AO DEPARAR-ME este fim-de-semana com uma longa, hilariante e
certamente bem-regada entrevista do patusco Miguel Veiga à revista do
“Expresso” dei por mim a recordar aqueles famosos “processos de reabilitação”
que ocorriam na URSS e nos seus satélites, quando os proscritos por crimes que
podiam ir do foro ideológico ao comportamental eram a certa altura alvo de um
posterior perdão, quase sempre precedido por um voluntário acto de
auto-censura.
Não sei se Veiga procedeu a
esse acto de contrição junto do seu amigo Francisco Balsemão e se,
preferencialmente à volta de uma mesa e entre dois goles e outros tantos tchim-tchim’s, se penitenciou pelos
plágios que cometeu aquando colunista daquele semanário e que lhe valeram ser
posto na rua pelo então director José António Saraiva – aliás algo em que o
inefável Veiga se vem tornando um ás e que até já lhe valeu há uns meses uma
condenação em Tribunal, mais concretamente pelo 3º Juízo Criminal de Lisboa. O
que sim sei é que, oito anos após ter sido posto a andar do “Expresso”, lá
voltou ele agora às páginas do dito e aproveitando mesmo para (pasme-se!) para
fazer gala de uma suposta costela de sedutor, justificar as acusações do vulgo “copianço”
e mesmo prometer resolver a questão que mantém com José António Saraiva desde
2005 “à bofetada”. Sinceramente vale a pena ler, porque nestes tempos em que não sobram grandes motivos para sorrir, a leitura da entrevista do "reabilitado" Veiga é razão para uma boa barrigada de riso...
Sem comentários:
Enviar um comentário