LEIO NA revista "Sábado" que, por óbvias necessidades financeiras, o ministro Paulo Portas prepara-se para encerrar uma série de embaixadas por esse mundo fora. Nada que surpreenda (bem antes pelo contrário!), desde que esse encerramento possua alguma lógica... E se é perfeitamente óbvio entender que manter uma embaixada em Andorra(!) é no mínimo surrealista e num momento como este impõe-se que pura e simplesmente deixe de existir, o mesmo não se poderá dizer de Lima. É que o Perú é, neste momento e a par da Colômbia, o país sul-americano com maior índice de crescimento, isto já para não falar nos (grandes) investimentos que alguns grupos portugueses estão a projectar e já a realizar naquele país andino. Outra embaixada que parece condenada ao encerramento do outro lado do Atlântico é a de Havana. Algo incompreensível - agora que a pouco e pouco o regime cubano se vai "diluindo" e acapitalizando e com tudo o que isso poderá gerar em termos de oportunidades de negócio. Já para não falar do facto que nem no tempo do Prof. Salazar e apesar das fortes pressões de Washington, Portugal deixou de ter representação diplomática no país de Fidel Castro...
Convenhamos que para quem mostra tanto afã em liderar a vertente económica da nossa diplomacia, estes dois exemplos não são propriamente os melhores...
P.S. - A propósito de Portas... Já se passaram quatro meses sobre as gravíssimas insinuações feitas por Ana Gomes sobre o actual titular das Necessidades e continuamos sem saber se efectivamente a euro-deputada socialista foi processada - ou não...
4 comentários:
Pois é... O dr. Portas é um sabichão e está visto que já anda a reboque daquela rapaziada das Necessidades que almeja condicionar e ter os ministros na mão. LIma? Que horror, tanto indio... ir pra lá pra quê? Cuba? Ui... Comunas que horror, inda por cima não tem voo para Miami ali mesmo ao lado.
E o resto (o país) que se lixe!
Mas ninguém põe essa malta na ordem?!!!!!!!! Já chega de fingir que se representa um país.
Mas seriam mesmo "gravíssimas insinuações" ?....
São realmente exemplos que dão que pensar.
Até porque Peru e Cuba representam de facto mercados interessantes.
Mas alguma razão haverá...
Quanto ao processo,tal como tu Zé Paulo,continuo curioso em saber se existe.
Assunto a não deixar cair no esquecimento!
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