QUANDO SOUBE da desistência à última-hora de Cavaco Silva em participar numa cerimónia na Escola António Arroio e os motivos determinantes que levaram o Presidente da República a "fugir a sete pés" de uma visita há muito programada, recordei-me de um episódio ocorrido no ano lectivo de 1969/70 no antigo ISCEF quando o então jovem professor Cavaco Silva, que aí leccionava a cadeira "Finanças I", viu a sua aula interrompida pela contestação de um grupo de alunos e, sem conseguir impôr a sua autoridade e evidenciando um nervosismo (vamos chamar-lhe assim...) pouco consentâneo com a postura que um professor deve manter, optou por "dar às de vila-diogo", dando azo a algumas interpretações que em nada abonam relativamente à sua personalidade. Aliás, diga-se de passagem, Cavaco nunca mais voltou a leccionar aquela cadeira, tendo os alunos criado um auto-denominado "Curso Livre de Finanças". Contou-me e garantiu-me quem lá estava e que ainda hoje não entende o inesperado e em nada nobre "bater em retirada" de quem hoje se senta no cadeirão presidencial e é formalmente o "comandante supremo" das nossas Forças Armadas...
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