ESTA SEMANA, durante o jantar em que a Casa da Académica em Lisboa organizou para evocar Fausto Correia, tive a oportunidade e o prazer de compartilhar a mesma mesa com António Campos, o antigo "patrão" do aparelho socialista e que após dez anos no Parlamento Europeu resolveu dedicar-se de alma e coração à agricultura na sua quinta de Oliveira do Hospital. Em 1983, Campos foi quem, pelo PS, negociou com Mota Pinto, pelo PSD, o acordo que conduziu ao famoso "bloco central" e que no fundo mais não foi que uma "exigência" do FMI e da sua representante em Lisboa, a influente Teresa Tier-Mineseman. E ao escutar algumas dos deliciosos episódios que, a esse propósito, o antigo "braço-direito" de Mário Soares contou, fiquei com uma certeza sobre a principal diferença entre esse "bloco central" de 83/85 e este que agora tanto se fala e avizinha: é que, enquanto o primeiro, foi essencialmente político, este que agora se prepara e que tanto entusiasmo tem vindo a causar em certos sectores do PSD é nitidamente um "bloco central dos interesses"...
1 comentário:
E,já agora,em riscos de ser protagonizado por "filhos de um Deus menor" !
Porque pense-se o que se pensar deles Mario Soares e Mota Pinto eram "vinho de outra pipa".
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