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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Já passaram três meses...

NOS PRIMEIROS dias de Outubro, ou seja, há três meses soube-se que o vereador Cardoso da Silva, que detém o pelouro das Finanças na Câmara Municipal de Lisboa, é simultâneamente presidente do Conselho de Administração da Trivalor, grupo com o qual a autarquia alfacinha mantém um cada vez mais forte relacionamento comercial. Alguém quer explicar esta insólita situação, ou o descaramento já chegou a tal ponto que nada disto interessa a quem tem a obrigação de explicar a situação?

"Caso BPN" e o manto de silêncio

É CURIOSO o pesado e denso manto de silêncio que se abateu sobre a situação de Oliveira Costa, o ex-presidente do BPN ainda detido preventivamente na sequência do caso que agitou o panorama bancário nacional e a forma como, de um momento para o outro, toda a informação acerca deste processo começou a ser tratada nos media portugueses, com alguns protagonistas a serem celeremente esquecidos...

O estranho mundo dos nossos jornais

ANDA ESTRANHO o nosso mundo dos jornais e revistas... O "Público" é oferecido às sextas-feiras nos hipermercados "Continente", o "Diário de Notícias" dão-no todos os dias nas lojas da "Zon" e, como se não bastasse, quem gastar mais de trinta euros em combustíveis nas estações da Galp, recebe a revista "Visão"! Mas ainda mais estranha é a apatia e o aparente "encolher de ombros" de quem ganha a vida a vender publicações e que, assim, é alvo de uma clara e descarada concorrência desleal por parte dos grandes grupos editoriais.

domingo, 28 de dezembro de 2008

O homem que "marcou" dois séculos


NO PRÓXIMO dia 1 de Janeiro assinalam-se os cinquenta anos do triunfo da Revolução Cubana. Há exactamente meio-século, o regime liderado por Fulgêncio Baptista dava os últimos suspiros e Fidel Castro preparava-se para entrar vitorioso em Havana (o que veio a acontecer dois dias depois), após a porventura mais fascinante "guerra de guerrilhas" alguma vez ocorrida - até se tivermos em conta que apenas em dois anos antes, os 11 homens e sete armas que restaram de um atribulado desembarque derrotaram, com ínequívoco e massivo apoio popular, um exército regular e bem armado.
É difícil ser indiferente ao que se passou em Cuba neste meio-século e facilmente ou se ama ou se odeia... Passe a imodéstia, eu considero-me dos que acha que é possível reconhecer tanto aspectos positivos (e são alguns) como fracassos (existem e não são poucos...), sem maniqueísmos facilitistas e primários. E se é verdade que num dos pratos da balança, eu coloco (sem qualquer margem de dúvida!) a alfabetização, a assistência médica, o acesso à educação; no outro prato eu não posso esconder as limitações às liberdades individuais (hoje, se comparado com o que se passava há 10 ou 15 anos atrás, atenuadas) e aos direitos cívicos ou as visíveis "bolsas" de pobreza.
Para mim, a grande questão é saber se num futuro próximo, será possível compatibilizar a liberdade (que falta) com as conquistas sociais (que existem e com que a esmagadora maioria dos cubanos se habituaram a contar). Duvido que isso venha a acontecer, muito mais agora num mundo globalizado e em crise e onde o Estados e governos se demitem cada vez mais do que nos habituámos a considerar como suas obrigações e deveres naturais.
Não sei se a história absolverá, ou não, Fidel Castro. Uma coisa é certa: condenado por uns, idolatrado por outros, Castro conseguiu ser um homem que "marcou" (e de que maneira!) dois séculos. E isso, a ele, deve bastar...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Cada dia mais poupadinho, o dr. Balsemão...

AGORA COM a sua direcção reforçada com a contratação de Ricardo Costa, o semanário "Expresso" publica na sua edição de hoje uma sondagem dando larga vantagem ao irmão do nóvel director-adjunto nas próximas eleições autárquicas de Lisboa. Se já isso - por si só - era pretexto para, no mínimo, esboçar um sorriso, a leitura do último período da notícia é de gargalhada: "O trabalho, realizado pela Eurosondagem, foi encomendado pelo PS". Lá que o dr. Balsemão era "agarradinho" nunca foi segredo para ninguém, mas chegar ao ponto do seu jornal publicar sondagens encomendadas por uma das partes interessadas na pugna eleitoral, é no mínimo preocupante. Ou não terá sido a "poupança" que ditou esta opção editorial?

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A obsessão de Morais Sarmento

NOS ÚLTIMOS tempos, Nuno Morais Sarmento tem dado mostras de não resistir quando confrontado com um microfone ou uma câmera, seja esta de fotógrafo ou de televisão. Ainda há uns meses, protagonizou aquela, no mínimo caricata, "figura triste" em posar para o "Expresso" fazendo "prancha" na alcatifa do escritório, enquanto garantia a pés-juntos que tinha sido convidado para primeiro-ministro por Durão Barroso antes de Pedro Santana Lopes - uma afirmação que ninguém levou a sério e que rapidamente foi desmentida por quem de direito... Aliás é notória a obsessão que Morais Sarmento pelo seu antigo "chefe" (sim, porque convidado ou não para primeiro-ministro, o curioso é que Sarmento foi posteriormente ministro de Santana Lopes...) e sempre que sente que este assume algum protagonismo, lá vem ele disparado e normalmente a despropósito atacá-lo numa ânsia que certamente alguém que clinicamente estude comportamentos definiria como singular patologia. Veja-se agora: "Pedro Santana Lopes acabou com Luís Filipe Menezes" afirmou ele no programa "Falar Claro" da Rádio Renascença, onde ainda há uns meses e de forma surpreendente elogiou José Sócrates. Uma afirmação sem pés nem cabeça, que os próprios elogios de Menezes à forma como Santana Lopes liderou o grupo parlamentar desmentem à partida, mas que prova esta obsessão de Sarmento.
Custa dizê-lo, mas a continuar assim suspeito que quem está a acabar com quem é, nada mais nada menos, que "o Nuno com o Morais Sarmento". É que com mais uma destas, arrisca-se que o deixem de levar a sério...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

À atenção do dr. Constâncio...

VALE A PENA ler a entrevista que Miguel Ángel Fernández Ordoñez, governador do Banco de España, deu ontem ao "El País"e que é um exemplo da independência que deve presidir à actuação do máximo responsável de um banco central. Intitulada "La desconfianza es total", Fernández Ordoñez define de forma lapidar a crise que assola a economia mundial: "Os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem e os bancos não emprestam...".

domingo, 21 de dezembro de 2008

O preço da pedrada grega


GARANTEM-ME QUE na Grécia já se vendem 3 pedras a 1 euro! Será verdade?!

sábado, 20 de dezembro de 2008

We will see...

FICOU-SE HOJE a saber que a investigação à Universidade Independente deverá estar concluída em meados de Janeiro. Note-se que a referida investigação refere-se apenas às suspeitas de fraude, burla e gestão danosa e em que são arguidos Luís Arouca, Amadeu Lima de Carvalho e Rui Verde, acusados dos crimes de abuso de confiança qualificada, falsificação de documentos, burla qualificada, fraude fiscal qualificada ou branqueamento de capitais.
Quanto ao resto, "we will see" (isto não é "inglês técnico", é mesmo inglês...)!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Lisboa feliz ou... um presente de Natal para o meu amigo António Costa...


Mais uma "pachecada"!

PRESUROSA, INFORMA-ME hoje a D. Fernanda Câncio, desde há uns tempos (e vá lá saber-se porque razão...)alcandorada a colunista do "Diário de Notícias", que o inefável dr. Pacheco Pereira, desde que o seu partido indicou o candidato à Câmara de Lisboa, pondera transferir o seu recenseamento eleitoral para Santarém de forma a não ser obrigado a votar em Pedro Santana Lopes.
Esse alvitre da D. Câncio suscitou-me em mim duas ou três reflexões, um par em jeito de memória, a terceira mais em forma de sugestão.
A primeira delas prende-se com o facto indesmentível de ainda não há muito tempo (finais dos anos setenta) e já não seria certamente o dr. Pacheco propriamente um miúdo irreflectido, o então ortodoxo marxista-leninista-maoista (ou enverhoxista?) era um acérrimo opositor do voto, então classificado como "instrumento" ou coisa do género das "classes burguesas dominantes"...
A segunda reflexão é um lamento muito pessoal, até por conhecer de perto e muito bem um dos principais responsáveis pelo dr. Pacheco se render aos encantos da então até aí "malfadada democracia burguesa" e a quem não resisto, sempre que falamos na criatura, a perguntar-lhe com o carinho e respeito que o referido responsável me merece: "E não estás arrependido?"...
A terceira é mesmo uma sugestão: não seria possível alterar a lei eleitoral, de forma a um candidato poder rejeitar o voto de um eleitor. Por exemplo e neste caso concreto, criar as condições para que Pedro Santana Lopes pudesse formalizar (em "Diário da República" e tudo, se fosse preciso...) a rejeição do voto do sr. Pacheco. Uma coisa assim no estilo: "Eu abaixo-assinado, Pedro Miguel Santana Lopes venho por este meio declarar que não aceito o voto do cidadão José Pacheco Pereira nas eleições para a Câmara Municipal de Lisboa a relaizarem-se no próximo dia tantos do tal(...)".
Vai uma aposta que uma coisa deste tipo, ainda ia-lhe render uma boa mão-cheia de votos?!

