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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Afinal o BCP está vendedor...

LI HÁ pouco no site do "Expresso" que afinal o BCP vai alienar a participação que possui no semanário "Sol". Casualmente ao telefone com um amigo que vive no estrangeiro, mas que segue a par e passo a política e os negócios cá do burgo, dei-lhe conta dessa reviravolta na posição do banco liderado por Santos Ferreira. Comentário pronto do outro lado da linha: "Se calhar é o tio que vai comprar...". Tão mauzinho!

Ontem fui a Lisboa...

... e fiquei de boca-aberta com o pafernália de funcionários municipais de colete verde fluorescente a surgirem de tudo o que é lado com ar atarefado, aos pinos encarnados e brancos que barram ruas que são asfalatadas a todo o vapor, à sofreguidão com que a Câmara tenta mostrar que está a trabalhar. Espanta-me este afã do dr. Costa que, apesar de ser alguém que há muitos anos considero perspicaz e inteligente, ainda não percebeu que os eleitores não são burros...

E já agora...

ESSA TAL "sombra rangeliana" que paira sobre o projecto da "Tele5" terá tido alguma coisa a ver com a surpreendente capa da revista "Visão" desta semana e com o teor do artigo que revela qua a polícia inglesa considera José Sócrates como suspito no "caso Freeport" - peça jornalística essa curiosamente assinado por um dos patetas que ainda há três anos e meio asseverava que tudo não passava de uma "conspiração" urdida por um "bando de santanistas"? Será que o dr. Balsemão anda a ver a vida a andar par atrás?

Gato escondido com rabo fora...

CONVÉM ESTAR muito atento ao concurso para o novo canal de televisão e ao qual concorreram apenas a ZON e um projecto, surgido à última hora, intitulado "Tele5" e cuja cabeça de cartaz é aquele verdadeiro "Nobel do lugar comum" que dá pelo nome de Carlos Pinto Coelho. Especialmente porque não é difícil saber quem está por detrás do projecto, tanto em termos financeiros, como políticos ou editoriais. Refira-se apenas por curiosidade e "a talhe de foice" que o cheque que foi apresentado como caução foi emitido sobre uma conta do Millennium-BCP... E isto já para não falar da "sombra rangeliana" (com tudo o que isso implica) que paira sobre o projecto!

Ler para (des)crer...

CORRENDO O risco de já ninguém querer ouvir falar do "caso Freeport" (e ninguém me tira da cabeça que há quem aposte nessa estratégia...), recomendo a quem tenha tempo a ler o "Diário de Notícias" de hoje, mais concretamente as páginas 4 e 5, onde são publicados excertos da carta rogatória que as autoridades inglesas enviaram para ao DCIAP a 19 de Janeiro passado e, na mesma edição, as declarações na página 7, da directora do mesmo DCIAP, Cãndida Almeida. Anda tudo a ouvir vozes ou sou eu que não sei ler?

Os recados da D. Fernanda

SEMPRE QUE posso e tenho tempo não resisto a dar uma olhadela à coluna da D. Fernanda Câncio no "Diário de Notícias", esta semana curiosamente também ela (a D. Fernanda, é claro!) capa de uma "revista cor-de-rosa" por "alegadamente" (um termo muito em voga...) andar a namorar no cinema com o primeiro-ministro. Hoje, vá lá saber-se porque raio de razão e sob o título "J'acuse", a sempre arguta cronista relembra o "caso Dreyfus" e dá um inusitado destaque a uma frase da célebre carta que Émile Zola escreveu a propósito do caso que abalou o sistema judicial francês em finais do século XIX: "O meu dever é falar, não quero ser cúmplice". E termina - a D. Fernanda - quase em jeito de repto: "É sempre boa altura para lhe honrar o repto". Pois...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Os idiotas e os mentirosos

ALGUÉM CONSEGUE explicar aos "idiotas úteis" que andam por aí a dar "bitaites" sobre o "caso Freeport" que o que foi julgado há uns meses foi apenas e só a alegada violação do segredo de justiça por parte do semanário "Independente" que publicou um documento interno da PJ que afinal não era - como muitos queriam fazer crer - falso? E aos que não sendo idiotas e propositadamente afirmam que o "caso" já foi julgado (e há alguns que falam mesmo em condenação), alguém pode explicar-lhes que "mentir é feio"?! Eu sei que é difícil. mas tentar não custa...

