MUITO CURIOSO, o autêntico "folhetim" que se arrastou durante alguns meses (para não dizer anos...) e que teve Marco António como protagonista e a Câmara Municipal de Gaia como palco e em que o ladino secretário de Estado andou num jogo de "esconde-esconde" que, pelos vistos, lhe saiu furado. Como sintomática e elucidativa foi a troca de recados entre o putativo ex-candidato e o ainda presidente da autarquia ocorrida hoje, com o primeiro a garantir que não é candidato por "ter sido sensível às preocupações" do primeiro-ministro em não querer vê-lo afastar-se do executivo e Luís Filipe Menezes a contrapor em comunicado do PSD/Gaia que a decisão do secretário de Estado "não teve qualquer interferência" de Passos Coelho...
No mínimo divertido, especialmente para quem sabe que tudo foi resolvido numa reunião a quatro entre Passos, Menezes, Moreira da Silva e o próprio Marco António e onde este último foi colocado "entre a espada e a parede" pelo primeiro-ministro que, tal como o autarca de Gaia, estava farto dos "joguinhos" do ziguezagueante governante. Ou seja: Passos Coelho nunca pediu a Marco António que ficasse no governo, pediu-lhe, isso sim, que decidisse e logo naquele preciso momento. Tudo o que Marco António não queria fazer e que, pelos vistos, foi obrigado a fazer. E o entre o certo e o incerto, lá se agarrou à cadeira do seu gabinete da praça de Londres não fosse o diabo (leia-se o eleitorado gaiense...) tecê-las. "É a vida!", como dizia "o outro"...
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