POSSUO HÁ muitos anos um grande apreço pessoal e profissional por Fernando Lima. Mas esse facto não me impede de esconder o quanto me surpreende e choca a "perseguição" que, a propósito do célebre "caso das escutas", o "Diário de Notícias" tem feito a alguém que foi seu director. Quanto mais não fosse por isso, o jornal (que, diga-se de passagem, é o "meu" diário) deveria ter algum decoro na abordagem que faz de todo o processo, não obviamente a nível informativo, mas no que toca aos juízos de valor que precipitadamente e sem "memória" algumas figuras (agora meteoricamente alcandoradas a "vedetas da pena", mas que curiosamente devem a Lima o seu lugar na redacção...) fazem. E estou tanto ou ou mais à vontade para escrever isso quanto tive oportunidade de, a seu tempo, criticar neste "blogue" o actual Presidente da República pelo que eu considero a sucessiva tendência que este possui na sua vida política para "sacrificar" colaboradores e amigos, sempre em nome dos seus interesses (vidé "A política do kleenex", a 24.09.2009).
E já agora, só para terminar: espero que ninguém resolva entrar na "guerra dos números", invocando comparações entre tiragens, vendas e audiências existentes durante o "consulado Lima" e o actual. É que como "velho" leitor do "Diário de Notícias" - apenas com uma breve e garanto que "sofrida" interrupção -, acho que o que considero, repito, o "meu" jornal não merecia uma coisa dessas. Para bom entendedor...
1 comentário:
Caro Zé Paulo Fafe,
Não estou de acordo consigo. Acho que quem é leitor do DN há muitos e bons anos merecia saber quanto é que o "seu" jornal vendia no tempo do Fernando Lima e agora, sob a direcção do João Marcelino.
Sou um antigo jornalista do DN, não gosto, nem nunca gostei do Fernando Lima, mas também considero inqualificável o que a perseguição miserável que lhe estão a fazer, ao mesmo tempo que tecem loas a alguém que, como sub-director, perseguiu e saneou dezenas de camaradas de profissão. Estou obviamente a referir-me a esse poltrão e sevandija que dá pelo nome de Saramago!
Meu pobre DN, ao que chegaste...
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