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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Olhar em jeito de abcedário...


AGORA POR estas (nossas) terras não resisto a deixar a registar, em jeito de abcedário, algumas notas a propósito do (muito) pouco que por aqui se passa:

A - de artista. Moita Flores, candidato do PSD a Oeiras. 

B - de Basilio. Horta. Candidato do PS a Sintra. Outro artista.

C - ... de Cavaco (Silva). Há dias, por outras razões, interroguei-me aqui se o Presidente da República seria parvo ou pretenderia fazer de nós parvos. Hoje, depois de ter lido (de boca aberta) as alarvidades proferidas pela cavacal figura pretensamente com o intuito de fazer rir quem as ouvia numa cerimónia que juntava jornalistas para a entrega de uns prémios, fiquei com outra dúvida: se o autor daquele discurso (?) foi algum palhaço que trabalha em Belém e amanha umas graçolas imbecis e desenxabidas para "patrão" tentar fazer rir a Maria à hora de jantar ou se o palhaço é mesmo o próprio e tudo aquilo é fruto de um suposto sentido de humor de alguém que não percebe que o seu prazo de validade já expirou...

D - Durão Barroso. Nasceu com "o rabinho virado para a lua". A meio do segundo mandato como presidente da Comissão Europeia, o seu nome começa a ser falado como futuro secretário-geral da ONU. Extraordinário...

E - Espanha. "Cheira-me" que não temos bem a noção do "barril de pólvora" que está aqui ao lado. Alguém sabe qual é o valor da dívida pública espanhola que está nos bancos portugueses? E qual é a percentagem das nossas exportações para o lado de lá da fronteira? E alguém já analisou as consequências para Portugal de um "desmembramento" de Espanha enquanto nação? E já agora, do fim da monarquia?

F - Fado. Um ano de património mundial. A RTP transmitiu um espectáculo comemorativo. Acho que a realização colocou mais no ar  o presidente da Câmara de Lisboa no camarote que os fadistas em palco...

G - Gaspar. Vítor Gaspar. Pois...

H - Herói. Pelos vistos agora dá pelo nome de Nuno Santos. Ainda não percebi como nem porquê, mas é um misto de mártir e herói de um "dossier" onde - cheira-me... - responsabilidades sobram-lhe. Cada País e classe jornalística tem os heróis que merece...

I - Iniciativa presidencial, governos. A Cavaco só lhe falta a coragem. Porque primeiro-ministro já tem - o seu amigo Silva Peneda. Que agência de comunicação é que estará a trabalhar com o actual presidente do Conselho Económico Social? E Luís Amado? Aceitará ser "número dois", ou acha-se ele próprio "a solução"?

J - Jornais. Cada vez mais levezinhos...

L - Legitimidade. Por muito abaixo-assinado a pedir a demissão do governo, por muitos "notáveis" e "figuras de referência" que os possam subscrever, a verdade é que a Passos Coelho lhe poderá faltar tudo menos legitimidade. Essa tem-na e é a das urnas, a da vontade expressa dos eleitores que o escolheram. Até prova em contrário, ou seja até às eleições (sejam elas quando forem), qualquer movimento no sentido da sua demissão só pode ser entendido como uma subversão das regras da democracia. E que eu saiba, o dr. Sampaio já não é Presidente da República há uns quantos anos...

M -  Obviamente de Marcelo. Insaciável na sua desenfreada caminhada em direcção a Belém. Mas ele sabe bem que não está sozinho. Daí a pressa...

N - Negociata. A do auto-inteligente Fernando Seara, a ver se uma anunciada derrota na capital lhe rende um lugar em Bruxelas. Pode ser que arranje uma desculpa esfarapada e volte a desistir na varanda...

O - Oportunista. Paulo Portas.

P - Penteado. De Judite de Sousa na entrevista a Passos Coellho. A lembrar um abacaxi...

