NÃO SEI se já repararam, mas desde há alguns dias e sempre que é preciso "responder" aos socialistas, o PSD tem optado pela figura serena e metódica de Miguel Macedo em detrimento de Miguel Relvas, cujo estilo e tom de voz muito peculiar já lhe tinham valido, em alguns meios, a alcunha de "corvo a grasnar"...
... ou "quem não tem cão, caça com gato...", que é como quem diz, uma página e um espaço estritamente pessoal, onde também se comenta alguma actualidade, se recordam histórias de outros tempos e se tenta perceber o que está por detrás de algumas notícias...
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quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Sinónimo tripeiro de foleiro: "broeiro"
HÁ PESSOAS que por algum dinheirito que gastem em roupas e adereços; por muitas viagens (à conta do erário público, entenda-se...) que possam ter feito; por alguns cargos com relativa visibilidade que tenham alguma vez ocupado; ou por portarem-se frente às câmeras de televisão como uma versão aparentemente mais lavadinha do famoso "emplastro" sempre coladas e sorridentes por detrás do "chefe", nunca deixarão de ser o que normalmente se denomina por "grunhos". Podem ser até episodicamente tolerados nalgum jantar na Foz, levados a um outro sunset party na Granja - acredito mesmo que pontualmente os deixem flanejar em certos meios, sempre e desde quando quem lhe franqueia a entrada possua algum interesse "em levar com o grunho", que é como quem diz sempre e quando a "cavalgadura" em causa lhes possa fazer algum jeitinho nos corredores do poder onde circula e se insinua. Mas quando o vêem pelas costas - garanto-vos - que a galhofa é mais que muita: as gravatas comentadas, o brilho dos fatos ridicularizado, os modos alvo de risada e desdém. É esse normalmente o destino dos que não resistem a colocar-se em bicos de pés, dando-se ares do que não são, lançando uns dislates bacocos, mal-criados e inoportunos, sempre na ânsia de colherem alguma migalha que o "senhor" a quem servem caninamente poderá, ou não, um dia dar-lhes a comer. E por muitas anedotas e piadolas que contem, lá mais para Norte chamam-lhes "broeiros"...
Um osso duro de roer

DEPOIS DE ter visto (e revisto) a prestação televisiva de José Sócrates na sua entrevista à TVI, ninguém me tira da cabeça que Pedro Passos Coelho não vai ter tarefa nada fácil nos debates televisivos em que tiver enfrentar o ainda primeiro-ministro. Porque a verdade é que, goste-se ou não da personagem (e eu não gosto!), Sócrates é notável na forma como "passa" a sua mensagem, tem um dom que não é propriamente comum na forma como consegue, na televisão, desenvencilhar-se dos temas mais incómodos (e não são poucos...) e surgir com uma imagem de político responsável, maduro, altruísta, cioso do interesse nacional. "Aldrabão de feira", dirão certamente alguns. Não, longe disso - ele possui um poder de comunicação fora de vulgar, utiliza uma linguagem que as pessoas entendem e, mais importante do que tudo, exibe convicção no que quer transmitir. Como é possível, depois destes seis anos, depois de tudo o que se passou, das promessas não cumpridas, das trapalhadas em que esteve envolvido, das mentiras, das responsabilidades que possui no estado a que chegou o País?! Pois é, é o que se chama um verdadeiro "mistério"... No fundo a Sócrates sobra o que (ainda) falta a Passos Coelho: o saber falar com as pessoas. Apenas isso! Mas que pode ser determinante até 5 de Junho. Para mal dos nossos pecados...
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