DURANTE ANOS José Bonifácio Oliveira ("Boni") pôs e dispôs durante anos na televisão brasileira, ou melhor dito na todo-poderosa Rede Globo. Homem de confiança de Roberto Marinho, "Boni" foi ao longo de décadas um dos "caras" mais influentes do Brasil. Pertencer ao seu círculo restrito ou somente ter acesso à sua entourage era o sonho de muito político e empresário brasileiro. Há uns anos, "Boni" resolveu abandonar as lides e abrir (com sucesso) um discreto escritório de consultadoria a que inúmeras estações e canais de todo o mundo recorreram. Agora lançou as sus memórias, certamente um dos grandes êxitos editoriais no Brasil durante este ano. Chama-se "O Livro de Boni" e nele o "ex-chefão da Globo" (como é conhecido) revela alguma estórias da sua vida. A destacar, aquela relacionada com o famoso debate entre Lula e Fernando Collor de Mello, nas presidenciais de 1989, onde e apesar do cargo que ocupava na Globo, "Boni" não se coibiu e dar uma "ajudinha" a Collor... Recorda ele numa entrevista há dias: "Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade", recordou. "Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma 'glicerinazinha' e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula - mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco". Segundo ele, essa foi a maneira de "melhorar a postura do candidato junto ao espectador para que ele ficasse em pé de igualdade com a popularidade do Lula". E rematou: "Todo aquele debate foi produzido - não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos". Como diz o outro... "quem a verdade conta não merece castigo"!
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