TODOS OS anos, por esta altura, o pretendente ao (inexistente) trono português vive os seus momentos de glória. É que a propósito das comemorações da implantação da República, o chefe da Casa Real deixa de apenas interessar à chamada "imprensa cor-de-rosa", onde surge amiúde rodeado de criancinhas e numa versão século XXI da célebre e saudosa "família Prudêncio", para ganhar algum espaço nos jornais ditos "de referência". E então é vê-lo a opinar por tudo o que é canto sobre as virtuosidades do seu regime e a "dar uma " de estadista, pronunciando-se sobre tudo e mais alguma coisa, num inenarrável e longo chorrilho de lugares-comuns, obviamente politicamente correctos e que, além de repetitivos, já nem fazem sequer sorrir. Agora e como está na moda a "contenção de despesas", o pretendente aproveita logo para lavrar o seu protesto pela verba que o Estado português destinou às comemorações do centenário do 5 de Outubro, considerando "um exagero". Eu até admito que a nobiliárquica figura até tenha razão quanto à quantia, mas veio-me logo à cabeça o facto de há uns anos atrás - vá lá saber-se porque razão, para além do parolismo bem português... - o Estado português teve de arcar com uma série de despesas relacionados ao casamento do chefe da Casa Real. Não sei se foi um exagero... Agora que foi um disparate, lá isso foi!
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