum militante do PSD se revê e um CDS que é sua propriedade unipessoal. Um com o partido longe de si, outro com o partido no seu bolso, decretaram divórcio pelo qual todos esperavam. Mas nenhum divórcio a sério se faz sem o pequeno escândalo, a pequena chantagem emocional.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Foi a isso mesmo que assistimos, às oito horas, em São Bento.
Todas as pessoas normais esperavam que o resultado desta decisão de Paulo Portas fosse a evidente: perdida a maioria parlamentar, perdidos, em apenas 24 horas, o número dois e número três do governo, Passos demitia-se e passava a bola para Cavaco Silva. A confrangedora tomada de posse de Maria Luís Albuquerque poderia ter levantado a suspeita de que as coisas não seriam bem assim. Mas uma fuga para frente, mesmo vinda de Passos Coelho, seria demasiado irresponsável para ser plausível. E até Cavaco Silva poderia ter convencido o primeiro-ministro da impossibilidade de manter um governo que já só tem, na realidade, uma pessoa lá dentro. E manter até 2014 uma coligaçãoo contra a vontade de uma das partes.
Foram claras as intenções de Passos Coelho nas suas declarações em São Bento, cenário para onde esta novela mexicana passou ao princípio da noite: se era para o governo cair que fosse o CDS a fazer tudo de forma bem escandalosa. A acabar expressamente com a coligação e, quem sabe, a chumbar uma moção de confiança. O estadista, que dá tudo pelo País e tudo faria para evitar uma crise política, já só se preocupa em garantir que Paulo Portas fica mal na fotografia. Preocupação inútil: já ninguém se safa nesta decomposição ao vivo e em direto de um governo.
Passos já só pensa nas próximas eleições a que, não me admiraria, ele pode vir a concorrer para bater todos os recordes de humilhação eleitoral para o PSD. Passos lida com um país a afundar-se numa gigantesca crise social e económica como se estivesse perante um congresso da JSD, com mal amanhados golpes de teatro. Passos tenta fazer em versão amadora aquilo em que Portas é um profissional.
Mas o momento mais patético, se é possível escolher um nesta deprimente encenação a que o País, atónito e falido, assiste, foi quando Passos Coelho disse que não aceitava a demissão de Paulo Portas. É uma requisição civil de um ministro? Quer sequestrar um partido numa coligação? É um ato de negação perante o rompimento de um casamento disfuncional? Nada disso. É teatro, mais teatro, mais teatro. Uma novela rasca em que os protagonistas enchem de episódios inúteis uma trama que já tem o fim decidido.
Já não se pede que se ajude Passos Coelho a pôr fim ao seu mandato com alguma dignidade. Isso é impossível. Ainda mais quando tal golpe final está nas mãos de um Presidente que vive em pânico de decidir seja o que for. Apenas se queria que nos poupassem a isto tudo. Já chegam a crise, o desemprego, os impostos, a emigração em massa. E, por favor, não nos venham mais com a chantagem da credibilidade do País perante os mercados e os parceiros europeus. Quem deu, nas últimas 24 horas, tão triste espetáculo, não pode, nunca mais, abrir a boca sobre a credibilidade de Portugal. Nem Passos, nem Portas, nem Cavaco.
Somos apenas mais um País, entre outros, a sofrer os efeitos de uma crise internacional e de uma União Europeia em desagregação. Infelizmente, temos direito a um bónus: para lidar com tudo isto estão um garoto, um habilidoso e um cobarde, em simultâneo, no mesmo palco. E esta é a parte pela qual somos, como cidadãos, realmente responsáveis."
De Daniel Oliveira
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/depois-da-tragedia-a-farsa=f817890#ixzz2Y2feb4xR
Discordo.
A traição de Portas foi-o, isso sim, aos que nele confiaram ver o seu representante, a cada dia que permaneceu no governo devorista e expropriatório desses dois palhaços chamados passos e cavaco.
Quando, tardiamente, se relembrou ao que deveria ter vindo ab initio quando veio para o governo, vêm só então chamar-lhe traidor...
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