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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O paradigma da sonsice

LEIO NO diário "i" que esse paradigma da sonsice que responde pelo nome de Jorge Sampaio, num dos seus habituais assomos de pífia indignação, resolveu criticar as alegadas "fugas de informação" no Conselho de Estado - no caso concreto umas (reconheça-se...) extemporâneas declarações do conselheiro Bagão Félix em Março último. Estes lamentos de quem foi chefe de Estado e pautou os seus longos dez anos de mandato por contínuas e sucessivas fugas de informação (e algumas de cariz calunioso relativamente a outras figuras do Estado, diga-se de passagem...), recadinhos e "segredinhos" da sua entourage para tudo o que era jornalista, mostra bem de que massa é feito essa criatura e ao ponto que pode ir o seu cinismo e  hipocrisia. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Coisas que me fazem muita espécie... (II)

OUTRA COISA que me faz "muita espécie" é porque raio de razão é que o Presidente da República vai até ao Paraguai liderando uma comitiva de 23 pessoas... Leram bem... 23/(!) pessoas para participar na 21ª Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo que se realiza este ano durante dois dias em Asunción. Não se questionando obviamente a presença da sua inseparável Maria Cavaco Silva, do médico, de 2 ou 3 assessores e outros tantos seguranças e quando muito de um auxiliar administrativo, não consigo perceber como é que se consegue levar tanta gente num séquito presidencial. Ainda por cima numa altura em que o próprio Cavaco Silva defende uma "austeridade digna" e em que o primeiro-ministro, exactamente para a mesma deslocação, apenas se fará acompanhar de dois assessores e um segurança...

Coisas que me fazem muita espécie... (I)

CONFESSO QUE estas coisas da economia e dos bancos não são propriamente o meu forte. Mas há coisas que acontecem neste país que "metem-me muita espécie"... Há uns quatro  ou cinco anos, o "homem-forte" do BPI garantiu aos seus accionistas que o preço de 7 euros por acção que então o Millennium BCP oferecia era escasso e comprometeu-se, repito, comprometeu-se com os mesmos accionistas a garantir-lhes uma política de dividendos bastante atractiva. Hoje, cada acção do BPI deve valer pouco mais de 50 cêntimos. E Fernando Ulrich continua impávido e sereno à frente do BPI e sem que ninguém aparentemente o "chame à pedra"...  Alguém consegue explicar-me tudo isto?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Eu percebo...

EU PERCEBO que Francisco Balsemão esteja aflito. Sem "herdeiros" no verdadeiro sentido do termo, com uma política de programação que, por muitas voltas que dê, não consegue afirmar-se, a sua SIC vai desvalorizando-se de dia para dia e hoje é praticamente invendável - ou melhor, dificilmente encontrará alguém que esteja disposto a dar mundos e fundos por uma estação que já melhores dia; eu percebo que Balsemão receie, um dia destes, ver-se obrigado vender a SIC ao desbarato, nem que seja para salvar aquilo que é, apesar de tudo o ex-libris do seu grupo editorial: o "Expresso"; eu percebo que Balsemão dê urros quando percebe que o Estado vai mesmo privatizar um canal da RTP e permitir que entre mais um player no mercado; eu percebo que Balsemão fique à beira de um ataque de nervos quando o governo anuncia que o canal que continuará nas mãos do Estado poderá ter 6 minutos de publicidade por hora de emissão; eu percebo tudo isso... Só não percebo é que o dr. Balsemão perca a razão e as estribeiras quando afirma alto e bom som que o propósito do governo em privatizar um dos canais da RTP é "acabar com os operadores privados"... Até lhe fica mal!

