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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cavaco e o Ministério do Mar...

A PROPOSTA de Cavaco Silva, feita em campanha eleitoral, da (re)criação de um "Ministério do Mar" traz obviamente "água no bico"... E enganem-se os que pensaram que esse tema foi trazido à liça por mera estratégia eleitoral. É muito mais complexo!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Querem um almirante, mas vai sair-lhes um marujo...

SOB O título "Esperança além mar", o suplemento desportivo do diário carioca "Globo" noticia a contratação de Carlos Queiroz (com "z", é claro!) como novo treinador do histórico Vasco da Gama, hoje liderado pelo ex-internacional brasileiro Roberto Dinamite. E reza assim o início do texto: "Antes que a nau ficasse completamente à deriva, o Vasco buscou além-mar o resgate para o time que perdeu as três primeiras partidas do Carioca. O ex-técnico de Portugal (...) deve ser o comandante responsável por colocar o navio novamente na rota das vitórias". Oxalá, para bem dos vascaínos, eu esteja enganado, mas cheira-me que a "nau" vai andar às voltas, fora de rota, até encalhar com estrondo - até porque sempre que falha, Queiroz resolve arranjar sempre um conflito público com alguém para tentar esconder os desaires... E quase que me atrevia a apostar que, desta vez, o "comandante" será o primeiro a abandonar o navio!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

É tudo (a)normal!

ESSA INENARRÁVEL (e agora loura...) figura que dá pelo nome de Gilberto Madaíl justificou a sua mais do que previsível (re)candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol desta forma: "É normal que me candidate". É óbvio que sim! Em Portugal é tudo normal - desde Cavaco Silva a ser reeleito Presidente da República com 23,15 por cento dos votos, até o inefável e apatetado dr. Seara a pôr-se em bicos de pés para tomar conta da Federação, passando mesmo (pasme-se!) pelo País ter de vir a decidir entre um Sócrates e um Passos Coelho. Valha-nos Deus!!!

Se o ridículo matasse...

LI HÁ momentos que há quem tenha resolvido abordar as bombásticas declarações de Carlos Silvino numa perspectiva, no mínimo, curiosa... É que - imaginem lá! - "descobriram" que o jornalista que entrevistou o principal arguido do "processo Casa Pia" não possui carteira profissional. De facto, é um dado relevante em toda esta questão. Por amor de Deus... deixem-se de "fitas" e tratem os assuntos como devem ser tratados. Ou seja: com o mínimo de noção do ridículo. Ou será que não a têm? Mas o que é que tem a ver uma coisa com a outra? Será que, por não possuir carteira profissional, o jornalista deixa de ser jornalista? Ou as declarações do tal Silvino, por terem sido prestadas a alguém que não possui a carteira profissional, valem menos? De facto, este País bateu no fundo!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aqui a dois passos...

PRIMEIRO FOI a Tunísia, depois a Argélia, agora o Egipto... Marrocos está aqui mesmo ao lado - é só lembrar que o vôo entre Lisboa e Rabat demora só uma hora. Temos tido sorte porque as correntes marítimas levam as "pateras" para as costas andaluzas e raras são as que dão à nossa costa. Mas aquilo "lá em baixo", no Magreb, está a aquecer - e de que maneira. Razão tem, desde há muitos anos, o sempre clarividente Jaime Gama que insiste em que as nossas políticas externa e de Defesa tenham particular atenção ao Norte de África...

E agora?

ESTOU "MORTINHO" para saber como é que vai evoluir o "processo Casa Pia", depois das mais recentes declarações de Carlos Silvino... É que para mim - e peço imensa desculpa a quem não pense assim... - o que ele contou agora a uma revista não vale menos do que respondeu nos interrogatórios e em Tribunal! Como é que esta bota vai ser descalçada, como é?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O estilo de Dilma

