JÁ AQUI
foi escrito (e bem recentemente) que nos últimos tempos a vida não tem estado
fácil para Durão Barroso, agora na
recta final do seu segundo mandato na presidência da Comissão Europeia e que,
em privado e em público, não tem sido poupado a críticas por quem possui uma
inevitável e decisiva palavra a dizer quanto à sua recondução na Comissão
ou mesmo a uma hipotética candidatura à secretaria-geral das Nações
Unidas - no caso, respectivamente, pelos alemães e pelos franceses.
Como se não bastasse o mau estar que existe
relativamente a si nos principais areópagos europeus, Durão conseguiu agora
abrir mais uma "frente", desta feita relativamente aos franceses e a
propósito da protecção do cinema europeu. O editorial do ainda influente diário
"Le Monde" não poupa o presidente da Comissão. Sob o título "Sr.
Barroso, você nem é leal nem respeitador", o jornal é de uma
particular violência com Durão, a quem acusa de ter virado as costas aos
interesses europeus e, com vistas a assegurar os próximos anos da sua carreira
política, ter caído nos braços do presidente Barack Obama e do
primeiro-ministro David Cameron: "Hoje,
aos 57 anos, este camaleão procura um futuro. À procura de um belo posto na
NATO ou na ONU - quem sabe? - ele escolheu lisonjear os seus parceiros
anglo-saxões, o primeiro-ministro britânico e o Presidente americano. À cabeça
da Comissão, o Sr. Barroso foi um bom reflexo da Europa - uma década de
regressão". Isto não está nada fácil...
1 comentário:
Estes franceses não são nada parvos. E só prova que na política, mais dia menos dia, o oportunismo paga-se. O que o Le Monde vem hoje escrever só confirma o que o Fafe publicou há uns dias sobre o Barrroso: o homem não sabe para onde virar-se porque já percebeu que não tem grandes chances de candidatar-se a Belém ou de continuar lá em Bruxelas
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