domingo, 23 de outubro de 2011

Um recado para um imbecil

CONSIDERO O 25 de Abril como um dos dias mais felizes da minha vida. Revejo-me totalmente nos ideais e na pureza que moveram grande parte dos que foram determinantes na queda de um regime já caduco, extenuado e que insistia em sobreviver à custa de uma obstinação que diariamente contribua para definhar um País que reclamava mudança. Sou dos que me sinto grato a quem foi responsável por ter permitido que visse concretizado os valores em que sempre fui educado - isto independentemente de alguns excessos que possam ter sido cometidos e de alguns desvios que, muitas vezes por deslumbre e inexperiência, alguns desses homens protagonizaram. 
Ainda há alguns meses tive oportunidade de, neste blog, homenagear um senhor: o tenente-coronel Vítor Alves que, contrariamente a muitos outros que não resistiram à vaidade bacoca,  nunca reivindicou louros, nem tão-pouco fez (ou tentou) fazer negócios à sombra e por conta da importância histórica que inegavelmente possuiu. Vem isto (muito) a propósito de uma série de imbecilidades que um cretino que dá pelo nome de Vasco Lourenço e que se julga "dono e senhor" do 25 de Abril (e até - pasme-se - do 25 de Novembro...) resolveu, hoje ou ontem, deitar da boca para fora. Por uma questão de higiene e também porque essa  criatura não merece sequer que lhe transcrevam sequer um dos seus habituais e múltiplos "épás!" não vou perder tempo em reproduzir as suas mais recentes bacoradas. Não resisto - isso sim! - a perder algum tempo a escrever este post, porque acho que já é tempo que alguém mande o sr. Lourenço à merda. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Elegância vs. manhosice

ACABEI DE ouvir em directo as palavras de Pedro Passos Coelho na Covilhã. E para além de ter apreciado o tom cordato e racional do seu discurso, constatei que, de facto, a elegância é a melhor arma ou resposta a quem se tornou um expert na manhosice...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O "indignado de luxo"


NOS ÚLTIMOS tempos e sempre que oiço o Presidente da República vem-me à memória a famosa "tia do Solnado", aquela senhora que "gostava muito de dizer coisas" - lembram-se? Pois é... definitivamente Cavaco Silva é uma versão masculina e actualizada da familiar imortalizada por Raul Solnado num delicioso sketch que ficou célebreMais: quando devia estar calado, fala; e quando devia de facto falar, não abre a boca. Vindas de quem vem, possuindo ele as responsabilidades que possui, as suas últimas declarações sobre o Orçamento de Estado são no mínimo infelizes. Já não digo por serem objectivamente críticas do documento, mas porque vem dar um inestimável contributo aqueles que, dentro do PS, defendem o voto contra. Mais uma vez - e começam a ser demais! - Cavaco Silva teve um comportamento que roça a irresponsabilidade e que mostra que mais que o País, o que a ele de facto lhe interessa e move é pura e simplesmente o colocar-se em "bicos de pés" - vá lá saber-se porque razão. Pelos vistos, hoje em Belém, não temos um Presidente da República, mas sim "um indignado de luxo"...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Francisco Seixas da Costa

CERTAMENTE POR lapso - até porque o assunto a que se refere nunca foi abordado neste blogue, nem através de algum post ou sequer de qualquer comentário - o embaixador Francisco Seixas da Costa solicitou por mail que fosse transcrita uma carta que enviou ao jornal "Correio da Manhã" a propósito de uma alegada sua intervenção na admissão do ex-primeiro-ministro no Instituto de Estudos Políticos em Paris. Apesar disso, aqui fica o esclarecimento do embaixador de Portugal em França:
"O “Correio da Manhã” publicou, na passada semana, uma notícia relativa à admissão do Engº José Sócrates no Instituto de Estudos Políticos, na qual se afirmava que o embaixador de Portugal em França “mexeu e remexeu os cordelinhos para permitir a entrada do ex-chefe do governo na universidade”, após uma suposta “terceira recusa” à sua admissão.
Isto não corresponde à verdade. Nunca me foi pedida, nem eu levei a cabo, qualquer diligência para facilitar o acesso do Engº José Sócrates ao Instituto de Estudos Políticos, nem nunca chegou ao meu conhecimento que tenha havido qualquer dificuldade na respetiva admissão naquela escola.
No que me toca, e sobre este assunto, os factos são muito simples e não admito que sejam contestados.
Em inícios de Julho, o antigo Primeiro-Ministro contactou o embaixador de Portugal, porque gostaria de obter uma informação sobre os cursos existentes em Paris, numa determinada área académica que estava a pensar frequentar. Como na altura veio publicado na imprensa portuguesa, foi-lhe proporcionado um contacto com dois professores universitários, que melhor o poderiam elucidar sobre o assunto. A intervenção do embaixador de Portugal neste processo começou e acabou ali.
Só no final de Agosto, quando regressei a Paris, é que vim a saber que o Engº José Sócrates havia escolhido aquela escola e que nela fora admitido."

sábado, 15 de outubro de 2011

Atenção...