DESENGANE-SE QUEM pensava que Dilma Rousseff ia ser uma vulgar e obediente extensão do seu "padrinho" Lula e que a única coisa que mudaria no palácio do Planalto seria apenas o seu ocupante... Em menos de um mês como Presidente, Dilma já teve oportunidade para se demarcar publicamente de Lula em matéria de política externa e de defesa pelo menos por três ocasiões: ao adoptar uma postura crítica relativamente ao regime iraniano, ao contrariar a decisão aparentemente tomada de adquirir os caças franceses "Rafaelle"; e ao suspender o concurso de compra de navios-patrulha. Isto já para não falar do estilo, muito mais exigente que aquele jeito bonacheirão e algo displicente do seu antecessor: para grande irritação do ministro da Defesa começou a despachar directamente com os chefes militares e, conta-se que há dias, ao ouvir de um dos seus ministros uma resposta a uma convocatória urgente para se apresentar no seu gabinete presidencial do tipo "é só acabar de almoçar e já vou ter com a Sra. Presidente", esse ministro foi imediatamente "brindado" com uma observação demolidora de Dilma: "Pode trazer o almoço, que vai comendo aqui enquanto falamos...".
Apoiada na "dupla" constituída por António Pallocci (chefe da Casa Civil, que funciona assim como uma espécie de primeiro-ministro) e Miriam Belchior, a toda-poderosa ministra do Planeamento, Dilma parece querer mesmo progressivamente trilhar o seu próprio caminho.

Os chineses, a dívida externa e o petróleo...

ESCREVI AQUI há dois ou três dias que já me tinha pensado pela cabeça que este inusitado interesse chinês em ajudar a nossa economia poderia ter a ver com algumas contrapartidas secretas em matéria de exploração petrolífera nas costas portuguesas. Nem de propósito, a última edição da revista brasileira "IstoÉ" traz uma pequena nota intitulada "Ataque chinês" e que refere que a compra que a Petrobras de 33 por cento da Galp poderia estar em perigo. E tudo porque, segunda aquela publicação, "a Petrochina manifestou às autoridades portuguesas interesse na empresa, adiantando que Pequim está quase concluindo um estudo com o valor da oferta a ser feita pela companhia sócia da Petrobras no campo de Tupi, seu maior projeto em nosso país". Antecipadamente desculpando-me pela imodéstia... até parece que sou "bruxo"!


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um "castigo" de mais de meio milhão de votos

SEGUNDO CONTAS do sempre atento José Teles, o candidato reeleito perdeu em cinco anos de mandato nada mais nada menos que 526 mil e 508 votos. Em 2005, Cavaco Silva tinha obtido 2 milhões setecentos cinquenta seis mil e 612 votos e ontem apenas mereceu o voto de 2 milhões duzentos trinta mil e 104 votos. Uma diferença de mais de meio milhão de votos! E ainda canta vitória? Se tudo isto não fosse tão triste e penoso, até dava para rir...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Feio, muito feio...

O DISCURSO de vitória de Cavaco Silva é revelador do seu carácter e personalidade. Em vez de responder na altura certa às suspeições que sobre ele foram levantadas, preferiu esconder-se atrás de uma vitóriazinha de Pirro para "vingar-se" de quem, em pleno exercício do seu direito, o questionou em sede própria sobre o seu envolvimento no "folhetim SLN/BPN" e até da atribulada compra e venda das vasas de férias algarvias. Como aqueles miúdos que aproveitam a presença do "paizinho" para insultarem os colegas, Cavaco aproveitou o discurso para "ajustar contas" com os seus adversários na corrida presidencial. Feio, muito feio, até para quem nunca conseguiu desmentir nenhum dos factos (repito, factos) que foram divulgados sobre as suas operações financeiras e imobiliárias...

Cavaco Silva: 23%...

OBVIAMENTE REELEITO, na sua declaração de vitória, Cavaco Silva não podia ter dito melhor: "Uma vez mais, o povo português não se deixou enganar". Pois não... Por isso é que quem ganhou estas eleições foram os mais de 5 milhões de portugueses que, pura e simplesmente, viraram as costas a estas eleições e, quer se queira quer não, ao Presidente da República. Deixemo-nos de lérias: nos próximos cinco anos, Cavaco Silva não será, nem poderá ufanar-se de ser "o Presidente de todos os portugueses", como, por duas vezes, o foram Ramalho Eanes e Mário Soares e, por apenas uma, o inenarrável dr. Sampaio. Cavaco Silva foi eleito por apenas 23 por cento dos eleitores: eu repito apenas por 23 por cento dos portugueses! E como ele sempre se gabou de saber fazer contas, esperemos que não seja desta que se engane ou tenha alguma dúvida.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ponto com nó... ou sem nó?