O demolidor Borges de Carvalho

NÃO RESISTO a transcrever mais uma das excelentes prosas ("Matilha ao ataque") do sempre atento e demolidor António Borges de Carvalho no seu blogue www.irritados.blogs.sapo.pt, de que se recomenda leitura diária:
"Quando alguma coisa de positivo surge em áreas que não de esquerda, as vozes habituais do despeito, da inveja, da frustração e da procura do mais destrutivo sensacionalismo começam, acto contínuo, a fazer-se ouvir.
Dois exemplos.
a) Na SIC Notícias, tivemos, durante quarenta e oito horas, repetidas dezenas de vezes, as frases mais importantes, pela negativa, da campanha eleitoral interna que opôs Santana Lopes a Manuela Ferreira Leite. Foi um fartote, para a vilanagem do costume.
Pretendia o “jornalismo” em questão demonstrar que Santana Lopes não era o candidato de Ferreira Leite à Câmara de Lisboa. Mais, que Santana Lopes não era um bom candidato. A SIC Notícias fez tábua rasa da obra do homem, deu por adquirido que os problemas financeiros da CML eram culpa dele, que os seus projectos eram, ou inviáveis ou megalómanos e, noite fora, foi, repenicadamente, procurando extrair da boca dos seus convidados o que mais mossa lhe pudesse causar.
b) O director do Diário de Notícias, fiel á orientação populista e pornográfica do jornal que dirige, opinou que Manuela, à falta de soluções que não quis ou não pode encontrar, seguiu a via do “facilitismo”. Num raciocínio cujo brilho faria inveja ao Meneses, ao Jerónimo e ao amigo banana, prognosticou que, se Santana ganhar em Lisboa, o PSD perde as legislativas. Como se chega a esta conclusão é coisa que ninguém poderá conceber. Como não se concebe como pode um cérebro destes chegar a director de um jornal. Mas lá que chega, chega.

Procura esta gente consagrar uma série de chavões que jamais alguém confirmou ou escrutinou, mas que se considera como verdades adquiridas.
O populismo, por exemplo. Se o populismo é prometer o que se não tem intenção de cumprir, porque se assaca tal coisa a Santana Lopes*? Se não cumpriu, por exemplo, o que se tinha proposto para o Parque Mayer, a quem se deve? A ele ou a Sampaio? A ele ou à brutalidade da demagogia, essa sim, populista, do PS?
O descontrolo financeiro da CML, por exemplo. Não se pergunta em que estado herdou ele a Câmara social-comunista, mas toda a malta de serviço lhe atribui os problemas que o Engº Carmona Rodrigues lá deixou. E, do que de positivo Lisboa lhe ficou a dever, que foi muitíssimo, esta malta não fala, nem diz, nem escreve.
Numa coisa os comentadores que o querem desde já destruir não têm outro remédio senão estar de acordo - do Crespo ao Marcelino, aos intelectuais pró-PS como o Bettencourt Resendes ou o Silva Pinto: Santana Lopes é homem para ganhar as eleições em Lisboa. É por ter medo disso (por ter medo que o povo da cidade reconheça a sua obra, perceba do que foi vítima enquanto Presidente da Câmara e olhe para o marasmo em que a CML caiu, “governada” pela demagogia babuína do Costa, pela desonestidade rasca do sujo Fernandes e pelo populismo nefelibata da Roseta) que esta gente lança a sua persecutória campanha, ciente de que não é a primeira vez que Santana Lopes, tendo-a, ferocíssima, à perna, lhe meteu os sapos da derrota pela goela abaixo."

* Em matéria da populismo e de aldrabice, haverá alguém que duvide que o "bota de ouro" é o senhor Pinto de Sousa?

Russos: eles "andem" aí...

QUEM SE interessa pelas questões da América Latina (e é o meu caso) tem notado a crescente ofensiva que a diplomacia russa tem levado a cabo naquela região. Os exercícios militares das armadas venezuelana e russa junto às Caraíbas, a recente visita do presidente Dmitri Medveded a Cuba e o excelente ambiente que a rodeou, bem como os acordos subscritos com a Nicarágua e a Bolívia, começam a lembrar os "tempos d'oiro" da influência soviética naquela zona do globo...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Saramago acusado de plágio por escritor mexicano

MAIL AMIGO fez-me chegar um endereço de um curioso e aparentemente desconhecido blogue de um escritor mexicano de seu nome Teófilo Huerta Moreno, autor de um conto, publicado em 1987, intitulado "Ultimas Notícias!" e que acusa ipsis verbis o escritor José Saramago de o ter plagiado na sua novela "Intermentencias da Morte" (2005). No blogue http://www.saramagoplagiario.blogspot.com/, estão várias peças acusatórias. Valem o que valem, mas não se perde nada em dar uma olhadela - nem que seja ao de leve.
Fica aqui no entanto a carta que Huerta Moreno enviou em 2008 ao Nobel português:
"México, D.F., 15 de enero de 2008
(Enviada a su domicilio en Lanzarote, Islas Canarias)
Sr. José Saramago:
Por diversos medios he buscado decir mi verdad. Busco justicia ante un atropello.
Yo no sé si a usted le hicieron llegar las ideas o el texto de mi cuento como si fuera anónimo. O quizá a usted le ayudaron a redactar su novela. Quizá nunca se imaginó que detrás de ese texto había un ser humano, un mexicano de carne y hueso que generó originalmente planteamientos, argumentos, expresiones que a la postre aparecieron en su novela. Quizá, quizá, quizá... pero finalmente al firmar esa obra usted se convirtió en el responsable de haber derivado una obra literaria de otra original sin la debida autorización y eso señor constituye un delito.
Es así como su novela Las intermitencias de la muerte se basó en mi cuento ¡Últimas noticias!, el cual dentro de una colección fue debidamente registrado ante las autoridades del derecho de autor desde 1986.
¿Por qué recurrió a este artificio que mancha su reconocida trayectoria?
¿Por qué?
Quisiera una respuesta.
¿Cómo fue todo esto posible? ¿El señor Sealtiel Alatriste le hizo llegar el texto o se lo presentó como una fabulosa idea original? ¿Qué papel cumplió su agente literario?
No permita que el tiempo nos rebase. Lo invito a confesar la verdad.
Es muy posible que a mí me inunde la tristeza y la desazón, mas puedo levantar la frente con orgullo.
¿Usted puede dormir tranquilo?
Teófilo Huerta Moreno"

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O dr. Veiga e a ética

NÃO CONHEÇO (nem pretendo conhecer, diga-se de passagem...) o dr. Miguel Veiga, auto-proclamada referência sabe-se lá de quê - se de algum botequim da Foz ou se de alguma marisqueira de Matosinhos - e queCor do texto de quando em vez surge qual génio, pererorando alguns lugares comuns ou dando pretensas lições de "ética" (sabe-se lá se ao som de um frenético tilintar de gelo...) como se o mundo aguardasse expectante as suas - para ele - sábias e doutas palavras. Ainda há dias, numa revista semanal, um texto sobre o dr. Veiga atribuia-lhe a reafirmação de uma frase de Sá Carneiro - "a política sem ética, é uma vergonha".´Bonito, sem dúvida! O problema é que se há alguém que deveria ter alguma vergonha na cara ao falar de ética deveria ser este "vulto" do Passeio Alegre, que ainda há uns anos foi "dispensado" de colunista do "Expresso" pelo antigo director pela única e simples razão de, por duas vezes, ter "apanhado" a plagiar textos. De facto qualquer coisa - e não só a política... - feita sem ética é uma vergonha, n'é?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O candidato Frederico

HOMEM DAS arábias (apesar de nado e criado no Carvalhido), excelente repórter e com uma irresistível tendência para fazer o contrário do que os amigos lhe recomendam, Frederico Duarte de Carvalho vai ser o cabeça-de-lista do PPM ao Parlamento Europeu. Nós, seus amigos, até já temos um slogan: "Vitória é mais um voto que a Laurinda". Eu, particularmente, prefiro vê-lo a ele à frente dos monárquicos candidatos a um lugar na Europa que ao inefável fadista de pensamanto curto... Boa sorte Frederico!

Político inconstante

SOB ESTE mesmo título, Luís Marques assina um brilhante artigo na sua habitual coluna semanal no caderno de Economia do "Expresso" e em que, com uma lucidez notável, define o governador do Banco de Portugal e a sua recente actuação à frente daquela instituição. Sobre Vítor Constâncio, Luís Marques afirma que "tem frequentes manifestações de saudade dos tempos em que era político" e aponta, entre outros, este exemplo: "(...)a forma como caucionou a determinação de um défice hipotético no ínicio do actual governo e a pedido do próprio". E prossegue Luís Marques: "A Vítor Constâncio pede-se prudência e realismo. A bem da imagem dele próprio e da independência do Banco de Portugal. Para malabarismos, jáq nos chega o governo". Melhor era difícil...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Um bloco central de interesses...

