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sábado, 26 de dezembro de 2009

Lu

"(...)Deixe seu pensamento viajar
Retribua um favor. Termine aquele projecto
Quebre uma rotina. Tome banho de espuma
Escreva uma lista de coisas que lhe dão prazer
Faça uma visita. Sonhe acordado
Desligue a TV e converse
Permita-se errar. Retribua uma gentileza
Escute grilos. Agradeça a Deus pelo Sol
Aceite um elogio. Perdoe-se...
Deixe que alguém cuide de você
Demonstre que está feliz
Faça alguma coisa que sempre desejou
Toque a ponta dos pés
Olhe com atenção uma flor
Só por hoje evite dizer "não posso"(...)"

Viva a imaginação!

http://www.youtube.com/results?search_query=tap+e+aeroporto+de+lisboa+ao+rubro&search_type=&aq=f

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Isto está bonito, 'tá...

"O que não sabia é que estava tão zeloso para ser porta-voz do Presidente na Assembleia da República. Há algumas semanas teria sido mais útil quando o Presidente não tinha porta-voz para a imprensa."
José Sócrates para Francisco Louçã

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Montevideo


O verdadeiro tiro pela culatra...

CONSIDERADO COMO um dos mais importantes legados da presença portuguesa em terras brasileiras, o imponente Forte Príncipe da Beira, situado em plena região amazónica e na margem do rio Guaporé, foi recentemente palco de uma cerimónia que, só por um triz, não acabou em tragédia e cujos pormenores são um segredo guardado a "sete chaves" pelo Itamaraty e pelo palácio das Necessidades, como se de um assunto de Estado se tratasse...
E tudo porque, no decurso da recepção com que as autoridades brasileiras resolveram homenagear o embaixador português em Brasília no passado dia 25 de Novembro, um dos canhões utilizados na salva de honra pura e simplesmente disparou... mas ao contrário, tendo os estilhaços do projéctil atingido alguns dos presentes, nomeadamente o embaixador João Salgueiro (ferido numa perna) e a sua mulher (Isabel Eça de Queirós), que chegou mesmo a sofrer uma fractura exposta num braço. Evacuados para Brasília num avião militar, os embaixadores portugueses ficaram internados no Hospital das Forças Armadas na capital brasileira e, algo inexplicavelmente, o caso tem sido tratado "com pinças", tanto pelas autoridades portuguesas como brasileiras.

Bem haja!


APESAR DO empenho de muitos dos amigos do saudoso Fausto Correia, a Câmara Municipal de Lisboa nunca deu qualquer passo no sentido de homenagear este destacado dirigente socialista e que, enquanto secretário de Estado da Administração Pública dos governos de António Guterres, foi o principal responsável pela criação do conceito da "Loja do Cidadão", a primeira das quais a funcionar na capital, junto à Estrada da Luz. Todas as iniciativas e sugestões que foram feitas nos últimos dois anos aos executivos liderados por António Costa esbarraram na indiferença ou no esquecimento de quem possuia - mais do que ninguém! - o dever e a obrigação de encontrar uma forma digna de perpetuar o nome de quem foi o paradigma de homem bom e generoso.
Passados mais de dois anos sobre a sua morte e perante a inércia mostrada pelos "consulados" de Costa, teve de ser Pedro Santana Lopes a tomar agora a iniciativa de propor a atribuição do nome de uma artéria da capital a Fausto Correia... Uma proposta que vai ser votada na próxima reunião do executivo camarário e que exemplifica bem como é possível fazer políitica com sentimento, urbanidade e gratidão. Bem haja!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Anda p'raí muita gente preocupada...

"Uma pessoa pode sair de um partido. Grandes figuras do PSD já saíram e já voltaram. Eu, se sair, estou seguro de que não voltarei. Só que não tomei essa decisão porque sinto que tenho a obrigação de fazer mais um esforço para que as coisas possam mudar. E, principalmente, dizer aos meus companheiros, cara a cara, o que penso do que já aconteceu e sobre o que deve acontecer.
Entendo que é isso que me impõe a responsabilidade que tenho. Trinta e três anos de militância, colaborador de Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, Aníbal Cavaco Silva e José Manuel Durão Barroso, além de ter sido eu próprio presidente do partido, primeiro-ministro e cabeça-de-lista nas primeiras eleições para o Parlamento Europeu, entre muitas outras responsabilidades, obrigam-me a não me deixar tomar pelo desinteresse ou mesmo pela aversão."
Pedro Santana Lopes, "Sol"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Adeus Jaime, olá Manuel?