HÁ SEMANAS que ando com uma dúvida: a que se deverá este inusitado, frenético e repentino interesse dos chineses em ajudar a nossa economia? E como sei que os chineses não são gente de "dar ponto sem nó", dou comigo a pensar se tudo isso não terá contrapartidas secretas relacionadas com a exploração petrolífera na costa portuguesas? Será que existe algum "acordo secreto" assinado entre os governos de Lisboa e Pequim sobre esse tema - tão caro aos nossos (pelos vistos!) amigos chineses? E a Repsol, como é que ficará no meio disso? Será que a ajuda aos espanhóis também terá alguma coisa a ver com isso?

Lá como cá

A NOITE a animação carioca das décadas de 70 e 80 tiveram em Ricardo Amaral, o “sr. Hippopotamus”, um dos seus maiores expoentes – senão mesmo o maior. A sua vida, mais do que um livro, dava certamente um vaudeville... E é exactamente assim que se intitulam as suas memórias, publicadas recentemente no Brasil: “Vaudeville”. Quinhentas páginas editadas pela “Leya” e onde desfila tout le monde e mais alguém e até onde o nosso Gigi Reino tem direito a fotos e a um tratamento notável – o de “grande sacerdote”! Vem tudo isto a propósito de um trecho, logo no início do livro e onde Ricardo Amaral, onde num breve capítulo dedicado aos colunistas sociais, ele discorre acerca do conceito de celebridade: “(...) era diferente do actual, em que qualquer participante do Big Brother Brasil ou da novela Malhação é reconhecido como tal!”. Substitua-se o "Big Brother" pela “Casa dos Segredos” e a “Malhação” pelos inenarráveis “Morangos” e de facto, lá como cá, vai tudo dar ao mesmo...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Das duas, uma...

DAS DUAS, uma: ou sou eu que ando a ouvir vozes ou, como dizia o outro, o mundo está mesmo perigoso... Leio que a família do assassino confesso de Carlos Castro equaciona a hipótese de abrir uma "conta de solidariedade" que possa recolher os donativos de quem queira ajudar a suportar as custas da defesa do jovem de Cantanhede. Mas está tudo doido ou quê?!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Estilos...

"A soberba não se manifesta tanto pela maior ou menor capacidade que temos em admitir que errámos ou nos enganámos"

Felipe González, in "Vanity Fair" (ed. espanhola)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A alegria espanhola...

"El éxito de la subasta de deuda de Portugal aleja el riesgo de contagio en España"

Título do "El País", 12.01.2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vai ser bonito, vai...

A FUNÇÃO pública costuma receber o salário ao dia 21. Este mês, pela primeira vez, os funcionários públicos vão sentir no bolso os efeitos da crise, com a "amputação" de cinco por cento dos seus vencimentos. Dois dias depois, vão ser chamados a votar e escolher o próximo Presidente da República. Vai ser bonito, vai...

Vítor Alves: um exemplo

CONHECI BEM o tenente-coronel Vítor Alves, por quem nutria uma sincera e grande admiração e a quem - mais do que a qualquer outro - estava (e estou grato) por ter participado no inevitável golpe que, em 1974, pôs termo a um regime que, incapaz de de adaptar-se aos novos ventos da História, definhava e apodrecia a olhos vistos. Vou mais longe: para mim Vítor Alves era quem representava o melhor que teve o 25 de Abril - a sua pureza! Contrariamente a muitos outros que não resistiram à vaidade bacoca, este homem nunca reivindicou louros, nem tão-pouco fez (ou tentou) fazer negócios à sombra e por conta da importância histórica que inegavelmente possuiu. Moderado, diplomata, um gentleman na verdadeira acepção da palavra, Vítor Alves era um homem "com mundo", daqueles que sabiamente não se deslumbram com o o poder efémero ou que dele, manhosa e habilidosamente, tentam tirar partido. Desprendido, sério e coerente, Vítor Alves morreu ontem como sempre viveu desde que abandonou a ribalta e os holofotes que sobre ele incidiram nos anos seguintes ao 25 de Abril: serena e discretamente. Muito obrigado por tudo, Vítor Alves!

