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domingo, 28 de abril de 2013

Estratégia de comunicação precisa-se: urgente!


COMEÇA A ser difícil defender este governo. Por mais seriedade que nos inspire Pedro Passos Coelho; por muito que saibamos que é alguém bem intencionado; por mais que acreditemos que a última coisa que ele desejaria neste momento seria protagonizar as medidas impopulares que este executivo se vê obrigado a tomar; por tudo e mais alguma coisa, a verdade é que as coisas começam a tomar um rumo por que é difícil vir a terreiro tecer armas. Mas a grande questão, ou melhor, o grande problema é que para mal dos nossos pecados não existe alternativa... Por um lado temos uma oposição entregue a um líder condicionado e espartilhado por um antecessor sedento de vingança; por outro, em Belém reside uma criatura que, por mais que tente surgir como alguém que inspire respeito e credibilidade, não passa de uma figurinha de opereta moral e eticamente desacreditada e que se pronuncia consoante os ventos e as suas conveniências pessoais; e finalmente quem, no chamado "arco constitucional" poderia integrar uma solução consensual e abrangente prefere compreensivelmente o recato do seu lar a uma hipotética exposição pública. Resumindo, isto está mal, muito mal. E como se não bastasse, o governo pura e simplesmente não possui uma política ou estratégia de comunicação - tudo é (aparentemente) feito em cima do joelho, sem nexo, prescindindo de um essencial fio condutor e sem que se vislumbre quem coordene ou no mínimo centralize as acções na área da comunicação. Mais grave: infantilmente estão deixando o terreno livre para que Paulo Portas e a sua corte manipule e ajeite a informação segundo a sua conveniência, tentando (e conseguindo em algumas situações) surgir aos olhos da opinião pública como o paladino do bom senso e da responsabilidade(!) o que, convenhamos, só quem não o(s) conheça é que poderá acreditar. 
Uma última palavra: é difícil (para não dizer impossível) "vender" este governo. Mas por estranho que possa parecer a alguns, o único capital que ainda resta é o do próprio primeiro-ministro. É Passos Coelho, com o que ainda lhe resta da imagem com que surgiu aos olhos dos portugueses há dois anos, o único que pode ainda ser a "alavanca" que permita recuperar alguma da (muita) confiança perdida e muitas vezes infantilmente deitada fora por quem tinha a obrigação de fazer tudo para preservá-la. Exista alguém em S. Bento que perceba que talvez seja esta a última oportunidade e delineie e ponha em execução uma estratégia assente no que ainda poderá - desde que bem estruturado e com imaginação - ser eficaz em termos de comunicação. Antes que os "ratos" comecem (como sempre, aliás...) a abandonar o barco ou, por outras palavras, a trocar sms e a combinar jantarinhos com quem está do outro lado da barricada. Capice?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Miguel Esteves Cardoso

A ÚLTIMA vez que vi Miguel Esteves Cardoso, já lá vão alguns anos, foi na caixa de um supermercado do Estoril e pensei que seria a última vez que lhe punha a vista em cima. Há dias, ao ler e reler  a entrevista que deu ao "i" a propósito do lançamento do seu livro de crónicas "Como é linda a puta da vida" percebi que Esteves Cardoso tinha conseguido dar a volta, fintar o que inevitavelmente ali vinha e ter a capacidade de surpreender-nos com uma agilidade e uma inteligência que é no mínimo cativante. Retive entre muitas outras coisas e talvez porque grande parte do meu tempo o passo longe, uma frase: "Portugal é feito para termos saudades". Nunca tinha pensado nisso. E sabem uma coisa? É muito bom quando lemos ou ouvimos alguém que nos ajuda a pensar. Como foi o caso.

25 de Abril


JÁ AQUI escrevi e é algo que não me canso de repetir: o dia 25 de Abril de 1974 foi um porventura um dias dias mais felizes da minha vida. E por muitas voltas que o País tenha dado ao longo destes 39 anos, por muitos disparates e erros que se tenham cometido, valeu a pena. Para quem como eu se lembra do "outro" Portugal, não pode num dia como hoje deixar de sentir-se contente por ter vivido e presenciado uma data que mudou um País, que inverteu a sua História e abriu caminhos e horizontes que nos estavam vedados. O 25 de Abril não pertence a ninguém, é de todos quantos respeitam os valores da Liberdade e da Democracia, independentemente da sua cor e ideais políticos; o 25 de Abril tão-pouco é propriedade dos que, "auto-guindados" a patamares que a História nunca lhes concedeu ou reconheceu, querem hoje falar de cátedra sobre uma data que pertence a um Povo; finalmente por muito que custe aos mais "ortodoxos", não me sinto devedor a ninguém pelo 25 de Abril - até porque quem, pela força das armas o possibilitou, não fez mais que a sua obrigação.

