DURANTE SEIS anos e apesar de afirmarem-se do lado contrário do espectro político cumularam-no de gentilezas, rapapés e atenções. "Ele", claro, retribuiu-lhes - com contratações dos escritórios, nomeações para cargos, facilidades nos negócios, etc. Ao longo desse período não se escutou, a essa gente, uma única palavra, uma única crítica. Bem antes pelo contrário chegou-se mesmo até ao ponto de ouvirmos proferir encomiásticas palavras aquando do lançamento de biografias oficiosas que mais não serviram que branquear a personagem e a sua governação. "Ele" chama-se José Sócrates. "Eles", os outros, são a chamada "direita dos negócios", sempre pronta a sacrificar as ideias e aparentes convicções às benesses que lhe são distribuídas - por muito que tentem mais tarde, no caso agora, disfarçar na pele de comentadores ou de supostos influentes conselheiros presidenciais. Haja decoro (e já agora memória)...
1 comentário:
Manuel Maria Carrilho: «O contrato com Sócrates para ser comentador semanal no canal público de televisão teve de partir, ou de passar, por Relvas. Isso é óbvio. E só a imagem do que terá sido essa negociação a dois dá uma ideia arrepiante, mas bem clara, do estado de degradação extrema a que chegou o regime.»
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