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sábado, 14 de maio de 2011

Recordar é viver...


MAS O texto da edição do "Expresso" de hoje que mais pele de galinha pode provocar a quem ainda tenha memória é o "comentário" do agora, pelos vistos, anti-socrático Diogo Freitas do Amaral. Intitulado "Que saudades do PS de Soares!" (com ponto de exclamação e tudo...), o antigo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros do penúltimo governo de José Sócrates tenta justificar à saciedade os motivos que o levaram, em apenas ano e meio, a descobrir que afinal Sócrates tinha deixado de ser "um primeiro-ministro francamente bom" para transformar-se "num mau primeiro-ministro" e em alguém que possui "pouca cultura democrática". Mas mesmo dando isso de barato, o que é verdadeiramente extraordinário é Freitas chamar à liça de Mário Soares, usando-o como "muleta" ou justificação para o seu ziguezagueante percurso político. O mesmo Soares que Freitas do Amaral enfrentou nas eleições presidenciais de 1985 e contra quem a campanha do "P'rá frente Portugal!" desenvolveu uma uma série de ataques (até de ordem pessoal) que não primaram propriamente por uma grande cultura democrática - lembram-se?

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