Conversas com o meu tio (Parte VI)

- Está lá...
- Tio?! A que devo a honra?
- Estás a ver a RTP?
- Não, porquê?
- O Proença de Carvalho está a comentar o "caso Freeport"...
- E então?
- Até parece advogado do Sócrates!
- E é!
- O quê? 'Tás mal da cabeça ou quê?!
- É mesmo, tio. É advogado dele desde que se conheceram nos debates que tinham na televisão há uns anos...~
- Mas 'tá tudo doido ou quê?
- Porquê, tio?
- Então ninguém diz isso?
- Ninguém quem?
- Ele, por exemplo. Era o mínimo...
- E os entrevistadores...
- Ah, esses não podem...
- Porquê, tio?
- És mesmo ingénuo, filho...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Perguntar não ofende (digo eu...)

SE É MESMO verdade que o tal tio de José Sócrates alertou o sobrinho para que alguém andaria a exigir o pagamento de milhões (ainda não percebi se de euros ou de "contos") para aprovar o já célebre "Freeport", porque raio de razão o então ministro do Ambiente não denunciou a quem de direito essa tentaiva de extorsão e se limitou a promover uma reunião com autarcas, técnicos e promotores? Como diz um amigo meu, essa é que é a questão...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Conversas com o meu tio (Parte V)

- Tio...
- Já, logo de manhã?
- Pois é tio... desculpe lá, mas há perguntas que só o tio é que pode responder...
- Atão diz lá, filho...
- Viu o Diário de Notícias de hoje?
- Por acaso vi...
- E viu aquela história do tal Smith a garantir que nunca tinha estado numa reunião com o sobrinho do pai do filho do tio?
- Vi, vi!
- Ó tio... e o tio ouviu alguma vez dizer que o Smith tinha estado nessa reunião?
- Não. O que ouvi foi dizer que o tal senhor Smith tinha pedido ajuda ao tio do sobrinho...
- E que quem tinha estado na reunião tinha sido o sócio do tal Smith, o senhor Pedro, não foi?
- Foi, foi...
- Pois é, que coisa tão esquisita. Porque é que o Diário de Notícias faz uma coisa daquelas. Houve um amigo meu que me dizia hoje que era tudo de propósito, só para lançar areia para os olhos das pessoas...
- Ah, disse-te?
- Disse!
- E sabes uma coisa?Esse teu amigo é que os topa!
- Acha tio?
- Não acho, tenho a certeza!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Conversas com o meu tio (Parte IV)

- Tio? Juro que esta é a última...
- Diz lá, ó melga... Não me digas que vens com mais perguntas daquelas esquisitas...
- Só gostava de perceber porque é que o "Expresso da Meia-Noite" de sexta-feira passada foi todo dedicado ao "caso Freeport" e depois a manchete do "Expresso" é sobre o Berardo...
- Desculpa, mas tenho de desligar...
- Mas...
- Adeus... desculpa lá, adeus...

Conversas com o meu tio (Parte III)

- Tio?
- Livra! Outra vez?!
- Desculpe lá, só mais uma pergunta...
- Mas achas que eu tenho resposta para tudo ou quê?
- Esta é rápida...
- Diz lá...
- Porque é que acha que na sexta-feira passada, a RTP só ao fim de 22 minutos de telejornal é que falou da estória lá do Freeport?
- Tu fazes cá cada pergunta... Safa!

