A SEMPRE previsível Fátima Campos Ferreira terminou a entrevista com Durão Barroso na RTP-1 questionando-o acerca das suas disponibilidade e vontade para candidatar-se à Presidência da República, terminado que seja este segundo mandato à frente da Comissão Europeia. Barroso, claro, deu uma daquelas respostas que se dão nestas situações, invocando o seu actual cargo e o seu envolvimento pleno nos assuntos da Comissão para sequer pensar na hipótese de tentar suceder a Cavaco Silva no palácio de Belém. Aliás, não se esperaria outra resposta que não essa...
Porém eu sou daqueles que não acredita que Barroso seja candidato presidencial em 2015. E basicamente por duas razões: a primeira que se prende com o facto da sua "deserção" em 2004 da chefia do governo ainda lhe render suficientes "anti-corpos" em significativas faixas do eleitorado que à partida seria o seu; e em segundo lugar, porque a "agenda telefónica" com que Barroso sairá de Bruxelas em 2014 tem uma "validade" de três ou quatro anos e não será crível que alguém, suficientemente calculista como o presidente da Comissão, desperdice esse seu "capital" que qualquer grupo económico gostaria de ter entre os seus "activos". Veja-se, a título de exemplo, os casos de Bill Clinton ou Felipe González, ambos a trabalharem (principescamente remunerados, é óbvio!) para o multimilionário mexicano Carlos Slim. Mais: lembremo-nos que em 2015, Durão Barroso terá (só) 59 anos...
1 comentário:
Aí está um processo eleitoral muito interessante para quem gosta de politica.
Faltam quase cinco anos mas a smovimentações já se pressentem.
Do lado da actual maioria existem várias possibilidades: Durão Barroso (mas aí estou um bocado como tu Zé Paulo),Assunção Esteves, o inefável e inevitável mas improvável Marcelo RS,Fernando Nogueira (é...)ou um outro nome que se saliente nestes periodo.
Á esquerda parece-me inevitável um avanço de Carvalho da Silva tentando federar a ala esquerda do PS e toda a restante esquerda.
Jaime Gama já está claramente na corrida (tendo contra si o aborrecido hábito de perder este tipo de disputas unipessoais)e pode ser o candidato socialista quase unãnime.
Mas há outros nomes a pairar: Guterres e ...Sócrates.
Dependendo este ultimo daquilo que o actual governo vier a fazer.
Há muita matéria para os politólogos estudarem.
Enviar um comentário