António Capucho


TENHO FRANCA simpatia pessoal por António Capucho - isto além de, como cascalense,  estar-lhe grato por ter sido decisivo, enquanto presidente da Câmara, a protagonizar a devolução à minha vila de um espírito e de uma qualidade de vida que, ao longo de anos, algumas criaturas hipotecaram e tentaram deliberadamente destruir. Exactamente por isso - pela estima e pela gratidão que Capucho me merece - não consigo perceber muitas das suas recentes tomadas de posição e em particular a exposição pública a que se sujeita no afã de ser candidato a qualquer coisa. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Desgraçadamente, é este o Presidente que temos...


O CIDADÃO Aníbal António Cavaco Silva não gosta do escritor José Saramago. Está no seu pleno direito - eu também nunca gostei da criatura nem do que ele escrevia. Agora o que o cidadão Cavaco Silva não pode esquecer é que é Presidente da República e no desempenho do cargo para o qual - mal ou bem... - foi eleito não pode, sob pena de confirmar as suspeitas que caem sobre a pequenez do seu carácter, "esquecer-se" de nomear aquele que foi o único português a ser distinguido com prémio Nobel da Literatura - ainda para mais no discurso de inauguração da Feira do Livro de Bogotá, onde Portugal era o país convidado. Além de não ser bonito e revelar uma mesquinhez própria de quem não possui "mundo", Cavaco cometeu um erro de palmatória - o de deixar que a sua visita à Colômbia e ao Perú ficasse marcada por um episódio lateral e que poderia ter sido evitado. Pois é: o que nasce torto, dificilmente se endireita!

A tropa socrática alerta e vigilante!



A MENOS de uma semana do congresso do Partido Socialista e depois de, segundo revela  o "Expresso", "dois meses a partir pedra" (sic.), um grupo de militantes estreitamente ligados a José Sócrates decidiu divulgar uma carta-aberta a António José Seguro e em que, a coberto de um pretenso "reforço da ligação entre os partidos e a sociedade e entre os políticos e os cidadãos", dificilmente esconde uma notória insatisfação com o rumo do seu próprio partido. No mínimo curioso e sintomático, este toque a reunir da "tropa socrática" - porventura tão curioso quanto a "dificuldade" que Sócrates tem mostrado, no seu tempo de antena dominical, em pronunciar o nome do seu sucessor no Largo do Rato. Coisas...

O falso candidato independente e uma "muleta" chamada CDS...


A RECENTE formalização do apoio do CDS a Rui Moreira na sua "corrida" à Câmara Municipal do Porto teve o condão de transformar uma candidatura que se apregoava a sete ventos como "independente" numa candidatura mera e claramente "partidária". Ou será que Moreira, mesmo contando com o apoio oficial do CDS, não irá prescindir de angariar as quase 8 mil assinaturas que lhe permitem ser de facto um "candidato independente"? A ver vamos...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quem o avisa, seu amigo é...


A CRER no que leio, aparentemente banca e Pedro Passos Coelho andam de "candeias às avessas", com este último (e bem...) a questionar o papel da Caixa Geral dos Depósitos e dos bancos (BCP, BPI e Banif)  que apesar de recentemente terem pedido uma ajuda de 12 mil milhões (!) ao Estado para se recapitalizarem, curiosamente, foram os que em 2012 mais crédito cortaram às empresas. Um "dossier" a seguir atentamente, até porque ao último chefe de governo (Pedro Santana Lopes) que decidiu enfrentar a banca e banqueiros sucedeu o que sucedeu...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Vão mas é dar banho ao cão!