RAZÃO TÊM aqueles que definem o nosso País como "uma aldeia"... Soube há dias que Guilherme Oliveira Martins, antigo ministro de Guterres e actual presidente do Tribunal de Contas foi durante bastante tempo membro do Conselho Superior do Banco Efisa, uma das instituições do "universo BPN". Não tem mal nenhum, mas dá que pensar neste cada dia mais influente "bloco central" de interesses...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O Banco de Portugal e a "avalanche" noticiosa

MUITO CURIOSA esta verdadeira "avalanche" noticiosa sobre a frenética actividade do Banco de Portugal e de Vítor Constâncio, a tentar fazer esquecer episódios bem recentes em que o carácter fiscalizador do banco central ficou bem aquém do que seria esperado. Posso estar enganado, mas quase que aposto que ali há "dedo" de alguma agência de comunicação...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

...by Rui Costa Pinto

"Pedro Santana Lopes escolheu a passagem de mais um aniversário do desaparecimento de Francisco Sá Carneiro para denunciar a possibilidade de José Sócrates forçar a antecipação de eleições legislativas. O mais que provável candidato a Lisboa deu uma lição de política, ao ajudar aqueles que no seu partido o tentaram liquidar mais que uma vez. É caso para dizer que PSL está de volta e em forma"
Rui Costa Pinto

Oliveira Costa, a reforma fiscal e Lula...

A PROPÓSITO do "caso BPN", tem-se falado muito dos investimentos do grupo no Brasil, nomeadamente na aquisição do denominado "Esqueletão", uma torre na Marginal Pinheiros em S.Paulo que a empresa ERGI (cujo capital era detido pela SLN, Sonangol e por um bizarro e pretenso arquitecto de apelido Cruz) comprou e vendeu em dois anos e meio com uma mais-valia superior a 250 milhões de dólares. Mas o que poucos sabem é que nesse período existiu quem tentasse "vender" a experiência em matéria de reforma fiscal de Oliveira Costa à administração Lula, chegando mesmo a existir contactos com o então ministro da Fazenda António Palloci, no sentido do antigo presidente do BPN/SLN viajar até terras de Vera Cruz para prestar a sua consultadoria nesse domínio ao governo federal brasileiro. Conta quem sabe, fala quem viu...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

...by Diogo Muñoz


Tirem-me daqui!!!

NÃO, ISTO já é demais!!! Abre-se o "El Mundo" e não se acredita!!! Então não é que o diário fundado pelo célebre Pedro J. Ramiréz (Pedro Jota) resolveu incluir o sr. José Sócrates Pinto de Sousa na lista dos dez mais elegantes a nível mundial?! Das duas uma: ou os espanhóis perderam definitivamente a cabeça ou então um novo estilo denominado "Falagueira-Cova da Piedade" tomou conta da moda e do gosto internacional... Para que conste, Sócrates só é suplantado por Karl Lagerfeld, Roger Federer, Barack Obama, Bradd Pitt e o príncipe Haakon.n E para atrás ficam, nada mais nada menos que Jude Law, o príncipe Carlos, Nicolas Sarkozy e o princípe Kiryl da Bulgária. Socorro, acudam-me!

Favor com favor se paga...


EXISTIRÁ ALGUMA relação entre a manchete do "Expresso" deste sábado ("Governo salva BPP para defender imagem de Portugal") e o facto de Francisco Pinto Balsemão ser um dos principais accionistas do banco até agorCor do textoa liderado por João Rendeiro? Quase que apetece dizer que "favor com favor se paga", n'é?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

BPP ou um estranho afã...

SE CALHAR estou a dizer uma grande asneira, mas mete-me alguma confusão este afã institucional em "salvar" um banco de investimentos, repito, de investimentos. Percebo, entendo, compreendo que o Estado tenha que intervir num banco como o BPN, onde existem agências, balcões, depositantes, no fundo o que vulgarmente se denomina como "retalho" - acho mesmo que é um dever de quem nos governa. Agora esta pressa em encontrar a todo o custo uma solução para o Banco Privado Português que mais não é que um puro banco de investimento onde se gerem as chamadas "grandes fortunas", é algo que me custa perceber. Pode ser que a curto-prazo uma hipotética absorção do BPP pelo denominado "banco do regime" me ajude a compreender este caso...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

No mínimo extraordinário!

NA RECENTE entrevista concedida ao "DN", José Sócrates afirmou: "Sou, digamos assim, da geração Kennedy. Essa eleição representou já um momento histórico. Lembro-me do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente. O próprio Kennedy teve de vincar bem que nunca receberia ordens do Papa enquanto presidente dos EUA. Lembro-me bem do que isso significou".
No mínimo extraordinário, sabendo que José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu no dia 6 de Setembro de 1957 e que John F. Kennedy foi eleito presidente dos EUA em Novembro de 1960 - ou seja quando o actual primeiro-ministro contava apenas três anos de idade...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Com a devida e merecida vénia...

UM AMIGO chamou-me a atenção para o blogue "Pensamento Itinerante" e para a qualidade dos textos da sua autora, Maria Manuel Guerreiro. Visitei-o hoje pela primeira vez e com a devida e mais do que merecida vénia, não resisto a transcrever o seu último "post" intitulado "Não há imprensa livre sem imprensa de rigor". Aqui fica, sem comentários, até porque a inteligência e a sagacidade não são sequer comentáveis...
"Há muito que vimos assistindo à eCor do textongorda do corpo de influência que os órgãos de comunicação social têm em geral na formação das convicções individuais. Hoje em dia alguns órgãos de comunicação social (mais do que seriam de esperar) não se limitam a dar notícias com base nos factos apurados. Não senhor. Vão mais além. Transbordam, recriando e adulterando sensacionalistamente a visão expositiva dos factos. Extravasam por vezes a criatividade decorosa e fabricam verdades editoriais.
Cada vez mais, o que aparece escrito numa página de jornal ou historiado numa peça televisiva tende a ganhar num ápice contornos de certeza suprema e irrefutável para grande parcela de leitores ou telespectadores. E, normalmente, talvez por uma questão de cultura nacional com forte tradição tauromáquica, quanto maior é a ‘tourada’ anunciada no título e quanto mais sangue provocar o seu conteúdo mais efectiva se torna a notícia não havendo desmentido posterior, choro, missas, sentenças ou velas que a possam refutar. Actualmente há ‘lápis’ de jornalistas que possuem magia negra suficiente não só para petrificar a convicção de alguns leitores como também, em certos casos, moldá-la.Por modo próprio de pensar e ver o mundo sou em regra muito inversa a atitudes de queixume, onde se incluem por inerência quaisquer lamúrias sobre o tratamento dado às notícias. Mas pontualmente não posso deixar de observar a deslealdade de alguns para com a profissão que exercem e que até exige uma carteira profissional. A noção de técnica aliada a normas éticas e deontológicas; a precisão e a qualidade ficam por vezes (em multiplicação) do lado de fora da prática jornalística. Um exemplo desses casos e onde pontualmente me detenho suspensa face ao ângulo informativo é, hoje, respeitante a um título de primeira página no Diário de Notícias que dita assim: "Santana e Carmona investigados por novas suspeitas de corrupção”
. Quando li esta parangona pensei blitz que o DN se havia transfigurado horripilantemente no 24 horas. Depois li a notícia e conclui que afinal era mesmo o Diário de Notícias que, não estando endiabradamente possuído pelo ‘vinte e quatro’, apenas se havia superado negativamente na forma e substância do título, na contextualização integrada dos factos e na imagens utilizadas para ilustração do 'caso', bem como nas suas dimensões. Como designar uma certa prática jornalística que não pretende unicamente informar mas igualmente construir ardis? - Não é que só me ocorrem substantivos malíssimos?!
Por fim; também me aborrece o facto de me sentir roubada depois de ler um jornal que por acaso até compro sem ser coagida a tal. Por exemplo, o prejuízo de hoje ascende a um euro e vinte, mais o tempo despendido na leitura. Por este motivo, a fim de me poupar futuramente mais prejuízos, bem como a todos aqueles que pensam em semelhança, gostaria de solicitar a alguns ‘senhores e senhoras’ jornalistas, directores e directores adjuntos de certos meios de comunicação que não nos fizessem perder tempo e dinheiro com notícias trabalhadas sob ângulos que por natureza deveriam estar fora de linhas editoriais supostamente de referência. Pode ser? É que é muito abusivo desbaratar a honra alheia. Retira qualidade à democracia
."

Coincidências que dão que pensar...

SABEMOS QUE vivemos num país pequeno, que muitas vezes parece uma aldeia, mas convenhamos que há coincidências que, por muito coincidências que possam ser, não deixam de ser estranhas e "obrigam-nos" a pensar... Um exemplo? O facto de quem liderou a comissão de inquérito que investigou (e ilibou) Oliveira Costa relativamente aos "perdões fiscais" concedidos enquanto secretário de Estado ser exactamente a mesma pessoa que anos mais tarde veio a presidir ao Conselho Superior do BPN. Quem? Rui Machete.Vale o que vale, mas dá que pensar. Ou não?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A canalhice em letra de imprensa

ANTES DE mais e para que não restem dúvidas (se é que alguém as possa ter...) fica aqui bem claro que sou amigo, admirador e companheiro de muitas batalhas de Pedro Santana Lopes. Diga-se de passagem que há muitos e bons anos e cada dia mais com redobrado gosto e orgulho.
Mas - acreditem! - esses factos (ou no caso, sentimentos) não me impedem de classificar a manchete e respectiva notícia da edição de hoje do "Diário de Notícias" e em que, de forma abusiva e totalmente disparatada como, mais uma vez, o nome de Santana Lopes é envolvido em actos a que as próprias datas enunciadas no texto o colocam à margem, como o exemplo acabado do que é "má-fé" e total ausência de rigor jornalístico. E de como um estranho e acanalhado auto-intitulado "jornalismo de referência" se coloca descaradamente ao serviço venerando e submisso de quem, em tempos, lhes estendeu a mão, facilitando aquisições, vendas, permutas, no fundo as estranhas e confusas "negociatas" que ainda hoje permanecem confusas e, aparentemente, sem que ninguém tenha muita vontade em esclarecer...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Comparar não ofende?