Q - Quieto. Sem levantar ondas. Pedro Santana Lopes. Só quem não o conhece e o possa subestimar é que poderá achar que, discreto e silencioso no seu gabinete da Santa Casa, é uma "carta fora do baralho". Longe disso - pode virar "trunfo" num abrir e piscar de olhos...

R - de Largo do Rato. Nada de novo. Infelizmente para todos...

S - Santos Pereira. Antes (ainda bem há pouco tempo...) era "o Álvaro", um verdadeiro "saco de boxe" em versão ministerial. Hoje, vejo-o elogiado e gabado nas suas qualidades enquanto homem de "visão estratégica". 

T - Tribunal Constitucional. Será que Cavaco Silva vai enviar o Orçamento para fiscalização de uma possível "força de bloqueio"?

V - ... de vozes (ouvir vozes). Em Cascais, uma Isabel (ex-Olavo) Magalhães tenta liderar uma "salada de frutas" para se opor à actual gestão camarária nas próximas eleições. Até aqui tudo bem. Só acho que começo a ouvir vozes quando leio que António Capucho é um dos seus potenciais apoiantes...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O mundo está (mesmo) perigoso...

QUANDO VEJO o PSD escolher o inefável Fernando Seara como candidato à Câmara de Lisboa e Moita Flores à de Oeiras, lembro-me logo da frase celebrizada há uns anos por Vasco Pulido Valente - "o mundo está perigoso", lembram-se?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Que tal ir dar banho ao cão?


EU ADMITO que Cavaco Silva seja parvo. Está no seu pleno direito, é lá com ele e com quem tem de o aturar directamente – o que felizmente não é o meu caso. Agora o que eu não admito é que o Presidente da República faça dos portugueses parvos... Isso é que não.  Não só porque não lhe reconheço esse direito, mas também porque para nos fazer de parvos, apesar de tudo merecemos um bocadinho melhor. Vem isto a propósito de quê? De uma declaração verdadeiramente inacreditável do mesmo homem que governou Portugal durante uma década e que, na prática, ditou o nosso “afastamento” do mar, da agricultura e até da indústria: "É necessário olhar para o que nos esquecemos nas últimas décadas e ultrapassar os estigmas que nos afastaram do mar, da agricultura e até da indústria". Que tal ir dar banho ao cão, Sr. Presidente?

Collor, Sampaio e Judas: a mesma luta!


HÁ UMAS semanas atrás falei aqui dos rumores que davam como possíveis as  (re)candidaturas de duas criaturas a lugares que em tempos já ocuparam, no caso Jorge Sampaio e José Luís Judas, respectivamente a Presidente da República e à Câmara Municipal de Cascais. Hipóteses essas, no mínimo surrealistas ou mesmo disparatadas, tais as "heranças" e "memórias" que ambos deixaram do exercício dos cargos. Percebi agora que o disparate não lhes é exclusivo... É que no Brasil, o antigo presidente Fernando Collor de Mello (sim, esse mesmo, o do impecheament...) também equaciona a hipótese de ser o candidato do PDT às presidenciais de 2014. É caso para dizer que estão bem uns para os outros...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O "professor ziguezagues"


O PROFESSOR Freitas do Amaral é uma daquelas pessoas que se leva - a ele próprio - em elevada (e excessiva) consideração. Tem-se em grande conta, supõe-se um génio, alguém que é indispensável a uma Pátria que sempre que teve oportunidade de pronunciar-se sobre a sua pessoa, lhe "deu com os pés". Apesar do País pouco se importar com o que esta verdadeira "enguia" do cenário político nacional (tais os ziguezagues que já protagonizou, desde uma triste, trauliteira e frustrada candidatura presidencial até a sair à rua encabeçando manifestações "anti-imperialistas" de braço dado com os Louçãs da vida - já para não falar da sua "fase socialista", quando integrou o governo de José Sócrates como ministro dos Negócios Estrangeiros...), sempre que pode, a criatura lá tenta colocar-se em bicos de pés e, aos pulinhos, fazer "prova de vida" - não vá ser que o tenham esquecido. Ontem ou anteontem, lá apareceu a dar  mais uma entrevista recheada de lugares comuns e revelando uma sede de protagonismo que - coitado... - só confirma a pobreza de espírito que sempre o caracterizou. Triste, para não dizer outra coisa...

sábado, 17 de novembro de 2012

Ferreira Fernandes: mais uma crónica genial!