AINDA NÃO há muito tempo, a Cofina esteve a ponto de adquirir uma significativa percentagem do semanário "Sol". Mas vá lá saber-se porquê o negócio foi por água abaixo e o grupo de Paulo Fernandes resolveu "abandonar o barco", obrigando José António Saraiva a ir encontrar um parceiro (o grupo Score) em terras angolanas. Quase dois anos depois, através da "Newshold", o semanário "Sol" adquiriu discretamente uma participação qualificada de 6,16% no capital da Cofina, detentora do "Correio da Manhã", "Sábado", "Record", "Jornal de Negócios" e "Máxima", entre outros títulos.  No mínimo, curioso...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Desabafo...

NINGUÉM QUE tenha o mínimo de bom senso acreditará que um político possa ter algum prazer em anunciar  medidas restritivas como as que Pedro Passos Coelho comunicou ontem. A última coisa que um político pode desejar é ter de vestir a pele do "lobo mau" e contribuir para a sua impopularidade - só se for louco, irresponsável ou pura e simplesmente um bandido. E a verdade é que não tenho Passos Coelho como um louco, irresponsável ou bandido. Bem antes pelo contrário: apesar de não ser propriamente um entusiasta do seu estilo e de ter sempre possuído algumas reservas tanto nas suas "corridas" à liderança do PSD como na sua recente eleição para primeiro-ministro, tenho-o em conta de uma pessoa com os pés bem assentes no chão, realista, bem-intencionada e séria.
Exactamente por isso estou certo que o Passos Coelho que ontem foi obrigado a ir às televisões anunciar o que anunciou, foi um Passos Coelho contrariado, um Passos Coelho amargurado, um Passos Coelho revoltado até. E também estou certo que do lado de cá dos ecrãs, esteve "muito boa gente" que teve o desplante de apontar-lhe o dedo, de criticá-lo e de o acusar de defraudar quem nele confiou durante a campanha eleitoral. Quem? Exactamente os mesmos que contribuíram de forma decisiva para que o nosso País chegasse a este estado: os loucos, os irresponsáveis, os bandidos! Será que é preciso fazer um desenho?!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Auto-crítica, pois claro!


ESTA FRASE pertence a Cavaco Silva e foi proferida ontem em Florença durante um colóquio sobre a Europa. Dado não acreditar que o Presidente da República nos considere a todos nós uns tolos, confesso que fiquei surpreendido pela extraordinária capacidade de auto-crítica por parte de quem, até há 17 anos atrás, liderou durante uma década e em plena "euforia europeia" os destinos do nosso País: As causas radicam nas políticas erradas, nomeadamente orçamentais e macroeconómicas, seguidas pelos Estados-membros e, por outro lado, numa deficiente supervisão por parte das instituições europeias. A responsabilidade por esta crise é claramente partilhada pelos Estados-membros e pelas instituições europeias”.

Então... e a diplomacia económica?!

LEIO NA revista "Sábado" que, por óbvias necessidades financeiras, o ministro Paulo Portas prepara-se para encerrar uma série de embaixadas por esse mundo fora. Nada que surpreenda (bem antes pelo contrário!), desde que esse encerramento possua alguma lógica... E se é perfeitamente óbvio entender que manter uma embaixada em Andorra(!) é no mínimo surrealista e num momento como este impõe-se que pura e simplesmente deixe de existir, o mesmo não se poderá dizer de Lima. É que o Perú é, neste momento e a par da Colômbia, o país sul-americano com maior índice de crescimento, isto já para não falar nos (grandes) investimentos que alguns grupos portugueses estão a projectar e já a realizar naquele país andino. Outra embaixada que parece condenada ao encerramento do outro lado do Atlântico é a de Havana. Algo incompreensível - agora que a pouco e pouco o regime cubano se vai "diluindo" e acapitalizando e com tudo o que isso poderá gerar em termos de oportunidades de negócio. Já para não falar do facto que nem no tempo do Prof. Salazar e apesar das fortes pressões de Washington, Portugal deixou de ter representação diplomática no país de Fidel Castro...
Convenhamos que para quem mostra tanto afã em liderar a vertente económica da nossa diplomacia, estes dois exemplos não são propriamente os melhores...