COMO AINDA vou tendo boa-memória, não posso deixar de compara a lestidão e a forma inopinada com que, no final dos anos 80, Vítor Constâncio convocou a imprensa ao Largo do Rato e se apressou a demitir da liderança do PSCor do texto(com umas famosas "indirectas" ao dr. Soares) e a forma como persiste em "agarrar-se" ao lugar de governador do Banco de Portugal, mau-grado a forma visivelmente incompetente (será mesmo só incompetência?) com tem lidado com os recentes "dossiers" relativos ao BCP e ao BPN. Comparar não ofende, pois não?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Um "feeling" ou mais do que isso?

NÃO PASSA de um feeling, mas não me espantaria que nos próximos tempos assistamos a um "reordenamento" do sistema bancário nacional, com a Caixa Geral de Depósitos a "fundir-se" com o BCP/Millennium e o BES a "absorver" o debilitado BPI. E tudo com o "alto patrocínio" governamental que - honra lhes seja feita! - a pouco e pouco vai estendendo os seus tentáculos ...

domingo, 2 de novembro de 2008

Patético, triste e desajustado!

NO MÍNIMO patética a forma como, ao jeito de um caixeiro viajante de meia-tijela, José Sócrates resolveu "vender" o computador portátil "Magalhães" em plena sessão de chefes de Estado e de governo da Cimeira Ibero-Americana, empunhando-o e comportando-se mais como um vendedor da fábrica JP Sá Couto do que propriamente como primeiro-ministro. Isto já para não falar do seu inusitado "ataque de esquerdismo" nas violentas críticas ao Fundo Monetário Internacional - no mínimo desajustadas e só justificáveis por algum secreto desejo de agradar a algum dos presentes, talvez no afã de conseguir fazer mais algum negóciozito que alivie o deficit das contas públicas...

Tem graça e não ofende... (ou será que sim?!)

PORQUE RAZÃO é que há quem, nas últimas semanas, tenha passado a alcunhar a SIC Notícias como "o canal do mano"?

Coincidências ou mais do que isso?

O INUSITADO destaque noticioso que nas últimas semanas foi dado ao desaparecimento de um computador portátil e a um incidente com um grupo de estivadores a propósito da ampliação do terminal de contentores de Alcântara, ambos envolvendo um comentador televisivo, fará parte de alguma estratégia comunicacional com vista a uma eventual candidatura autárquica do indivíduo em questão?

Tão incomodados (e assustados...) que "eles" andam!


A PREVISÍVEL CANDIDATURA de Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa anda a incomodar (ou será assustar?) muito boa gente. No seio dos socialistas, os mais fiéis ao putativo rival de Sócrates andam, de lupa em punho, numa autêntica lufa-lufa a esmiuçar a papelada de há uns anos atrás tentando encontrar um "deslize" por pequeno que seja de Santana Lopes enquanto autarca da capital. Mas andam com azar, coitados... E de tanto procurarem, ainda acabam por encontrar uma das muitas "trapalhadas" ( e que "trapalhadas"...) que caracterizaram os "consulados" socialistas de antanho, ou outros gastos à "tripa-forra" como os que recentemente levaram que fossem constituídos arguidos os membros de um conselho de administração de uma empresa municipal nomeada por esse grande vulto da ética política que responde pelo nome de Dra. Avillez Nogueira Pinto.
Mas não é só aos seguidores de Costa que este previsível regresso de Santana à praça do Município anda a tirar o sono. No PSD há um pequeno grupo de auto-intitulados "notáveis", "barões" ou "baronetes" que a todo o custo tentam evitar o contributo que Santana Lopes logicamente dará à dinâmica do PSD no decurso das próximas autárquicas. Talvez temerosos que alguns negócios já em curso venham "por água abaixo" recorrem a tudo e mais alguma coisa para tentar condicionar Manuela Ferreira Leite e a sua decisão quanto à autarquia lisboeta. Então, este fim-de-semana foi demais, com aquela manipulação grosseira e bacoca de uma sondagem que nem o próprio "Expresso" (que a encomendou) teve a coragem de analisá-la em mais de umas míseras 22 linhas escondidas numa página par (a 10) e em que o "Diário de Notícias" consegue extrair a "rebuscada" (para não lhe chamar outra coisa, pela estima pessoal que me merece o autor da peça jornalística em causa...) conclusão que Passos Coelho estaria mais bem colocado que Santana Lopes para liderar uma candidatura do PSD à Câmara de Lisboa, omitindo e baralhando os números de uma sondagem.
E que curiosa, a destreza e lestidão com que esse "paradigma do lugar-comum" que dá pelo nome de Passos Coelho "montou" a mal-amanhada notícia, desdobrando-se - ele e os seus mentores - em "off's" e "on's" pretensamente reactivos e que só demonstram quem e porquê levou a cabo esta manhosa e manipulação. Disfarçam mesmo mal o incómodo que este provável regresso de Santana Lopes lhes provoca...

domingo, 26 de outubro de 2008

Como?!

O SECRETÁRIO-GERAL do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, confessou ao "Expresso" que aceitou este cargo, que muitos definem como o "super polícia", possivelmente por "ter apanhado sol a mais".Cor do textoCor do textoLê-se e não se acredita...

Bem prega frei Tomás...

CONFESSO QUE dificilmente consigo conter um sorriso quando leio as notícias que dão uma tal Clara Costa como acusada pelo Ministério Público num processo relacionado com "despesas sumptuárias, supérfulas, indevidas ou ilícitas (...) em proveito próprio", enquanto administradora da empresa municipal Gebalis. Conhecendo eu a sujeita em questão, bem como a sua insuportável e arrogante mania em arvorar-se em guardiã de uma pretensa "moral e ética" que, pelos vistos e a acreditar na acusação, afinal não passava de um "blábláblá" inconsequente, não resisto também a lembrar que a referida Sra. Costa foi indicada pessoalmente pelo Dr. Marques Mendes (de quem foi assessora) para o cargo, ao tempo do inefável Prof. Carmona Rodrigues à frente da autarquia lisboeta. Em casa de ferreiro, espeto de pau...

Livra!

"Podia ter sido primeiro-ministro"

Marcelo Rebelo de Sousa sobre José Miguel Júdice

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

As rábulas de Pacheco Pereira

DE RELANCE, até porque há coisas mais interessantes para fazer na vida, dei uma fugaz olhadela à "Quadratura do Círculo" desta semana - até porque, segundo por aí se dizia, o inenarrável Pacheco Pereira iria aproveitar o tempo de antena que a SIC Notícias lhe dá desde há usa anos a esta parte para, sem contraditório possível, tentar "arrasar" a escolha de Santana Lopes que, tanto Manuela Ferreira Leite como a "Distrital" de Lisboa fizeram como candidato à autarquia da capital. E o que vi (e ouvi) foi de tal ordem manhoso, triste e miserável que, não fosse os frémitos que me provocaram, diria digno de gargalhar "à tripa forra" com uma rábula de quinta ordem de um qualquer feirante sem escrúpulos e capaz de qualquer coisa para (tentar) levar a sua avante. Pacheco Pereira mostrou, definitiva e cabalmente, o seu carácter e personalidade. É difícil encontrar alguém tão intelectualmente desonesto como este maoista convertido ao "cheiro a poder" e que, apesar das mutações que o Mundo sofreu, insiste em utilizar uma lógica que até o seu amigo António Costa se apressou a desmontar. Era difícil ser pior, era impossível levar a "canalhice" tão longe... É por essas e por outras que Pacheco Pereira vale o que vale dentro do PSD, ou seja, zero, ou mnelhor, bastante abaixo de zero! O que comparado com a esmagadora votação que Santana Lopes recebeu na "Dustrital" (29-2), mostra bem o peso de um e outro...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Já lá vai uma semana...

PASSADA UMA semana após ter sido noticiado que o vereador Cardoso da Silva, que detém o pelouro das Finanças na Câmara Municipal de Lisboa, é simultâneamente presidente do Conselho de Administração da Trivalor, continuamos à espera que os habituais arautos da "ética" e da "transparência" venham a terreiro brindar-nos com a sua opinião sobre este tema. A começar pelo dr. Costa e a acabar pelo dr. Sá Fernandes, já para não falar da arquitecta Roseta. Por exemplo...