É IMPOSSÍVEL resistir a deixar de transcrever a genial crónica de José Ferreira Fernandes, publicada hoje no "Diário de Notícias", sob o título "Diretamente da escadaria, o poeta". Como é impossível deixar de ler o mesmo Ferreira Fernandes  um dia que seja. Sabem porquê? Porque faz bem, porque ajuda-nos a perceber que ainda há gente que pensa (e escreve) bem no nosso País, porque percebemos que afinal  há quem não se deixa tolher pela imbecilidade que por aí grassa. Se sou amigo de Ferreira Fernandes? É verdade, sou sim senhor. E admirador. E sabem porquê? Por esta(s) e por outras:
"A melhor reportagem sobre os momentosos acontecimentos da escadaria do Parlamento, encontrei-a ontem num blogue, o Delito de Opinião. Dizia: "Não te candidates nem te demitas. Assiste./ Mas não penses que vais rir impunemente a sessão inteira./ Em todo o caso fica perto da coxia." Assinava a reportagem Alexandre O'Neill. Vocês vão dizer: como crer em factos narrados sobre anteontem, quando o homem já morreu há 26 anos? Respondo: era poeta, vê longe. Eu, por exemplo, não sou, e fiquei-me pelo que mais mexia: os rapazolas das pedras e os polícias que os aguentaram, aos rapazolas e às pedras, hora e meia mas não eternamente. Enfim, escrevi sobre o óbvio (que os revolucionários façam a revolução e que os polícias policiem) e dei pouca atenção aos mirones. Mas esse fluir fundo não escapou ao poeta. Eu com olhos nas pedras e nos bastões, e O'Neill nessa improbabilidade de gente que nunca passa fora da passadeira ficar ali a olhar a boçalidade dos rufias. Ontem, a maioria dos testemunhos era dessa gente, queixando-se de ter levado por tabela. Ao que o poeta responde que não há espetáculos grátis. Queres ver pedras atiradas? Então, prepara-te, "fica perto da coxia..." Aliás, o poema de onde os versos são tirados abre com um conselho: "Não te ataques com os atacadores dos outros." Aqueles canalhitas das pedras, logo no começo das manifes, são má companhia, não só no fim. (A José Navarro de Andrade, que lembrou o poema, obrigado).".

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Factos e (também) memória...




NÃO ME revendo habitualmente nos escritos (e não só) do antigo director do "Expresso" Henrique Monteiro, não posso deixar de subscrever por o texto que este escreveu a propósito dos incidentes que ocorreram ontem à frente da Assembleia da República. Porque os factos são o que são e porque a memória ainda conta muito - mesmo para quem a tenha "perdido"......