P.S. - A propósito de Portas... Já se passaram quatro meses sobre as gravíssimas insinuações feitas por Ana Gomes sobre o actual titular das Necessidades e continuamos sem saber se efectivamente a euro-deputada socialista foi processada - ou não... 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

José Ferreira Fernandes

RARO É o dia em que falho aqueles mil e poucos caracteres com que José Ferreira Fernandes nos brinda na última página de um "Diário de Notícias" cada vez mais empobrecido e que, muito (para não dizer apenas...) graças a ele, ainda faz parte da minha leitura diária. E de facto, sabe bem ler quem escreve com graça, extraordinária capacidade de síntese e fundamentalmente inteligência. O Zé Ferreira Fernandes "agarra" nos temas como poucos, relacionas-os com um talento e argúcia notáveis e leva-nos a pensar, coisa difícil para a grande maioria de quem se crê colunista ou coisa do género. Com a devida vénia, aqui fica o seu texto de hoje: "O bom com a crise é espevitar-nos. A quem bastava estender o braço para colher uma banana nunca precisou de se pôr erecto para, nos desertos do Corno de África, se safar. Os chimpanzés são filhos da abundância e o homem, da penúria. António Barreto disse ontem que Portugal pode deixar de existir. É, pode (isto sou eu a traduzir) ficar como um produto branco no Pingo Doce. Mas os tempos estão felizmente a nosso favor: não são eles maus, péssimos, críticos? Nada melhor. Vejam gente a sair da modorra de décadas, olhem o exemplo dos socialistas franceses e esqueçam que é de socialistas e franceses porque é para todos os europeus. Todos os europeus, da esquerda à direita, queixavam-se da indiferença dos cidadãos em relação aos partidos. Há anos que se fala de primárias - abrir os cidadãos às decisões partidárias, à escolha dos candidatos do partido. É exemplo americano, de democratas e republicanos, gabado por todos mas durante as vacas gordas não se foi por aí. Neste fim-de-semana dois milhões de votos directos (no último congresso do PS francês foram 130 mil de votos delegados) começaram a escolher o socialista presidenciável. Para votar bastava ser eleitor francês, assinar uma vaga declaração democrática e pagar um euro. Este euro até resolveu o horror dos noticiários modernos: os congressos são deficitários e as primárias deram lucro. Foi um pequeno passo duma eleição mas um salto na democracia.". Chapeau!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

C'a breca!

EU SEI que nós portugueses somos menos que os espanhóis. Mas isso não explicará certamente como é que a Presidência da República custa a cada português anualmente um euro e 58 cêntimos, enquanto cada espanhol paga per capita pela sua Casa Real qualquer coisa como 19 cêntimos. Difícil de compreender, ainda para mais para um republicano como eu...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pelé regressa aos relvados...




NO MOMENTO em que o Santos anunciou para surpresa de todos que tinha inscrito Pelé no Mundial de Clubes que se disputará em Dezembro no Japão e em que desafiou o Barcelona a seguir o exemplo e apresentar Diego Maradona no seu plantel, de forma a poder juntar na mesma competição Pelé, Maradona, Neymar e Messi(!), vale a pena ver com toda a atenção este extraordinario "comercial" da operadora Vivo e que foi realizado por Fernando Meirelles. No mínimo, extraordinário! Mesmo...