O texto de Carrilho

QUANDO EM 2004, em pleno governo de Santana Lopes, o então ministro Rui Gomes da Silva resolveu trazer à liça - a propósito dos comentários de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI - a questão da inexistência do chamado "contraditório", ia caindo o Carmo e a Trindade... O País (o político, claro!) agitou-se, pediram-se cabeças, questionou-se mesmo a "liberdade de opinião" e até um senhor que estava então em Belém chegou ao ponto de receber em audiência o próprio professor, em jeito de pública condenação a Rui Gomes da Silva e de solidariedade com o então comentador da TVI. Os anos passaram, o exercício do "contraditório" começou a ser entendido como algo natural e muitos dos que então crucificaram Gomes da Silva e as suas teses, porventura esquecidos da sanha com que o zurziram, hoje são os principais arautos dessas mesmas teses. Não sei - porque não me recordo - qual a posição de Manuel Maria Carrilho sobre este tema em 2004. Mas não pude deixar de sorrir quando li o seu artigo no "Diário de Notícias" de sábado passado, especialmente o trecho intitulado "O equívoco do pluralismo"...

sábado, 11 de outubro de 2008

Os hojes, os amanhãs, as verdades e as mentiras...

NAS ÚLTIMAS semanas tenho-me recordado muito de uma célebre máxima de Pimenta Machado, o antigo presidente do Vitória de Guimarães, quando afirmava que, no futebol, "o que hoje é verdade, amanhã é mentira"... E tudo porque afinal parece mesmo que afinal o chamado "caso Freeport", que tanta celeuma causou há uns anos e do qual se disse não passar de uma "campanha difamatória" contra José Sócrates, sempre existe. Pelo menos, a acreditar nas autoridades inglesas (SOCA), nos jornais "Sol" e "Expresso" e até o próprio DCIAP...

Um professor cada dia mais previsível...

O CADA dia mais previsível Prof. Marcelo Rebelo de Sousa anda visivelmente incomodado com o aproximar do ciclo eleitoral de 2009. Primeiro surpreendeu tudo e todos quando passou de grande apoiante de Manuel Ferreira Leite a seu público e ostensivo crítico. Depois foi aquele ziguezagueante posicionamento perante a hipótese de Pedro Santana Lopes avançar na "corrida" à Câmara de Lisboa quando, em apenas oito dias, passou de entusiasta a opositor dessa hipótese - talvez intuindo que uma vitória de Santana em Lisboa poderia vir a hipotecar ainda mais o seu mal-disfarçado desejo de regresso à S.Caetano, quanto mais não fosse porque fortaleceria a actual líder . Agora e acreditando em quem garanta que o insaciável professor poderia estar interessado numa "passagem" por Bruxelas (quem sabe se numa espécie de "retiro" além-fronteiras a caminho de Belém...), resolveu - algo inopinadamente - lançar os seus prognósticos acerca da hipótese de Manuel Alegre vir a encabeçar a lista socialista ao Parlamento Europeu, assim um pouco ao jeito daqueles caçadores que, pelo seguro, preferem fazer "levantar a caça" antes de atirarem... Uma sugestão: vamos todos estar atentos aos seus comentários sobre Durão Barroso. Como diz o outro, "é cá por coisas"!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A semelhança das crises

GARANTE-ME QUEM é especialista em bolsa, que a crise que a economia mundial está a atravessar é semelhante (para não dizer igual...) à famosa "crise de 1929.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Explicação a um amigo...

TENHO UM bom e querido amigo que ainda hoje atribuia a minha (recente) "pouca produtividade" bloguística a motivos que, embora nobres e de gosto mais do que apurado, não correspondem de todo à realidade. O que se passa é que, desde há uns dias a esta parte, estou de boca aberta e praticamente à beira de uma apoplexia, tal a avalanche de notícias que, não fossem elas publicadas em jornais aparentemente de referência, pensaria tratarem-se de algum guião perdido das "Producções Fictícias" ou coisa do género. De tal forma, que mal consigo abrir o computador e postar o quer que seja... Estou a recordar-me, por exemplo, do que li há dias acerca da justificação que um alto funcionário da autarquia lisboeta prestava sobre o facto de lhe ter sido atribuída uma casa onde reside o seu filho ("Então e se eu me divorciar de novo, para onde é que eu vou viver?"); ou da "vitimização" com que o ex-avençado da C.M.L., o sr. Bastos, numa carta ao "Expresso", tenta "atirar-nos areias para os olhos" a propósito da casa que recebeu da edilidade; ou do facto do responsável pelo pelouro das Finanças da Câmara Municipal de Lisboa ser simultaneamente presidente do Conselho de Administração de uma holding que presta múltiplos e vários serviços à autarquia, sem que ninguém fale (por exemplo...) em perda de mandato; do ar despreocupado com que a vereadora Ana Sara Brito encara o facto de ter ocupado uma outra casa durante duas décadas; do dr. João Soares ser unicamente testemunha nesse processo que atravessou mandatos e mandatos e de que ele foi "recordista" no que diz respeito a atribuição de casas; ou, noutro âmbito, o prof. Marcelo já "dar bitaites" sobre as listas de candidatos ao Parlamento Europeu do Partido Socialista; ou o facto da notícia que o "Sol" publicou este fim-de-semana sobre a investigação que as autoridades inglesas estão a realizar ao envolvimento de algumas personalidades da nossa política no chamado e afinal existente "caso Freeport" não ter tido qualquer repercusão. E vamos ficar por aqui, que já começo a sentir-me zonzo e assaltado por uma mistura de náuseas e frémitos de que quero rapidamente fugir!Como diz esse meu amigo, está tudo (de facto...) a ouvir vozes. Mais: o que eu acho mesmo é que estão a fazer de todos nós parvos...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A minha alegre casinha...


NO NOSSO País há quem faça profissão em "falar de cátedra"! Então na classe jornalística é um chamado "ver se te avias", não faltando os auto-intitulados "faróis da deontologia e ética" sempre presurosos em apontarem o dedo a tudo e a todos... Ainda há dias veio a público que um conhecido jornalista((na minha opinião é mais publicista que qualquer outra coisa, mas pronto, até dou de barato que se intitule jornalista...) foi um dos contemplados com a amável e prestável generosidade da Câmara Municipal de Lisboa, ao tempo da "dupla Sampaio/João Soares", em lhe atribuirem um andar ali para os lados da Estrada da Luz. Pena é que - já agora - ninguém tenha referido o facto do sujeito em questão ser, então, avençado da autarquia, dispôr de um gabinete camarário na Rua das Portas de Santo Antão e aproveitar uma coluna semanal que mantinha num jornal diário para tecer armas em defesa do então presidente da Câmara de Lisboa e, sempre que podia, zurzir forte e feio em quem veio a derrotar o seu "protector" nas eleições autárquicas de 2001. E mais: há quem me garanta que o indivíduo em questão, logo nos dias seguintes à derrota do seu "patrão", se apressou a enviar lancinantes recados ao novo inquilino do Largo do Município, jurando-lhe respeito venerando em troca de não ser "incomodado" pelo novo poder...

Perguntar não ofende...

ALGUÉM CONSEGUIRÁ explicar-me porque razão apenas estão a ser escalpelizadas (ou investigadas) a atribuição de casas pela Câmara Municipal de Lisboa no decurso dos anos de 2004 e 2005?

A preocupação dos sequestros

ALGUNS ESPECIALISTAS em informações e segurança interna não escondem a sua preocupação com a possibilidade de, nos próximos meses, a chamada "indústria dos sequestros" começar a ser uma realidade no nosso País. Alguém que conhece de perto a realidade da alta criminalidade em Portugal confidenciava-me há dias que os serviços de informações possuem indícios claros que o próximo Inverno poderá ser "marcado" por um tipo de crime pouco usual entre nós.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

As cruzadas da dra. Teixeira da Cruz

TENHO O prazer de conhecer Paula Teixeira da Cruz já há alguns anos, desde os tempos em que fomos contemporâneos na já desaparecida Universidade Livre de Lisboa. Habituei-me a vê-la como uma mulher arguta, sempre combativa, extrovertida, por vezes até algo excessiva na defesa dos seus pontos de vista e - honra lhe seja feita! - muito ciosa de valores e princípios éticos, "cruzada" essa aliás que faz sempre questão de realçar nas suas intervenções enquanto política. Talvez por conhecê-la há tantos anos e nutrir por ela alguma estima, sempre que posso leio-a e oiço-a com redobrada atenção. Foi o que aconteceu há alguns dias, numas curtas declarações que fez ao "Diário de Notícias" e onde, mais uma vez, a actual presidente da Assembleia Municipal de Lisboa surge a corporizar a denúncia e a crítica a comportamentos e actos menos claros que, segundo ela, caracterizam, desde sempre, o quotidiano da Câmara Municipal de Lisboa. Diz ela e certamente com algum conhecimento de causa, dado a sua vcasta experiência na autarquia da capital: "A arbitrariedade caracteriza a cultura da CML há dezenas de anos".
É bem possível que Teixeira da Cruz tenha razão. Não o duvido. Mas também gostava de ver estas suas determinação, garra e vontade tão característica estendida a outras áreas como, por exemplo, a dos conflitos de interesses de eleitos autárquicos, no passado e no presente. E gostava tanto de saber, por exemplo, se será eticamente aceitável que um vereador patrocine, enquanto advogado, uma empresa de construção e obras públicas com actividades nessa mesma autarquia. Et pour cause..., como diz um amigo meu que por tudo e por nada recorre a galicismos.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Uma proeza (e coincidência...) extraordinária

A SECÇÃO "Local" do jornal "Público" de domingo dedicou duas páginas ao Parque Mayer e ao que a jornalista que assina o texto classifica como "lenta agonia" daquele espaço e onde dá conta do impasse e degradação a que chegou o que já foi considerada a "Broadway alfacinha", bem como o desalento e pessimismo dos poucos empresários e comerciantes que ali resistem. Intitulado "Aqui ainda se suspira por Frank Gehry", a autora (ou quem, oportuna e cirurgicamente, poderá ter "revisto" o texto) consegue uma proeza extraordinária: em todo o artigo, que ocupa 4/5 das páginas 18 e 19, nem uma única vez é citado o nome de Pedro Santana Lopes. No mínimo extraordinário, n'é?

domingo, 21 de setembro de 2008

Os nós e os laços...

