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sábado, 22 de junho de 2013

O "empurrar com a barriga" de Dilma


\APÓS UM silêncio que permitiu, até no seu próprio partido, surgirem potenciais candidatos à sua sucessão, Dilma Rousseff decidiu finalmente fazer o esperado "pronunciamento" televisivo ao país. Nada de novo, apenas em só o reafirmar de medidas e projectos há muito anunciados (contratação de médicos estrangeiros, reforço das verbas para a educação através dos royalties do pré-sal e um plano de mobilidade urbana), agora em forma de um "pacto" e aliado a uma estafada e constantemente adiada "reforma política", uma "muleta" que há anos a fio os políticos brasileiros, sejam eles quais forem, prometem e reivindicam. Dez minutos de TV e rádio em cadeia nacional que aparentemente mais não foram que um "empurrar com a barriga" e que, na prática, só vem confirmar que, contrariamente ao que se podia pensar há três ou quatro semanas atrás, a sua recandidatura em 2014 não vai ser o "passeio" que muitos vaticinavam e auguravam. 
Para terminar, algo que revela o pouco impacto das palavras de Dilma: o Movimento Passe Livre que, horas antes, tinha anunciado a suspensão dos protestos em São Paulo, veio afinal, logo a seguir, dar o dito por não dito e anunciar novas manifestações para os próximos dias.

P.S. - O comentador político Fernando Rodrigues não podia ser mais certeiro na opinião que expressou acerca da intenção anunciada por Dilma em convocar os governadores e prefeitos para uma reunião em Brasília: "E os prefeitos e governadores em Brasília? Esse tipo de reunião é tão improdutiva como a do ministério de Dilma – que com 39 integrantes precisaria de mais de um dia de reunião se todos falassem por meia hora".

1 comentário:

miguel vaz serra....... disse...

Amigo ZPF
As mulheres querem fazer parecer que são melhores que os homens quando estão no poder.Errado.
São a mesma porcaria, ou seja, homem ou mulher é a mesma coisa "na hora" de errar!!!
Maria Luís Albuquerque, Secretária de Estado do tesouro,por exemplo.
"Segundo o parecer do escritório de advogados Cardigos e o relatório da IGCP o governo tinha fundamentação financeira e jurídica para requerer a nulidade das transferências para as instituições financeiras, recorrendo aos tribunais. E propunha uma negociação firme com a JP Morgan. Mas, no dia 13 de junho, Maria Luís Albuquerque mandou pagar 21 milhões à JP Morgan para cancelar dois swaps da REFER. Com este pagamento, foi a própria secretária de Estado a reconhecer que os contratos que assinara como diretora financeira da empresa eram especulativos e maus para o Estado. Ela, que garantira que os seus swaps nada tinham a ver com os restantes."
Nada pode justificar uma coisa destas, mesmo sendo "obrigada" a fazê-lo como é LÓGICO E CLARO que foi.
Demitia e dizia o porquê,como fazem as pessoas de boa fé!!!
Tinha uma conduta impecável e é sem sombra de dúvidas uma mulher com ética e honesta,no entanto perdeu toda e qualquer credibilidade neste momento!
http://expresso.sapo.pt/swap-manual-de-sobrevivencia-de-vitor-gaspar=f815994#ixzz2XDEC9kH3