Os recados de César


VALE A pena atentar e pesar bem as palavras de Carlos César a propósito do resultado das eleições madeirenses de ontem. Para além de felicitar o ainda seu homólogo Alberto João Jardim pela reeleição e desejando que a sua governação "decorra futuramente com o maior benefício e honra possíveis para os madeirenses", o chefe do governo açoriano saudou igualmente o CDS pelo "excelente resultado" e ainda arranjou maneira para, com um cinismo político verdadeiramente ímpar, dar uma palavra aos seus camaradas madeirenses, cujo resultado foi verdadeiramente desastroso. Assim: "o PS desenvolveu uma campanha de esclarecimento muito séria e muito digna"... Quem não o conheça, que o compre!

"Direitos reservados"?!


CONTARAM-ME HOJE e confesso que tardei em acreditar... Uma senhora que já tem mais do que idade para ter juízo e que certamente deve ter-se, a ela mesmo, em excelente conta arrogou-se o direito de ser ela - apenas e só ela! - a escrever sobre uma personagem histórica do século XVIII  e de quem parece ser vagamente aparentada. A personagem histórica em causa chamava-se Leonor de Almeida,  foi a quarta Marquesa da Alorna e "marcou" (de que forma!) a sua época; a ciosa e vetusta "proprietária" de uns inexistentes direitos sobre a memória e percurso da Marquesa chama-se Maria Teresa Horta, é escritora, foi uma das célebres "Três Marias" e após o 25 de Abril liderou umas folclóricas e inconsequentes manifestações no alto do Parque Eduardo VII e onde, a par de surrealistas reivindicações feministas e ameaças de "greve ao sexo", queimavam-se soutiens  entre outras "formas de luta". 
Adiante... Vá lá saber-se porque razão, a D. Maria Teresa Horta demorou onze, repito, onze anos a escrever o quer que fosse sobre a Marquesa, tendo recente (e finalmente!) publicado "As Luzes de Leonor". Enquanto isso, uma outra escritora - Maria João Lopo de Carvalho de seu nome - após alguns anos de exaustiva e entusiasmada investigação,  lançou, também ela, um romance histórico sobre a Marquesa da Alorna. O que ela foi fazer... Escrever sobre a Marquesa de Alorna?! Quem ?! A Maria João Lopo de Carvalho?! Mas com que direito?! Como se atreveu?! Que despautério! Que atrevimento! Que falta de respeito! Surpreendidos? Pois é, mas foi assim que a pseudo-nata de uma certa intelectualidade de trazer por casa, mas que domina e controla o que por aí se escreve  reagiu ao facto de Maria João Lopo de Carvalho ter dedicado alguns anos da sua vida a investigar e a escrever sobre a Marquesa da Alorna. Para essa gentinha, isso foi um verdadeiro crime de lesa-majestade, porque tarefa desse calibre só poderia caber à D. Maria Teresa Horta - vá lá saber-se porquê e com que direito. E vai daí, toca a boicotar, censurar, no fundo impedir que Maria João Lopo de Carvalho apareça - ela e o seu livro. Sim porque para eles o "tema Marquesa da Alorna" é tema "reservado" para a D. Maria Teresa. Porquê? Porque sim... Acham normal? Eu não, mas pelos vistos há quem ache... Vão mas é dar banho ao cão!

domingo, 9 de outubro de 2011

Bem prega frei Tomás...


SERÁ QUE a "austeridade digna" defendida e reclamada por Cavaco Silva se aplica às comitivas presidenciais constituídas por três dezenas de pessoas, como foi o caso da "corte" que acompanhou o Presidente da República aos Açores? 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Isso não se faz...

ONTEM, DURANTE as comemorações do 5 de Outubro que decorreram na Praça do Município, as televisões precipitaram-se em entrevistar Guilherme Silva a propósito do famigerado "caso da dívida madeirense". E na plateia, o deputado do PSD lá foi dizendo das suas razões e defendendo o ponto de vista do seu líder Alberto João Jardim. Até aí tudo bem... O problema é que as câmeras de televisão mantiveram o "plano aberto" e enquanto o deputado social-democrata esgrimia os seus argumentos, ao lado um visivelmente desconcertado António José Seguro ciente dessa sua involuntária aparição televisiva e sem ter rigorosamente nada a ver com aquilo, não conseguia esconder um enorme desconforto, nitidamente sem saber o que deveria fazer: se  levantar-se ou não; se  olhar para o lado ou para o céu; mas certamente pedindo a "todos os santinhos" que os repórteres de imagem "fechassem o plano" e o tirassem do ar - a ele e ao seu ar mais do que "encavacado"!