Só?

INDEPENDENTEMENTE DE ter uma opinião formada sobre a participação de Manuel Alegre na original (diga-se de passagem...) campanha publicitária do BPP há uns anos atrás, o que realmente não percebo é como ele se dispôs a escrever o texto em causa por apenas 1.500 euros! Só?!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O doutoral dr. Mendes

DE VEZ em quando, o dr. Marques Mendes sobe a uma cadeira que a TVI semanalmente lhe cede e lá do alto, ufano e com um ar doutoral, debita uma série de lugares-comuns e sentenças sobre o que lhe vem à cabeça. Ontem o tema (ou um dos temas) foi obviamente o que prende o seu candidato presidencial à SLN e BPN naquele interminável "folhetim" que domina a disputa eleitoral. E eis que, com um (ridículo) tom professoral e como se tivesse descoberto a pólvora, o dr. Mendes disse qualquer coisa como isto: "É inadmissível a especulação que está a ser feita em redor deste assunto...". Pena que ninguém explique ao dr. Mendes que toda a especulação que tem rodeado esta lucrativa transacção das acções da SLN só existe - única e simplesmente - porque Cavaco Silva não explicou cabalmente todo o processo, nomeadamente a quem e por quanto comprou e vendeu as acções. Sem que ele explique, toda a especulação é admissível, até supor que possa ter existido um "contrato de recompra", por exemplo. Como diz o outro, "quem não deve, não teme" - neste caso... dar explicações. N'é?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Que tal parar para pensar?

CAUSA ALGUMA impressão os sucessivos erros que a candidatura de Cavaco Silva tem vindo a cometer nos últimos dias. Primeiro foi aquela estranha postura de Cavaco no debate televisivo com Manuel Alegre onde, inesperadamente e vá lá saber-se porquê, resolveu adoptar um estilo agressivo e pouco condizente com o perfil a que sempre habituou os portugueses; depois foi o inopinado ataque à administração do BPN que veio, ainda mais, colocar a sua meteórica e lucrativa passagem pelo quadro de accionistas da SLN na ordem do dia e suscitar reacções e perguntas de quem até aí tinha estado à margem do "folhetim"; a seguir, a sua insistência em tentar transformar qualquer crítica que lhe seja dirigida num alegado "insulto pessoal", num mais que visível desrespeito pela inteligência de quem o escuta; e finalmente - como se não bastasse, esta tendência insuportável em tentar por tudo e por nada em "vitimizar-se", como foi hoje o caso da declaração lida por Alexandre Relvas a propósito da exigência pública que Alegre lançou no sentido de Cavaco tornar público a quem vendeu o já famoso lote de acções da SLN. Pode ser que me engane, mas acho que por aquelas bandas falta quem pare um bocadinho para pensar, que é como quem diz falta alguma "sabedoria oriental"... Ou será que estou enganado?

Acções, preço e preguiça...

MAS AINDA ninguém disse ao prof. Cavaco SILVA que não custa nada (mas mesmo nada!) saber a quem e por quanto ele comprou e vendeu as já famosas acções da SLN?! E como também não custa nada comparar com outras transacções semelhantes que tenham sido feitas nas mesmas alturas... É só uma questão de aparacer por aí um jornalista que não seja preguiçoso... Vai uma aposta?

Finalmente um debate sobre política

PARA QUEM gosta mesmo de política, foi um verdadeiro "regalo" assistir ao debate sereno e inteligente que hoje à noite juntou na TVI Fernando Rosas, José Medeiros Ferreira e Pedro Santana Lopes. E tudo por uma razão bem simples: falou-se e discutiu-se política... Tão só e apenas isso! E não chega?!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sem qualquer sombra de dúvida!

"Dei conta do recado"

Luís Inácio "Lula" da Silva
29.12.2010