"Há coisas do arco-da-velha. Uma delas é acreditar que um polícia, depois de hora e meia a levar pedradas, tem discernimento para, durante uma carga, saber quem prevaricou e não prevaricou. Vamos a factos. Vários energúmenos (que nada tinham a ver com o espírito da manifestação, e já depois de esta ter acabado) começaram a apedrejar polícias em frente ao Parlamento. Vários manifestantes (entre os quais Daniel Oliveira, segundo o próprio relata na sua crónica) pediram insistentemente para não o fazerem, no que não tiveram sucesso e abandonaram o local. Um dirigente do PCP, que se encontrava a dar uma entrevista a uma televisão, condenou o sucedido e disse que ia retirar-se imediatamente daquele sítio, o que fez. Mais de uma hora depois, as pedradas continuavam. Alguns populares (ligados, presumo, à manifestação da CGTP) colocaram-se em frente da polícia tentando demover os delinquentes. De nada serviu, a chuva de pedras continuou. A polícia fez um aviso: retirem-se da praça que vamos carregar. Dois minutos depois repetiu o aviso. Cinco minutos depois, carregou. Quem ainda estava na praça sabia o que ia acontecer. Bateram em pessoas que jamais tinham atirado uma pedra? É possível. O que não é possível é ser de outra maneira; o que não é possível é durante uma carga, um polícia que esteve sob uma tensão enorme durante horas, indagar e interrogar-se sobre a justeza da sua ação. Isso é lírico. A polícia cumpriu todas as normas. Mas porque não foi ao meio da manifestação buscar os apedrejadores? Bem, porque era arriscado. E porque as cargas têm de ter aviso, pelo menos nos países democráticos e civilizados.
E, já agora, uma nota final para os ignorantes que comparam estas cargas às que existiam antes do 25 de Abril. Estive em várias e era assim. Um estudante (lembro-me de José Luís Saldanha Sanches, por exemplo) saltava para a escadaria da Faculdade de Direito e discursava contra a guerra colonial. De repente, de trás da reitoria, saía a polícia de choque do célebre capitão Maltez. Às vezes traziam cavalos, mas a maioria das vezes cães. Batiam em quem podiam, sem que nada fosse arremessado contra eles. Sem avisos, sem jornalistas que pudessem presenciar. Acham que há comparação? Não brinquem com coisas sérias!". 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ainda o embaixador Seixas Costa e o seu blogue...

SEM QUERER abusar do blogue do embaixador Seixas da Costa, não consigo resistir a transcrever, de novo e com a mais que merecida devida vénia, as suas deliciosas observações acerca da forma como os nossos afoitos e intrépidos repórteres cobriram a visita da chanceler Merkel a Lisboa: "Antes de adormecer, observei a Senhora Merkel em doses maciças, por tudo quanto era noticiário. Sem capacidade mínima para gerarem substância (confundindo "renegociação" com "reestruturação", desta vez dispensando a "refundação"), todos os canais colocaram as suas "Sónias Cristinas" e correspondentes colegas masculinos (é minha impressão ou há caras novas todos os dias? Ainda dizem que há desemprego no jornalismo...), de cornetos na mão, em cenários tendo em fundo polícias e carros a passar, a encher o tempo com platitudes, na cata obsessiva dos "fait-divers" possíveis, desde os cortes de trânsito ao custo e "exageros" da segurança. Se tivesse havido algum incidente, podemos estar seguros: seriam as "falhas" da segurança responsabilizadas. E o "jeito" que teria dado às "reportagens" um acidentezinho com uma das viaturas do cortejo, logo acusadas de velocidade excessiva...". É difícil ser mais certeiro!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Seixas da Costa: na "mouche"...


A PROPÓSITO da curta e polémica visita a Portugal da chanceler Angela Merkel e com a devida (e mais do que merecida) vénia, não resisto a transcrever um trecho de um post publicado no seu blogue "Duas ou três coisas" (http://duas-ou-tres.blogspot.com.br) pelo embaixador Francisco Seixas da Costa que tem o condão de recordar factos (e também a  responsabilidades de algumas personagens...) que, apesar de recentes, parece terem caído no esquecimento de muitos: "O pacote de austeridade que hoje é aplicado a Portugal é produto de uma receita económico-financeira, que comporta algumas dolorosas reformas do Estado, que foi desenhada por três instituições internacionais - uma das quais, aliás, é presidida por um português (Comissão Europeia) e outra que tem outro português como vice-presidente (BCE). Foram essas instituições quem negociou, com um governo português já então fragilizado pela perda de confiança política interna que o tinha afastado do poder, um programa de "assistência" que, à época, acabou por ser politicamente ratificado por outras forças partidárias portuguesas. O voto maioritário de muitos de quantos hoje entre nós protestam veio, aliás, a atribuir a essas outras forças políticas, que haviam sido determinantes no afastamento do anterior executivo, o encargo de passar a governar o país, nele incluída a responsabilidade de aplicar o programa acordado e, nessa tarefa, de decidir as escolhas específicas a fazer, dentre as medidas concretas que apontem no sentido das metas genéricas da condicionalidade que são determinadas pelo contrato subscrito."