Conversas com o meu tio (Parte II)

- Sim
- Tio, desculpe, sou eu outra vez...
- E agora o que é que foi?
- Lembra-se do famoso primo do Isaltino?
- Qual? O que era taxista na Suiça ou não sei onde?
- Sim tio, esse mesmo...
- Sim, lembro-me de ouvir falar. Mas o que é que se passa com ele?
- Não sei, nada. Só me estava a perguntar a mim mesmo porque é que ele nunca foi tratado como "o filho do tio do Isaltino"...
- Boa pergunta, rapaz!

Conversas com o meu tio (Parte I)

- Tá? Tio? Então?
- Olá, estás bom?
- Tudo bem tio, desculpe lá maçá-lo...
- Diz, diz...
- É só uma pergunta: o filho do tio é meu primo, não é?
- Claro! O que é querias que fosse? Neto, não?
- É o que eu pensava, mas...
- Mas o quê?
- Ouvi ontem o primeiro-ministro referir-se a um primo como "o filho do meu tio"...
- Estás a brincar!
- Não estou nada, ouvi mesmo. Porque é que seria?
- Sei lá, pergunta-lhe a ele!

Ele toma-nos por "parvos"...

SÓ ME cruzei com José Sócrates por duas ocasiões. A primeira, em 2002, num autocarro, numa berma de uma estrada perto de Castelo Branco no decurso da campanha eleitoral para as legislativas desse ano e a segunda, duas ou três semanas depois, em Lisboa, no restaurante "Mezzaluna" e onde educadamente baixámos cordialmente as nossas cabeças. Nunca mais o vi, tirando três ou quatro vezes ao longe e de umas quantas (demais)dezenas na televisão.
Confesso que o estilo, a pose e a visível artificialidade me suscita alguma irritabilidade, mas independentemente desses sentimentos, de facto começo a dar inteira razão aqueles que defendem que ele nos toma, a todos, por "parvos". É que de facto o descaramento deveria ter alguns limites... Já não vou falar do que prometeu na campanha de 2005 e no que fez a seguir enquanto primeiro-ministro - e estou a lembrar-me das SCUT's, do IVA, do desemprego, etc., etc.; tão-pouco vou recordar o "escândalo" da sua licenciatura e da sua desfaçatez com que, após um comprometedor silêncio, surgiu a tentar justificar o que é objectivamente injustificável; e já nem quero recordar a form manhosa com que, apoiado num pouco escrupuloso governador do Banco Portugal, manipulou números e "déficits"... Não, agora quero só recordar o que José Sócrates afirmou na quinta-feira passada, quando garantiu, não conhecer qualquer promotor do empreendimento "Freeport" e o que disse, dois dias depois e após o seu tio ter revelado as diligências que fez junto do sobrinho enquanto ministro do Ambiente, ao reconhecer ter participado numa reunião com "vários técnicos e dirigentes do Ministério do Ambiente, da Câmara de Alcochete e promotores do Freeport". De facto, ele deve pensar que nós somos mesmmo "parvos"...

A "conspiração" e os patetas...

