CONTROVERSO, POLÉMICO, arrastando mil e um processos judiciais (está mesmo impedido de sair do Brasil, sob pena de ser extraditado para os Estados Unidos...), Paulo Maluf é provavelmente o maior sobrevivente da política brasileira. Apoiante entusiasta da ditadura, ícone da direita no pós-regime militar (chegou a ser candidato contra Tancredo Neves), prefeito e governador de S. Paulo e hoje a liderar um pequeno partido que tanto se alia ao PT em São Paulo como ao direitista DEM em Salvador, Maluf sempre foi conhecido por não ter propriamente "papas na língua" e dizer exactamente o que pensa. Há dois dias, quando a candidatura de José Serra à prefeitura de S. Paulo aguardava confiante o seu apoio (e o sempre útil minuto e 35 segundos diários de tempo de antena televisivo...), eis que Maluf surpreendeu tudo e todos e "trocou" as voltas e deu o apoio a Fernando Hadad, o ainda frágil candidato do PT de Lula em São Paulo, recebendo uma secretaria no governo de Dilma. Curiosamente no mesmo dia em que explicava aos jornalistas que, no Brasil, "não há mais esquerda e direita, o que há são segundos de TV"...
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