ERA TÃO interessante aprofundar este tema da atribuição de casas pela Câmara Municipal de Lisboa... Podíamos mesmo começar por "tirar a limpo" a forma como um conhecidíssimo jornalista ou escritor (vá lá saber-se o que ele é...), na altura avençado da autarquia capitalina cujo então presidente defendia com "unhas e dentes" na sua coluna num jornal diário, conseguiu o apartamento ali para os lados da Estrada da Luz. Por exemplo, qual o preço que pagou e como pagou - se é que pagou... Esperemos que que este e outros casos (e são tantos...) mereçam a atenção dos nossos sempre mui atentos jornalistas "de investigação" e ajudem a desatar os nós e os "laços" de situações que, inexplicavelmente, nunca motivaram interesse especial por parte de quem se mostra tão eficaz (e "oportuno", citando o director do "Diário de Notícias") em encontrar supostas e alegadas situações de ilegalidades num determinado período (2001-2005) e numa única autarquia.

Os Algarves by José Júdice

INDEPENDENTEMENTE DO facto de ser suspeito, dado há muitos anos ser seu amigo, o texto que hoje José Júdice publica na revista "Pública" acerca dos dois lados de um Algarve dividido "pela linha preta de alcatrão da EN125 que corta de leste a oeste(...), com uma precisão simbólica dois mundos que não podiam estar mais longe" é no mínimo imperdível. "Algarve e Allgarve" é porventura um dos mais lúcidos e inteligentes textos que se escreveram sobre o tema. A não perder!

sábado, 20 de setembro de 2008

Com ponto de exclamação e tudo...

AINDA RELATIVAMENTE ao post anterior, bem sintomática a frase com que o director do "Diário de Notícias" caracteriza a manchete de hoje do seu próprio jornal que noticia que Pedro Santana Lopes será arguido num processo de alegado favorecimento enquanto presidente da Câmara de Lisboa. Aqui fica a singela e bem significativa frase de João Marcelino, escrita no seu "Canal Livre" (pág.9): "Ora aí está uma notícia oportuna!". Como se nós já não tivéssemos percebido...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Tão previsíveis ou "vão dar banho ao cão"...

PELOS VISTOS, a hipótese de Pedro Santana Lopes poder vir a ser candidato à Câmara de Lisboa começa a incomodar muita gente. E é curioso estar atento a pequenos sinais que significam muito - e só quem anda distraído é que não os entende... Por exemplo: na semana passada, o "Expresso" fez tudo por tudo para desvalorizar o apoio público do líder distrital do PSD em Lisboa prestou a uma hipotética candidatura de Santana Lopes à autarquia da capital, praticamente "escondendo" as declarações de Carlos Carreiras e limitando-se a tratar o assunto de uma forma que de tão superficial até redundava no efeito contrário. Isto somado a um desmesurado e descabido destaque que a nossa chamada e auto-intulada "imprensa de referência" achou por bem dar a um livro do Dr. Marques Mendes (certamente interessantíssimo, dada as doutas opiniões sobre ele expressas por esse verdadeiro "génio do lugaer comum" que dá pelo nome de Azevedo Soares) e a umas inopinadas "subidas" nos barómetros opinativos do Dr. António Costa, cuja obra em Lisboa tem-nos, a todos, deixado estarrecidos, já para não dizer esmagados, tal a sua grandiosidade e eficácia...
Agora, esta semana, quando noticiam um suposto "agréement" de Manuela Ferreira Leite a essa hipotética candidatura de Santana Lopes, surgiu logo a notícia que o antigo autarca poderia vir a ser (ou é) arguido num qualquer processo referente a atribuição de casas nos bairros sociais de LIsboa durante o seu mandato à frente do município lisboeta. Como habitualmente se diz... "o que eles sabem, já a mim me esqueceu". Isto já para não ter de publicamente dar um conselho ao Dr. Santana Lopes (se é que ele os necessita), recorrendo a um amigo minhoto, cuja sagacidade não esconde alguma rudeza nos comentários e cuja sábia opinião, por ora, prefiro guardar apenas para mim...

Tirem-me daqui!!!

RARA É a semana em que o general Leonel de Carvalho, director do Gabinete Coordenador de Segurança não consegue surpreender-nos com "tiradas" que, das duas, uma: ou o senhor em causa é um génio, ou então, citando as sábias e doutas palavras de um amigo, "já está jinjas"... Há uma semanas, um ou dois dias após o espectacular e quase cinematográfico assalto a uma carrinha de transporte de valores na A2, resolveu afirmar premptoriamente: "Não existem gangues em Portugal". Agora, quando se noticia que um grupo de jovens brasileiros radicados na Margem Sul está a organizar-se num "comando" à semelhança do que ocorre nas principais brasileiras, este responsável dispara: "Se um grupo de jovens quer formar um clube ou uma organização dessas será por brincadeira". E se a tudo isto juntarmos uma resposta dada há uns meses ao "Diário de Notícias" acerca da possibilidade do nosso País poder vir a ser alvo de algum ataque terrorista ( "Terrorismo, cá? Não é provável, mas é possível"), penso que estará tudo dito... Tirem-me daqui!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O advogado e as suas crónicas...

DECIDAMENTE A não perder o anunciado livro de Miguel Veiga que será lançado nos próximos dias e que, ao que parece, reúne as crónicas com que o eterno candidato a eminence grise de si próprio nos tem brindado (a quem o lê, é claro...) nos últimos anos. E a expectativa é ainda maior para quem possui memória e recorda a conturbada "carreira" de colunista do "Expresso" de Veiga e que José António Saraiva relata com minúcia e detalhe no seu polémico livro "Confissões" acerca da sua passagem pela direcção daquele semanário, nomeadamente as causas que o levaram a afastar o advogado nortenho do leque de colunistas do "Expresso". Vale a pena ler (ou reler) as páginas 183 a 192 desse livro e já agora esperar que Veiga tenha algum cuidado e não integre neste seu nóvel livro as crónicas "Memórias, retratos e histórias" e "O intelectual empenhado", publicadas no "Expresso" a 12 de Março e 9 de Abril de 2005. Quando muito porque certamente não iria cair muito bem junto de Clara Crabbé Rocha e de Michel Winnock...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cofina fora do "Sol"?

GARANTEM-ME QUE o grupo Cofina ter-se-ia desinteressado de integrar o capital social do semanário "Sol". Será verdade? Se assim for é pena, porque - há que reconhecê-lo - em termos de das chamadas "cachas", este semanário tem conseguido "marcar" a agenda noticiosa do fim-de-semana. E a solidez financeira de um grupo como o de Paulo Fernandes é fundamental numa estratégia de consolidação e expansão que este semanário terá de levar a cabo.

domingo, 7 de setembro de 2008

40 dias de silêncio... e 30 minutos para quase nada!

APÓS QUARENTA dias de um silêncio que nem os seus mais entusiasmados apoiantes conseguiram justificar, Manuela Ferreira Leite resolveu escolher o mesmo dia em que o líder do PCP discursa no encerramento da "Festa do Avante!" para, em meia-hora, defraudar os que ainda acreditavam que a líder social-democrata teria algo transcendental a comunicar aos portugueses ou, no mínimo, aos militantes do seu partido. Uma "cópia" (ainda por cima prolongada em termos temporais) daquele episódio que se prendeu com a expectativa que rodeou a recente comunicação presidencial sobre o Estatuto de Autonomia dos Açores e que redundou num autêntico "fracasso" em termos comunicacionais. É caso para dizer - sem ofensa, é claro... - "que tal pai, tal filha"...

Lisboa, "ma non troppo"...

PARA LER com alguma atenção as declarações de Paula Teixeira da Cruz na última página do "Diário de Notícias" de hoje. Tanto a forma como exibe alguma (significativa) demarcação relativamente ao estilo e estratégia de Manuela Ferreira Leite, mas mais ainda o modo como -pelo menos à primeira vista... - descarta a hipótese de vir a ser a candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, ao afirmar que "nunca pus essa hipótese para mim" e ao garantir a pés-juntos que nunca exercerá cargos executivos, de onde logicamente se depreende que inclua uma hipotética liderança dos destinos da capital.

Um jeito bem brasileiro de escrever


É DESTA forma verdadeiramente notável que a revista brasileira "Veja" de amanhã resume em duas linhas o surpreendente discurso de aceitação da candidata republicana à vice-presidência dos Estados Unidos: "Sarah Palin pode ter silhueta de bonequinha de luxo, mas, no seu primeiro discurso ao país, ela mostrou que morde feito um pit bull de batom". Vêem como é fácil escrever pouco e dizer muito?

sábado, 6 de setembro de 2008

Dois pesos, duas medidas...

