POR RAZÕES que certamente a razão desconhece, o meu amigo Fernando Madrinha deixou, ao fim de quase 20 anos, de escrever a sua coluna semanal no "Expresso". Perdemos nós e perde certamente o "Expresso" onde - já deu para perceber... - há quem não consiga (ou saiba) conviver com a experiência, com a lucidez e com a memória.
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Há momentos, a comentar com um amigo esta inesperada notícia, lembrei-me de uma deliciosa história que vivi com o Fernando em Washington durante uma visita do então primeiro-ministro Cavaco Silva, já lá vão uns bons 20 anos - ele ao serviço do "Expresso" eu do "Tal&Qual". Por obra e graça do raio de uma mala extraviada entre Lisboa e a capital norte-americana, na manhã seguinte à nossa chegada fui obrigado a ir às compras, de forma a munir-me do essencial para enfrentar os dois ou três dias que durava a nossa estada na capital norte-americana. Afável como sempre, o Fernando ofereceu-se para acompanhar-me nessa minha incursão e, logo pela manhã, lá partimos de metropolitano Washington afora... O destino era um shopping que me tinham recomendado - o Pentagon City Mall. Seguindo as orientações recebidas, após uma viagem de cerca de um quarto de hora, descemos numa estação chamada "Pentagon" e não hesitámos quando à nossa frente surgiu uma escada rolante que subimos decididos, atrás de umas quantas pessoas que seguiam à nossa frente. Lá em cima, após passar uns discretos pórticos de segurança, continuámos a seguir quem nos precedia e a embrenhar-nos nuns longos e intermináveis corredores. Apesar de termos passado em frente de uma pequena barber shop (com um daqueles tradicionais reclames coloridos e tudo) e de uma máquina de venda automática de jornais, aquilo tinha aspecto de tudo menos de um shopping. Ao fim de alguns minutos e outras tantas dezenas de metros percorridos naqueles insípidos corredores, resolvemos abordar alguém que nos pudesse elucidar onde ficavam as lojas daquele estranho centro comercial. A surpresa foi total: não só tínhamos descido uma estação antes do que devíamos, não só não estávamos em algum centro comercial, como estávamos em pleno Pentágono, o maior edifício de escritórios do mundo e o "coração" de toda a estrutura militar dos Estados Unidos! Daí os pórticos de segurança que transpusemos com a maior das naturalidades, daí os longos e insípidos corredores, daí a ausência de lojas...
Ainda hoje estou de boca aberta, não sei como lá fomos parar e como é que conseguimos ultrapassar os cuidados de segurança que obviamente o edifico dispunha. O certo é que, tal como entrámos, saímos pelos nosso próprio pé e voltámos a entrar no metro que, então sim, nos deixou na estação seguinte - na "Pentagon City Station", a tal que servia o shopping do mesmo nome... Fosse hoje e tenho a impressão que ninguém nos livrava de umas "férias" em Guantanamo!
Um abraço, Fernando!
2 comentários:
uma história deliciosa.
Outros tempos...
Amigo ZPF
Ainda bem que nessa altura esta senhora estava nas Doroteias senão tinha que ir buscar-te a Cuba....
É que na "escola" Fernandes(Sá),primeiro faz-se o telefonema e depois é que se investiga.
Estavas tramado...
Joaninha voa voa....
Esta oportunista da esquerda do Caviar como já viu que o PODEMOS espanhol está condenado depois das últimas notícias que os ligam ao Governo Venezuelano e à financiação ilegal do novo Partido Comunista,o mesmo PODEMOS, resolveu mudar o nome para "Agir".
Falo da Amaral Dias que deve ser prima do Professor Diogo F do Amaral a avaliar pela última entrevista que este deu sobre o seu ex-chefe.
"Agir"...Essa senhora nem percebeu que o povinho não sabe o que isso significa nem menos sabe pronunciar...
Demasiado Champagne,diria eu.
Vamos ver se a Roseta se junta a essa gente,como só ela sabe,e o mente-capto do Sá Fernandes ,ex-Bloco de Esquerda.
Fazem depois coligação ilegal como a de Lisboa,com o número dois de Sócrates,António Costa.
Família metralha no seu melhor.
Agarrem-se às carteiras que a Esquerda volta a atacar para depois a Direita, com o discurso de salvação,nos deixar na miséria uma vez mais.
VIVA PORTUGAL!!!
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