UMA EXPRESSIVA vitória eleitoral no próximo domingo (leia-se maioria absoluta) é o que poderá "livrar" Pedro Passos Coelho de ser vítima de uma previsível tentativa de Cavaco Silva em condicionar o líder do PSD na formação de um futuro governo, vetando e impondo nomes, numa tentativa caudillesca de, à distância e desde Belém, "telecomandar" as áreas mais sensíveis da governação. No caso de vencer à tangente e necessitar de promover um previsível acordo com o CDS/PP, Passos Coelho que se prepare para que o actual Presidente da República, em nome de uma "magistratura de influência" que nos momentos-chave sempre se furtou a exercer, queira levá-lo a incluir alguns dos seus "fiéis" no executivo e simultaneamente recusar outros, num claro "ajuste de contas" que data dos anos 90. E as razões que levaram o o juiz Carlos Alexandre a prolongar o período de segredo de justiça no famigerado "processo dos submarinos" veio mesmo a calhar para que Cavaco se sinta nas suas "sete quintas" para, quase duas décadas depois, e dê razão aqueles que dizem que "a vingança é um prato que se serve frio"...
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