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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Anda tudo a ouvir vozes...

A FRASE ("Anda tudo a ouvir vozes...") pertence a um amigo e retrata bem ao que chegou o PSD. Então não é que o vice-presidente Aguiar Branco, certamente imbuído de algum sentimento de auto-flagelação, resolveu criticar o primeiro-ministro pelo "silêncio" relativamente à crescente "criminalidade séria" que tem vindo a ocorrer no nosso País?! É preciso ter lata! Silêncio? Ma existirá silêncio mais ensurdecedor que o deste PSD de Manuela Ferreira Leite que, nos últimos meses, pouco ou nada tem dito sobre nada?! De facto, anda (mesmo) tudo a ouvir vozes...

domingo, 17 de agosto de 2008

Um novo partido que pode ser "um novo PSD"

AS RECENTES afirmações de Alberto João Jardim em Porto Santo, reclamando um (novo) partido que faça oposição "a sério" ao governo socialista poderão ser entendidas como o "princípio do fim" da liderança de Manuela Ferreira Leite no PSD. É que teoricamente nada impede que esse "novo partido" reclamado por Alberto João não possa ser o próprio PSD, mas "refundado", ou melhor, com o líder madeirense à frente... E a quem persiste em garantir que não o leva a sério, talvez não fosse má-ideia fazer algumas contas - nomeadamente de somar e com base no score eleitoral que as candidaturas adversárias de Ferreira Leite obtiveram mas recentes "directas": 63 por cento. E, já agora, a somar a tudo isto, a capacidade de mobilização a todos os níveis ( e não estou propriamente a falar em termos político-partidários) que Jardim possui, as bem-oleadas estruturas que detém e o descontentamento crescente que grassa no seio do PSD.
Mais: esta liderança já deu provas mais do que cabais que, em termos de lugares, não prima pela abrangência, bem antes pelo contrário. Basta ver o exemplo ocorrido no IPSD, onde todos os que estiveram contra Ferreira Leite foram pura e simplesmente "varridos". E as eleições vêm aí - já em 2009 - e há que fazer as listas para as autárquicas, legislativas e Parlamento Europeu. Um factor que só potenciará a vontade de mudança por parte dos que se sentem excluídos e postos à margem e, repito, são a esmagadora maioria. Atente-se nas palavras de Alberto João - "Se quando chegarmos a Outubro virmos que o PS é uma espécie de União Nacional do regime e que os outros partidos não contam, então é preciso fazer uma coisa nova para mudar Portugal" - e vamos lá ver se, antes, da formação das listas lá para meados de 2009, não vamos ter outras "directas" no PSD. Em Janeiro ou Fevereiro, por exemplo...