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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A propósito dos quadros de Miró...



SOU COMPLETAMENTE leigo no que diz respeito a Joan Miró e à sua pintura que, diga-se de passagem, não me diz lá muito. Porém, tenho seguido com a mínima atenção o "folhetim" à volta de uma alegada colecção deste pintor catalão que a Parvalorem e Parups,  sociedades criadas no âmbito do Ministério das Finanças para recuperar créditos do BPN, decidiram agora leiloar em Londres através da Christie's. E compreendo perfeitamente que o governo entenda que a aquisição, por parte do Estado português dessas 85 peças, não seja “uma prioridade”, como argumenta o actual secretário de Estado da Cultura. Aliás, subscrevo o que o meu amigo José Teles escreveu ontem na sua página do Facebook:Começo a ficar farto do PS: os quadros do antigo BPN fazem parte de uma massa falida, valem 35 milhões, se o Estado quiser ficar com eles tem de os pagar. Se tem 35 milhões para gastar em quadros sugiro que compre a colecção Manuel Brito. É melhor, mais portuguesa, absoluatamente surpreendente, uma excelente amostragem do que melhor se fez em Portugal em pintura ao longo do século XX”. É isso mesmo, Zé!

4 comentários:

Lamas disse...

Não é por causa do Miró, mas gostava de lhe perguntar se sabe porque é que a classe dos jornalistas não comenta ou critica o artigo do Soares a acusa-los que são comprados pelo governo.

FranciscoB disse...

"se o Estado quiser ficar com eles tem de os pagar" - isto é inacreditável... então não continua o estado a pagar o "buraco" avaliado em 5 ou 6 mil milhões? então o miga amagal não pagou apenas 40 milhões pelo BPN e agora ainda vai receber 35 milhões pelos quadros?

Os quadros são património do estado que não deve ser vendido e muito menos pago...

Se a a colecção Manuel Brito tem valor que justifique o investimento do estado então que se compre, independentemente do Miró.

Anónimo disse...

Eu acho que o BPN é um buraco negro que importa tapar, para parar de sugar.
Mas quando pagamos o BPN já inclui Mirós, pena é que não tenha sido nacionalizada a SLN toda, aí sim seria uma massa falida mais interessante...

Finalmente, a coisa está tão clara que já se fala em uso da mala diplomática http://expresso.sapo.pt/obras-de-miro-sairam-do-pais-por-mala-diplomatica=f854337, posteriormente negado http://economico.sapo.pt/noticias/mne-garante-que-mala-diplomatica-nao-transportou-miro_186548.html.

Credibilidade essa já era http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2014/02/nao-tem-vergonha.html

Portas e Travessas.sa disse...

Ora, PPC disse - que não era preciso vender os "aneis" e muito menos ilegalmente.

Foi o que foi, ilegalmente

Trapalhada do costume e incompetencia