O ACTUAL Presidente da República pode hoje ter visto a "vida a andar para trás". É que a aparente indisponibilidade de Jaime Gama em protagonizar uma candidatura socialista a Belém ("Não quero ser mais do que um simples soldado da Nação") poderá ter aberto definitivamente o caminho a Manuel Alegre como candidato oficial do PS às eleições presidenciais de Janeiro de 2011. E não é segredo para ninguém que Alegre é actualmente o mais "perigoso" adversário com que Cavaco Silva poderá defrontar-se, quanto mais não seja por ser o único que, à partida e aritmeticamente falando (desde que faça o chamado "pleno" da esquerda), poderia ganhar as eleições logo na primeira volta. Pode ser que me engane, mas "cheira-me" que o jantar agendado pelos seus apoiantes para o dia 31 de Janeiro no Porto traz "água no bico", que é como quem diz, poderá servir para que Alegre anuncie a sua decisão em voltar a entrar na "corrida" ao palácio de Belém... Será?

Para quem não gosta de levar com os pés...


Para bom entendedor...

HÁ QUEM diga que 1+1 nem sempre é igual a 2. Mas a soma de ucronia com aderito dá sempre o mesmo resultado... E ainda podemos somar macintosh winxp que não dá mesmo para errar!

Ler até ao fim!


O AUTOR deste artigo ("O palhaço") é o jornalista e pivot Mário Crespo, foi publicado na edição de hoje do "Jornal de Notícias" e não tenho qualquer dúvida em reproduzi-lo na íntegra. E abster-me de comentar, porque é dos mais notáveis textos de opinião que me foi dado ler nos últimos tempos...


"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples. Ou nós, ou o palhaço."

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Luanda


A esperança da Dra. Manuela

DE FACTO, a esperança é (mesmo) a última a morrer. Que o diga Manuela Ferreira Leite que, "sem saber ler, nem escrever", ainda se arrisca a que o País lhe caia nos braços. Pelo menos há quem defenda um cenário desse tipo, dada a alegada gravidade do teor das já famosas escutas feitas a José Sócrates e que, se divulgadas - segundo alguns - poderiam "inevitavelmente" conduzir à sua demissão - ou por motu proprio, ou por exigência presidencial... Daí esta "morrinha" que parece ter tomado conta do PSD e do "folhetim" da sucessão da antiga ministra de Cavaco. Isto há cada coisa...

E isso quer dizer o quê?

"Os partidos, quer do Governo quer da Oposição, têm vindo também a fechar-se, nas suas pequenas querelas, e a afastar-se da sociedade civil. O que é um perigo, a prazo. Não há democracia pluralista sem partidos, embora, diga-se, os partidos não esgotem a Democracia..."
Mário Soares, "DN"

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mudam-se os tempos...


NOS PRIMÓRDIOS do telefone em Portugal, a companhia "Anglo Portuguesa Telephone" promovia o aparelho com uma frase que ficou célebre: "Não vá. Telefone!". Os anos passaram, as escutas e as suspeitas das ditas tomaram conta do quotidiano dos portugueses e hoje há quem inverta o "slogan"... Que é como diz: "Não telefone. Vá!" Et pour cause...

O post-scriptum do arquitecto

O POST-SCRIPTUM de José António Saraiva no seu último artigo no "Sol" deve ser lido com muita, mas mesmo muita, atenção. Até porque tudo indica que o arquitecto sabe bem do que fala - neste caso do que escreve. Aqui vai para quem não o leu... "O PGR, Pinto Monteiro, teve há semanas um desabafo que um jornal transformou em manchete onde dizia mais ou menos isto: 'Se for necessário para acalmar os ânimos, eu divulgo as escutas todas do 1.º-ministro'. Ora essa divulgação é impossível, como o PGR sabe, por uma razão inultrapassável: as conversas contêm linguagem imprópria, com insultos e referências desprimorosas a figuras públicas, pelo que não podem ser divulgadas. Se isso acontecesse, Sócrates seria forçado a renunciar – ou o PR teria de o demitir."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ping pong

"Alegre tem um pé dentro e outro fora do PS"

Mário Soares, "I", 7.12.2009

"Ele também teve um pé fora e outro dentro do PS"

Manuel Alegre, "I", 8.12.2009

Mini-ofensiva

MUITO INTERESSANTES e certamente reveladoras de uma pequena ofensiva que aí vem e obviamente dirigida ao palácio de Belém, as declarações de António Vitorino ontem na RTP reclamando uma pronta intervenção prNegritoesidencial no sentido de reafirmar a legitimidade de um governo minoritário, bem como o artigo de Mário Soares no "Diário de Notícias" de hoje onde fala de "um governo de Assembleia", a propósito da convergência que ainda na semana passada toda a oposição mostrou no Parlamento. Vamos ver como reage (ou não) Cavaco...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Nem carne nem peixe...