EM JUNHO de 2005, dois patetas que dão pelo nome de Paulo Pena e Ricardo Fonseca assinaram uma "investigação" na sempre presurosa e diligente revista "Visão" e em que revelavam, com honras de capa e tudo, a "história de uma conspiração" que teria visado, segundo os patetas em questão, atingir o então já primeiro-ministro em vésperas das eleições desse ano e que deram a vitória aos socialistas. Segundo ainda os mesmos patetas, tudo teria sido inventado, orquestrado e "posto a correr" por um grupo (só faltou mesmo apelidá-lo de "bando"...) de "santanistas" e que, com a prestimosa colaboração de perigosos elementos infiltrados na própria Polícia Judiciária, teria urdido uma conspiração que visava envolver José Sócrates numa alegada história de estranhos contornos e envolvendo importantes somas de dinheiro relacionadas com um célere licenciamento do empreendimento "Freeport" em Alcochete. Na altura, a "investigação" que ocupou uma boa-meia dúzia de páginas da revista já então dirigida por Pedro Camacho (e a esse só não o apelido de pateta, por respeito aos anos em que fomos colegas de liceu...) , os patetas apontavam um-a-um os "conspiradores" - do hoje deputado Miguel Almeida ao empresário Armando Jorge Carneiro, passando por um tal inspector Torrão e por mim próprio - aliás a quem, os tais patetas, vaticinavam mesmo a próxima constituição em "arguido".
Três anos e meio após a publicação dessa peça que exemplifica bem o tipo de jornalismo que faz, desde há anos, "escola" na "Visão", os factos ocorridos na semana que agora terminou, mostram bem o papel que os patetas Pena e Fonseca se prestaram a fazer a propósito da tal "conspiração" inventada, urdida e orquestrada pelos perigosos "santanistas" e que só pretendia pôr em causa o presumível bom-nome de José Sócrates.
Permitam-me apenas, a finalizar, uma breve nota pessoal e que revelam bem a leviandade com que hoje qualquer idiota escreve nos jornais portugueses: nunca fui constituído arguido (nem sequer fui ouvido a propósito desse caso...) e as abusivas, infames e acanalhadas referências que esses patetas me fizeram, levaram a que tivesse sido seriamente prejudicado no desempenho das minhas funções de consultor. A tal ponto que apenas por falta de condições para liquidar umas custas judiciais elevadas não tive oportunidade de intentar a acção cível que era meu propósito mover contra esses patetas e quem aparentemente é seu responsável editorial. Mas pelo menos, três anos e meio depois, posso rir-me à gargalhada e apelidá-los de "patetas"...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O "DN", a legenda e o "poseur"...

O CRESCENTE desvelo (para não chamar-lhe outra coisa) com que o "Diário de Notícias" teima em tratar noticiosamente tudo quanto se relacione com Pedro Passos Coelho começa a exceder tudo quanto é admissível num jornal que é tido como "de referência". Raro é o dia em que, a propósito de tudo e de nada, o candidato derrotado à liderança do PSD não seja objecto de tratamento priveligiado nas páginas nobres do matutino da Avenida da Liberdade. No último domingo, Passos Coelho foi o entrevistado da dupla Marcelino/Baldaia e ao longo de quatro páginas do "Discurso Directo" lá foi proferindo aqueles habituais lugares comuns que, com ar grave e voz cava, insiste em apresentar-nos como se de geniais ideias e análises se tratassem. Mas o mais hilariante é uma das legendas que acompanha uma foto em estilo "poseur" do entrevistado e cujo teor não resisto a transcrever: "Está à vontade na sessão fotográfica, situação que não acontece com a maioria dos entrevistados do Discurso Directo". Assim, sem mais nem menos...

domingo, 18 de janeiro de 2009

O "mensalão" e eu

NOS ÚLTIMOS dias tenho recebido vários telefonemas, quase sempre com a mesma pergunta, ou feita com preocupação ou - eu já ando aqui há anos suficientes anos para topá-los à légua... - com algum gozo e incontida satisfação "Então Fafe, estás envolvido no 'mensalão'?" E tudo isto, porquê? Porque fui arrolado como testemunha de defesa (e abonatória, diga-se de passagem...) da minha amiga Zilmar Fernandes, sócia de Duda Mendonça, arguida deste célebre processo que fez abanar o governo de Lula da Silva há uns anos atrás. Aliás e pelo que li no "Diário de Notícias" de anteontem, compartilho esse estatuto de testemunha com outros portugueses, casos de Ricardo Salgado, António Mexia, Miguel Horta e Costa ou Diogo Leite de Campos - estes arrolados pelo célebre Marcos Valério, pelo ainda influentérrimo ex-chefe da Casa Civil de Lula José Dirceu ou por José Roberto Salgado.
Agradecendo de antemão a preocupação dos meus amigos, descansem pois não, não estou envolvido no "mensalão". Quanto aos "outros", desculpem lá o mau jeito e a desilusão que lhes possa ter causado, mas sou apenas testemunha - e ainda por cima abonatória...

O regime no seu melhor...

