RECOMENDO VIVAMENTE a quem queira ver o que nos espera, ler a reportagem da revista "Sábado" intitulada "Dois dias com Passos Coelho na semana de moção de censura". E dar particularmente atenção a todas as passagens em que surge uma inenarrável e surrealista personagem que dá pelo nome de José Cesário, que já foi secretário de Estado das Comunidades e que - para mal dos nossos pecados... - anda a fazer tudo por tudo para um dia destes voltar a abichar um cargo governamental, qualquer que ele seja. Cesário funciona assim como um "mordomo" do líder laranja, desdobrando-se em atenções e pífios conselhos de etiqueta, passando-lhe bilhetinhos no meio dos discursos, assentindo e bebendo-lhe venerandamente as palavras, fazendo-lhe os recados. Mas engana-se quem supõe que a criatura não possui opinião própria, longe disso - especialmente quando tem jornalistas por perto... A melhor, das relatadas pela repórter da "Sábado", deu-se quando Passos Coelho o mandou comprar um ramo de flores para levar à embaixatriz de Portugal, a casa de quem iria jantar umas horas depois. Certamente inspirado pelos tempos que passou no palácio das Necessidades (e onde recebia pessoas no seu gabinete, enquanto o seu filho devorava vorazmente gordurosas pizzas em cima dos documentos oficiais que "decoravam" a mesa de trabalho de seu pai), a "cesária" personagem em vez de esclarecer o pouco experiente Passos Coelho que "flores não se levam, mandam-se entregar no dia seguinte...", resolveu mostrar o seu à-vontade nestas questões de etiqueta protocolar: "Melhor era levar uma garrafa de champanhe!". Ou seja, por cima de patada... coice!
Com o que aí se avizinha mais dia menos dia, é caso para dizer: venha o Diabo e escolha!
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