TENHO ACOMPANHADO com particular atenção todo o noticiário à volta da recente condenação a que o Estado português foi sujeito a propósito da prisão de Paulo Pedroso no âmbito do famoso "processo Casa Pia", especialmente a forma e o modo como colunistas e comentadores têm nos últimos dias opinado sobre a decisão que, em primeira instância, uma juíza tomou, considerando os quatro meses de detenção a que o ex-ministro foi sujeito, pelos vistos, injustos. As manchetes (algumas de mau-gosto, diga-se de passagem...) sucedem-se, os artigos surgem um pouco por toda a parte e juízes, magistrados e Estado são unanimemente crucificados por quem vê esta condenação do Estado português um exemplo das fragilidades da nossa justiça.
Não conheço o ex-ministro, nunca o vi mais gordo, não possuo qualquer opinião sobre o seu envolvimento no processo, mas fico - isso sim - satisfeito com o facto de, pelo menos na primeira instância, a própria justiça ter a capacidade de reconhecer os erros que possa ter cometido relativamente à pessoa em questão. Mais: percebo que esse seu envolvimento no mais mediático processo de pedofilia que alguma vez existiu no nosso País lhe possa ter causado enormes prejuízos a nível pessoal, familiar, profissional e político e entendo a sua revolta contra o que ele considera uma "injustiça".
Vem isto a propósito de uma outra pessoa - essa sim que eu conheço, que já vi mais gordo e mais magro e que se viu envolvido num processo, também ele mediático e sobre o qual - esse sim - eu possuo opinião: o famigerado "caso Moderna". Estou a referir-me ao meu amigo João Braga Gonçalves... Também ele esteve preso, não quatro meses, mas 29, repito e por extenso: vinte e nove!; também ele tinha (e tem) filhas, no caso três; também ele foi absolvido - e no Tribunal da Relação, realçe-se! - de toda e qualquer acusação a que foi sujeito; também ele foi alvo das maiores calúnias e acusações ("associação criminosa", "ladrão", "corrupto", "traficante ilegal de armas", "traficante de carne branca", "enriquecimento ilícito", "falsificador de documentos", etc.); também ele tinha um passado e um futuro, também ele foi obrigado a tentar refazer - sabe-se lá como e com que custos... - uma vida pessoal, familiar e profissional.
O João Braga Gonçalves esteve preso 904 dias porque uma senhora juíza, de seu nome Conceição Oliveira, assim o decidiu, ainda hoje não se sabe bem e ao detalhe porque razão. O que sim se sabe - e foi o próprio semanário "Expresso" que o noticiou com algum destaque há duas semanas - é que a juíza em questão veio agora pedir a antecipação da sua reforma argumentando e confessando padecer, já há alguns anos, de "doença bipolar" e afirmando ipsis verbis: "Não sou capaz de ser isenta nos julgamentos. Nos piores períodos da doença, não sou capaz de me concentrar, sinto-me riste, inactiva(...)Tenho de tomar anti-depressivos, ansiolíticos e comprimidos para dormir. Não tenho condições para ser juíz".
Quando, por mero acaso, leio a crónica de hoje do director do "Expresso" intitulada "O 'erro grosseiro' de um juíz" e onde o sr. Henrique Monteiro desanca (e se calhar com razão, não faço a mínima ideia...) o juíz Rui Teixeira, o procurador João Guerra ou os inspectores da Polícia Judiciária, não posso deixar de achar sintomático e curioso que este sentimento que transparece das suas palavras não fosse, também ele, dedicado ao João Braga Gonçalves e ao seu caso, que porventura teve (e tem) consequências bem mais graves que as que atingiram Paulo Pedroso. E desculpem-me, recuso-me acreditar que esta "diferenciação" de tratamento noticioso e opinativo entre um e outro seja porque o sr. Pedroso é político e o sr. Gonçalves "tasqueiro"...

Bem prega frei Tomás...

Não resisto a transcrever uma mordaz e certeira "nota" da secção "Cocktail" da edição de hoje do semanário "Sol", onde, com uma fina ironia, o autor consegue em quatro ou cinco linhas "desmontar" a aparência pública de um badalado casal que teima em manter uma imagem que os factos muitas vezes desmentem. Ou será que o primeiro-ministro odeia que lhe estacionem mal o carro, ou a discretérrima D. Fernanda nunca escreveria sobre um mau-estacionamento de um outro primeiro-ministro qualquer na sua sempre oportuníssima coluna semanal? É uma dúvida que fica:
"Fernanda Câncio não será a Primeira Dama, mas parece manter o estatuto de Primeira Namorada - apesar dos rumores sobre zangas entre ela e Sócrates. Quarta-feira da semana passada apareceram juntos, para se reunirem a amigos, ao jantar, no restaurante japonês Sakura, em Entrecampos. Provavelmente, mal saiu do jantar, foi alinhavar uma crónica contra os primeiros-ministros que, em manifesto abuso de poder, deixam o carro mal-estacionado à porta do restaurante, com um segurança público a guardá-lo."

Para quando um livro de citações?

"[A Convenção do do Partido Republicano] é um momento de grande intensidade política combinada com uma produção mediática enorme"

José Luís Arnaut
DN, 6.09.2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um folhetim pífio...

ESTE VERDADEIRO "folhetim" em redor de uma alegada carta de demissão de Luís Nobre Guedes do cargo de vice-presidente do CDS há não sei quantos anos e que Paulo Portas teria escondido numa qualquer recôndita gaveta do Largo do Caldas "cheira a esturro". Alguém me pode explicar qual o interesse dessa historieta sem significado ou sentido a que os jornais deram desmesurada e rídicula importância? Será que já é só assim que Portas consegue ser notícia? Cheira demasiadamente a "número" (e pífio) para ser levado a sério...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Isto há cada primeira página...

SERÁ CERTAMENTE uma coincidência, mas de facto há primeiras páginas que, como diz o outro, "não lembram nem ao careca". Especialmente para um "jornal de referência" que certamente conta, na sua redacção, com o maior número de "faróis da deontologia" por metro quadrado da imprensa portuguesa. Ou será que o "Público" virou tablóide? É que, por vezes, há fotografias ou associações que "gritam" mais do que títulos escandalosos...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Então não tinha ficado tudo mais que esclarecido?!

COM A devida vénia, transcrevo uma notícia do semanário "Expresso" na sua edição on line de hoje e que - confesso - deixou-me deveras surpreendido, dado estar convencido que este assunto estava mais do que esclarecido: "O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) chamou "para consulta" o processo relacionado com a construção do Freeport de Alcochete, que investiga eventuais práticas de corrupção e tráfico de influências.
Nesta investigação está em causa uma alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002, através de um Decreto-lei assinado, entre outros, pelo actual primeiro-ministro, José Sócrates, na altura ministro do Ambiente. A alteração terá sido fundamental para a construção do Freeport de Alcochete.
O caso veio a público em Fevereiro de 2005, quando uma notícia do jornal "O Independente", poucos dias antes das legislativas, revelou um documento da Polícia Judiciária que mencionava os nomes de José Sócrates e da sua mãe como suspeitos no processo. Porém, quer a Polícia Judiciária quer a Procuradoria-Geral da República negaram qualquer envolvimento do então candidato a primeiro-ministro no caso
."

Marcelo soma e segue

NO MÍNIMO desconcertante, esta atípica relação entre Marcelo Rebelo de Sousa e a liderança do PSD, quando num dia propõe um pacto de silêncio e unidade destinado a salvaguardá-la e no seguinte vem criticar duramente Manuela Ferreira Leite. Hoje o irrequieto e pelos vistos ziguezagueante professor volta a surpreender com o seu comentário acerca do estranho e complexo silêncio da líder social-democrata nos últimos meses: "É mau, mas tem mais vantagens que inconvenientes". Assim, sic. Começo a dar razão aqueles que apostam singelo contra dobrado que o que, de facto, Marcelo pretende é regressar à S.Caetano. Será?

domingo, 31 de agosto de 2008

"I'm here to support"


SÓ ONTEM vi (e ouvi) o discurso de Bill Clinton de apoio a Barack Obama na recente Convenção do Partido Democrata. No mínimo, extraordinário! Pela forma, pelo conteúdo, pela maneira notável como o proferiu, pela assombrosa capacidade que mostrou em mostrar como um discurso consistente e inteligente ainda é uma grande "arma" para cativar votos. Acreditem: na política ainda nem tudo se reduz a "números" tipo circense e sound bytes de pacotilha tão ao gosto da grande parte destes nossos políticos de trazer por casa. Para alguns, a política ainda é alma. E muito coração. Felizmente!


sábado, 30 de agosto de 2008

O professor, a bota e a perdigota

FOI COM alguma surpresa que li, há dias, a proposta pública de Marcelo Rebelo de Sousa acerca de um supostamente desejado "pacto de silêncio e unidade" no PSD, de modo a preservar a liderança de Manuela Ferreira Leite (de que ele foi um declarado apoiante nas "directas" de Maio) a pouco mais de um ano das eleições que se avizinham. E essa minha surpresa (para não dizer incredulidade) teve obviamente a ver com o passado ainda bem recente, quando o "professor" (a par de outros influentes sociais-democratas, diga-se de passagem) não se coibiram de criticar - para não usar o termo "afrontar" - o governo e a liderança partidária de Santana Lopes, contribuindo (e de que maneira!) para a dissolução do Parlamento e, objectivamente, para a vitória eleitoral dos socialistas e de José Sócrates em 2005. Isto já para não falar da barrage a que a recente liderança de Luís Filipe Menezes foi sujeita e de que o próprio Marcelo foi um dos protagonistas nos seus comentários televisivos e não só...
Mas o "professor" tem uma infinita capacidade de nos surpreender. Pego no "Expresso" de hoje e não quero acreditar no que leio: "Marcelo duvida de Manuela"! E lá dentro, na página 9, poucos dias após ter proposto o tal "pacto de silêncio e unidade" é o próprio que zurze a torto e a direito na actual (eu ia escrever "ainda"...) líder do PSD: "Os militantes estão com a falta de uma luz(...). não se sentem mobilizados e Manuela Ferreira Leite mostra pouca ambição"(sic). Para quem poucos dias antes propôs um pacto, convenhamos que não está mal. O "professor", tal como esse cowboy solitário que dava pelo nome de Lucky Luke, só pode ser "mais rápido que a sua própria sombra". Porque definitivamente "a bota não bate com a perdigota"...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

De facto, anda tudo a ouvir vozes...