É POR ESTAS e por outras que o cidadão comum cada dia tem menos confiança nas instituições deste regime que, dia após dia, dificilmente esconde as suas debilidades (para não lhe chamar outra coisa...): alguém já reparou que a presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BPN é uma das melhores amigas do maior amigo de um dos principais envolvidos no "caso" que ameça chamuscar meio-mundo? Parece complicado, mas não é...

Mudam-se as manchetes, mudam-se as vontades...

QUANDO PAULO Teixeira Pinto foi afastado da presidência do Millennium BCP, um dos "pecados" que lhe foram apontados prendeu-se com o investimento que o banco teria feito no semanário "Sol".Cor do texto Mais: informalmente, a nova administração pôs a correr que estaria na disposição de, no mais curto espaço de tempo posssível, abandonar o capital da empresa detentora do título do jornal dirigido por José António Saraiva. Agora, decorridos alguns meses e com o "Sol" a revelar semanalmente mais pormenores da investigação levada a cabo pelas autoridades britânicas relativamente ao "caso Freeport", o BCP veio publicamente anunciar não estar na disposição de prescindir do seu direito de opção no quue diz respeito à posição que a Cofina decidiu alienar. No mínimo curioso, n´é?

sábado, 10 de janeiro de 2009

...by Joaquim Letria (ou no mínimo... genial!)


O "número" dos sem-abrigo

NÃO VI, mas houve quem me relatasse, escandalizado, a forma verdadeiramente chocante e oportunista como a Câmara Municipal de Lisboa se aproveitou da vaga de frio que assola o nosso País, montando verdadeiros "números" propagandísticos e não se furtando a usar e abusar da desgraça alheia, ou seja dos sem-abrigo que enxameam cada vez mais as ruas da capital. Garantem-me que o exagero no número de tendas aparentemente postas à disposição de quem tem a rua como casa foi quase tão escandaloso quanto a forma abusiva como colocaram - sem qualquer cuidado de reguardar a sua imagem! - frente às câmaras de televisão alguns dos necessitados, um deles aparentemente menor de idade.
E contam-me também que o desempenho da vereadora Ana Sara Brito à frente da "operação" era, no mínimo e para não chamar-lhe outra coisa, ridículo - quase tanto quanto a forma como os funcionários destacados para esta clara acção eleitoralista trajavam, quase parecendo preparados para enfrentar as paragens polares... O dr. António Costa tem que começar a perceber que os eleitores nem são burros, nem estúpidos. E que por muito que finja fazer nos poucos meses que lhe restam à frente da autarquia não apaga o marasmo e ineficácia deste seu mandato...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Aceitam-se apostas...

ACEITAM-SE APOSTAS sobre o momento e temas que, nas próximas semanas, serão lançados como "armas de arremesso" contra a candidatura de Pedro Santana Lopes á Câmara Municipal de Lisboa...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

'Tá bem abelha...

APÓS TER sido absolvida na primeira instância, a minha amiga Inês Serra Lopes foi condenada pelo Tribunal da Relação de Lisboa a cumprir um ano de cadeia por, enquanto directora do antigo semanário "Independente", ter entregue duas ou três fotografias de um suposto sósia de Carlos Cruz a uma terceira pessoa com o intuito desta, segundo a acusação, as fazer chegar ao DIAP. "Tentativa de favorecimento pessoal!" clamou implacável o agora juiz desembargador Ricardo Cardoso, enquanto relator do processo na 5ª secção da Relação de Lisboa. Não vou aqui questionar a justeza, ou não, da condenação que - obviamente - me parece, no mínimo e para não dizer outra coisa, desajustada... Limito-me apenas a notar a curiosa "coincidência" do facto do acórdão, proferido no dia 16 de Dezembro passado e levado ao conhecimento dos advogados a 20 desse mês, ser notícia apenas 21 dias depois - curiosamente a 36 horas do início das alegações da defesa de Carlos Cruz e que estarão a cargo do advogado António Serra Lopes, por sinal pai da minha amiga Inês...
O que eles sabem, já a mim me esqueceu, ou como diz o outro "'tá bem abelha"...