O novo estilo de Durão


MUITO SINTOMÁTICA esta nova postura de Durão Barroso, agora mais interventivo, actuante, não perdendo uma chance para aparecer. Contrariamente à que adoptou durante os últimos meses e em que perante uma iminente débacle da Europa, preferiu o silêncio, o recato do seu gabinete e até alguma (para não dizer muita...) apatia perante a desconsideração política e pessoal que é alvo por parte de quem se consideram os verdadeiros "donos" da Europa. Depois de um  surpreendente discurso perante o Parlamento Europeu, de receber a chanceler Merkl na sede da Comissão sem ir ao "beija-mão" a Berlim, veio agora uma espécie de arrependimento via "YouTube" no que diz respeito ao muito que poderia ter feito e ao pouco que fez na crise que vive o nosso continente. Será que a abertura da "corrida" à sucessão de Cavaco, precipitada por aquela espécie de anúncio que Marcelo Rebelo de Sousa fez durante a recente entrevista ao jornal "i", tem alguma coisa a ver com isso? Ou será apenas uma coincidência?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Para quando um livro de citações?!

"Não podemos esquecer que este é o primeiro ano do segundo centenário da implantação da República"
Cavaco Silva, 5.10.2011

Viva a República! (by Diogo Muñoz)


Reavaliar é preciso...

INDEPENDENTEMENTE DO protocolo assinado em 2006 entre o Estado português e Joe Berardo não contemplar uma reavaliação da sua colecção, o governo tem obviamente obrigação de proceder a uma avaliação das 862 peças e que cujo valor está estipulado em 316 milhões de euros. Neste momento e apesar de já ter percebido que rever o que aparenta ter sido uma "negociata" está fora de causa, penso que é essencial que os portugueses sejam elucidados definitivamente acerca do valor de uma colecção que (coisa estranha...) foi avaliada pela Christie's, curiosamente a mesma entidade que foi responsável pela sua venda a Berardo. E quando este senhor, naquele seu quase indecifrável dialecto que mistura o africâner e o português com forte e cerrado acento madeirense, vem classificar a possibilidade de proceder a uma avaliação como "uma burrice", espero que alguém lhe recorde que há quem goste de não ser tomado por parvo... O sr. Berardo perceberá isso ou será que é preciso fazer-lhe um desenho? Extra-colecção, é claro...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Comentários: critérios para publicação

POR NÃO estar interessado em que este meu blog seja palco de troca de "mimos", insultos e outro tipo de agressões do género por parte de quem, em vez de comentar os posts, apenas deste espaço se serve para ajustar contas antigas ou semi-antigas, a partir de hoje vejo-me obrigado a "apertar" ainda mais os critérios para a publicação do que eu considere minimamente aceitável e que possua de facto relação com o tema dos posts em causa. Muito obrigado.

Petróleo em Portugal: "a hora H"

VAI SER já em 2012 que um consórcio liderado pela Petrobras e que integra a Galp e a Partex vai iniciar a exploração de petróleo ao largo da costa de Peniche. Numa segunda fase, a ter lugar também e ainda no próximo ano, será iniciada a perfuração de três poços, desta feita na costa alentejana. Dado que este projecto envolve verbas que ultrapassam em muito os 200 milhões de euros, tudo indica que esperança é coisa que parece não faltar...

domingo, 2 de outubro de 2011

A precipitação de Marcelo

A FORMA precipitada como, numa entrevista recentemente dada ao diário "I", Marcelo Rebelo de Sousa se colocou em "bicos de pé" para entrar na "corrida" à Presidência da República poderá ter muito a ver com a necessidade que o comentador da TVI sentiu em tentar ocupar um "terreno" que pertencerá naturalmente a uma eventual candidatura da sua amiga Leonor Beleza - que tudo indica ser a "eleita" de Cavaco para a sucessão em Belém. Só assim se poderá explicar como é que, a quatro anos de distância, Marcelo se meteu nestes palpos de aranha e que já envolvem "grupos de apoio" no Facebook e tudo...