"Já repararam que não há causa nenhuma que una os sociais-democratas? A esquerda é pelo aborto, o CDS é contra – e o PSD dá liberdade de voto. A esquerda é pelo casamento dos homossexuais, a direita é contra – e o PSD não tem posição. A esquerda é pela liberalização do consumo de drogas (e mesmo por alguma descriminalização de certo tráfico), o CDS é proibicionista – e o PSD tem de tudo, como na botica. O PS (e a esquerda, em geral) é a favor do Rendimento Social de Inserção, o CDS é contra – e o PSD não se sabe bem"

Pedro Santana Lopes, "Sol"

Uma solução transversal

A NECESSIDADE de, antes mais nada, o PSD levar a cabo uma profunda reflexão a todos os níveis começa a ganhar adeptos no chamado "universo laranja". A hipótese de, antes das "directas", ter lugar um congresso obviamente não electivo, mas que promova uma mais do que necessária clarificação a nível programático (e até estatutário) tem sido defendida por inúmeros dirigentes e outras figuras de destaque social-democratas, nomeadamente Francisco Pinto Balsemão, Carlos Carreiras e Pedro Santana Lopes, provando a "transversalidade" e premência dessa tese. Muito preocupados com a receptividade que a proposta para a realização de um congresso está a ter, estão Ângelo Correia e Miguel Relvas, os "ideólogos" (ou "treinadores", como quiserem...) de Pedro Passos Coelho. Pudera!

Palavras para quê?

OS SOCIALISTAS a subirem 2 pontos e o PSD a descer 2,1%. O CDS sobe ligeiramente, o Bloco e a CDU descem, também ligeiramente. São os resultados da sondagem "Expresso/Renascença". Palavras para quê?

Pensar, pensar, pensar e... estar atento!

NO MÍNIMO curiosa (para não dizer outra coisa...) o modo como José Sócrates tratou Paulo Portas em pleno Parlamento - "Porte-se com juizinho e oiça!". Dá para pensar, pensar e pensar. E estar atento ao que normalmente se chamam "sinais"...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Chiça, que é demais!

NÃO SEI se será coincidência, mas cada vez que ligo a televisão deparo com programas sobre futebol. Mesmo para mim, que gosto, vejo e até tenho clube e tudo, já começa a ser uma verdadeira overdose ter que ouvir o Sílvio Cervan a discutir com o Zé Guilherme Aguiar e com o Dr. Dias Ferreira; noutro canal deparar-me com o Eduardo Barroso a aturar o Seara e o dr. Pôncio; e hoje levar com o APV a degladiar-se com dois Ruis - o Oliveira Costa e o Moreira. Eles são tão bons naquilo que fazem, porque é que não se deixam destas incursões no terrível e perigoso "mundo da bola"?! É que o que é demais... enjoa!

"Un asunto sensible"


NÃO É um romance, mas sim uma reportagem que investiga de uma forma verdadeiramente notável o assassinato de quatro dirigentes do "Directorio Estudiantil" cubano após o assalto ao Palácio Presidencial, ainda nos tempos de Fulgencio Baptista e mostra como o que foi conhecido como o "massacre de Humboldt, 7" é relacionado, anos mais tarde, com um ajuste de contas pós-revolução do regime de Fidel Castro com os comunistas mais ortodoxo e que conduziu à prisão domiciliária de Joaquín Ordoqui, um importante dirigente pró-soviético cubano. Intitula-se "Un asunto sensible", é escrito pelo galego Miguel Barroso, editado pela Mondadori e é uma excelente mistura de jornalismo, intriga, novela e história. Vale mesmo a pena!

Um bando de fazendeiros à beira-mar...

PARA QUEM vive em Cascais estes últimos dias puseram à prova o sistema nervoso do mais calmo dos cascalenses, tal o desmesurado novo-riquismo com que as nossas autoridades resolveram receber um bando de fazendeiros (salvo honrosas excepções, diga-se de passagem, não passava disso mesmo - de um bando de fazendeiros!) que este ano resolveu reunir-se numa sala de hotel com vista para o mar, numa reunião pomposamente denominada como "Cimeira Ibero-Americana". Ao longo de dois ou três dias, a vila Cascais foi fustigada por uma pafernália de sinais de uma liturgia do poder bacoca, desnecessária e própria de um país do terceiro-mundo, mas mesmo do fundo da tabela. Sirenes a repicar a todas as horas; caravanas de automóveis possivelmente transportando um qualquer ministro de segunda-linha da Fava Rica (perdão Costa Rica...) a originar cortes de avenidas; polícias gesticulando freneticamente e apitando de forma ininterrupta para dar passagem a um qualquer bando de "aspones" (deliciosa definição que os brasileiros encontraram para "assessores de pôrra nenhuma"!) de algum secretário de Estado guatemalteco; dois vasos de guerra postados frente à baía, possivelmente a tomarem conta do presidente de El Salvador; helicópteros de um lado para o outro a "sarnarem" o juízo a quem por aqui vai vivendo; e até (pasme-se!) uma esquadrilha de F-16 a cruzar os céus da "Linha", possivelmente pilotados pelos aviadores da nossa Força Aérea a quem são recusadas horas de treino por falta de verba para combustível... E não me venham dizer que tudo isto se justificava pelo "elevado risco de segurança" dos chefes de Estado e Governo presentes na cimeira, até porque Raul Castro e Hugo Chávez, por exemplo, não participaram nesta reunião. Resta o Rei de Espanha que por aqui viveu e que, vindo cá amiúde, nunca foi alvo de uma tão "barraqueira" e desajustada protecção...