domingo, 11 de novembro de 2012

Zé Dirceu e o "populismo jurídico"


RARAS VEZES vi uma expressão tão bem aplicada a uma situação como a que José Dirceu usou há dias para referir-se a um certo "folclore" (para não lhe chamar outra coisa...) que tem caracterizado a actuação do Supremo Tribunal Federal brasileiro no processo do chamado "mensalão" (de que ele é, de facto, o principal réu em termos mediáticos), nomeadamente a postura desmedidamente inquisitória e parcial do ministro-relator do processo. "Populismo jurídico" foi o termo que o antigo ministro-chefe da Casa Civiul do primeiro governo de Lula usou para classificar um comportamento que, cada dia que passa, dá mais ideia de ser assumido para a "plateia" que propriamente de acordo com os cânones que devem reger um julgamento e em que um juiz não tem (nem deve) obrigatoriamente ser uma mera "câmara de ressonância" de um procurador-geral sedento de "sangue" ou de uma opinião mais "publicada" que "pública". A expressão usada por Dirceu surgiu a propósito da decisão do (pasme-se) juiz Joaquim Barbosa em mandar recolher os passaportes dos réus do processo em causa, mesmo antes de lhes ser estipulada qualquer pena ou da sentença sequer ter transitado em julgado E o mais surrealista de tudo isso é que a decisão de Barbosa baseou-se no facto de dois dos réus terem-se ausentado para o estrangeiro no decorrer do julgamento... Perguntarão: e voltaram? Voltaram - foram apenas  passar uns dias de férias com as respectivas famílias, aproveitando uma "ponte"...
Aliás o julgamento que decorre em Brasília e que é transmitido na íntegra pela TV, tem revelado, por parte desse mesmo juiz Barbosa, um comportamento que roça as frontreiras de um certo despotismo e de uma irresistível tendência para se pôr "em bicos de pés", tentando assim agradar a um Brasil que não esconde o desejo de ver a chamada "ala política" do processo detrás das grades. Desde a pose exageradamente ríspida, autoritária e prepotente das suas intervenções, passando pela interrupção desabrida dos seus colegas de tribunal sempre e quando estes não partilham a sua opinião, até chegar ao ponto de "coroar" o anúncio das penas de 20 e mais anos de presídio com um afrancesado "oh lala" de júbilo e um sorriso matreiro pouco condizente de quem está ali para julgar e não para tomar partido, tem-se visto um pouco de tudo ao juiz Barbosa. O outro dia vi-o - eu - a passear no "calçadão" de Ipanema. E muito sinceramente, achei-o demasiado contente consigo próprio, senti-o que se tem, a ele próprio, em grande conta. Só se assim se entende a pose ao andar, a forma como olha para tudo e para todos aguardando ser reconhecido e o modo feliz como recebe os incentivos de muitos que com ele se cruzam e, para estarem "à la page", lhe dedicam palavras de ânimo e apoio.
Só que quem estiver atento aos jornais (e não sei se juiz Barbosa estará, tal a "nuvem"  embriagante que cavalga há semanas...) começa a notar que, a pouco e pouco, essa sua postura de  "justiceiro" começa a gerar reparos até de quem foi, até há bem pouco tempo, seu fã e e entusiasta admirador. A começar pela insuspeita "Folha de S.Paulo" que na sua edição de hoje não se coibia de publicar na secção "cartas ao director", várias missivas criticando a sua actuação e considerando-a "lamentável", "preocupante" e até mesmo que "o pedestal lhe subiu às canelas", bem como a dar significativo destaque a uma interessante entrevista com o conceituado jurista alemão Klaus Roxin e em que este afirma, preto no branco, que "um juíz não deve ceder a clamor popular". Pois é...