MORREU HOJE em Coimbra o primeiro presidente de Cabo Verde, Aristides Pereira e que foi um dos mais fortes e claros exemplos de como em África, apesar de tudo, há quem paute a sua conduta pessoal e política por uma seriedade a toda a prova. Recordo agora que em 1991, quando abandonou a chefia do Estado cabo-verdiano ao fim de 16 anos de exercício do seu mandato num regime de partido único, Aristides Pereira não possuia sequer uma casa onde viver... Entrevistei-o na Cidade da Praia para a Radiogeste (89.5, "Lisboa e tudo à volta", lembram-se?) no final dos anos 80 e guardo daquela hora de conversa a imagem de um homem bom, afável e algo tímido. Mas alguém muito determinado em fazer valer um pragmatismo que em muito contribuiu para que Cabo Verde se afirmasse em África e no Mundo como um exemplo a vários níveis.
2 comentários:
Mais uma referência - desta feita em África - de um estadista que se vai... Lá como cá, começam a faltar as referências de quem tinha o prazer de fazer política e a encarava como uma arte e não como um meio para atingir fins menos nobres!
Tudo bem.Só que Cabo Verde não tinha que ser independente de Portugal.Teria sido bom para ambas as partes. Mas como até deram a "independência" a S.Tomé...
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