ALGUMAS SEMANAS depois de uma entrevista com Passos Coelho ter ocupado as chamadas "páginas amarelas" da "Veja", o último número desta revista brasileira concedeu esse mesmo espaço a Durão Barroso em vésperas da sua chegada ao Brasil para participar na conferência "Rio+20". Apresentado como alguém que é "fluente inglês, francês, espanhol e capaz de discursar em italiano e alemão", Barroso (que confessou não gostar do termo "austeridade") não mostrou grande dificuldade, na entrevista concedida por telefone (em português, supõe-se...), em encontrar justificação para o actual estado das contas públicas europeias. Diz o nosso antigo primeiro-ministro, sem que se sinta nas suas palavras qualquer "pontinha" de auto-crítica referente aos tempos passados na residência oficial de S. Bento que "na Europa, vários países gastaram acima dos recursos de que dispunham e acumularam dívidas elevadas". Pois é...
Mas se Barroso fala e compreende assim tantos idiomas, esperemos que o presidente do Irão não perceba patavina de português. É que quando questionado pelo jornalista Dudu Teixeira sobre se sente algum "desconforto" em cruzar-se no Rio de Janeiro com Mahmoud Ahmadinejad, o líder da Comissão Europeia não se conteve: "Muitas vezes encontramos pessoas em cuja companhia nossas mães não gostariam de nos ver(...)".
Mas se Barroso fala e compreende assim tantos idiomas, esperemos que o presidente do Irão não perceba patavina de português. É que quando questionado pelo jornalista Dudu Teixeira sobre se sente algum "desconforto" em cruzar-se no Rio de Janeiro com Mahmoud Ahmadinejad, o líder da Comissão Europeia não se conteve: "Muitas vezes encontramos pessoas em cuja companhia nossas mães não gostariam de nos ver(...)".
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