Uma posição dúbia...

CAUSA-ME ALGUMA estranheza a posição dúbia (para não chamar-lhe outra coisa...) que Portugal está a ter no dossier referente ao pedido palestino para ser admitido como membro de pleno direito da ONU. E como tenho uma razoável memória, espero que o deslumbramento sentido (e contado...) por algumas figuras de segunda ou terceira linha da administração portuguesa pela forma como foram recebidos quando, a mando dos seus ministros, visitaram Israel há sete ou anos atrás não esteja a influenciar a actual linha da diplomacia portuguesa neste domínio... Ou será que sim?

sábado, 1 de outubro de 2011

Berardo: o cair da máscara


O CONFLITO foi sempre uma das "armas" no dia-a-dia do especulador Joe Berardo que teimando em manter uma postura e tom desabridos, grosseiros e boçais não hesitou em protagonizar confrontos, quase sempre com o fito de "empurrar com a barriga"  situações de onde sai quase sempre mal ou para servir de "moço de recados" de quem deve favores. Foi assim no "folhetim BCP" e no papel vergonhoso a que se prestou no ataque indecoroso que fez a Jardim Gonçalves; o mesmo se passou na guerra que o opõe à família Guedes pelo controle da Sogrape; e é agora neste confronto que inopinadamente resolveu manter com o Estado português e onde em poucas horas se provou que não hesitou em recorrer à mentira para muito possivelmente encontrar forma de capitalizar-se à conta de uma colecção de arte que afinal, segundo parece, vale significativamente menos do valor em que foi avaliada e que serviu de base à negociata que, após alguns anos de autêntica chantagem, fez com o Estado. Denotando estar de cabeça perdida, com a sua "entrada" no capital do BCP a ser analisada à lupa pelos homens da troika, com o governo português a querer tirar a limpo quanto é que facto vale a famosa "colecção Berardo", com a banca a fechar-lhe as portas e a exigir-lhe o pagamento dos financiamentos que suportaram o seu percurso especulativo,  Berardo está a ver, a pouco e pouco, a sua máscara cair...

Moçambique a 100%


HOJE ÀS dez e meia da noite a selecção de Moçambique dirigida pelo meu amigo Pedro Nunes vai disputar o terceiro lugar do Mundial de hóquei em patins frente à selecção portuguesa. Ontem, num jogo de uma intensidade  e emoção como aqueles Portugal-Espanha de há 40 anos (lembram-se?), a equipa africana  perdeu com os espanhóis (campeões do mundo) apenas no prolongamento e por 4 a 3. Sem falsos patriotismos, escusado será dizer que hoje à noite e ao longo de todo o encontro, eu serei 100 por cento moçambicano!

Cavaco:o índice de rejeição

SE OLHARMOS com "olhos de ver" os índices de popularidade que hoje são revelados pela sondagem publicada pelo "Expresso", é impossível deixar de reparar na percentagem dos que avaliam negativamente o desempenho dos principais políticos. E que no topo da lista está, nada mais nada menos que Cavaco Silva, cuja apreciação é considerada como negativa por 26 por cento dos inquiridos, percentagem essa superior à de Pedro Passos Coelho que, apesar de ser logicamente o "mau da fita" nos tempos que correm, consegue contudo obter uma apreciação negativa inferior à do actual Presidente da República - 23,9%. Um índice de rejeição que dá para pensar e que - acredito - a entrevista à TVI não veio contribuir para atenuar.

Tão "irmãos" que nós éramos...

AINDA BEM há pouco tempo contaram-me episódios ocorridos entre Isaltino Morais e os socialistas de Oeiras e que revelavam uma cumplicidade a que não seriam certamente alheias coincidentes opções de índole pessoal e espiritual do autarca e dos seus colegas  do PS. Por isso, fiquei ligeiramente surpreendido quando vi a celeridade com que os socialistas de Oeiras, perante a prisão do autarca, vieram pedir eleições antecipadas. E agora que ele foi libertado, como é que vai ser? Os valores da fraternidade superarão essa "traiçãozinha" ou o caldo ficou entornado?