EM FUNÇÕES há mais de um ano, o vice-presidente da Cãmara Municipal de Lisboa vem na revista "Sábado" desta semana (pág.10), através do seu assessor de imprensa, desmentir que a colocação da cancela na rua onde está localizada a Embaixada de Israel seja da sua responsabilidade. Apesar disso ter ocorrido há quatro meses... Mais uma semanita ou duas, ainda vêm dizer que foi Pedro Santana Lopes que foi lá pôr a dita cancela. Não acham que já começa a ser demais?!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

COP: corrida a dois?

NÃO É crível que Rosa Mota surja sozinha na "corrida" à sucessão de Vicente de Moura à liderança do Comité Olímpico Portúguês. Nos últimos dias, a hipótese do empresário João Lagos poder avançar com uma candidatura começa a ganhar grandes apoios. Fora, mas também dentro do governo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Três perguntas sobre o "Eixo do Mal"

ALGUÉM ME poderá explicar qual a razão porque José Júdice foi afastado do painel de comentadores do programa "Eixo do Mal" na SIC-Notícias e, ao que parece, substituído por um braço-direito de Passos Coelho de seu nome Marques Lopes? Será que a lógica do "bloco central" já entrou Carnaxide adentro? Ou isso não passa de uma coincidência?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

À atenção do Sr. Procurador Geral da República

"Os políticos escolhem os arquitectos que querem que ganhem os concursos nas obras públicas"

Álvaro Siza Vieira
DN, 24.08.2008

domingo, 24 de agosto de 2008

O protagonismo de Pinho

NÃO SEI porquê mas cheira-me que esta inusitada ânsia de protagonismo do ministro Manuel Pinho (ver capa do "DN" de hoje) ainda vai acabar mal. É cá por coisas...

sábado, 23 de agosto de 2008

"Tu lo pagas, tu lo tienes"

O EX-MEMBRO do Conselho de Administração da Sonae e actual vice-presidente do PSD, António Borges, resolveu pronunciar-se no jornal "Público" (cujo capital também é detido pela Sonae) sobre a privatização da gestão do aeroporto Sá Carneiro e mais concretamente acerca da proposta apresentada pela mesma Sonae:"A proposta de uma entidade privada de se ocupa da gestão do aeroporto, optimizar a sua operação, estimular o tráfego e rentabilizar aó máximo o investimento que foi feito deveria ser levada muito a sério", escreveu. Pois...

Como? Importam-se repetir?

O MEU AMIGO João Braga Gonçalves esteve preso preventivamente, no âmbito do famigerado "caso Moderna", durante dois anos e meio - entre o dia 12 de Junho de 2001 e 27 de Novembro de 2003. Repito: dois anos e meio. Para quem não tenha ainda entendido: 904 dias! Ou seja: nesse período, para além de toda a carga "moral" que uma prisão acarreta, o João perdeu o emprego; deixou de participar na educação quotidiana das suas filhas que, com 4, 5 e 17 anos ficaram privadas do pai; e a sua família passou gravíssimas dificuldades só minimamente atenuadas porque existiu quem não lhes virasse as costas.
O tempo passado na zona prisional da Polícia Judiciária, onde cumpriu o 40º aniversário", transformou-lhe (e certamante não foi para melhor...) a sua vida e a da sua família. Quem para lá o enviou foi uma senhora juíza, de seu nome Conceição Oliveira, acusando-o de um sem fim de crimes, que iam desde a associação criminosa à corrupção activa, passando pela falsificação e nem sei mesmo se de algum ligado ao tráfico de armas ou branqueamento de capitais.
Em Novembro de 2003, relativamente a esses crimes, o Tribunal decidiu-se pela sua absolvição, repito, absolvição. Desculpem, mas eu volto a repetir: absolvição! O João, 904 dias(!) após ter cruzado os portões da Rua Gomes Freire, regressou a casa. A muito custo, penando, foi reconstituindo o seu universo familiar, tentando recompor a vida e retomando um rumo que, a 12 de Junho de 2001, alguém tinha interrompido.
Pois bem: hoje, no dia 23 de Agosto de 2008, leio no "Expresso" que a referida juíza Conceição Oliveira pediu a reforma antecipada argumentando sofrer de "doença bipolar". E passo a citar a argumentação da senhora em causa junto da Caixa Geral de Aposentações: "Não sou capaz de ser isenta nos julgamentos. Nos piores períodos da doença, não sou capaz de me concentrar, sinto-me riste, inactiva(...)Tenho de tomar anti-depressivos, ansiolíticos e comprimidos para dormir. Não tenho condições para ser juíz". Assim, tout court.
Acredito que estes factos não necessitem de grandes comentários. Apenas uma achega a todo este caso: a Caixa negou-lhe a reforma. E mais: apesar dos argumentos apresentados pela juíza quer que ela volte ao trabalho já em Setembro, aquando da reabertura do ano judicial. De facto, isto mesmo bateu mesmo no fundo!

Pois não, existem é partes gagas...


"Não existem gangues em Portugal"


Leonel Carvalho, secretário-geral do Gab.Coord. de Segurança

"Sol", 23.08.2008

Os patins de Vicente de Moura

GOSTE-SE OU não, há que tirar o chapéu à bem-delineada estratégia socialista de colocar à frente do Comité Olímpico Português a antiga atleta Rosa Mota. Apesar de bastante "batido" nestas andanças olímpicas, o comandante Vicente de Moura tem-se portado como um verdadeiro "aprendiz" nestas coisas da política. O seu precipitado e público anúncio da intenção de não ser recandidato à liderança do COP foi logo aproveitado pelo governo para lançar o nome da antiga atleta e velha "compagnon de route" dos socialistas. Agora, algo desastradamente e logo após a medalha de ouro conquistada por Nelson Évora, Vicente de Moura veio tentar dar o dito por não dito. Agora é tarde, já lhe calçaram os patins...

Nem tudo o que parece é...

UMA PEQUENA e singela chamada de atenção para o título da coluna de opinião de Manuela Ferreira Leite na primeira página do caderno de Economia do semanário "Expresso" de hoje e que, à primeira vista, poderia parecer um surpreendente exercício de saudável e notável auto-crítica: "Silêncio alarmante". Poderia parecer, mas não é... Infelizmente!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

As exigências de Nelson Évora

DESCULPEM LÁ eu vir quebrar este entusiamo unânime em redor da medalha de ouro conquistada pelo atleta Nelson Évora em Pequim, mas quando soube da sua vitória em Pequim não pude deixar de lembrar-me que ainda há poucos meses, quando a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António o quis homenagear outorgando-lhe uma medalha, soube que a autarquia foi confrontada com uma exigência deste agora, pelos vistos, "herói nacional" - nada mais nada menos que 1.500 euros para ir recebê-la! Já agora, convém lembrar que Nelson Évora utiliza, desde há muito e de forma gratuita, o complexo desportivo daquela cidade do sotavento algarvio para treinar. E que, honra seja feita, a autarquia e o seu presidente mandou-o dar "uma volta"...

Portugal via Caracas

DADO TERMOS ficado a saber recentemente que é a Hugo Chávez que o nosso primeiro-ministro confessa o real estado da situação económica e acreditando que essa intimidade crescente entre José Sócrates e o Presidente da República Bolivariana da Venezuela vai-se aprofundar e poderemos, desde Caracas, começar a ter uma noção mais correcta e exacta do que se está de facto a passar no nosso País, recomendamos a consulta periódica do site http://www.alopresidente.gob.ve/ que poderá ser - nesse sentido - de uma utilidade extrema, dado conter um exaustivo acompanhamento das actividades e intervenções de Chávez, nomeadamente os já célebres e deliciosos programas "Alô Presidente".

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A escolha dos prime-time...


FICO DE boca-aberta quando no blogue www.dofundodacomunicacao.blogspot.com leio um post de Rui Calafate ("O PSD ataca pelo silêncio?") e em que, a propósito da despropositada (para não dizer ridícula) declaração de Aguiar Branco acerca do silêncio governamental sobre o aumento da "criminalidade grave", revela-nos que este ano - e até agora... - em Portugal arderam mais 2 mil hectares de floresta que no ano passado. E, logicamente, Calafate pergunta - e bem: "O problema tem passado despercebido porque o prime-time agora não se sente atraído pelas chamas…Porque será?". De facto, para além de "andar tudo a ouvir vozes", há quem ande por aí a fazer de todos nós "parvos". E o pior é que nós deixamos...