HÁ PESSOAS que por algum dinheirito que gastem em roupas e adereços; por muitas viagens (à conta do erário público, entenda-se...) que possam ter feito; por alguns cargos com relativa visibilidade que tenham alguma vez ocupado; ou por portarem-se frente às câmeras de televisão como uma versão aparentemente mais lavadinha do famoso "emplastro" sempre coladas e sorridentes por detrás do "chefe", nunca deixarão de ser o que normalmente se denomina por "grunhos". Podem ser até episodicamente tolerados nalgum jantar na Foz, levados a um outro sunset party na Granja - acredito mesmo que pontualmente os deixem flanejar em certos meios, sempre e desde quando quem lhe franqueia a entrada possua algum interesse "em levar com o grunho", que é como quem diz sempre e quando a "cavalgadura" em causa lhes possa fazer algum jeitinho nos corredores do poder onde circula e se insinua. Mas quando o vêem pelas costas - garanto-vos - que a galhofa é mais que muita: as gravatas comentadas, o brilho dos fatos ridicularizado, os modos alvo de risada e desdém. É esse normalmente o destino dos que não resistem a colocar-se em bicos de pés, dando-se ares do que não são, lançando uns dislates bacocos, mal-criados e inoportunos, sempre na ânsia de colherem alguma migalha que o "senhor" a quem servem caninamente poderá, ou não, um dia dar-lhes a comer. E por muitas anedotas e piadolas que contem, lá mais para Norte chamam-lhes "broeiros"...
1 comentário:
bela prosa
e
na mouche de muito que por aí se vê,
sem minimo de nada, vulgo classe...
obrigado
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