O ACTUAL director do "Expresso", jornal que na altura em que Pedro Santana Lopes era primeiro-ministro, chegava ao ponto de dar grande destaque a alegadas "sestas" do chefe do executivo (e sabe-se lá a que mais...), resolveu escrever um texto onde - não percebi se em jeito de penitência ou se apenas porque lhe dá jeito para dar umas "ferroadas" no actual governo -  vem a terreiro, mais coisa menos coisa, afirmar que se no governo liderado por Santana Lopes tivessem ocorrido metade dos "casos" que já tiveram como palco os governos de Passos Coelho e até de José Sócrates teria então caído o carmo e a trindade. Já li, reli e "treli" o que Ricardo Costa escreveu sob o título "Razões atendíveis para lembrar Santana Lopes". E ainda não consegui perceber - até porque tenho memória... - se Costa é parvo (o que sinceramente me recuso a acreditar) ou se acha que o somos todos - o que pelos vistos me parece mais crível, a atentar na desfaçatez com que alguém que participou empenhada e militantemente no "golpe constitucional" que conduziu à dissolução da Assembleia da República vem agora candidamente quase "desculpar" quem na altura foi autenticamente "crucificado" na praça pública. 

domingo, 14 de abril de 2013

Portas: mais uma garotada...


O FACTO de Paulo Portas ter faltado à tomada de posse dos novos dois ministros do governo de que faz parte e de que é - apesar de  formalmente "número três" - a sua segunda figura, só pode surpreender quem não recorda, por exemplo, o penoso e revelador episódio em que, ao tomar posse em 2004 no governo presidido por Pedro Santana Lopes, simulou uma mais que estudada reacção de surpresa ao ser anunciado como ministro da Defesa e... dos Assuntos do Mar. São "números", amuos e "fitas" que de tanto repetirem-se só confirmam que aquela pretensa pose de homem de estado esconde afinal uma (triste) faceta de garoto...

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O "DN" e Miguel Relvas: simplesmente inacreditável...

LÊ-SE E não se acredita... Será que a falta de vergonha pode chegar a tal ponto? Quem conhece minimamente os bastidores da política portuguesa, as ligações, interesses, cumplicidades e até aparentes amizades entre alguns protagonistas da nossa cena político-empresarial (e jornalística), no mínimo só pode levar as mãos à cabeça quando acaba de ler este parágrafo do editorial ou lá o que é que é do "Diário de Notícias" de hoje e onde o seu director, certamente esquecido de tanta (mas tanta...) coisa, resolve pronunciar-se sobre o agora ex-ministro dos Assuntos Parlamentares: "A queda de Miguel Relvas, e a forma como aconteceu, podia e devia inspirar o primeiro-ministro à convicção de que, num governo, acima de tudo, deve privilegiar-se a capacidade e a competência. A amizade, a cumplicidade ou a lealdade são complementos. Se possível, juntam-se. Mas não podem ser forçados porque o resultado é inevitavelmente lamentável". Inacreditável, para não dizer outra coisa...

Chamem-lhe tudo menos "comentário"...


INDEPENDENTEMENTE DAS simpatias que possamos, ou não, ter por José Sócrates, a verdade é que o espaço televisivo que o antigo primeiro-ministro passou a ocupar nas noites de domingo na RTP-1 é tudo menos um "comentário político" tal como é anunciado e promovido pela estação pública de televisão, mas sim (e só) um espaço de opinião e pronunciamento políticos - o que manifestamente é algo totalmente distinto. É que sejamos claros: Sócrates não analisa, opina; Sócrates não comenta, pronuncia-se; no fundo, nem por um minuto, Sócrates consegue livrar-se do "fato" de político para vestir o de comentador. Aliás, visivelmente não o quer fazer e utiliza aquele espaço única e exclusivamente como um "tempo de antena" próprio e integrado numa estratégia que o tempo dirá onde o levará...

domingo, 7 de abril de 2013

Tirem-me daqui!


MAS QUE raio de oposição é esta em que o líder do principal partido tem de esperar pelo comentário político do seu antecessor na estação de televisão pública para vir, apenas um dia depois (!), pronunciar-se sobre aquela que terá sido, sem qualquer dúvida, a mais importante declaração política do primeiro-ministro em quase dois anos de governo?! Será que Tozé Seguro ainda não percebeu que, ele próprio, se está a tornar refém de um José Sócrates que hoje põe e dispõe de uma "agenda" de que se apropriou perante a passividade e as excessivas cautelas de quem já mostrou não ter capacidade para ser mais do que presidente da Assembleia Municipal de Penamacor - isto sem ofensa para aquela cidade da Beira Alta obviamente... 

É hoje às 21 horas...



sábado, 6 de abril de 2013

Um Peneda armado em Monti...


NOS ÚLTIMOS dias, num crescendo que roça as fronteiras do ridículo e de um provincianismo a toda a prova, um deslumbrado José Silva Peneda não consegue disfarçar a sua ambição de vir a breve trecho transformar-se na versão lusitana de "Mario Monti", chefiando um hipotético governo de iniciativa presidencial, por convite do seu amigo Cavaco Silva, à semelhança do que ocorreu há uns meses atrás em Itália.  Há um microfone estendido? É certo e sabido que o dr. Peneda está lá por perto e danado para botar faladura... Acenderam-se os holofotes e as câmeras estão a postos? Pronto, lá vem logo célere e presuroso o dr. Peneda mostrar o facies, qual emplastro televisivo... Algum jornalista está dificuldade de encher uma página? É discar o número lá da Maia, que o "sô dotôr" dá logo uma entrevista, por telefone e tudo... Não há microfone, as câmeras estão desligadas e o telefone não toca? Não faz mal, o dr. Peneda rapa da caneta e toca a escrever uma carta (e logo aberta!) ao ministro das Finanças alemão - não se sabe é se a missiva foi em português ou no idioma de Goethe... Não chega? Monte-se a tenda, soltem-se os palhaços, os cãezinhos a dar voltas à arena em duas patas, os leões a rugir, que se for preciso o dr. Peneda até se transforma em em trapezista, daqueles sem rede e tudo. E o perigo é exactamente esse, o dr. Peneda - tal o afã - dar um trambolhão e voltar à Maia de monco caído e com o rabinho entre as pernas. Acontece...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Alguém se acusa?



TELEFONEMA AMIGO de alguém sempre muito atento ao que por aí se vai escrevendo, chamou-me a atenção para um texto intitulado "Ética Republicana" publicado no blogue “Blasfémias” da autoria de alguém que assina regular e singelamente como Rui A.. Dificil ser mais conciso, directo e certeiro: 
Relvas caiu. Ao que se sabe, a sua demissão foi provocada pelo conhecido episódio da sua licenciatura. O país político rejubila de gozo. Outros, que também ocupam lugares de relevo político e sobre quem eventualmente recaem situações similares ou bem mais graves, mantêm-se nos seus lugares, impávidos e serenos. A morte política de Miguel Relvas era, há muito, um facto consumado. Faltava escolher o dia e a hora. Resta dizer que a sua demissão resulta de um inquérito feito por um ministério do governo de que fazia parte, de que foi directamente responsável um ministro seu colega. Não tenho memória de um precedente parecido em Portugal. Pelo contrário, lembro-me muito bem de casos abafados, jornalistas ameaçados, poderes públicos pressionados por causa de escândalos bem mais graves do que este. Teria sido fácil, dentro do governo, esconder esta situação e compor um arranjo que permitisse a Miguel Relvas ficar no seu lugar ou sair dele de forma mais airosa. Era isso, de resto, que toda a oposição e a maioria dos comentadores anunciava que iria acontecer. Mas, desta vez, não foi assim. E, por isso, independentemente de quaisquer outras leituras políticas, é mais do que justo reconhecer que o governo de Passos Coelho deu um exemplo ao país. Um exemplo da tal “ética republicana” com que muitos enchem a boca, mas raramente praticam”.
Na mouche!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Miguel Relvas


A PROPÓSITO da saída do governo de Miguel Relvas e tentando ver as "coisas" com alguma distância: Relvas cometeu erros? Cometeu. Podia tê-los evitado? Alguns, certamente podia. Devia ter saído do governo antes? Com os dados que são do conhecimento público, repito, com os dados que são do conhecimento público, tudo indica que sim. Mas já agora: no meio de tanta "festança" e júbilo (muitas vezes desmedido...) que a sua demissão provocou por aí fora, alguém já se lembrou que o governo perdeu possivelmente um dos poucos ministros que "pensa" de facto política? Serão certamente quatro perguntas (e respostas) "politicamente incorrectas", mas eu não me sentiria bem se não as fizesse.
'Tá dito!

Ainda a polémica entre José Diogo Quintela e Miguel Sousa Tavares...


A PROPÓSITO do post aqui publicado no domingo passado e intitulado "José Diogo Quintela vs. Miguel Sousa Tavares: o início de uma polémica", o meu amigo e antigo colega de lides jornalísticas Jorge Lemos Peixoto achou por bem enviar um comentário que recordava a fugaz passagem de Miguel Sousa Tavares pela direcção da revista "Sábado" nos idos de 90 e que, a propósito do artigo de Quintela, criticava as então opções editoriais do hoje colunista do "Expresso". Escreveu Jorge Peixoto: 

"As virgens ofendidas e os zelotes da pureza têm sempre alguma coisa a esconder por debaixo os ares indignados. De MST esta atitude só pode surpreender quem não o conhece bem. Eu, por exemplo, recordo-me de uma capa da extinta Revista Sábado, quando ele foi director dessa publicação com uma imagem do Camel Trophy. (...) Sucede que nessa semana tinha ocorrido um desastre ecológico na Madeira (derrame de crude nas costas do aquipélago) e a Sábado mesmo tendo enviado um jornalista optou pelo Trophy onde o director participara e remeteu a que seria a reportagem da semana para as páginas interiores".

Poucas horas depois,no dia 1 de Abril,  um "anónimo" que no entanto assinava como "o próprio" - pelo que presumo, repito, presumo tratar-se do próprio Sousa Tavares, enviou uma resposta que se transcreve: 

"Comentários, não faço. É só para desmentir que a Sábado, sob direcção de Miguel Sousa Tavares, alguma vez tenha feito uma capa com o Camel Trophy ou que o seu director de então alguma vez tenha participado no dito Camel Trophy. Foi aliás, por resistir a pressões publicitárias que foi despedido ao fim de seis meses de direcção".

Hoje, há algumas horas atrás, Jorge Peixoto, "contra-atacou" e num mail enviado, acompanhado de algumas imagens (entre as quais a capa da revista "Sábado" de 3 de Fevereiro de 1990 que se reproduz abaixo), desmente o antigo director da revista, começando mesmo por citá-lo no artigo que originou a capa desse número:





" '
Camel- É o cigarro do aventureiro e a melhor publicidade jamais feita sob o   tema da 'aventura'. Serviu também para baptizar uma prova emblemática: o Camel Trophy.'


Miguel Sousa Tavares (o próprio)
in revista "Sábado" 3.02.1990

Comentários para quê?
Só para refrescar a memória do “próprio” no que respeita à capa da Sábado; na edição de 3 de Fevereiro de 1990 o que aparece é exactamente um jepp, Land Rover, com publicidade do Camel Trophy isto a propósito de uma reportagem sobre raides de aventura onde são descritas as viagens organizadas por empresas especializadas neste tipo de empreendimentos. Talvez Miguel Sousa Tavares (o próprio) enquanto director daquela publicação não tenha conseguido desencantar nenhum assunto mais interessante para trazer à capa da revista, até porque outro acontecimento relacionado com um desastre ecológico de grandes dimensões mereceu apenas um chamada na capa da Sábado, embora a revista tenha enviado ao arquipélago uma equipa de reportagem.
Provavelmente para não incomodar os leitores da Sábado, MST (o próprio) achou que um derrame de 25 mil toneladas de crude provocada pelo petroleiro espanhol Aragon que provocou uma maré negra da ilha de Porto Santo fosse um assunto que mereceria menos destaque que as aventuras de jeep. Critérios!"

Quem diria que vinte e três anos depois, um artigo de um "gato fedorento" viria "desenterrar" e alimentar uma polémica à volta de jeeps, expedições, derramamentos de crudes e opções editoriais...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Zorô...



HÁ QUASE três anos, durante a campanha vitoriosa para o governo do estado de Tocantins, tive oportunidade de conhecer e trabalhar com Zoroastro Sant’Anna, grande figura e homem de vasto currículo em tudo o que tivesse a ver com televisão. Entendi-me às mil maravilhas com o “Zorô” e, a partir de aí, acho que ficámos amigos. Soube há bocadinho que o nosso Zorô foi-se... Ontem. De repente. Assim, sem que ninguém estivesse à espera. Que merda! Putz...

P.S.E Zorô não esqueça… dê um abraço nosso em Lampião, viu?!